sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Gatinho dorminhoco

 
Todos os dias, mais hora menos hora, este gatinho gosta de passar pelas brasas neste vaso do nosso jardim. Aproximei-me para aprecias as flores que se renovam frequentemente no arbusto envasado e o gatinho dorminhoco nem deu sinal de vida. O sol aquecia-o nesta manhã friorenta e ali ficou indiferente à fotografia que registei e à vida em seu redor. 
Bom fim de semana para todos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Não se realiza o Cortejo dos Reis

A pandemia dita as suas leis




Este ano, devido à pandemia, não haverá o tradicional Cortejo dos Reis. Contudo, querendo lembrar o bonito ato dos nossos antepassados, quando levavam à Igreja as suas ofertas, vamos assinalar da forma possível no próximo domingo, dia 9 de janeiro, esta tradição tão arreigada nas gentes da nossa paróquia. Assim, voluntariamente, podemos entregar as nossas ofertas até ao dia 8 de Janeiro no Cartório Paroquia.
Não podendo haver leilão das ofertas, o Conselho Económico e Pastoral encarrega-se de, no domingo, dia 9 de Janeiro, no fim das Eucaristias, atender no hall da entrada do Auditório Mãe do Redentor todos os que pretenderem comprar alguma oferta para ajudar nas despesas da paróquia. Agradecemos a colaboração de todos e pedimos que os bens perecíveis que queiram oferecer, como merendas e doces, sejam entregues no dia anterior ou no próprio dia.

Nota da Paróquia  

********

A paróquia de Nossa Senhora da Nazaré tornou público, no final das Eucaristias do passado fim de semana, que este ano não se realizará o tradicional Cortejo dos Reis, tão apreciado e participado pelo nosso povo. Todos compreenderão as razões, mas também percebem que um dos objetivos da festa dos reis é a angariação de fundos para as múltiplas despesas da nossa comunidade paroquial. Daí acreditarmos que todos se mobilizem para entregar os seus contributos como se recomenda. 

Nota: Fotos de Cortejos anteriores 

Gafanha da Nazaré - Rua Trindade Coelho

José Francisco Trindade Coelho nasceu em Mogadouro, a 18 de junho de 1861. Filho de João Trindade Coelho, negociante, e Narcisa Rosa.
No seu percurso académico frequentou o ensino primário e secundário na sua terra natal, em Travanca e depois num colégio do Porto. A 15 de outubro de 1879 matriculou-se em Direito na Universidade de Coimbra, onde se licenciou a 16 de junho de 1885.
O período em Coimbra foi conturbado. No seu primeiro ano chumbou e como punição, o pai cortou-lhe a mesada. Trindade Coelho decidiu enfrentar esta contrariedade, continuando os estudos a expensas próprias através de explicações e escrevendo para jornais, usando o pseudónimo de Belistírio. Fundou ainda dois periódicos – Porta Férrea e Panorama Contemporâneo. Entretanto, contraiu matrimónio, do qual nasceu o seu primeiro filho.
Após a conclusão da licenciatura ainda se dedicou, por um breve período, à advocacia, mas os rendimentos eram escassos e decidiu enveredar pela carreira administrativa, sendo nomeado Delegado do Procurador Régio do Sabugal e depois de Portalegre.

Sabemos que para conseguir o cargo, Camilo Castelo Branco, um amigo próximo, teve de intervir junto do Ministro, mas Trindade Coelho superou as expetativas revelando-se um magistrado notável.
Em 1891, foi transferido para Ovar com o objetivo de ser elegível como deputado, porém recusou o mandato. Foi depois transferido para Lisboa para o Tribunal Auxiliar do 2.º Distrito, onde colaborou com os Conselheiros Neves e Sousa e Francisco Maria Viegas. Com este último fundou a Revista de Direito e Jurisprudência.
Durante o período do Ultimatum Inglês a sua função passava por fiscalizar a imprensa, algo que lhe valeu duras críticas e o colocou numa posição muito desconfortável. Como forma de se afastar desta situação, solicitou a sua transferência para Sintra, para só regressar à capital em 1895, onde pediu a exoneração dois anos depois.
Além da carreira jurídica, dedicou-se ainda ao jornalismo, fundou os periódicos Gazeta de Portalegre e Comércio de Portalegre. Colaborou com diversos jornais como Portugal, Novidades e Repórter e fundou a Revista Nova. Na literatura destacam-se obras como: Os Meus Amores (1891) e In Illo Tempore (1902).
Apesar de ter uma carreira de sucesso como magistrado, um casamento feliz e um elevado prestígio como escritor, vivia constantemente atormentado e inconformado, sendo talvez essa uma das razões que o conduziu ao suicídio.
Trindade Coelho faleceu, em Lisboa, a 9 de junho de 1908.

