domingo, 10 de junho de 2012

Dia de Portugal


10 de Junho de 2012 

Por Maria Donzília Almeida


Domingos Cardoso no uso da palavra

Hoje, em que se comemora o dia da pátria, tendo por patrono o grande Luís de Camões, nada melhor para assinalar este dia que a referência a um outro grande poeta – Domingos Cardoso. 
Trata-se de alguém que cultiva com grande mestria, o género poético, por excelência – o soneto, ao jeito de Camões. 
Foi também um grande impulsionador da Confraria Camoniana, à qual consagrou muito do seu labor, por abnegada dedicação à causa. 
É um grande homem de letras, que defende a sua língua portuguesa, com unhas e dentes, apesar da sua formação académica, em Engenharia Química. O Gedeão do século XXI! 
Recordo, vivamente, as tertúlias que fazíamos, à volta do poeta, à hora do snack, na sala dos professores, nos tempos em que convivia connosco! Era um verdadeiro prazer, ouvi-lo discorrer acerca das nuances da língua portuguesa. Que me perdoe o Domingos Cardoso, o uso que faço de estrangeirismos no meu discurso, mas apesar de gostar e defender acerrimamente a minha língua materna, também vou piscando o olho às estrangeiras... ninguém é perfeito!

Pergunta

Mirando tanto mar por navegar
O sonhador Infante D. Henrique
Não quer que o Reino Português se fique
Nas orlas da Europa a definhar.



Decide naus fazer e aparelhar
E, embora só a audácia tal indique,
Vão passar muito além de Moçambique
Até onde o sol nasce, a cintilar.

São Portugueses sólidos e bravos,
Os homens que levaram Cristo, em cravos,
Aos povos do Brasil, Goa e Ceilão.

Portugal tem no mar tal epopeia
Que todo o mundo, há séculos, se enleia:
“Como cabe, alma assim, em tal nação?!
...”



Domingos Freire Cardoso


10.06.2012


sábado, 9 de junho de 2012

JESUS ANUNCIA UMA NOVA FAMÍLIA

Por Georgino Rocha





Jesus começa a ver o resultado da fase inicial da sua missão. O número dos que o acompanham é já multidão. O vigor físico cede lugar à fadiga e à fome. Os lugares públicos, as aldeias e os campos, são “momentaneamente” esquecidos e abandonados. Surge a casa emblemática da sua nova residência em Cafarnaum, como espaço-abrigo e local de missão, como símbolo da realidade que estava a germinar, como indício da família “em gestação” constituída por laços originais únicos. 
A fama de Jesus atrai numerosas pessoas que recebiam com agrado a mensagem que lhes dirigia e ficavam admiradas com as obras que realizava. O estatuto social do Nazareno eleva-se acima do normal, atribuído a um artesão de aldeia. A relação de confiança entre o Rabi e os seus seguidores aumentava de forma visível e era publicamente reconhecida. O êxito parecia garantido, se ninguém travasse o dinamismo crescente. 

POESIA PARA ESTES DIAS

NO CADERNO ECONOMIA DO EXPRESSO




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Sobre o diálogo inter-religioso

Por Anselmo Borges, 

no DN




Aquestão do diálogo inter-religioso volta constantemente, também por causa da paz. Actualmente, a religião mais perseguida é o cristianismo.
Para esse diálogo, há pressupostos essenciais.
1. Religioso e Sagrado não se identificam. Trata-se de realidades distintas: religioso diz respeito ao pólo subjectivo, isto é, ao movimento de transcendimento e entrega confiada por parte das pessoas religiosas ao pólo objectivo, que é o Sagrado ou Mistério, a que todas as religiões estão referidas, configurando-o a seu modo.
2. Questão decisiva é a da revelação. A pergunta é: como sabem os crentes que Deus falou? Mediante certas características - por exemplo, a contingência radical, a morte e o protesto contra ela, a esperança para lá da morte, a exigência de sentido último -, a própria realidade, sempre ambígua, mostra-se ao crente co-implicando a Presença do Divino como seu fundamento e sentido últimos. Como escreve A. Torres Queiruga, "não se interpreta o mundo de uma determinada maneira porque se é crente ou ateu, mas é-se crente ou ateu porque a fé ou a não crença aparecem ao crente e ao ateu, respectivamente, como a melhor maneira de interpretar o mundo comum".

