segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Viajando pela Rússia

Crónica de viagens de Maria Donzília Almeida

Escadaria do Palácio de Yusopov
Forte de S. Pedro e de S. Paulo
Palácio de Yusopov
Palácio de Yusopov - Salão
Teatro de Yusopov  Palácio se S. Peterburg.
A Rússia, um país que suscita as mais controversas emoções, foi o destino do grupo de viajantes da Vera Cruz, neste ano da Graça de 2016.
Visitar a Rússia é mergulhar nas páginas da sua história, que se abrem perante nós em cada pedra que pisamos, cada palácio que visitamos, cada catedral que admiramos.
É tão vasta a sua história, quanto a dimensão do país, que duplica a área do Brasil. Na sua imensa superfície, uma parte europeia, outra asiática, confina com países como a Coreia do Norte, a China, a Mongólia, o Cazaquistão, o Azerbaijão, a Geórgia, a Ucrânia, a Bielorrússia, a Letónia, a Finlândia e Noruega e ainda o Alasca.
Para compreender a Rússia de hoje, convém conhecer um pouco da sua história que se inicia com os eslavos do leste, um grupo étnico reconhecido na Europa entre os séculos III e VIII. Fundado e dirigido por uma classe nobre de guerreiros vikings e pelos seus descendentes, o Principado de Kiev, o primeiro estado eslavo, surgiu no século IX. Adotou o cristianismo ortodoxo do Império Bizantino em 988, dando início à síntese das culturas bizantina e eslava, acabando por definir a cultura russa.

domingo, 28 de agosto de 2016

Saborear enguias na terra do bacalhau — Li no FUGAS

Texto José Augusto Moreira
com fotos de Hugo Santos

Sala principal do restaurante A Cave, na Gafanha da Encarnação

Há que passar por Ílhavo para se entender a saga heróica da pesca do “fiel amigo” e para o saborear nas suas receitas mais tradicionais. Foi n’ A Cave, na Gafanha da Encarnação, que nos repimpámos com um abafado de bacalhau e umas enguias de caldeirada. Duas tachadas de truz!
Sendo o bacalhau uma paixão nacional, bem se pode dizer que Ílhavo há-de ter um cantinho especial no coração dos portugueses. Mas sobretudo no palato, já que foi a partir daí que se formou o grosso da frota bacalhoeira e continua a ser com base no seu porto bacalhoeiro que o país se alimenta do “fiel amigo”. Do verdadeiro, o gadus morhua. Aquele que vem das águas frias do Atlântico Norte, que amarelece com a cura, que lasca quando chega ao prato e é apaixonadamente apreciado.
Há que passar por Ílhavo para se entender a saga heróica da pesca à linha do bacalhau. Tem o Museu Marítimo, moderno e exemplar, onde a toda a história está muito bem documentada e exposta, e que inclui até, desde há três anos, um aquário de bacalhaus; Tem também, atracado no porto, o arrastão Santo André, para mostrar como era dura a vida daqueles que fizeram a história da “faina maior”; e tem até um festival dedicado ao bacalhau onde este é saboreado nas múltiplas tasquinhas segundo as receitas mais típicas e tradicionais, e que todos os anos atrai centenas de milhar de visitantes, tal como mais uma vez aconteceu no final da semana passada.
Ler tudo aqui
NOTA: Fico sempre satisfeito quando leio na comunicação social referências à nossa terra. E se essas referências são de aplauso, mais satisfeito fico. Quando posso, partilho o que vou sabendo.

Efeméride: Imagem do Senhor dos Passos

1896 — 28 de agosto
 
Imagem do Senhor dos Passos - Paróquia da Glória
 
«Pelas duas horas da madrugada, os mordomos da respectiva Irmandade do ramo da Vera-Cruz levaram violentamente para a igreja do Carmo a veneranda imagem do Senhor dos Passos que, tendo sido da matriz de S. Miguel, fora transferida em 1835 para a paroquial de Nossa Senhora da Gória (Litoral, 5-3-1955 e 19-3-1955) – J.»
 
