quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Boas Festas, com votos de um excelente ano de 2010




No cimo do meu blogue, em destaque, está uma frase interessante que veio num e-email de um fiel leitor e amigo. Dá, julgo eu, para pensar.
De facto, está em nós a resposta para muitos problemas de que nos queixamos no dia-a-dia. Será que somos, nós, os portugueses, pessimistas? Talvez. Pessimistas e habituados a protestar por tudo e por nada. A culpa dos males que nos afligem é normalmente dos outros. E para descarregarmos as nossas raivas, privilegiamos o Estado. O causador dos ancestrais atrasos em que estamos mergulhados, dizem. Mas, se pensarmos bem, até nem estamos.
Eu sei que dez por cento dos portugueses passam fome. Outros dez por cento estão no limiar da pobreza. E os restantes 80 por cento?
As notícias alusivas à passagem do ano dizem que os hotéis e os grandes centros turísticos estão cheios. Cheira-me a festa por todos os lados e não há casa mais ou menos remediada que não tenha hoje mesa farta para festejar a entrada no ano 2010.
Será uma forma de esquecer tristezas? Se calhar é isso. Mas no dia 2 de Janeiro, como manda a nossa tradição, depois da digestão bem feita, lá voltaremos às nossas queixas e protestos. Até à entrada do ano 2011.
Boas festas para todos.

Fernando Martins

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Valdemar Aveiro fala da Pesca do Bacalhau com paixão

A epopeia da Pesca do Bacalhau
não desmerece nada dos Descobrimentos 


Valdemar Aveiro, 75 anos, capitão da Pesca do Bacalhau, acaba de reeditar “80 Graus Norte – recordações da Pesca do bacalhau”, agora em formato clássico, com a chancela da Editorial Futura. Para além de capitão, “foi um grande pescador e um grande homem”, no dizer de um seu tripulante, que recordou, com emoção, conversas muito próximas com o seu amigo comandante, olhando o mar onde procuravam o fiel amigo com entusiasmo nunca regateado.
Tendo Aveiro por apelido familiar, nasceu em Ílhavo, mas habituou-se a conviver com gafanhões desde menino, com sete anos, quando acompanhava sua mãe, vendedeira, por terras da Gafanha. Depois casou na Gafanha da Nazaré e está na história da Pesca do Bacalhau à linha, e não só.
O seu gosto pela escrita remonta à sua juventude, quando os amigos lhe pediam que escrevesse cartas de amor para as suas namoradas. Contudo, nunca se arriscou a escrever ficção, porque a arte de criar personagens, como fazem os ficcionistas, não lhe está no sangue. Mas escrever e falar sobre a epopeia da Pesca do Bacalhau, “que não desmerece nada dos Descobrimentos”, é com ele. Para breve haverá um novo livro, onde recordará empresas, empresários, gente da nossa terra. Não se considera escritor, mas “um contador de histórias”
O seu entusiasmo pelas recordações de tudo quanto envolve a saga dos bacalhaus é paralelo à necessidade que sente pela preservação da nossa identidade, indissoluvelmente ligada ao mar, desde tempos anteriores à nossa nacionalidade.

Luta contra a pobreza vai começar a sério...



Não há ninguém dispensado
deste esforço de combate à pobreza e à exclusão

 
Portugal vai gastar em 2010 mais de 700 mil euros para colocar o tema da pobreza na ordem do dia e mobilizar a sociedade civil para o seu combate. Em entrevista à agência Lusa, a dois dias do arranque do Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social, o responsável pelo grupo de trabalho em Portugal, Edmundo Martinho, explicou, em traços gerais, os objectivos da iniciativa europeia. "Não se pretende que no final de 2010 não haja pobreza em Portugal, mas que tenha havido impactos muito fortes e que todos nós compreendamos que não há ninguém dispensado deste esforço de combate à pobreza e à exclusão", resume.
 
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A arte vem sempre a tempo


Os votos do Museu da Cidade de Aveiro para 2010 vieram com esta imagem, que partilho com os meus leitores. A arte fica sempre bem em qualquer sítio. Como aqui, no meu blogue. De mesmo modo, agradeço ao Museu da Cidade de Aveiro, que visitei tantas vezes em 2009, os votos que me remeteu, ao mesmo tempo que desejo a todos os amigos um ano de 2010 cheio de paz.


