terça-feira, 31 de janeiro de 2012

E A DÍVIDA ALEMÃ?

Texto de Manuel António Pina no JN


Gostaria de ver os arautos dos "mercados" que moralizam que "as dívidas são para pagar" (no caso da Grécia, com a perda da própria soberania) moralizarem igualmente acerca do pagamento da dívida de 7,1 mil milhões de dólares que, a título de reparações de guerra, a Alemanha foi condenada a pagar à Grécia na Conferência de Paris de 1946.

Uma portuguesa um pouco esquecida





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Dez razões para visitar Portugal



Nota: Sugestão de Domingos Cardoso

Como se salvou o Desertas

Na Ilustração Portuguesa



O salvamento do Desertas pode ser lido aqui

Igreja vai reforçar visitas a idosos

No Diário de Notícias de hoje

NOTA: As tristes notícias que têm vindo a lume, sobre idosos encontrados mortos em suas próprias casas, revelam dramas terríveis, que uma sociedade sem alma não consegue resolver. Sabe-se que se trata de pessoas que vivem sós, sem família ou com família que as esquece, fechadas sobre si próprias, à margem da comunidade. Por muitos programas que se desenvolvam, por mais iniciativas e sermões que se preguem, se não cultivarmos o espírito de vizinhança, pouco poderemos fazer. Não é com visitas esporádicas a quem vive isolado nem com telefonemas de quando em vez que este problema, que será um problema de sempre, só que sem  notícia nos órgãos de comunicação social, terá solução palpável. O espírito de vizinhança, de proximidade constante, esse é que, a meu ver, pode resultar. Mas para isso temos de aprender a tirar o olhar do nosso umbigo, olhando para a frente, para trás, para a direita e para a esquerda. Olhando para os que nos cercam, que fazem parte, afinal, do nosso mundo.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Pôr do sol na Gafanha da Nazaré

Foto de Ângelo Ribau

Andamos muitas vezes distraídos ou com a sensibilidade fechada nos bolsos. Ou sem digital à mão para registar momentos únicos, de beleza rara. Mas o Ângelo lá vai descobrindo maneira de nos surpreender com imagens maravilhosas como esta. De outras paragens chegam-nos fotos extraordinárias, que nos fazem sonhar, mas nem sempre nos damos conta do que há de belo à nossa volta. Pois é.... 

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 275

PITADAS DE SAL – 5


                                         MAR PORTUGUÊS 

Caríssima/o:

Qual de nós se não lembra deste poema?

Foi a nossa «Selecta» que no-lo revelou. Lemos os dois primeiros versos e quedámo-nos surpresos, a colocar-lhe dúvidas e interrogações... Os nossos Professores de Português faziam interpretação miudinha às palavras (os significados) e às ideias (havia sempre análise e interpretação...). Muitos de nós decorávamos e declamávamos com toda a alma (estava em voga o João Villaret e outros grandes mestres do bem falar e bem dizer!). 
Desfrutemos, pois, o Mar do Pessoa!

«Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.»


Fernando Pessoa

Pela cópia

Manuel

TU ÉS O SANTO DE DEUS

Uma reflexão de Georgino Rocha



Esta afirmação não deixa de ser ousada e interpelante, atendendo a quem a faz. Que assombro manifesta perante os ensinamentos de Jesus na sinagoga de Cafarnaúm! Que estatuto social e religioso reconhece ao humilde artesão de Nazaré! Que prenúncio adianta do que virá acontecer no futuro! “Que tens a ver connosco? Vieste para nos perder” – declara o endemoniado em altos gritos.
O episódio ocorre durante a “homilia” na celebração habitual aos sábados, segundo os preceitos judaicos. Convidado a comentar as leituras, Jesus adopta um estilo próprio, distanciando-se do método tradicional. Não cita nenhum dos famosos rabis, como era de “bom tom” para credenciar o comentário. O que disse, Marcos não o regista, mas não andará longe, como noutras passagens se afirma, de algo parecido com o que Mateus conserva na sequência do sermão da montanha ( 5, 21-48). Jesus reinterpreta com autoridade pessoal o sentido das escrituras e manifesta o seu conteúdo oculto e inédito. Os ouvintes ficam admirados com a novidade e interrogam-se sobre o seu alcance: “Que vem a ser isto? Até os espíritos imundos lhe obedecem!” O que estes intuem, declara-o convictamente o possesso endemoniado.

sábado, 28 de janeiro de 2012

BÓSNIA - HERZEGOVINA, MOSTAR







CAMALEÃO, DE FILIPE RIBAU








Filipe Ribau é um jovem artista em luta pelo reconhecimento. Estou certo que tal irá acontecer, mais tarde ou mais cedo. Talento não lhe falta. Enquanto isso não acontece, vai exibindo a sua arte por onde calha. Um muro velho recebe este Camaleão, com autorização do construtor de um novo edifício. Pena é que a destruição do muro, pela substituição por outra vedação, atire para o lixo este trabalho tão expressivo do Filipe Ribau. Por mim, devia figurar num lugar de destaque da casa nova. Seria um excelente prémio para o Filipe.

