sábado, 4 de julho de 2020

Desconfinar a Igreja. 2

Crónica de Anselmo Borges 


Igreja de saída

1. Quem está interessado na Igreja, seja por razões de fé, religiosas, ou simplesmente históricas, é com certeza assaltado pela pergunta: o que se passa? De facto, os dados estão aí, clamorosos. Concretamente na Europa e em países como a França, a Espanha, os Países Baixos, a própria Irlanda, para não falar na República Checa, onde 80% dos habitantes se confessam ateus, a prática religiosa cai vertiginosamente, sobretudo entre os jovens, sendo dramática de ano para ano a diminuição do número de baptismos, de casamentos..., os seminários esvaziam-se, o clero envelhece... 
O que se passa? Há razões exteriores à Igreja e outras de que ela própria é responsável. Vivemos numa sociedade que vive da imediatidade e do prazer, num consumismo devorador, que afastou do seu horizonte as perguntas essenciais, metafísico-religiosas, menosprezando a questão do sentido, do sentido último, esperando fundamentalmente respostas da tecnociência e das novas tecnologias. Mergulhados no mundo da imanência, a transcendência desaparece. 
Mas as responsabilidades da própria Igreja não podem ser ignoradas. Como é patente a quem não queira fugir à verdade e à lucidez. A fé viva começa sempre com uma experiência de encontro. Jesus fez uma experiência avassaladora de Deus como Pai-Mãe, amor incondicional.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

A pestilência lagunar de 1755

Senos da Fonseca
«O actual estado pandémico, esta mortandade todos os dias antevista e logo amanhã, dolorosamente assumida, esta permanente vizinhança com o vírus letal, para nós se.... ou para um qualquer próximo, a impotência para dominar a onda invasora viral, não pode deixar de trazer à colação, e relembrar, a pestilência lagunar de 1755. 
Provavelmente, as comunidades hoje alapadas à beira da Laguna, desconhecerão o então sucedido, com uma dimensão trágica, proporcional, muito superior ao actual ataque covidiano. 
Vamos pois, em breves palavras, rememorá-la no essencial.» Começa assim o texto que Senos da Fonseca escreveu no seu blogue, que foi transcrito pela revista BORDO LIVRE do Clube de Oficiais da Marinha Mercante. É óbvio que a “pestilência lagunar de 1755” não será conhecida de muitos portugueses, em geral, e de muitos aveirenses, em particular, mas é facto que dizimou imensa gente, deixando dramáticos rastos na história regional, com registos dolorosos... 
Aconselho, pois, a leitura do texto de Senos da Fonseca no seu blogue TERRALAMPADA. 

Oração de Jesus: Eu Te bendigo, ó Pai

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XIV do Tempo Comum

(foto da rede global)
"Temos de encontrar novas linguagens; 
este tempo é um laboratório."

Jesus percorre aldeias e cidades para ensinar e pregar reino de Deus. Está no início da missão. Que sentimentos e sonhos alimentaria! Os ouvintes reagem de modos diferentes: Uns, como as crianças que se divertem na praça pública, como povo infantil; outros, como fariseus rígidos nas suas convicções e intolerantes; outros ainda, como um “resto” fiel, aberto à novidade de Deus e confiante na realização das promessas feitas.
Perante esta diversidade, Jesus não se lamenta nem reage com aspereza, mas adverte com seriedade e faz uma oração de bênção a Deus Pai, exclamando: “Eu Te bendigo, ó Pai…”, oração que apresenta uma leitura da situação e abre horizontes de esperança para o futuro enraizado no presente. Mt 11, 25-30. Oração que vamos meditar, procurando lançar a sua luz no tempo de pandemia que vivemos.
“Eu Te bendigo, ó Pai” porque deste a conhecer o teu projecto de amor a todos e queres realizá-lo com a cooperação de cada um; confirmaste esta decisão de muitos modos ao longo da história, mas agora por meio da missão que me confiaste e, a partir de mim, àqueles que escolhi – os meus discípulos e seus sucessores; abençoaste a minha preferência pelos pequeninos do reino, pelos mansos e humildes de coração.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Praia no fim de semana

Na praia do Farol. Foto de uma história com graça 

Tudo indica que vamos ter um fim de semana à moda do Verão, com temperaturas a condizer e sem chuva. Será um convite à descontração nas praias portugueses, de Norte a Sul, sem esquecer as praias fluviais um pouco por todo o lado. Portugal é rico em praias, já toda a gente sabe, pelo que nos podemos orgulhar disso, aproveitando os benefícios que resultam de uma vida ao ar livre. 
Não sendo muito dado a praias, de vez em quando também as visito. 
Todos sabemos que as regras impostas pela presente pandemia têm de ser cumpridas e aconselhadas aos mais descuidados. Isto de aconselhar é importante, mas o mais frutuoso será o bom exemplo de cada um. Então, daqui vão os meus votos de bom fim de semana, com ou sem praia.


A pureza da flor para este dia



Uma flor, de cores suaves, é sempre uma forma de nos prepararmos para aceitar um novo dia com todas as emoções que surgem de mansinho. As boas dão-nos vida; as menos boas serão um desafio à nossa imaginação para a luta do dia a dia.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Quantos são os nossos antepassados?

Veja que interessante, 
a quantidade dos nossos antepassados:


Pais: 2
Avós: 4
Bisavós: 8
Trisavós: 16
Tetravós: 32
Pentavós: 64
Hexavós: 128
Heptavós: 256
Octavós: 512
Eneavós: 1024
Decavós: 2048

Num total de 11 gerações, 4094 ancestrais. Isto tudo em, aproximadamente, 300 anos antes de nascermos! Se somarmos 20 gerações, nosso ancestrais somam mais de 1 milhão de pessoas!
Pare por um instante e pense!

De onde vieram?
Quantas lutas travaram?
Por quanta fome passaram?
Quantas guerras viveram?
Por quantas vicissitudes todos nossos antepassados sobreviveram?
Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?
Quanto de sua força para sobreviver, cada um deles teve dentro de si para que, hoje, nós estejamos aqui, vivos?
Nós só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.
Portanto, curve-se e reverencie seus antepassados!
Tenha gratidão a todos os nossos ancestrais, pois, sem eles, cada um de nós não teria a felicidade de conhecer a VIDA!

(Autor desconhecido)

Li aqui 

AMÁLIA

Se fosse viva, completaria hoje 100 anos. Nasceu, efetivamente, em 1 de Julho de 1920, mas foi registada no Fundão em 23 do mesmo mês e ano. Faleceu em 6 de Outubro de 1999 em Lisboa e está sepultada no Panteão Nacional, ocupando um lugar para a posteridade, ao lado de outros que, como ela, dignificaram a cultura portuguesa.
Considerada a Rainha do Fado, Amália Rodrigues está na memória de muitos portugueses, bem como de povos das mais diversas nacionalidades, para quem cantou nos múltiplos espetáculos em que participou. 
A sua extraordinária voz, à qual associou um estilo expressivo e único, espalhou pelo mundo alguns dos maiores poetas portugueses, nomeadamente, Camões, David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Alexandre O'Neill e Manuel Alegre. E o fado, canção típica de Lisboa, foi ouvido e entendido em castelhano, galego, francês, italiano e inglês. 
Evoco-a hoje com esta breve nota, depois de ouvir uns CD em sua memória. 

F. M.

NOTA: Foto da rede global