Blogue de Schoenstatt de Aveiro com actualização em dia

Vidas alegres e felizes

O Movimento Apostólico de Schoenstatt da Diocese de Aveiro também tem o seu blogue, que aposta em manter uma actualização constante. Ainda bem. Assim, quem quiser saber o que se projecta e faz ao nível dos diversos sectores schoenstattianos só tem que clicar no sítio certo em que ele mora. Jovens de todas as idades, menos jovens com a força dos mais novos, espiritualidade quanto baste para vidas coerentes e sadias, alegres e felizes, de tudo um pouco por ali se respira, à sombra do Santuário que tem Nossa Senhora por Rainha e o Padre Kentenich por conselheiro oportuno e actual. Vejam aqui.

FM

Vaticano recorda os 20 anos dos Simpsons


Irreverentes, escandalosos e irónicos,
desorganizados e profundos


“Ternos e irreverentes, escandalosos e irónicos, desorganizados e profundos, filosóficos e com traços até teológicos, síntese louca da cultura pop e da apática e niilista «middle class» americana”: eis os Simpsons segundo o L’Osservatore Romano, que evocou o vigésimo aniversário da série de desenhos animados concebida pelo norte-americano Matt Groening.

O jornal do Vaticano recorda que a família da cidade de Springfield ganhou 23 Emmys. Em 1999, a revista «Time» definiu-a como a “melhor série televisiva do século” e, nessa mesma edição, Bart fez parte da lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, no 46.º posto. No ano seguinte, conquistavam uma estrela na «Hollywood Walk of Fame».

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Cortejo dos Reis nas Gafanhas



Com os meus votos de Bom Ano

Depois do Natal, as gentes das Gafanhas começam a preparar, com mais intensidade, os Cortejos dos Reis. Tradição antiga que se mantém actual, apesar das solicitações hodiernas desafiadoras de outros interesses. O porquê de tudo isto não terá explicação fácil. A verdade é que, ano a ano, o povo sabe que tem de entrar nesta festa, acompanhando os Magos, sem camelos que os transportem mas com cavalos, que procuram o encontro com o Menino-Deus.
Há autos que recordam cenas bíblicas, cânticos a condizer com a quadra e presentes para o Menino. Só que, o Menino, desde que nasceu, nos ensinou generosidade e desprendimento dos bens terrenos, deixando tudo o que Lhe dão para as comunidades paroquiail que O adoram.
Esperando que os povos das Gafanhas se empenhem, como sempre o fizeram,  para que a festa seja o mais participada possível, aqui deixo os meus votos de Bom Ano Novo.

FM

Investigadores da UA avaliam potencial ecológico das massas de água costeiras e de transição



Uma equipa de docentes e investigadores do Departamento de Biologia da UA e do Centro de Estudos do Ambiente do Mar (CESAM) – laboratório associado – participa, com especialistas de outras unidades de investigação, no projecto que tem como objectivo avaliar o estado/potencial ecológico de todas as massas de água costeiras e de transição do país. Neste projecto, coordenado pelo Instituto da Água, I.P. (INAG), os peritos da UA têm a seu cargo a amostragem e análise do fitoplâncton, das populações piscícolas e dos invertebrados bentónicos.

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Ainda a nossa ria e o Jardim Oudinot

Em primeiro lugar, boa tarde

Depois, como já disse, que o seu (nosso) natal tenha sido efectivamente como o descreveu.
A seguir, é para lhe dizer que, como de costume, as suas intervenções, oportunas e fundamentadas, são mesmo formidáveis.
Estou de acordo com o que disse acerca da ria, principalmente para os «gafanhões».
Eu sou do tempo em que ia à praia (algumas vezes ia daqui, de Valongo, de bicicleta) pela ponte de madeira e essa descrição do local do campo de futebol, parece que ainda o estou a ver, pois tenho a impressão que era perto do forte, onde está o «velho» farol.
É que além de muitas outras coisas, fiz parte do executivo da Associação Desportiva Valonguense e cheguei a ir a esse campo ver o futebol.
Isto era quando andava «muito doente». Curei-me, graças a Deus.
Por último e principalmente, a propósito do Jardim Oudinot. Confesso que não o conheço!
E depois, quando for grande e tiver uma máquina fotográfica como a sua, vou aí tirar umas fotos.
Que são excelentes, como as da Figueira!!!!!!!
Peço desculpa pelo desabafo, mas sou assim. O que é que hei-de fazer?
Um abraço e desejo de muita saúde e votos de melhor ano que o que está a terminar.

