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quarta-feira, 11 de abril de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
Ribau Esteves defende que é preciso fazer mais e melhor
Presidente da Câmara no uso da palavra
«É um dia de festa, de avivar a nossa memória coletiva, a história, a cultura, o povo que fomos e somos, com a certeza de que o futuro começa hoje sendo um apelo e ao mesmo tempo um convite a cada um de nós para ser parte ativa na sua construção.» Com estas palavras, António Francisco das Neves Vieira, presidente da Assembleia Municipal, abriu a sessão solene comemorativa do Feriado Municipal, que teve lugar no salão nobre dos Paços do Concelho, na segunda-feira da Páscoa, 9 de abril.
O Presidente da Assembleia Municipal dirigiu «uma saudação muito amiga e fraterna a todos os ilhavenses, onde quer que se encontrem», nomeadamente, aos emigrantes e homens de mar, «que honram o bom nome de Ílhavo por esse mundo de oceanos, mares e portos». E ainda evocou a memória de todos os autarcas, «de modo muito particular os que já partiram e que nos devem servir de estímulo para continuarmos a servir a nossa terra».
segunda-feira, 9 de abril de 2012
DIA DO COMBATENTE - 9 DE ABRIL
TEXTO DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA
Quando viajamos, por esse Portugal fora, se observarmos a toponímia que nos rodeia, facilmente encontraremos em qualquer localidade, uma rua chamada dos Combatentes. Os monumentos erigidos em nome dos mesmos, também se recortam na paisagem, chamando a atenção dos turistas para a homenagem que a pátria lhes pretende render. A Rua dos Combatentes, em Coimbra, fazia parte do meu percurso diário, que muitas vezes calcorreei, para poupar o custo do trolley.
Quando viajamos, por esse Portugal fora, se observarmos a toponímia que nos rodeia, facilmente encontraremos em qualquer localidade, uma rua chamada dos Combatentes. Os monumentos erigidos em nome dos mesmos, também se recortam na paisagem, chamando a atenção dos turistas para a homenagem que a pátria lhes pretende render. A Rua dos Combatentes, em Coimbra, fazia parte do meu percurso diário, que muitas vezes calcorreei, para poupar o custo do trolley.
domingo, 8 de abril de 2012
As mulheres importantes na vida de Jesus
No PÚBLICO de hoje, de António Marujo
"Foi uma mulher a primeira a receber o anúncio da ressurreição de Jesus, que os cristãos hoje assinalam. Mas há outras mulheres importantes na vida de Cristo, mais decisivas do que tradicionalmente se acreditava."
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"Foi uma mulher a primeira a receber o anúncio da ressurreição de Jesus, que os cristãos hoje assinalam. Mas há outras mulheres importantes na vida de Cristo, mais decisivas do que tradicionalmente se acreditava."
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Miguel Torga - Páscoa
Páscoa
Um dia de poemas na lembrança
(Também meus)
Que o passado inspirou.
A natureza inteira a florir
No mais prosaico verso.
Foguetes e folares,
Sinos a repicar,
E a carícia lasciva e paternal
Do sol progenitor
Da primavera.
Ah, quem pudera
Ser de novo
Um dos felizes
Desta aleluia!
Sentir no corpo a ressurreição.
O coração,
Milagre do milagre da energia,
A irradiar saúde e alegria
Em cada pulsação.
Miguel Torga
In Diário XVI
(Também meus)
Que o passado inspirou.
A natureza inteira a florir
No mais prosaico verso.
Foguetes e folares,
Sinos a repicar,
E a carícia lasciva e paternal
Do sol progenitor
Da primavera.
Ah, quem pudera
Ser de novo
Um dos felizes
Desta aleluia!
Sentir no corpo a ressurreição.
O coração,
Milagre do milagre da energia,
A irradiar saúde e alegria
Em cada pulsação.
Miguel Torga
In Diário XVI
Os Ciganos: 8 de abril
Texto de Maria Donzília Almeida
Há uns dias atrás, quando me encontrava, no jardim, num hobby que me preenche algum tempo livre, ouvi chamar:_Professora! Não se lembra de mim? Fiquei surpreendida, pela figura inesperada duma ciganita, que me interpelava, com uma criança ao colo. - Sou a S...! De imediato, a memória me trouxe, à tona, aquele ano de 2000 e..., em que um casalito de ciganos integrava a turma do Ensino Recorrente de adultos.
Era uma criança com um olhar irrequieto que vinha frequentar o curso, num programa de integração. Ao lado, como companheiro de carteira e de jornada, estava o Ma.... A Sab... tinha catorze anos, o Man... tinha dezoito. Viviam num acampamento, na Gafanha, onde várias gerações coabitavam no mesmo espaço, numa promiscuidade que se adivinha pouco compatível com a privacidade duma vida íntima. Mesmo assim, nestas condições de vida e de habitabilidade, a ciganinha estava grávida! Aos catorze anos! Recordo o desvelo com que a tratávamos, especialmente, o presidente da equipa pedagógica, que mais parecia um médico de família! Era a nossa menina, que andava a aprender... para ser mãe!
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 285
PITADAS DE SAL – 15
AS TÉCNICAS
Caríssima/o:
Andava com as palavras às voltas sem bem saber que dizer e escrever sobre as técnicas usadas na fabricação do sal, quando li estas de alguém que sabia do que falava:
«O sal de Aveiro não nasce, como nascem e medram os frutos silvestres.
É feito pelo marnoto, com o seu talento, sofrimento e dedicação.
Sem estes, que sintetizam toda a valorização desta figura regional tão típica, o sal de Aveiro não mostraria aquele seu reluzir inebriante quando o Sol lhe cai em cima e o afaga.
O sal de Aveiro tem os seus pergaminhos, e ostenta uma linhagem que o distingue e o torna preferido, – quer, ainda pela delicadeza dos seus cristais, provinda da delicadeza com que o acariciam as mãos do nosso marnoto! Dele colhe, ao nascer, os carinhos indispensáveis à sua fina estirpe, não vão as suas mãos feri-lo e conspurcá-lo quando é retirado do seu leito natalício que um ténue lençol de água cobre docemente...
...É então que o seu progenitor revela toda a sua arte, rendo-o mansamente na terna preocupação de o trazer para a luz do dia são e escorreito. Este pormenor da natalidade e da vivência do sal de Aveiro, – com os seus épicos ressaibos de drama e de glória – põe em evidência toda a grandiosa epopeia do trabalho do marnoto de Aveiro e o singular merecimento do nosso sal.» [“Sal de Aveiro ─ epopeia dos marnotos”, dr. Victor Manuel Machado Gomes]
Acompanhámos a botadela na marinha da «Novazinha das Canas» e observámos o trabalho, a canseira e a experiência postos à prova nas tarefas mais exigentes, que só o marnoto executava. Pois bem, não imaginamos o que foi preciso até se chegar a este dia; e estamos tentados a dizer que o marnoto e os moços mereciam agora um descanso reparador...
Ora, por Março ou Abril se inicia(va) a safra, observando os estragos da invernia e fazendo: escoamento das águas da marinha, reparação dos estragos, limpeza e reconstrução da marinha, estrangedura e cura.
Agora a marinha está preparada para a botadela.
E sem qualquer intervalo ou interrupção (a não ser provocado pelo tempo menos próprio...) seguem-se a gestão das águas, recolha, acumulação e transporte do sal.
Resta desejar boa sorte e esperar que seja um ano de colheita abundante!
Mas para isso, além da arte, talento e dedicação do marnoto é preciso que o “S. Pedro dê uma ajudinha”, com sol e vento de feição!
Santa e feliz Páscoa!
Manuel
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