«Certo empolamento dos “ministérios ordenados” na Igreja corre o perigo de fazer esquecer aquilo para que foram criados: o serviço de comunidades concretas que existem sempre em determinadas circunstâncias de tempo e lugar. Circunstâncias que de modo nenhum podem ser esquecidas nas estratégias e nas tácticas dos planos pastorais. As comunidades cristãs são constituídas por homens e mulheres na base de um único Baptismo.
Em toda a história da Igreja nunca existiu um Baptismo só para homens e outro só para mulheres. É o sacramento da incorporação no Espírito de Cristo. Todos, mulheres e homens, participam do mesmo sacerdócio, o sacerdócio de Cristo, em todas as suas dimensões.
São as mulheres e os homens renascidos no Baptismo – e que dele tomam consciência viva – os verdadeiros responsáveis do testemunho de Jesus de Nazaré, na sua vida pessoal e comunitária, assim como da promoção e organização dos serviços indispensáveis à expansão desse testemunho. Quando o fogo do Espírito é atiçado, esses serviços nascem e desenvolvem-se das formas mais inesperadas.»