J. M. Ferreira

NOTA: Cometi um pecadito, ao publicar sem sua autorização o e.mail que me enviou, mas espero que me perdoe. Era para lhe pedir a absolvição, mas o meu amigo não tem poder para isso. De qualquer forma, o pecadito serve para partilharmos sentimentos. E como a amizade é dos tais sentimentos que valem muito... 
O problema maior é o pecado grave que me confessou... Então desconhece o Jardim Oudinot, a grande e bela sala de visitas do concelho de Ílhavo, que a Gafanha da Nazaré recebeu, porque a mereceu, com tanto carinho? Esse, sim, é que é um pecado pesado, que nem sei como hei-de perdoar-lhe! Como, porém, tenho por hábito perdoar, sobretudo quando aceito razões para a falta, vou conceder-lhe o perdão, se assumir como penitência a divulgação pública da promessa de uma visita ao Jardim Oudinot, logo que lhe seja possível! Se não vier, a penitência terá de ser mais pesada!
Um abraço, com votos do melhor ano da sua vida, esse que aí vem com o nome de 2010... 

Fernando Martins

Ligação ferroviária à área portuária inaugurada fora do prazo


O Jardim Oudinot é que nos vale


Gafanha da Nazaré quase sem ria à vista

A Gafanha da Nazaré nasceu envolvida pela ria. Os primeiros gafanhões eram agricultores, e, tanto quanto se sabe, da ria só usufruíam o que ela lhe dava sem grande esforço. Moliço para fertilizar os campos areentos, alguns peixitos e até marisco: cabozes, berbigões, a que chamavam cricos, mexilhões, amêijoas, burriés e pouco mais.
A ria era sua. Estava franqueada por todos os lados. Os gafanhões podiam nadar, pescar,  apanhar o arrolado, apreciar a beleza da paisagem lagunar. Na Marinha Velha, onde chegou a haver uma salina, com o mesmo nome, também existiu um campo de futebol, no sítio, mais ou menos, onde hoje mora o Porto de Pesca Costeira.
O progresso, contudo, tem os seus custos. A ria que era do povo passou a estar interdita ao mesmo povo. O polivalente Porto de Aveiro, com todas as suas vertentes (o único do país com essa característica) ocupou quase todos os acessos aos amantes da nossa laguna. Só de longe a podemos contemplar e receber dela aquele cheiro a maresia de que tanto gostamos.
De brinde, porém, deram-nos o Jardim Oudinot, com toda a sua beleza. Mas a ria, amigos conterrâneos, deixou de ser nossa, para pertencer ao desenvolvimento da região e do país. Do mal, o menos.
Com a ligação ferroviária ao Porto Comercial, a situação vai agravar-se. A linha do caminho-de-ferro vai estabelecer uma nova e mais firme separação entre a cidade e a ria. A inauguração, prevista para Novembro e depois para finais do ano 2009, não se concretizou, com rigor, nos prazos anunciados. Ficará para 2010, para então contribuir para a implementação da estrutura portuária. Nessa altura, com a barreira estabelecida, os gafanhões terão de procurar outros mirantes para desfrutarem do ar e da água da sua ria.

Fernando Martins


sábado, 26 de dezembro de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 163

BACALHAU EM DATAS - 53
RUMO AO FUTURO

Caríssimo/a:


1975 - «Em 1975, já não seria armado qualquer navio de pesca à linha. O NOVOS MARES o único “navio de linha”que regressara dos bancos no ano a Revolução – seria transformado para a pesca com redes de emalhar.» [Oc45, 90]

1977 - «Portugal foi dos primeiros estados europeus a aderir ao conceito de “zona económica exclusiva” que seria vertida no Direito internacional a 28 de Maio de 1977. Acérrimo defensor do princípio da “liberdade dos mares” durante vários séculos, Portugal subscrevia pela primeira vez um conceito “estratégico” de “Estado costeiro” de todo incompatível com os interesses da pesca longínqua.» [Oc45, 104]

1983 - «Em 31 de Maio de 1983 são aprovados os novos estatutos da Obra do Apostolado do Mar;


Em 6 de Julho de 1983 é nomeada pelo Bispo de Aveiro, a Direcção da Obra do Apostolado do Mar, com sede no clube "Stella Maris" de Aveiro, sito na Rua dos Bacalhoeiros, da paróquia da Gafanha da Nazaré.


No dia 18 de Setembro de 1983, dia da Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, foi possível celebrar a bênção e lançamento da primeira pedra da nova casa do Stella Maris.


Em 1982, graças a um subsídio do Governo, foi possível iniciar o processo de construção do actual edifício do Stella Maris, para substituir o antigo pavilhão pré-fabricado.


