terça-feira, 4 de maio de 2021

Festa de Nossa Senhora de Vagos - 24 de maio

Do comunicado do Santuário 
de Nossa Senhora de Vagos 



Os festejos em honra de Nossa Senhora de Vagos vão realizar-se no seu santuário,  no próximo dia 24 de maio, às 10 horas, com celebração Eucarística e bênção do Bodo. Face ao contexto do desconfinamento da pandemia do Covid-19, as cerimónias seguem o modelo presencial, com acesso a 575 lugares, para garantir os distanciamentos recomendados. Presidirá à cerimónia o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro.
Por motivos compreensíveis, os fiéis interessados em participar têm de adquirir um livre-acesso, devidamente identificado e numerado, que pode ser requerido através do telefone 234 792 406, do santuário, entre os dias 9 e 15 de maio.
Durante a manhã do dia 24 de maio e até às 12 horas, o trânsito estará condicionado em diversas artérias e só existirá a possibilidade de aceder ao santuário mediante a apresentação às autoridades competentes do referido livre-acesso. Também não haverá piqueniques e feira no recinto.
A celebração da Eucaristia será transmitida através do Canal de Youtube da Diocese de Aveiro, das Páginas do Facebook da Diocese de Aveiro e da paróquia de S. Tiago de Vagos, bem como pela Rádio Vagos.

Cumplicidades


 Cumplicidades: Máscaras negras, telemóveis, sorrisos... Olhos na mesma imagem?

NOTA: Foto da rede social 

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Estou ansioso por rever amigos e familiares



- Vivi hoje uma segunda-feira tranquila. Sem incómodos de saúde, sem pressas, sem horários, sem tarefas urgentes. Gostei. Eu sei que às vezes precisamos de alguns abanões para acordarmos para a realidade da vida com os seus ritmos e exigências de mais e melhor no dia a dia. Mas sabe bem sentir que a tranquilidade também nos traz serenidade interior.

- Com a campanha de vacinação em curso sob a batuta militar, onde  as regras de comando não se discutem, mas são cumpridas à risca, como um dia ouvi de um oficial paraquedista, parece-me que a luta contra o covid-19 está no bom caminho. Os números de mortos e contagiados estão a descer e a normalidade da vida volta para regalo de todos. As máscaras vão continuar e os distanciamentos têm de ser mantidos. Já nos habituámos e não haverá mal nenhum se aceitarmos estas regras. Todos ganharemos.

- Falta-nos o sol acalentador para os mais velhos, que os mais novos estão quentes por natureza. Dias luminosos dão outra cor à vida, disso estou certo. E então, quando tal acontecer, a alegria fará esquecer os maus momentos que vivemos durante mais de um ano.

-  Estou ansioso por rever amigos e familiares. Boa semana para todos.

FM

domingo, 2 de maio de 2021

Gafanha da Nazaré é cidade há 20 anos

Para assinalar o aniversário da nossa terra, 
uma homenagem às mulheres das secas do bacalhau

 





As celebrações do 20.º aniversário da cidade da Gafanha da Nazaré foram realizadas no respeito pelas regras em vigor, alusivas à pandemia. A Câmara Municipal de Ílhavo e a Junta de Freguesia da nossa terra, com António Pinho, deputado do CDS que apresentou na Assembleia da República a proposta para a criação da cidade, inauguraram um tríptico alusivo ao evento, que enaltece, com oportuna referência, as mulheres da seca, que desempenharam, na família, na comunidade e na economia, local e regional, sobretudo no auge da Faina Maior, um papel relevante, como sublinhou o autarca ilhavense, Fernando Caçoilo.
A Gafanha da Nazaré foi elevada a cidade em 19 de Abril de 2001 por mérito próprio, reconhecido pelas instâncias políticas da altura, continuando a nossa terra na senda do progresso a diversos níveis, graças ao dinamismo do nosso povo, traduzido no crescimento económico, social, cultural e espiritual.

A missa não pode ficar na missa

Dar testemunho, com obras e palavras, aos que a não frequentaram, é a missão dos verdadeiros discípulos. O mero consumismo religioso não é religioso.