 NOTAS:

1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo) da CMI, integrado no projeto "Se esta rua fosse minha";

2. Na Gafanha da Nazaré encontramos a Rua Trindade Coelho. Este topónimo é referido pela primeira vez na ata de reunião da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré de dia 15 de abril de 1983 (Ata da JFGN n.º 6/83, de 15 de abril de 1983). O arruamento figura no Plano Geral de Urbanização das Gafanhas da Câmara Municipal de Ílhavo de 1984;

3. Pode ler um bonito conto de Trindade Coelho aqui.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Porto de Aveiro com novo recorde


No passado dia 29 de dezembro, o Porto de Aveiro atingiu um novo recorde anual, ao atingir a marca de 5,632 milhões de toneladas movimentadas, data em que entrou um navio proveniente do Brasil carregando 27 915 toneladas de toros de madeira. Para conseguir esse resultado, foi determinante a entrada de navios de maiores dimensões de boca e comprimento. O anterior melhor ano de sempre no Porto de Aveiro tinha sido se registado em 2018 com a marca de 5,623 milhões de toneladas movimentadas.
Sou dos que acompanharam de perto o crescimento do Porto de Aveiro, em diversos setores (Porto de Pesca Longínqua, Porto de Pesca Costeira, Porto Comercial e Industrial), todos instalados na Gafanha da Nazaré, o que me leve a sentir a obrigação de sublinhar este recorde. Tenho dito e redito que a cidade da Gafanha da Nazaré é, de certa forma, filha do Porto de Aveiro. Há, no entanto, quem goste de inverter as posições. Tudo certo.

F. M.

D. João Evangelista faleceu neste dia

EFEMÉRIDE
1958
5 de Janeiro

No dia 5 de janeiro de 1958, pelo meio-dia, faleceu no hospital da Santa Casa da Misericórdia, onde se encontrava internado desde 11 de dezembro anterior, o arcebispo-bispo de Aveiro, D. João Evangelista de Lima Vidal. A infausta notícia espalhou-se rapidamente, causando profunda consternação.
D. João Evangelista foi o primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro. Quando ele faleceu já eu tinha 19 anos e conheci-o por força da minha ligação, desde a minha adolescência,  à Ação Católica.
D. João escrevia primorosamente e nas crónicas que publicava utilizava um estilo muito poético. Mons. João Gaspar publicou vários livros alusivos ao nosso primeiro Bispo da restaurada Diocese de Aveiro. Aproveitem para ler D. João  Evangelista. 

Visita à Livraria Lello





Tenho ido ao Porto, cidade a que me ligam gratas recordações, mas há cerca de quatro anos que não visito a célebre e histórica Livraria Lello. Não estará tão recheada como os espaços mais modernos vocacionados para a venda de livros, mas quem lá vai sente uma satisfação especial que nem sabemos explicar muito bem.
Já estive várias vezes na famosa Lello e senti realmente um prazer diferente, daí o vir hoje com esta evocação. Deduzo que este meu gosto terá a ver com o ambiente artístico e arquitectónico que acolhe as estantes com os mesmos livros que poderemos encontrar em qualquer outra livraria.
Há uns quatro anos a entrada era franca, mas agora e desde há anos é preciso comprar bilhete que será abatido na hora de pagar o que se adquiriu.
Na minha agenda registarei uma recomendação para na Primavera visitar a Lello no Porto. Tentarei cumprir.

F. M.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Vamos ter mais frio

A Nina já está no seu lugar
Vamos ter mais frio! Esta informação chegou aos meus ouvidos ao jeito de quem me anuncia uma grande novidade. Mas como poderia ser diferente se o Inverno começou há dias? Foi o que esclareci.
Fiquei com a impressão de que as pessoas associam à expressão Ano Novo Vida Nova a ideia da eterna primavera com os seus dias amenos e naturalmente agradáveis. 
O Inverno é a estação fria, ventosa e chuvosa pelas leis da natureza e da situação geográfica em que assentamos os pés e respiramos. E não há volta a dar.
A solução está em usar roupa adequada, procurar o aconchego do lar, sentir o crepitar das achas nos borralhos ou nas salamandras e, sobretudo, saborear o calor humano que dimana da alegria de viver. Umas boas risadas não afugentarão o Inverno? E não podemos esquecer que a estação mais fria só vai pregar para outras bandas lá para fins de Março.

F. M.