Esta primeira fase, que importou em 13 mil contos, foi inaugurada no dia 10 de Novembro de 1985. Presidiu à cerimónia da bênção do novo edifício o Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade.»[v. Galafanha]

A mais antiga igreja portuguesa nos Estados Unidos está em risco de fechar portas por falta de fiéis

A igreja portuguesa mais antiga nos Estados Unidos, que fica em New Bedford, no estado do Massachusetts, corre o risco de fechar em 2011, se até lá as suas missas não tiverem maior afluência e não for angariado o dinheiro suficiente para reparar o telhado roto.
Foi a primeira igreja construída para os portugueses que emigraram para os EUA no século XIX. Leia aqui.


O futuro da humanidade passa pela família



FAMÍLIA E FUTURO DA HUMANIDADE


“O futuro da humanidade passa pela família” – afirma João Paulo II no documento sinodal que recolhe as intervenções dos representantes dos bispos católicos de todo o mundo reunidos em assembleia para “fazer o ponto da situação” a esta instituição conatural ao ser humano e configurada de modos diferenciados pelas culturas.
A família está ao serviço da pessoa e insere-se na sociedade com a qual mantém um relacionamento constante, recebendo e dando impulsos positivos e negativos. O que acontece nesta repercute-se necessariamente naquela e manifesta-se no tipo de pessoa que se pretende alcançar.
Esta perspectiva humanista serve-me de referência para dar o meu testemunho sobre a crise da instituição familiar, as políticas em curso para nivelar legalmente o que é diferente, a movimentação feita por vozes discordantes que pretendem criar uma opinião pública favorável e o silenciamento de outras que se lhe opõem.

Uma breve reflexão sobre o mistério do tempo



O que é o tempo?

No termo de mais um ano e na entrada de outro, são muitos os pensamentos que nos invadem. Mas talvez não seja fora de propósito também uma breve reflexão sobre o mistério do tempo.
Já Pascal se interrogava na perplexidade: porque é que, num passado ilimitado e num futuro igualmente sem limites, me coube viver precisamente neste tempo que é o meu?
Se soubéssemos o que é o tempo, também saberíamos o que somos. Santo Agostinho - volta-se sempre a Santo Agostinho, quando pretendemos meditar sobre o tempo - pergunta: O que é tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; mas, se alguém me puser a questão e eu quiser responder, já não sei.
Há múltiplas experiências e perspectivas do tempo. Aparentemente, tudo vai e tudo volta. As estações do ano repetem-se, sucessivamente: Primavera, Verão, Outono, Inverno, e outra vez Primavera, Verão, Outono, Inverno... Cada ano, o ano velho despede-se e chega o ano novo. Outra vez. Aí está o mito do eterno retorno, como repetiu Nietzsche: "Esta vida, tal como a vives naturalmente, tal como a viveste, é necessário que a revivas mais uma vez e uma quantidade inumerável de vezes, e nela nada haverá de novo, pelo contrário!"

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Noite de Natal em família



À volta da mesa nos sentámos


À volta da mesa nos sentámos. A família estava quase toda. A que não pôde estar, viveu a festa na família a que se ligou em 2009. Também marcaram presença os que estão no seio de Deus, mas em sintonia connosco. Porque estão também connosco, nenhum de nós duvida, noutras  horas boas e menos boas que vivemos.
Partilhámos o bacalhau com todos, doces a condizer com a tradição natalícia. Não faltaram recordações amiúde revividas e que nesta quadra fazem mais sentido. Em família unida têm outro gosto. Brotam espontaneamente, como que a quererem alimentar sinais positivos que fazem parte da nossa identidade.
Como crentes, o Menino-Deus não pôde faltar. E do seu Presépio, simples mas expressivo, lá foi mirando uns e outros, com o Seu sorriso que transborda paz e harmonia. E se querem que vos conte um segredo, aqui vai ele: De quando em vez, eu olhava-O como quem não quer a coisa e notei que a sua expressão indiciava, claramente, alegria por nos ver  felizes. E em certa altura até Lhe ouvi um sussurro de aprovação pela harmonia familiar que há entre nós, com a recomendação de que assim é que está bem.
Noite cheia, com a ternura das crianças a conduzir-nos às nossas meninices, aos nossos natais de há muitos anos, com vidas mais simples, sem regalos de encher o olho e a imaginação. De madrugada, no dia de Natal e não na véspera, quaisquer bonequitos de chocolate, quaisquer rebuçaditos mais doces, quaisquer brinquedos, feitos por mães e pais mais habilidosos ou comprados na feira, nos faziam entrar, por momentos inesquecíveis, no mundo dos sonhos, que só as crianças sabem e podem recriar.
Continuação de Boas Festas.