 

sábado, 27 de agosto de 2016

32.º Festival de Folclore "Cidade de Ílhavo"



Vai realizar-se, no próximo dia 3 de setembro, no Jardim de Ílhavo, o 32.º Festival de Folclore "Cidade de Ílhavo", com realização do Rancho Regional da Casa do Povo daquela cidade. 
Participam, para além do rancho anfitrião, os Ranchos Folclórico e Etnográfico de Reguengo da Parada - Caldas da Rainha, Folclórico da Ribeira de Santarém - Santarém, Folclórico de São Félix da Marinha - Vila Nova de Gaia, Folclórico dos Moleanos - Alcobaça e Folclórico de Paranhos - Porto.
Esta é mais uma expressiva demonstração da etnografia, em especial, e do folclore, em particular, do nosso país, digna de ser apreciada pelos amantes das ancestrais artes e saberes do nosso povo.

Para o Padre José Lourenço

Uma reflexão de Pedro José Lopes Correia

os cuidados que precisamos sempre:
para o Pe José Lourenço (93 anos de vida e 69 de padre)

Padres Pedro José e José Lourenço
“Não acredito que cada um tenha o seu lugar. 
Acredito que cada um é um lugar para os outros”, 

Daniel Faria in O Livro de Joaquim.

O estar deitado numa cama e não poder mover-se por si próprio. As forças no fim. As dores omnipresentes no rosto. A Ternura da mão acolhida na segurança do afecto, da relação e da história alargada. Não sabemos a hora do fim. Queremos acreditar no Amor-que-se-faz-presença-até-ao-Fim. A competência extrema e eficiente de quem cuida e humaniza o «nosso» fim. A nossa história de Amor nesta terra é feita de um Nó infinito de relações amadas e partilhadas. Nada será perdido.

Não ser capaz de estar Indiferente a todo o sofrimento que cai sobre nós: sismo, doença grave, desemprego, relações atraiçoadas… A lista não tem fim. Fim tem a vida limitada e fechada no Egoísmo. Vida contínua é a que comunga da presença de Deus e das pessoas sem preconceitos. A Alegria do serviço doado: seja a limpar o chão molhado; a gerir a aplicação criteriosa dos medicamentos descobertos pela Ciência; a trazer a luz do bem recebido e feito.

(...)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

AMIGO, VEM MAIS PARA CIMA

Reflexão de Georgino Rocha
 
 
Este apelo convite surge na parábola do banquete narrada por Jesus na conversa à mesa com um fariseu que o havia convidado a tomar uma refeição em sua casa. Constitui uma espécie de resposta às atitudes dos comensais que buscam os primeiros lugares, sinal ritual da importância social e religiosa de cada um. Serve de contraponto e realça valores fundamentais a quem pretende ser discípulo e fazer parte da comunidade dos que o seguem. Define claramente as pautas da “corrida do cristão” na sociedade actual, da escala de valores a promover e das atitudes a vivenciar.
Estar à mesa e comer juntos tem um grande significado familiar, social e religioso: encontro amigo e fraterno, conversa e partilha de notícias e saberes, reforço de laços de proximidade, afirmação de estima mútua e de próxima ou igual categoria. Assim o entendiam todos os participantes. Por isso se observam mutuamente.  Certamente com segundas intenções. Jesus não foge à regra, como o demonstram as parábolas, hoje, narradas.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Um poema de Orlando Figueiredo: MAR

Publicado 
em 25 de agosto de 2006 
no meu blogue




MAR 

Aqui está o mar
inteiro e firme
olhos abertos e azuis
voz rouca e veemente

Cresce em mim como espuma
o desejo de amar o mar


In “Guardador de Sonhos”

NOTA: Os anos passam a uma velocidade estonteante, ficando para trás, cansados da caminhada, vivências,  experiências, encontros e desencontros, leituras e escritos. Fui ver o que escrevi no dia 25 de agosto de há 10 anos e encontrei este poema do meu familiar, amigo e poeta Orlando Figueiredo. Aqui fica ele em jeito de homenagem e na esperança de voltar à leitura da sua poesia.