sábado, 23 de maio de 2009

António Rego: "Um Ramo de Amendoeira"

Mesmo quando denuncia,
é de amizade que se trata

O Cón. António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) da Igreja Católica em Portugal, lançou esta Quinta-feira, em Lisboa, a sua nova obra "Um Ramo de Amendoeira", que reúne os editorais escritos ao longo dos últimos anos para o semanário Agência ECCLESIA. O título da obra evoca uma passagem do livro do profeta Jeremias, no meio de um período negro de Israel. 
Na apresentação do livro, D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, bens Culturais e Comunicações Sociais, falou do autor como uma das "personificações mais interessantes do que pode e deve ser a comunicação social". Após salientar a "qualidade evidente e actualidade constante" da escrita do Cón. António Rego, o Bispo do Porto destacou três pontos fundamentais: "espírito, coração e engenho". "Mesmo quando denuncia, é de amizade que se trata", sublinhou.

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João Bénard da Costa: Esta vida não acabou aqui

Sabia tudo com paixão...
Sabia tudo com paixão. Acreditava que a criação humana era "uma forma de nos defendermos contra a morte". Acreditava em dar "testemunho do que vai durar contra o que parece que está para durar". Acreditava em convencer "quem eu quero que goste tanto como eu gosto" e, "se possível, goste como eu gosto". Escreveu num português vintage de frase lançada. Quando ele escrevia, acreditávamos que sabia tudo.
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"Livro de Amizade – Lembrando Mário Sacramento"

Mário Sacramento


Decorreu no passado dia 22, na Escola Mário Sacramento, em Aveiro, a apresentação da obra “Livro de Amizade – Lembrando Mário Sacramento”. Coordenado por João Sarabando, Joaquim Correia e Cecília Sacramento, tem a colaboração de José Cardoso Pires, Joaquim Namorado, João Seiça Neves, Idalécio Cação, Flávio Martins, Fernando Namora, Eduardo Prado Coelho, Eduardo Lourenço, Costa e Melo, Agostinho das Silva, Mário Soares, Óscar Lopes, Urbano Tavares Rodrigues, entre outros.
Presentes na cerimónia, Clara Sacramento e Vasco Sacramento, filha e neto de Mário Sacramento, convidados e muitos professores da escola. Apresentação da obra esteve a cargo do professor universitário António Pedro Pita, que analisou o livro, lembrando que foram precisos mais de 20 anos para o ver nascer. Afirmando que Mário Sacramento é uma personalidade-chave na história das ideias estéticas do séc. XX, sendo urgente a reedição de toda a sua obra. 
António Redol, filho do escritor Alves Redol e em representação do Museu do Neo-Realismo, manifestou o agrado pela instituição ter apoiado a obra, assim como a Fundação Calouste Gulbenkian. Disse que Mário Sacramento se destaca no século passado pelo alto espírito cultural, humanista e político, sendo uma figura de grande relevo no neo-realismo em Portugal. 
Jorge Sarabando lembrou as posições políticas do homenageado, salientando que a sua vasta obra ajuda muito a compreender o séc. XX, no país, em Aveiro e no mundo. Joaquim Correia agradeceu às entidades que apoiaram aquela publicação, salientando que a obra literária de Mário Sacramento, não tendo desaparecido sob a voragem do tempo com a facilidade com que desaparecem os simples actos de fala do dia-a-dia, é um património que se mantém à espera de quem a valorize como merece, lendo-a, discutindo-a e dando-lhe o lugar a que tem direito. 
António Martins, Director da Escola Mário Sacramento, manifestou a honra pelo livro ter sido apresentado na escola anunciando que já há contactos com a Universidade de Aveiro, para a curto prazo se reeditar a obra de Mário Sacramento, apelando aos professores de português da Escola, para que dêem a ler aos alunos o texto de Cecília Sacramento publicado no livro. Neste livro são publicadas várias fotografias de diversas épocas da vida de Mário Sacramento assim como imagens da homenagem que em 1991 a Câmara de Ílhavo lhe prestou, ao descerrar uma lápide na casa onde nasceu. 