Fernando Martins

Mensagem «Urbi et Orbi» de Bento XVI destaca situações de guerra nos vários continentes






Papa lembra vítimas
da violência e da crise económica

"O Papa deixou no dia de Natal uma palavra de esperança “às vítimas da violência”, num olhar sobre os vários confilitos que afectam a humanidade de hoje, “profundamente marcada por uma grave crise, certamente económica - mas antes ainda moral - e por dolorosas feridas de guerras”.

Bento XVI saudava as populações de todo o mundo na sua tradicional mensagem natalícia "Urbi et Orbi", a partir da varanda central da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Largos milhares de pessoas ouviam o Papa na Praça de São Pedro e milhões de espectadores e ouvintes acompanhavam-nos através da comunicação social."


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Para celebrar o Natal



Natal

Lá na gruta de Belém
onde nasceu o Redentor
houve falta de agasalho
que sobrou em Paz e Amor
Apoio humano e divino
prendas singulares do mundo
foram presença marcante
nesse Presépio fecundo
cuja pobreza na grandeza
e desamparo era bondade
e que simplesmente deu
rumo à Humanidade.
Que nesta época de Natal
de já rara fraternidade
que ao menos, depois da festa,
Possa celebrar-se a Amizade.


M. Cerveira Pinto

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

NOITE SANTA


Onde posso abrigar-me?



GAROTO DA RUA
Jo 3, 16

Um garoto da rua vivia da venda de balas de matar. Cheio de frio e de fome, não sabe onde passar a noite gelada que chega lentamente. Dirige-se ao polícia e pergunta-lhe: “Onde posso abrigar-me? Eu dormia no papelão que foi queimado e não me deixam ficar debaixo da ponte.”
“Olha, menino, vai por esta rua até ao fim e, depois, vira à direita. Está aí uma casa. Bate e a quem abrir a porta diz: venho à procura de Jo 3, 16 e faz o que te disserem.”
Foi e encontrou uma bondosa senhora. Disse ao que ia e ela leva-o à cozinha, onde estava sobre a mesa uma apetitosa refeição. “Senta-te e come. Deves ter muito fome.”
Os olhos do garoto brilharam de alegria. Obedece imediatamente. À medida que ficava saciado, ia pensando: “mas que quer dizer Jo 3, 16?” No fim, ressolve perguntar. A senhora, ainda ele não tinha acabado de falar, convida-o a subir ao andar de cima e a tomar um banho quente, pois era notória a falta de higiene.
Reconfortado, pensa consigo: mas será isto Jo 3, 16? “ Eu não sei. Não percebo nada, mas a verdade é que me sinto muito melhor.” Enquanto saboreava o seu bem-estar, aproxima-se a senhora. Ao ver a felicidade do miúdo, em que se notavam alguns aspectos de cansaço, leva-o a um quarto de família, bem preparado e confortável, para poder fazer um sono, bom e reconfortante.
Na manhã seguinte, a curiosidade do garoto volta a fazer a pergunta que o inquieta. “Quem é esse Jo 3, 16?” A senhora vai buscar a bíblia, abre na passagem indicada e lê o versículo: “Deus amou de tal modo o mundo que entregou o Seu Filho único para que todo o que n’Ele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.”
“E como se chama ele?” – continua o miúdo. “É Jesus, o amigo de todos nós”. “Eu também quero ser amigo d'Ele” – responde, com manifesta alegria e confiança. “Como posso conhecê-l'O? que hei-de fazer?” E muitas outras perguntas surgiram, fruto da sua espantosa curiosidade.
A senhora deu-lhe a resposta possível, começando pelo Natal e encaminhando-o para a catequese paroquial, onde tinha conhecidos e amigos.

Georgino Rocha

(Narrativa inspirada num conto de Natal
enviado por um amigo em correio electrónico)


O Menino está mesmo a chegar a cada família que O queira receber com alegria

SANTO NATAL PARA TODOS




Que todos O saibamos e queiramos
acolher em festa

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Todas as artes foram brindando o primeiro Natal



Deixar Acontecer Natal


1. O Natal representa talvez dos maiores pontos de convergência no mundo actual. São raros os acontecimentos que conseguem uma unidade tão explícita em torno de um essencial objectivo comum. Embora havendo diferentes interpretações, até em termos de calendário e a que se podem juntar mesmo as dúvidas exegéticas sobre a data e o local do Natal original, a verdade é que cada ano este acontecimento consegue congregar e motivar para valores e sentidos de confiança e vida renovados. Não vale a pena salientar os excessos da quadra, pois esses acabam por ser um crescendo desmedido que se foi multiplicando ao longo dos séculos e das últimas décadas.