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dia Mundial dos Oceanos


Por Maria Donzília Almeida



O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado, todos os anos, no dia 8 de Junho.
Os Oceanos cobrem dois terços da superfície da Terra e por meio da interacção com a atmosfera, litosfera e biosfera desempenham um papel importante na configuração das condições climáticas que tornam a vida possível no nosso planeta. Os oceanos não são, somente, o habitat de um vasto número de plantas e animais, mas também fornecem comida, energia e múltiplos recursos aos seres humanos. 
Os oceanos são ainda o principal regulador térmico do planeta, absorvendo mais de um quarto do dióxido de carbono libertado pelas atividades humanas.
A celebração aos oceanos teve origem na Conferência da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento, que se realizou na cidade brasileira do Rio de Janeiro em 1992.
Em 1994 a comunidade internacional deu um passo importante para a proteção dos oceanos, particularmente através de um decreto oficial da Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar. Um dos principais assuntos, além da preservação da fauna e da flora, é a protecção das populações de algumas espécies como o atum, tubarão, peixe espada e merlin.

Para além da devoção, um caminho sempre aberto


Por António Marcelino




«É bem manifesto que a nada o povo cristão será tão sensível que ao amor e devoção a Maria, Mãe de Jesus. Não há pequeno ou grande templo onde não se encontre uma sua imagem de seus diversos títulos e invocações. O mesmo se passa nas casas de família. A compreensão de que “se vai a Jesus por Maria” deve partir desta realidade devocional para revelar os mistérios da salvação e estimular no caminho andado por Maria, fiel à vontade de Deus Pai e à identificação com o seu Filho, no cumprimento do seu desígnio de amor redentor, gratuito e universal. Maria é sempre Mãe e Mestra.» 

Dia Mundial do Mar

Hoje, no Museu Marítimo de Ílhavo, 

às 17.30 horas









Às vezes somos tão ingratos com a vida


Alunos da US expõem fotografias






A turma de Comunicação e Fotografia da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo vai apresentar, no próximo dia 12, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, a II Exposição de Fotografia,  que esteve recentemente no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré.
São cerca de 30 trabalhaos fotográficos realizados ao longo do ano letivo, que termina no proximo dia 29. Os trabalhos  foram escolhidos por todos os alunos, mesmos pelos que não apresentam fotografias. Viagens de estudo e passeios temáticos por várias zonas do país levaram os seniores da US a registar muitas centanas de imagens que, ao longo do ano, foram tema de estudo e análise de professor e alunos.
Esta exposição vai estar patente até ao dia 30,  na Biblioteca de Ilhavo, seguindo em julho para a praia da Barra, Café Farol, e em agosto, para Albergaria.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Solenidade do Corpus Christi



A instituição da festa do Corpo do Senhor situa-se no movimento desejoso de ver a hóstia e a adorar, que valorizou o momento da celebração em que se faz a narração da Ceia, assinalado pelo toque de campainha e com solenização ritual. 
A festa do Corpus Christi, mal traduzida por «Corpo de Deus», mas chamada «Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo», foi instituída na Bélgica em 1246 e aprovada para toda a Igreja latina em 1264, na quinta-feira após a oitava do Pentecostes. Constitui uma resposta de fé e de culto a doutrinas heréticas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, ao mesmo tempo que coroou um movimento de devoção ardente ao Santíssimo Sacramento do altar. Em 1318 já o papa João XXII lhe acrescentava a procissão solene, que a caracteriza por levar em triunfo o «Santíssimo Sacramento».
Portugal não esperou a determinação papal e acolheu a festa pouco depois da sua criação belga. Já há referências para o Porto (em 1294) e para Coimbra ainda no século XIII. O título de «Corpus Christi» aparece em livros da Colegiada de Guimarães (1302), foi dado ao convento dominicano de Gaia (entre 1348 e 1352) e para reparar um ultraje (1361 e 1362) à eucaristia acontecido em Coimbra foi erguida a Capela do Corpo de Deus, cerca de 1367. Em Évora dá o nome a uma travessa (1385). A Confraria do Corpo de Deus da Igreja de São João Bartolomeu (Guadalupe), em Braga, em 1403 já tinha uma centena de irmãos. Todas as cidades e vilas do reino realizavam com brilho a mais espantosa das procissões.