1. “Se não tens nada que fazer, não me chateies, vai à missa.” Reagir assim, em dia de semana, era o modo bem-educado de quem recusava o uso de palavrões, muito frequentes, na aldeia em que nasci. Importa lembrar que a prática religiosa pautava os momentos mais marcantes do dia. O sino tocava de manhã, ao meio dia e ao fim da tarde. As pessoas paravam e rezavam, estivessem onde estivessem. O chofer da camionete, que fazia a carreira de Braga a Terras de Bouro, tirava o boné quando passava diante de uma Igreja, da Cruz ou das Alminhas. A maioria das famílias rezava o terço, já cabeceando de sono, depois da ceia. Faltar à missa ao Domingo era considerado pecado, a não ser que fosse por razões de força maior, como a doença ou a velhice. Isto era naquele tempo.
Por muitas e variadas razões, tudo mudou naquelas aldeias serranas, em progressiva desertificação, especialmente nas situadas acima da estrada romana, a Geira. A dificuldade de alguns párocos entenderem que as metamorfoses dos valores também afectam as práticas religiosas não os ajuda a entender certas atitudes da pouca juventude que resta. De qualquer modo, nada vence os romeiros de S. Bento da Porta Aberta e, no catolicismo português, Fátima é incontornável, embora ainda não possamos saber as consequências da pandemia que fez desse Santuário um deserto.

Dia da Mãe - A minha mãe


Celebra-se hoje, primeiro domingo de maio, o Dia da Mãe, razão mais do que suficiente para lembrar, com que saudade!, a minha mãe, conhecida, cá na Gafanha da Nazaré, mas não só, por Rosita Facica. Rosita Facica foi, desde que me conheço, uma forma carinhosa de tratar uma pessoa. O apelido veio da família dos Franciscos da Rocha, oriundos de terras de Vagos.
A minha mãe teve cinco filhos. Faleceram na infância três e criou dois: Eu, Fernando, e o meu irmão, também já falecido, Armando.
Nesta data, desde há muito, todos os filhos costumam lembrar e honrar as suas mães, vivas ou já no seio maternal de Deus, onde, segundo a nossa fé, intercedem por nós. A minha saudosa mãe está há muito nesse “lugar” privilegiado de vida sem fim e sem dor. Lembro-me dela todos os dias como dos meus filhos e netos me lembro, cada um com a sua vida.
Na minha memória, vejo constantemente o desbobinar de um filme projetado numa tela postada na parede da minha consciência. E é nessa tela que revivo os trabalhos e canseiras da minha mãe Rosita Facica, sempre com a palavra “pai” na ponta da língua para não esquecermos que ele andava sobre as ondas do mar. Esta expressão — ondas do mar — fazia parte indelével das orações em família, antes do deitar: Pelos que labutam sobre as ondas do mar, um Pai Nosso e uma Ave Maria.
Para além do amor ao trabalho e às tarefas do dia a dia, da minha mãe herdei ainda o gosto pela verdade, pela humildade, pela poupança, pela atenção aos mais pobres, pelo respeito por nós próprios e pelos demais, pela honradez sem hesitar.
Mulher de fé, abriu-me a razão ao transcendente, desde menino, quando, durante a missa, em latim, sentado no soalho da igreja matriz, ela me segredava a forma de viver cristãmente. O que sou e como sou veio muito da minha saudosa mãe Rosita.

Fernando Martins

sábado, 1 de maio de 2021

Jesus e a Igreja. 3

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

Os baptizados formam um povo de profetas, reis e sacerdotes. A ruptura numa Igreja de irmãos deu-se com a ordenação sacerdotal, que originou duas classes: clero e leigos.
Todos os cristãos são sacerdotes: oferecem a sua vida a Deus e à sua causa, que é a causa dos seres humanos. Aqueles e aquelas que se reúnem convocados no baptismo pela pessoa de Jesus e o seu Reino formam a Igreja e são povo sacerdotal e sacramento de um mundo outro. Mas é necessário que haja homens e mulheres que dedicam a sua vida ao anúncio do Reino de Deus, conselheiros espirituais que despertam para a transcendência, animadores e coordenadores das comunidades...
Neste sentido, embora sem ordens sacras, continuará o ministério de padres, presbíteros, bispos, líderes das comunidades. Homens e mulheres, casados ou não, escolhidos pelas comunidades ou com a sua participação. Alguns temporariamente, outros de modo permanente. E para quê?