Carlos Duarte

O que disse o Papa a Deus?

No Médio Oriente, os judeus pedem a Javé, os cristãos pedem a Deus, os muçulmanos pedem a Alá. Perante a contradição dos pedidos, o que faz Deus? Ele, que é o mesmo para todos, sem acepção de pessoas, só pode exigir a todos respeito mútuo, garantia dos direitos humanos, uma paz justa. Na sua visita, difícil e mesmo arriscada, à Jordânia, a Israel e aos Territórios Palestinianos, que pediu Bento XVI a Deus? Dobrou uma folha com o seu "segredo", que meteu numa frincha do Muro das Lamentações: "Deus de todos os tempos, na minha visita a Jerusalém, cidade da paz, casa espiritual de judeus, cristãos e muçulmanos, coloco perante ti as alegrias, as esperanças, as aspirações, as provas, os sofrimentos e as dificuldades de todos os povos do mundo. Deus de Abraão, de Isaac, de Jacob, escuta os gritos dos aflitos, dos angustiados, dos deserdados. Envia a paz à Terra Santa, ao Médio Oriente e a toda a família humana." É lá que o cristianismo tem as suas raízes. Mas o dogma, a história, a política dividiram os cristãos - coptas, nestorianos, arménios, católicos de rito latino e oriental, ortodoxos -, de tal modo que ainda hoje se assiste até a confrontos físicos por causa dos "Lugares Santos". O Papa apelou ao diálogo ecuménico, pois a divisão é " um escândalo". Na constatação do êxodo dos cristãos - o seu número tem-se tornado cada vez mais diminuto nas últimas décadas -, pediu aos Governos que garantam o direito da liberdade religiosa, que é "mais que a liberdade de culto", e aos cristãos, tentados pela emigração, exortou-os a que "tenham coragem de ser fiéis a Cristo", permanecendo ali, "difundindo a sua mensagem de paz e unidade". Anselmo Borges Leia todo o texto no DN

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O Belo, por João Bénard da Costa

Quando me sentei aqui e olhei à volta, pensei que estava numa situação paradoxal. Ou seja, vinha falar sobre o Belo, num sítio que nos impõe imediatamente o conceito de Beleza. Este é um lugar de beleza. Se podemos secundarizar a Sé de Lisboa em relação a outras grandes catedrais românicas anteriores ou da mesma época, se podemos e devemos recordar todas as destruições, modificações, restauros que sofreu durante os tempos, nenhuma dessas contingências ou comparações diminui a beleza deste espaço. E aqui começa a primeira pergunta ou o primeiro mistério. Porquê e a quê chamamos Belo? A segunda pergunta que podemos fazer, associada a essa, é porque é que, não só na religião católica mas em praticamente todas as religiões, os templos, os lugares de oração, são – ou foram – privilegiadamente lugares de Beleza? Isto acontece no Oriente, no Ocidente, no Japão, na China, na Grécia, no Egipto, etc. Porquê a imediata associação da Beleza a um lugar onde se vai não para admirar uma coisa bela, mas para rezar, para entrar em diálogo com o transcendente, qualquer que seja o nome ou a forma de que esse transcendente se reveste.
Leia todo o texto aqui

Poesia na ria: 30 de Maio

A poesia hoje, amanhã, em qualquer dia está aqui, lá e acolá Está na Ria!
Nota: Clicar no cartaz para ampliar

Igreja Católica com nova imagem na WEB

A Agência Ecclesia, da Igreja Católica, tem um "site" renovado. Com diversidade de temas, oferece aos interessados em questões religiosas bons motivos para visita diária. Louvo a iniciativa, como não podia deixar de ser.
Tenho acompanhado, desde a primeira hora da sua existência, o esforço de muitos que teimaram em colocar a Igreja Católica na WEB, no sentido de se abrir ao mundo, deixando o espaço limitadíssimo do adro da igreja. A qualidade do que oferece é indesmentível. E a ousadia também, sobretudo quando reflecte temas e divulga notícias que são tabus para muita gente. Por tudo o que têm feito e pelo que prometem, aqui fica o meu aplauso.
FM

Conferências Primavera: “Que Justiça na era da globalização?”