Políticas que não interessam a ninguém

Dramatização do Governo e ataques a Cavaco põem bancada do PS em risco de cisão. Políticas destas não interessam a ninguém. Muito menos a um País em crise.


Para preparar o Natal de 2009





Natal da Esperança





1.Disposição do espírito que induz a esperar
que uma coisa se há-de realizar ou suceder.
2. Expectativa.
3. Coisa que se espera.
4. Confiança.
5. Relig. Uma das virtudes teologais.

Dos dicionários

1. Para os cristãos, a esperança é mola real da fé, que Deus não deixará de oferecer aos homens e mulheres de boa vontade. Predispondo-se a recebê-la, cada um dos que buscam o Todo-Poderoso precisa de cultivar o dom da espera, que também é, ano após ano repetido por esta altura, uma excelente ocasião que a Igreja nos proporciona para revivermos a esperança alguma vez já experienciada. Daí a beleza da quadra natalícia que atravessamos e que nos faz sentir que a meta esperada está à porta do presépio de Belém, onde a humildade humanizada nos aproxima indelevelmente uns dos outros.
A esperança, a tal disposição do espírito que nos induz a esperar que uma coisa se há-de realizar ou suceder, não é atitude espontânea e passiva. Muito menos inata. Ela precisa de ser aprendida e cultivada, educada e alimentada, para se tornar paciente e consciente de que Aquele que há-de vir se sinta bem em nós e connosco, alargando-se ao mundo inteiro, como reflexo da Estrela de Belém que a todos ilumina e aquece.

Boas Festas para todos os meus leitores e amigos


O meu Menino Jesus

Foram inúmeros os votos de Boas Festas que recebi, e decerto ainda receberei por estes dias, por variadas formas: cartões, telefonemas, SMS, e.mails e pessoalmente, que agradeço, por este meio, na impossibilidade de a todos me dirigir individualmente.

Formulo votos, então, de Santo Natal e de Feliz Ano de 2010. Que a ternura do meu Menino Jesus se aconchegue na ternura do coração dos meus leitores e amigos, como sinal indelével de que haveremos de construir um mundo muito melhor.


Fernando Martins

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

D. José Policarpo nega «pacto» com José Sócrates



Cardeal-Patriarca escreve aos católicos de Lisboa a respeito da aprovação do Projecto de Lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo

O Cardeal-Patriarca de Lisboa,   D. José Policarpo, negou qualquer “pacto” com o Primeiro-Ministro a respeito do Projecto de Lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo apresentado pelo Governo.

Numa carta enviada aos católicos de Lisboa, assegura-se que “nem o Senhor Primeiro-Ministro sugeriu nenhum «pacto» nem o Patriarca de Lisboa podia assumir qualquer compromisso que significasse, ainda que indirectamente, o condicionamento da liberdade da Igreja”.
A missiva, enviada à Agência ECCLESIA, desmente o "pacto" noticiado por "um jornal diário da capital" que, segundo o Cardeal, deixava entender “uma certa condescendência da Igreja com o referido Projecto-Lei”.
D. José Policarpo deixa claro que “a Hierarquia da Igreja mantém, assim, toda a liberdade de anunciar a sua doutrina acerca desta questão e fá-lo-á quando achar oportuno e pelos meios consentâneos com a sua missão”.

“A Igreja reconhece a legitimidade legislativa do Estado, mas não deixará de interpelar a consciência dos decisores e de elucidar a consciência dos cristãos sobre a maneira de se comportarem acerca de leis que ferem gravemente a compreensão cristã do homem e da sociedade”, acrescenta.
O Cardeal-Patriarca assegura ainda que “a Hierarquia da Igreja não quer imiscuir-se na esfera política e na área de competência do Estado e dos seus Órgãos de Soberania”.
Nesse sentido, manifesta-se a disponibilidade da Igreja para “o diálogo com pessoas e instituições”, excluindo que a Hierarquia venha a assumir “formas públicas de pressão política que os cristãos, no exercício dos seus direitos de cidadania, são livres de promover ou de nelas participar”.

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