terça-feira, 5 de outubro de 2021

República Portuguesa nasceu há 111 anos

Portugal foi Monarquia 767 anos 
e é  República há 111 anos

José Relvas
A República Portuguesa nasceu há 111 anos, no já célebre 5 de Outubro. A Monarquia fundou Portugal, também no dia 5 de Outubro de 1143, no Tratada de Zamora. 
Desde a data longínqua em que D. Afonso Henriques se assumiu como rei, Portugal resistiu ao tempo e impôs-se na História Universal como nação independente, ao mesmo tempo que deu Novos Mundos ao Mundo. 
Hoje, portanto, celebramos duas datas que são, ou devem ser, o nosso orgulho pátrio.




Marcelo Rebelo de Sousa
Mas hoje apenas se falou da República na Câmara Municipal de Lisboa, no mesmo local em que José Relvas fez a proclamação da mudança de regime, há 111 anos. E o nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, bem ao seu estilo, deixou algumas notas de reflexão. "Se queremos que o 5 de Outubro tenha algum sentido para todos nós, então há que dele fazer uma data viva e não uma memória sem futuro ou um ritual sem alma", disse. E sublinhou: "um Portugal mais atento ao povo e às suas necessidades, à sua voz nos direitos sociais, actividade económica e educação."
Noutra passagem, afirmou: “O Portugal que somos nunca vencerá os desafios da entrada a tempo no novo ciclo económico com dois milhões de pobres e alguns mais em risco de pobreza.”

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Luta constante


"Ver aquilo que temos diante do nariz requer uma luta constante"

George Orwell (1903-1950) 
Escritor, jornalista e ensaísta político


Nota: Escrito na Pedra no PÚBLICO 

domingo, 3 de outubro de 2021

Não há família. Há famílias

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO


Os modelos de família dependem das culturas em que se afirmam. Nunca foram os mesmos em todo o tempo. A sua diversidade não é contra a família, são formas diferentes de testemunhar a sua importância. Nenhuma delas é o céu na terra.

1. A crise religiosa de muitos adolescentes e jovens, que frequentaram a catequese, revela-se sobretudo na escola, quando as descobertas que vão fazendo desautorizam o que ouvem na Igreja. O padre Resina, que ensinou Física no Instituto Superior Técnico, defendia que a catequese devia antecipar-se a desfazer os conflitos entre as apresentações e interpretações da fé e a linguagem das ciências. As próprias narrativas bíblicas, na grande diversidade dos géneros literários, nunca pretendem fazer ciência, mas a sua floresta simbólica deu e dá muito que pensar, com grande presença na literatura, na música e na pintura.

sábado, 2 de outubro de 2021

Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias



"Não haverá paz entre as nações sem paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões sem diálogo entre as religiões. Não haverá diálogo entre as religiões sem critérios éticos globais. Não haverá sobrevivência do nosso planeta sem um ethos (atitude ética) global, um ethos mundial."
Hans Küng 

Foi em 2010, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Antes de iniciar a sua conferência, Jorge Sampaio chamou-me. Para me pedir que não me esquecesse de escrever um texto sobre a Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa.
Também para relembrar o empenho de Jorge Sampaio no diálogo das civilizações, das culturas, das religiões, retomo o texto de então com pequenas alterações.
Era a primeira vez que se celebrava, de 1 a 7 de Fevereiro (2011), a Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa, na sequência de uma Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, tomada por unanimidade no dia 20 de Outubro de 2010 e proclamando a primeira semana de Fevereiro de cada ano a World Interfaith Harmony Week (Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa), semana da harmonia entre todas as religiões, fés e crenças.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Bom senso


"Esquecer os deveres básicos de solidariedade é uma violência, uma cobardia escondida em nome do bom senso"




Mia Couto (1955-), 
escritor

Em Escrito na Pedra, 
no PÚBLICO

Amar a verdade do matrimónio

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXVII do Tempo Comum



A família surge como o fruto mais saboroso do matrimónio. Nela, o casal vai crescendo no amor de doação fiel. Nela, os filhos encontram o ambiente favorável à sua identidade masculina e feminina, ao equilíbrio do seu desenvolvimento relacional e afectivo. Nela, a sociedade e a Igreja espelham a sua acção “subsidiária” e, dela, recebem as crianças, prendas do presente e garantes do futuro, como cidadãos que podem vir a ser cristãos.

A atracção do homem pela mulher, e desta para com ele, faz parte da natureza humana e expressa-se em crenças e ritos de relação, segundo as culturas e as religiões; entre nós, normalmente é no casamento natural e no matrimónio cristão. Aponta, por isso, para Deus, a fonte de todo o amor e o criador dos bens originais. É a partir do projecto divino que a relação humana conjugal tem pleno sentido e adquire força de irradiação como ideal a atrair todos aqueles que se sentem chamados a “ser uma só carne”. É a partir desta matriz existencial que se podem valorar outras experiências de relacionamento que configuram aquela atracção natural Mc 10, 2-16.

Outono - Pranto ou Louvor?


OUTONO

Os tons dourados
Do teu manto
E os avermelhados
Em espanto
Ou nostalgia,
Descem em nós
A melancolia.
Cobre-se a natureza
Que rescende a mosto
Dum véu de tristeza.
Sentido ao sol-posto.
E neste sabor
Há pranto
Ou louvor?

Madona