sábado, 7 de agosto de 2021

Evocação de José Estêvão

José Estêvão com esposa e filho 


Destes ocasos d'oiro e deste cerúleo mar

Destes ocasos d’oiro e deste cerúleo mar,
Desta mesma risonha e plácida paisagem,
Quantas vezes, meu Pai, a luminosa imagem
Se reflectiu no teu embevecido olhar!

Era aqui, nesta paz, que vinhas descansar,
Refazer, para a luta, as forças e a coragem,
Vendo a planície verde ao fundo e, sob a aragem,
Brancas, no azul da Ria, as velas deslizar…

Por isso o coração aqui me prende assim!
E, da saudade, quando, ao remorder acerbo,
Tua figura evoco e ressuscito em mim,

Vejo-te errar na praia – emocionante engano! –
Buscando a inspiração do teu ardente verbo
No esplendor do Infinito e o tumultuar do Oceano!


Soneto de Luís de Magalhães,
filho de José Estêvão Coelho de Magalhães,
em que evoca a Costa Nova e o seu próprio pai

In “José Estêvão – Estudo e Colectânea”

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Gafanha da Nazaré - Marcas da nossa gente


Do painel comemorativo da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, em 2010, retirei esta marca indelével da nossa gente, retratando o esforço dos nossos antepassados. Este painel pode ser apreciado no fim da Avenida José Estêvão, na Cale da Vila, Gafanha da Nazaré.

Não murmureis. O nosso futuro é a vida plena

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XIX do Tempo Comum



«Nós somos enviados! Somos enviados para além do local e podemos usar todos os recursos da Internet para nos comunicarmos com pessoas que nunca encontraremos pessoalmente.»

A narração da leitura do Evangelho de hoje apresenta um novo passo de Jesus no seu discurso sobre o pão da vida. Jo 6, 41-51. E nos próximos domingos, também. São passos que conduzem à pergunta decisiva: “Também vós quereis deixar-me?” E a resposta pronta de Pedro: “A quem iremos, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna”.
Hoje, vemos que os judeus caem em si. A condição social de origem não condizia com o reconhecido estatuto de Mestre e, menos ainda, com o seu discurso após a multiplicação dos pães. E, coerentemente, interrogam-se sobre o que está a acontecer: Um artesão de Nazaré da Galileia ser o enviado de Deus? O filho de José e de Maria, bem conhecidos na terra, declarar-se pão da vida? O deslocado de Cafarnaum ensinar, com linguagem dura, “coisas estranhas” na sinagoga? Donde lhe vem tal autoridade? Jesus não entra “no jogo” de pergunta-resposta. Os factos estão à vista, são públicos. A explicação é clara, persuasiva e respeitadora. Em vez de se deixarem atrair por Deus e entrar na novidade que o ensinamento de Jesus comporta, começam a murmurar e “estancam” no seu rígido pensar.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Ouro para o luso-cubano Pablo Pichardo


Mais uma medalha para Portugal. Desta vez, de ouro. Pedro Pablo Pichardo é o novo campeão olímpico do triplo salto. O saltador luso-cubano dominou a final desta quinta-feira, sem nunca dar hipóteses aos seus adversários. Qualquer um dos seus saltos válidos teria dado para conquistar o ouro, mas o melhor chegou ao terceiro ensaio, 17,98m, novo recorde de Portugal. Estas estão a ser as melhores olimpíadas de sempre para o nosso país. Parabéns ao Pablo.

NOTA: Foto das redes sociais 

Gafanha da Nazaré - Obelisco da Barra

 





Arquivo do Distrito de Aveiro - Notas históricas


Mesa posta em plena serra

O viajante que passa, cansado da viagem, serra acima, serra abaixo, encontra no caminho a mesa posta para reconforto do corpo e da alma. O alimento chegaria depois. Ao fundo, aldeias perdidas nos horizontes do Caramulo, agreste no Inverno e sereno no Verão. Mesa e bancos resistentes ao tempo são um convite ao descanso e à contemplação. Almas e corpos cheios da beleza e pureza  do ambiente e do ar puro que saciou. E a viagem prossegue. 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Férias ao sabor da maré

Um gelado sabe sempre bem

Gente que passeia e aprecia a praia com maré baixa

Ponte com Costa Nova do outro lado 

Farol à vista

Para nos sentirmos em espírito de  férias, que pressupõe sair do dia a dia normal, fomos até ao Jardim Oudinot, a umas escassas centenas de metros da nossa casa.  De carro, foi rápido. A caminhar, mesmo a passo lento, já seria muitíssimo difícil. E gostámos, como não podia deixar de ser.
Tempo agradável, sem vento nem outros incómodos que nos obrigassem a regressar, por ali ficámos a apreciar a paisagem, a ver o pessoal em número considerável, com a criançada feliz e a malta mais crescida a ensaiar os namoricos de Verão ou para a vida. Quem sabe?
Saboreámos uns gelados mais um café para normalizar a temperatura corporal e registámos imagens já conhecidas de meio mundo, que as tenho divulgado com frequência. Máquina fotográfica desafinada, não ficou grande coisa para a história desta linda região gafanhoa. Contudo, para começar as férias, valeu a pena. E por aqui vamos andando, serenamente, ao sabor das marés.