Barbosa de Melo e Ribau Esteves, que presidiu à sessão
A Justiça tem de se apoiar nos Direitos Humanos
“Tal como estou a ver, com mudanças para pior, não há Justiça possível no mundo da globalização”, afirmou o Prof. Barbosa de Melo, docente universitário e antigo presidente da Assembleia da República, na terceira sessão das Conferências Primavera 2009, em que abordou o tema “Que Justiça na era da globalização?” O convidado da paróquia da Gafanha da Nazaré questionou-se sobre como é que, neste mundo globalizado, “onde todos falam e os interesses pessoais se cruzam, se pode fazer justiça, dando a cada um aquilo que é seu?” Referindo-se à crise que muitos pregam, mas que “ninguém entende, nem economistas nem juristas”, quem é que explica as alterações do preço do petróleo de um dia para o outro? – foi questão que deixou no ar. Denunciou a “incultura jurídica progressiva” que caracteriza os nossos tempos, “com leis prolixas e supérfluas”, com os juízes a encontrarem “sérias dificuldades” na sua interpretação. E como corolário dessa incultura, “o povo fica sujeito a ser enganado e explorado”. Ainda frisou que os grandes meios de comunicação social destacam jornalistas “não informados” para tratarem temas complexos. “Fico banzado com tanta ignorância jurídica”, disse. Barbosa de Melo afirmou que a sociedade é responsável pelo caótico sistema da Justiça, garantindo que “todos colaboramos nisto”. No entanto, sublinhou “a independência dos magistrados perante as partes, perante o poder e perante a popularidade; não são corruptos e são livres sob o ponto de vista político-partidário”, adiantou. Sobre as nossas atitudes perante a situação jurídica no nosso Pais, o antigo presidente da Assembleia da República alertou para a obrigação que temos de criticar o sistema, mas não deixou de afirmar que “criticar não é só dizer mal”. Lamentou o atraso no julgamento dos casos nos tribunais, salientando que “o que ganha… não ganha nada, porque já perdeu tudo com o tempo que passou”. Não aceitou a teoria da preguiça dos juízes, mas admitiu eventuais “manobras de advogados”. O conferencista considerou que “a gramática jurídica dos últimos 60 anos” está assente nos Direitos Humanos, adiantando que a liberdade de expressão, como outros direitos, precisa de ser cultivada. Nessa linha, disse que é no concreto que a batalha da Justiça se vai travando, sendo fundamental deixar aos que hão-de vir depois de nós “o gosto pelos Direitos do Homem”. Fernando Martins

Sorriso de Deus

Este sorriso de Deus foi-me enviado, gentilmente, pelo meu amigo e leitor frequente do meu blogue João Marçal. Claro que há muitos sorrisos de Deus, que podemos vislumbrar nos caminhos da vida. Quem me oferece mais sorrisos de Deus? Aqui fica o desafio.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Dia da Marinha 2009

Fragata Álvares Cabral
O Dia da Marinha, que este ano se celebra em Aveiro, no âmbito da evocação dos seus 250 anos de cidade, também envolve o concelho de Ílhavo, concretamente a Gafanha da Nazaré, que acolhe, no Terminal Norte do Porto de Aveiro, os Navios que participam neste evento. Os referidos Navios da Marinha Portuguesa estão até ao dia 24 abertos ao público, sendo o acesso feito pelo Terminal Ro-Ro. O Paredão Central da Praia da Barra será o local ideal para assistir ao Desfile Naval que, no dia 24, pelas 15.30 horas, encerra as comemorações.