quarta-feira, 13 de junho de 2018

Festival de Folclore na Gafanha da Nazaré


XXXV Festival Nacional de Folclore
Gafanha da Nazaré
Jardim 31 de Agosto
7 de julho
21 horas

(Foto do meu arquivo)

No próximo dia 7 de julho, pelas 21 horas, vai realizar-se, no Jardim 31 de Agosto,  o XXXV Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré, com organização do Grupo Etnográfico da nossa terra. Como reza a tradição, os amantes do folclore e da etnografia marcarão presença para saborearem as danças e cantares, mas também os trajes regionais, dos grupos convidados para esta festa anual. 
Participam, para além do grupo anfitrião, o Grupo Folclórico de Coimbra, o Rancho Folclórico da Associação Desportiva do Mindelo — Vila do Conte, o Rancho Folclórico de Silvares — Guimarães e o Grupo Etnográfico da Casa do Povo de Lanheses — Viana do Castelo. 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Solidão em plena Ria de Aveiro



À volta desta imagem, captada pela minha sensibilidade, podemos tecer as mais variadas considerações, porventura até contraditórias. Para mim, esta é a solidão em plena Ria de Aveiro, a laguna que nos envolve e encanta. 
O barquinho de cirandar pelas águas mansas para olhar a paisagem circundante, com casario a garantir a presença de populações laboriosas, não servirá para grandes aventuras, mas pode levar-nos a sonhar com umas voltinhas tranquilas ao ritmo das marés e dos nossos desejos. 
Boa semana para todos, agora que se anunciam, finalmente, temperaturas mais amenas e mais animadoras. 

Fernando Martins

Porto de Aveiro com ligação ferroviária a França

Porto de Aveiro
«A Comissão Europeia aprovou a inclusão da linha ferroviária galega entre A Corunha e Palencia no Corredor Atlântico que liga o Porto de Aveiro a Fran­ça, medida que aumentará a competitividade daquela região espanhola, anunciou o Eixo Atlântico. “A importância desta decisão reside não só na competitivida­de dos portos galegos, que podem fazer chegar as suas mercadorias a toda a Europa em tempos competitivos, mas tam­bém no impulso económi­co que levará ao interior da Galiza, região com grandes problemas demográficos pela falta de investimentos e do movimento económico”, refere em comunicado o organismo que congrega 38 municípios portugueses e galegos.»


domingo, 10 de junho de 2018

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas

Portugal é  um dos 10 países mais antigos do mundo



Sabia que Portugal fez em maio 839 anos? Pelo menos aos olhos da Igreja, pois não nos referimos ao Tratado de Zamora – existe outro documento que foi igualmente importante para a História do nosso país.
O manifestis probatum foi uma bula emitida pelo Papa Alexandre III a 23 de maio de 1179. Esta declarava o Condado Portucalense independente do Reino de Leão e D. Afonso Henriques o seu soberano.
Este documento veio assim reconhecer a validade do Tratado de Zamora, assinado a 5 de outubro de 1143, através do qual o rei de Leão reconheceu a independência do Condado, que passou a denominar-se Portugal.
No entanto, só 35 anos depois é que a Igreja Católica, através do Papa Alexandre III, reconheceu o reino de Portugal como território independente e D. Afonso Henriques como monarca. 
Hoje, Dia de Portugal, celebramos um dos países mais antigos do mundo - sim, Portugal é um dos 10 países que conquistaram a independência mais cedo. Veja abaixo a lista:


Japão - Unificação dá-se em 660 a.C.

China - Unificação dá-se em 221 a.C.

França - Independente desde 843

Inglaterra - Independente desde 927

Dinamarca - Independente desde 958

Áustria - Independente desde 976

Hungria - Independente desde 1000

Portugal - Independente desde 1139

Mongólia - Independente desde 1206

Tailândia - Independente desde 1238

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Sugestão do Google

Notas do meu Diário: A chuva na Primavera



Antes da aurora, a Lita disse-me que choveu toda a noite. Acreditei. Não ouvi nada porque sou meio surdo, um bem para dormir descansado. Um mal porque tenho de usar próteses auditivas. Aberta a janela, pouco depois, confirma-se a triste Primavera que nos coube na roda da vida. Como diz um conhecido cronista, nunca vi uma Primavera assim, mas decerto já passámos por outras semelhantes. Confiadamente, esperamos que o Verão corresponda ao que desejamos. Muito sol, quentinho quanto baste, mas não tão forte que possa estimular os incêndios. 
Por casa, joelhos quentes por manta que afugenta o frio, salamandra apagada porque a lenha se foi com o fumo pela chaminé, a leitura e a escrita são o meu refúgio. Sentado, com o portátil sobre os joelhos, dou uma volta ao imaginário em busca de futuros destinos. Mar à vista, mas a serra como experiência para novos olhares. 
Por perto, o Totti, o velho cão já centenário e agora muito dorminhoco, mal que se tem intensificado desde que a sua companheira, a Tita, deixou este mundo. De vez em quando, levanta a cabeça para saber quem está e volta a passar-se para o mar da tranquilidade que o sono oferece. 
“A vida no Campo”, de Joel Neto, é um livro tranquilizante. Um diário que se lê com muito gosto sem cansar. Joel Neto, que foi jornalista em Lisboa (ainda é cronista no DN), deixou tudo para voltar às suas origens: Ilha Terceira, lugar dos Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã. Vive com a mulher e dois cães, em casa com jardim e horta. Na contracapa lê-se: «Rodeado de uma paisagem estonteante, das memórias da infância e de uma panóplia de vizinhos de modos simples e vocação filosófica, descobriu que, afinal, a vida pode mesmo ser mais serena, mais barata e mais livre. E, se calhar, mais inteligente.» 