POESIA PARA ESTE SÁBADO







Sugestão do caderno Economia do EXPRESSO

A espada de Dâmocles

Um texto de Anselmo Borges



1. Esta - a da espada de Dâmocles - é uma estória sábia. Cícero também se lhe referiu nas Tusculanae Disputationes.
Conta-se que Dionísio, tirano de Siracusa, que vivia num luxuoso palácio, com o poder todo e servos às ordens para tudo, tinha um amigo invejoso e bajulador. Que sorte a tua!, repetia-lhe.
O rei, cansado de o ouvir, propôs-lhe que o substituísse por um dia. E Dâmocles viu-se com uma coroa de ouro na cabeça e, cercado de honras, de luxo e de prazeres, julgou-se o homem mais feliz do mundo. Sentado à mesa, onde se servia um banquete lauto, com vinhos raros, perfumes e música, inebriado, levantou os olhos. E o que viu? Uma enorme espada flamejante, afiada e pontiaguda, presa ao tecto apenas por um fio, que pendia sobre a sua cabeça. Aterrado, todo o entusiasmo se esvaiu e o rosto empalideceu. Era essa espada pendente que Dionísio via todos os dias, na ameaça constante de algo ou alguém cortar o fio.
Não é sob a espada de Dâmocles que nos encontramos todos? Nós, os portugueses; nós, os europeus; nós, os habitantes do planeta - sete mil milhões?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Bélgica, Bruselas, Grand Place


DIA DO HOLOCAUSTO — 27 de janeiro

Um texto de Maria Donzília Almeida 

Museu do Holocausto

Há homens de “estatura”... 
 e os pequenos homens! 


O Holocausto foi a maior mácula da história alemã, atribuída ao ditador Adolf Hitler. É, aliás, associado a esta personagem sinistra, o tom demagógico, tenebroso, sustentado pela característica gutural da língua alemã, verbalizado no vocativo: “Deutsche Frauen und Herren...”. Com todos os rr bem vincados... na boca do ditador... era o melhor isco para inflamar o sentimento patriótico da raça ariana! Constatei isso, quando estudei a língua alemã. 
A palavra Holocausto tem origens remotas, em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que plantas, animais e seres humanos, eram oferecidos às divindades e queimados durante o ritual. Passou a significar cremação dos corpos. 
Após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto foi utilizado, para referir o extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime nazi: judeus, comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu. Incluía também ativistas políticos, testemunhas de Jeová, sacerdotes católicos, membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum. Todos esses grupos pereceram, lado a lado, nos campos de concentração. 

A ideologia nazi nasceu num contexto de crise económica, social e moral da Alemanha, ainda a assimilar as humilhações do Tratado de Versalhes. Aparece, assim, a ideia de um Estado Autoritário e Totalitário, de partido único, National Soziallismus com uma vontade nacionalista de expansão territorial. Contudo, a conceção racista foi prevalecente na ideia de que os alemães eram descendentes dos Arianos, uma raça superior às demais raças. Deste princípio absurdo, nasceu o sentimento anti-semita de ódio aos judeus, propalado por Adolfo Hitler no seu livro “Mein Kampf”.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Gafanha da Nazaré vista da torre da igreja para norte



Mais uma oferta do Ângelo  Ribau. A Gafanha da Nazaré vista da torre da igreja matriz para norte. Para os emigrantes apreciarem a sua e nossa terra, decerto com saudades destes ares de maresia. E já agora, não seria interessante que os nossos  emigrantes nos mostrassem as paisagens que os envolvem ?

Fernando Maria lidera lista candidata à Mesa da Misericórdia de Ílhavo




Segundo o Diário de Aveiro, o antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo e actual presidente da Assembleia-Geral, Fernando Maria da Paz Duarte, apresenta-se como candidato da lista única à liderança da Mesa da Santa Casa, ultrapassando, assim, o impasse gerado pelo pedido de demissão da equipa presidida por João Bela.
Felicito o meu amigo Fernando Maria pela decisão e coragem em voltar de novo a uma tarefa cujas dificuldades conhece bem há muito tempo.

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A ÚLTIMA E MAIS ELEVADA DESCOBERTA DE NEWTON



"A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta."

Isaac Newton

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LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE SÃO VALORES INCONTESTÁVEIS

Um texto de José Mattoso

Sabedoria e fraternidade


Para quem tomar os três conceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade em si mesmos, não pode deixar de os considerar como valores incontestáveis, seja para um cristão, seja para quem for. Por isso, o observador desprevenido acha estranho que a Igreja tenha levantado objeções à sua valorização. De facto, a Igreja, durante o longo pontificado do papa Pio IX, e, depois disso, durante muito tempo, não hesitou em condenar o liberalismo em geral e o liberalismo católico em particular. Foi preciso uma muito lenta maturação intelectual e doutrinal para que a vigilância censória do Vaticano atenuasse as suas desconfianças. Quanto à trilogia que os liberais apresentavam quase como um novo Evangelho, a apologética cristã do século XIX interpretava-a como pura hipocrisia: do seu ponto de vista, os liberais não queriam instaurar a igualdade e a fraternidade, mas destruir a Igreja.

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Argentina, Parque Nacional Los Glaciares