sábado, 11 de abril de 2015

A verdade nua e crua

Crónica de Anselmo Borges 


Anselmo Borges

1. Era um daqueles beatos que julgam amar a Deus por Ele, mas que apenas pedincham em vez de agradecer. Lá estava ele permanentemente diante do Cristo crucificado: "Senhor, cuida dos meus campos, dá-me saúde e faz que eu não morra." Um dia, farto, o sacristão escondeu-se por trás do crucifixo: "Filho, tens de tratar tu dos campos e da saúde e já sabes que um dia tens de morrer como todos os outros." O beato, furioso: "Porque és assim, pelo teu mau falar, é que foste, e bem, pregado na cruz."
Quem gosta de ouvir a verdade nua e crua?
Vamos supor que, num funeral, o padre se ergue a dizer: "Meus irmãos, levamos hoje a sepultar este irmão que era um estupor. Não sabe a mulher das suas infidelidades? Não sabem todos que era um corrupto? Alguém conhece um acto seu de generosidade? Como tratou os filhos? Um ateu crasso, materialista, que fugiu ao fisco, matou, e todos, lá no íntimo, consideram que era tão-só um crápula. Graças a Deus, estamos livres dele, vai hoje a sepultar."
A verdade nua e crua. Mas alguém, incluindo as suas vítimas, toleraria o discurso?
E aquele pensamento de Pascal: se se soubesse o que os amigos dizem nas costas, talvez não sobrassem no mundo mais do que dois ou três amigos.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Centro Social Paroquial com novos órgãos sociais

Torna-se imperioso 
fazer obras de restauro 
ou construir um edifício novo

Reunião da tomada de posse

«O Centro Social Paroquial é uma casa grande e complicada, mas sabemos que agora é uma casa mais tranquila», afirmou o nosso prior, Padre Francisco Melo, na tomada de posse dos novos órgãos sociais, que decorreu na sala da biblioteca, na igreja matriz, no dia 27 de março, pelas 20.30 horas. Marcaram presença os membros cessantes do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Nazaré (CSPNSN) e os que tomaram posse, bem como representantes do Conselho Económico e Pastoral da paróquia.

Ciência sem limites — Há vida fora da Terra?


«Há vida fora da Terra? Aparentemente sim, e provavelmente iremos descobrir a sua existência nos próximos 10 anos. Segundo a cientista-chefe da NASA, Ellen Stofan, teremos registos de de vida noutros outros planetas até 2025.»


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UA quer devolver "brilho nos olhos" aos professores

Os professores devem cultivar este espírito

«A Oficina de Acompanhamento ao Docente (OAD) é um serviço novo criado na Universidade de Aveiro (UA) que quer devolver aos professores portugueses o “brilho nos olhos” que possa ter sido perdido devido ao “desgaste” e aos problemas que a profissão acarreta. “Se os professores estiverem bem, contagiam os alunos. Isso é fundamental”, afirmou Jacinto Jardim, o especialista em Ciências da Educação que está à frente do projecto.»

No Diário de Aveiro de hoje

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Nota: Li hoje, no DA online, aquele parágrafo que diz o suficiente, julgo eu, do artigo com o mesmo título. Confesso que acho, sinceramente, que a iniciativa terá futuro, porque o serviço aqui anunciado é pertinente. Realmente, os professores precisam, quando transmitem saberes, de um brilhozinho nos olhos, porque "caras de pau" não seduzem ninguém. Os professores e todos quantos exercem profissões que se dirigem particularmente a pessoas necessitam mesmo do tal "brilho nos olhos".
O que me parece é que a classe docente tem sofrido imenso com decretos, projetos, programas e decisões que, tanto quanto tenho ouvido e lido, só prejudicam a arte de transmitir conhecimentos num ambiente de serenidade física e mental, mas também de otimismo. 


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mais feliz

"Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença 
sem se sentir melhor e mais feliz". 

Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)

Voltar à liça é o que eu quero



Os meus leitores e amigos devem notar que de vez em quando até parece que ando longe do mundo. Eu próprio reconheço isso, mas nem sempre tenho coragem de assumir um certo cansaço que me exige parar um pouco. Penso que não estou a chocar qualquer incómodo de saúde, mas tão-só a acusar o peso dos anos, embora haja muitíssima gente mais velha do que eu com genica para correr na vida. 
Nesta minha tebaida virtual, que são os meus blogues, costumo usufruir o prazer de partilhar opiniões e retalhos de vida, dando ainda guarida ao que gosto de ler e de ver. Daí que, dia após dia de alguma sonolência, o bichinho de saltar para o mundo começa a picar-me na consciência, ao mesmo tempo que me desperta para voltar à caminhada. Faço planos, busco ideias inovadoras, apelo à coragem para não me acomodar num sofá, assumo, enfim, que parar é morrer. É isso. E se prego essa verdade, aqui ou noutras circunstâncias e lugares, então tenho de ser coerente comigo mesmo, voltando à liça. É o que quero fazer. 

Fernando Martins


A nossa gente: Os ílhavos na Grande Guerra



Neste mês de abril, em que se celebra o Feriado Municipal de Ílhavo, cujo programa integra a inauguração da Exposição “Os Ílhavos na Grande Guerra”, dedicamos a rubrica “a nossa gente” aos Ilhavenses que combateram na I Guerra Mundial.«
Há cem anos atrás, o mundo estava em Guerra. Uma guerra sem precedentes até então: a “Guerra das Guerras”.
Desde finais do século XIX o mundo vivia numa grande euforia, Belle Epóque, fruto do progresso económico e tecnológico que então se verificava. Esta aparente prosperidade escondia fortes tensões e rivalidades entre as grandes potências mundiais, que exploravam os países pobres.
A luta pelos mercados e matérias-primas; a má distribuição de território africano e asiático na ótica da Alemanha e da Itália; a perda da Alsácia-Lorena para a Alemanha, por parte da França, na Guerra Franco-Prussiana; o investimento em tecnologia de guerra e o estabelecimento de alianças e acordos entre países dividiu o mundo em duas partes. Por um lado, a Tríplice Aliança, constituída pelos Impérios Alemão, Austro-Húngaro e Turco Otomano e, inicialmente, pela Itália. Por outro lado, a Tríplice Entente, constituída pela Inglaterra, França, Império Russo e, posteriormente, pela Itália e Estados Unidos da América, estiveram na origem deste acontecimento bélico mundial.
Não obstante as causas atrás referidas, foi o assassinato do Arquiduque Francisco Fernando e sua mulher em 28 de junho de 1914, em Sarajevo, Bósnia, que despoletou o conflito que se previa breve, mas que acabou por se estender durante anos, até 1918. 
O mundo esteve em guerra... 
Portugal não foi exceção... 
Ílhavo e os Ílhavos também estiveram... 
Foram 238 homens que deixaram as famílias e partiram no comprimento do seu dever patriótico. 
Esta homenagem é para Eles, Ílhavos, que combateram, morreram ou foram vítimas desta “Guerra das Guerras”.

Fonte: Agenda “Viver em …”, da CMI