Fernando Martins 

Nota: Joel Neto é autor de ARQUIPÉLAGO e MERIDIANO 28, duas obras que aguardam vez de leitura. 

Futebol, o espelho do mundo que temos construído




Adriano Miranda 

O doido da família

Frei Bento Domingues

«Em nome do cristianismo, em nome da sua exclusiva posse da verdade, foram muitas vezes condenadas as outras religiões, pois a verdade e o erro não merecem o mesmo respeito.
Do anátema passou-se à tolerância. Não eram igualmente verdadeiras mas, para superar as guerras de religião, o melhor era suportá-las. Mal menor.
O pluralismo humano e cultural apontava para algo mais positivo. Nasceu a teologia sobre as outras religiões, baseada na pergunta: qual a significação que a diversidade religiosa pode ter no plano de Deus?»


1. A Catalunha continua a ser notícia por vários motivos, sobretudo por razões de ordem política. Os meios de comunicação portugueses não foram excepção, mas esqueceram a grande homenagem à figura marcante da cultura catalã actual e de significação universal.
A Generalitat de Catalunya i l'Ajuntament de Barcelona estão a celebrar, em 2018, o Ano de Raimon Panikkar (1918-2010), centenário de um sábio do nosso tempo [1]. Filho de pai indiano e hindu e de mãe catalã católica romana, nasceu em Barcelona, viveu na Índia e morreu rodeado da beleza em Tavertet.
Era padre, cientista, filósofo, teólogo e místico. Sem deixar de ser católico integrou, na sua identidade, vários elementos de outras crenças religiosas. Como diz Ignasi Moreta, editor das suas Obras Completas, das quais já saíram dez volumes, "era uma ponte entre o Oriente e o Ocidente, entre as Letras e as Ciências, entre as expressões do Cristianismo, do Induísmo, do Budismo e do Pensamento Secular".

sábado, 9 de junho de 2018

Aveiro: Ponte Laços de Amizade




No canal,  junto ao Forum,  há uma ponte com nome curioso, no mínimo. Chama-se "Ponte Laços de  Amizade - Poema a Aveiro" e liga aquele espaço comercial ao outro lado. As proteções laterais da ponte estão cheias de fitas assinadas, que traduzem, decerto, a ideia de que as grandes amizades tanto são espontâneas como resultam de pontes que estabelecem ligações de proximidade, que  perduram pela vida fora. Gostei de ver, sim senhor. Mas não pude conhecer as motivações que levaram ao batismo desta ponte, com data de 10-12-2016.

Requalificação da Av. Lourenço Peixinho é uma urgência



«Para além do Rossio, outra zona central da cidade que esteve em discussão na reunião de Câmara de ontem foi a Avenida Dr. Lourenço Peixinho, onde a coligação PSD/CDS que governa a edilidade também pretende intervir. A sétima versão do estudo prévio foi apresentada em traços gerais por Ribau Esteves. De acordo com a descrição do autarca, a nova versão do documento mantém os dois passeios laterais mas com o dobro da largura (cinco metros cada) e com uma linha de árvores em cada um, à custa do separador central, que ficará apenas com um metro. Haverá duas faixas de rodagem em cada sentido, uma das quais será reservada a transportes públicos e bicicletas. Cada uma das margens da principal artéria da cidade terá ainda estacionamento longitudinal.»


Nota: Com o tempo, tudo passa. O que ontem era moda, vai hoje para o caixote do lixo. Sou do tempo em que a Av. Lourenço Peixinho era a sala de visitas de Aveiro, Tudo para ali confluía e tudo ali se celebrava. O comércio da moda concentrava-se naquela avenida e era por ela que passeávamos. Também tomávamos café a apreciar o trânsito de veículos e pessoas. E ao domingo era certo e sabido que lanchávamos num dos cafés ou pastelarias da avenida com a família. 
Depois vieram as grandes superfícies com o Forum à cabeça e tudo se alterou. A sala de visitas mudou-se de armas e bagagens para ambientes mais atrativos e a velha avenida envelheceu. Cá para nós, contudo, ainda será possível rejuvenescê-la. Não voltará aos tempos de ouro, mas poderá ser uma alternativa válida às grandes superfícies. 

Bourdain ficará na memória de muitos



«Um outro dia, anos mais tarde, num zapping televisivo, reapareceu-me Anthony Bourdin. A agilidade fílmica da CNN dava outro enquadramento e ritmo a esta sua nova experiência televisiva. O modelo era diferente: menos intimista, mais cosmopolita, no limiar da antropologia cultural. Era muito interessante ver uma figura saída da cozinha convencional a passear-se por cenários quase “radicais”, das tascas de rua aos locais mais simples e estranhos. Devo confessar, para que não sobrevivam dúvidas, que raramente aquela exploração de culinárias raras me excitou os sentidos, particularmente ao ver Bourdain testar alguns produtos cuja bizarria fazia presumir sabores estranhos.»

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Nota: Confesso que apreciei imenso  Anthony Bourdin nos seus programas televisivos, pela naturalidade na apresentação, pelo apetite que ele nos  suscitava, pela cultura  gastronómica que irradiava, mas não só, e por tudo o que nos ofereceu um pouco de todo o mundo. Não quis continuar a viver e foi pena, porque teria ainda muito mais para nos ensinar. E tenho para mim que o seu estilo dificilmente será  ultrapassado.