segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Nomeações Diocesanas

José  Ferreira Alves - Ecónomo Diocesano
João Barbosa - Presidente da Cáritas Diocesana 

João Barbosa 
José Alves
D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, nomeou o diácono permanente José Ferreira Alves para o cargo de Ecónomo Diocesano, durante um período de cinco anos, sucedendo assim ao Pe. João Gonçalves, recentemente falecido. José Ferreira Alves, que deixou a presidência da Cáritas Diocesana, também fica a pertencer ao Conselho para os Assuntos Económicos. Para presidir à Direção da Cáritas Diocesana, o nosso Bispo nomeou João José da Maia Vieira Barbosa, um aveirense bastante conhecido.
Aos novos presidentes e respetivos membros dos corpos diretivos formulo votos das maiores venturas pessoais ao serviço da Igreja Diocesana de Aveiro. Porque os conheço há muitos anos, posso testemunhar a capacidade de trabalho e a honorabilidade que os caracterizam. 

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domingo, 7 de fevereiro de 2021

Ai de mim se não ajudar a nascer a alegria

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

A pronta disponibilidade para o serviço dos outros constitui a verdadeira alegria do Evangelho de Cristo que continua.

1. Cabe à inteligência prática saber adaptar-se. A pandemia mundial parece dizer-nos que, se não soubermos adaptar-nos a viver na cadeia – que as medidas de segurança exigem –, arriscamo-nos a ser suas vítimas e a fazer mais vítimas, correndo o perigo de servirmos a morte até aos próprios amigos e familiares.
Na cadeia, dizia um prisioneiro, importa cultivar a saúde mental, a saúde espiritual e a saúde física. São medidas e artes para conquistar a liberdade no dia-a-dia do cativeiro, para não acabarmos derrotados quando se abrirem as portas da prisão.
Para a saúde espiritual, recorro a uma antífona da Liturgia das Horas, feita de pura serenidade: Salvai-nos, Senhor, quando velamos e guardai-nos quando dormimos, para estarmos vigilantes com Cristo e descansarmos em paz. É seguida de uma oração igualmente bela: Iluminai, Senhor, esta noite, concedei-nos um descanso tranquilo, para que, amanhã, nos levantemos em vosso nome e possamos contemplar alegres e felizes o nascer de um novo dia.
A religião não dispensa o bom senso. Importa resistir à demagogia e ao sadismo de certas vozes, especializadas em semear a confusão, para defender interesses que não coincidem com os da população mais carenciada.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Eutanásia

O meu futuro, segundo a minha fé, 
ficará nas mãos de Deus

A eutanásia, que a nossa Assembleia da República aprovou, mas que eu, simples cidadão, não subscrevo nem aceitarei, veio num momento muito inoportuno, com tantos cidadãos vitimados pelo coronavírus. É claro que nem todos os portugueses alinham pelos mesmos princípios morais e éticos dos que votaram a favor da morte assistida. Eu sou um dos que defendem o respeito pelo vida até ao fim natural.
Se porventura eu ficar na situação de doença terminal e dolorosa, jamais aceitarei a hipótese e as normas da lei que os nossos deputados aprovaram. Pedirei que me atenuem as dores, se possível, mas ainda que desliguem as máquinas se não houver na medicina alternativa viável. O meu futuro, segundo a minha fé, ficará nas mãos de Deus.

Fernando Martins

O sentido da vida. 4. A morte e a esperança

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

"Deus é o Bem", que não nos será tirado. E há uma dívida da História para com as vítimas inocentes; sem Deus, quem pagaria essa dívida?


1 A morte é o choque mortal com o sentido. Ela é a barreira inultrapassável, definitiva. Significativamente, os antropólogos são unânimes em reconhecer na sepultura, portanto, na consciência da morte e na procura de transcendê-la, o sinal decisivo, indesmentível, de que, na história gigantesca da evolução, estamos em presença do ser humano, de alguém, da pessoa. Essa consciência é sempre acompanhada da religião e, de um modo ou outro, da filosofia, como reconhece a história, de Platão - a filosofia é "o exercício de morrer e estar morto" - a Schopenhauer, que via na morte a "musa da filosofia", ou Martin Heidegger.
Perante a morte, quando tudo desaba e se afunda, erguem-se, mais dramáticas, esmagadoras, as perguntas essenciais: Donde vimos?, Para onde vamos? Qual o sentido de tudo? O que vale a existência? Perguntas inevitáveis para todos, pois, como dizia Ernst Bloch, no regresso a casa após o funeral de um amigo, nem mesmo o maior capitalista pensa apenas na sua conta no banco. Aí está a razão por que, para conhecer uma sociedade, talvez mais importante do que saber como é que nela se vive, é saber como é que nela se morre e se trata os mortos. A maior prova do profundo mal-estar da nossa sociedade é que teve de fazer da morte um tabu.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Zé Penicheiro - Traços e cores da nossa região



 
Da secretária da minha tebaida vejo assim este quadro do Zé Penicheiro, artista que tive o gosto de conhecer desde que se instalou em Aveiro. A beleza da nossa ria, gente e terras, fascinava-o. Todos os dias, quando me sento, o Zé Penicheiro está presente.

Nota: Registo feito de lado para evitar reflexos. 

A terra não nos pertence

Paisagem açoriana 

“A terra não nos pertence. Esta noção fundamental é-nos lembrada pelos ecologistas. Deixando de lado todos os fenómenos espúrios, considero que esta nova atenção consagrada ao ambiente é um acontecimento capital para a história da Humanidade.”

Abbé Pierre

In Testamento

Jesus e os doentes: A força da ternura e do cuidado

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo V do Tempo Comum

Jesus anda por terras de Cafarnaúm, segundo a narrativa de Marcos. Mc 1, 29-39. Vive uma jornada intensa de trabalho. Sai da sinagoga e vai a casa de Simão. Encontra, com febre, a sogra deste. Estende-lhe a mão e ela fica curada. Depois, ao cair da noite, depara-se com muitas pessoas atormentadas por diversos males. Cura umas e liberta outras. A sua fama vai aumentando. O estatuto social do carpinteiro de Nazaré começa a ter novo apreço. E ele tem de travar o “falatório” para não antecipar o ritmo normal da realização do seu projecto. Recolhe-se, por isso, em oração, para verificar a sintonia com o querer de Deus-Pai. Deixa aquelas terras e vai para as povoações vizinhas. É preciso anunciar que o reino de Deus está em realização. Há que ser coerente e não parar nos primeiros passos.
“O encontro de Jesus com os doentes, apresentado nesta página do Evangelho… que fala de atividade… de cuidados (tratamentos) e de cura dos que sofrem, comenta Manicardi, é instrutivo para o discurso espiritual cristão sobre a doença e o sofrimento. Jesus não prega resignação, não pede para oferecerem o sofrimento a Deus… Jesus luta contra o mal, procura fazê-lo recuar e devolver a saúde à pessoa. Ele apresenta-se como «médico» Mc 2, 17)”.