sexta-feira, 24 de abril de 2009

Alargamento de escolaridade até ao 12.º ano

O Governo anunciou que vai alargar a escolaridade obrigatória ao Ensino Secundário (12.º ano), o que significa a entrada de mais 30 mil alunos nas nossas escolas. Ao mesmo tempo, garantiu que as instalações e os professores existentes são suficientes para este acréscimo de alunos. Tenho alguma dificuldade em entender esta conclusão. Das duas, uma: ou o Governo não sabe fazer contas ou temos pelo País escolas a mais e professores que, nos estabelecimentos de ensino, não trabalham. Expliquem-me por favor como é que 30 mil alunos não exigem mais professores e mais salas? Vejam bem: não são mais três mil alunos!

Genéricos gratuitos para pensionistas com rendimentos inferiores ao salário mínimo

Segundo notícias de hoje, os pensionistas com rendimentos inferiores ao salárío mínimo nacional vão ter acesso aos medicamentos genéricos, sem qualquer custo. A medida foi ontem aprovada em Conselho de Ministros, entrando em vigor em breve. Medida para aplaudir, obviamente. Não é verdade que muitos pensionistas não conseguem aviar medicamentos prescritos pelos seus médicos? Mais de um milhão de pensionistas beneficiarão com esta medida.

Cronologia da vida de Santo Condestável

1360: Nuno Álvares Pereira nasce em Castelo do Bonjardim, Santarém, filho do prior da Ordem dos Hospitalários. 1361: É legitimado por D. Pedro I 1373: Entra na Corte de D. Fernando e torna-se escudeiro da rainha D. Leonor Teles. Em breve é armado cavaleiro. 1376: A 15 de agosto casa com d. Leonor de Alvim, de quem vem a ter uma filha, D. Beatriz. 1383: Morre D. Fernando. D. Leonor Teles manda proclamar a filha e o genro, D. João de Castela, sucessores do trono de Portugal. Nuno Álvares Pereira distingue-se no paartido patriótico que incita D. João, Mestre de Avis, a chefiar a revolta contra os castelhanos. É nomeado fronteiro entre Tejo e Guadiana. 1384: Vence os castelhanos na Batalha dos Atoleiros. 1385: D. João UI de Portugal, entretanto aclamado rei, nomeia-o Condestável do reino. A 14 de agosto vence na Batalha de Aljubarrota. Recebe numerosos títulos e domínios, entre os quais o Condado de Ourém e o Condado de Arraiolos. 1388: Começa a construção da capela de S. Jorge, em Aljubarrota. 1389: Começa a construção do Convento do Carmo, em Lisboa. 1393: Partilha com os companheiros de armas muitas das suas terras. 1397: Primeiros carmelitas vêm viver para o Convento do Carmo. 1401: Fim das hostilidades com Castela. 1414: Morre a filha, D. Beatriz. Projeta tornar-se carmelita. 1415: Participa na conquista de Ceuta. 1422: Reparte pelos netos os seus títulos e domínios. 1423: Professa no Convento do Carmo a 15 de agosto. Toma o nome de Fr. Nuno de Santa Maria. Dedica-se a atos de piedade e de benemerência. Ainda em vida é chamado Santo Condestável pelo povo. 1431: Morre no Dia de Todos os Santos. 1641: As cortes pedem ao Papa Urbano VIII a sua beatificação. o pedido é renovado várias vezes ao longo dos anos. 1918: O Papa Bento XV confirma o culto do Santo Condestável; a sua Festa celebra-se no dia 6 de novembro.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré pronto para nova temporada de Folclore

Podemos dizer que a temporada de actuações do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) está prestes a começar. Para já estão agendadas 16 saídas para outras tantas apresentações deste grupo, um pouco por toda a parte. Começa no próximo dia 26 de Abril, em Matosinhos, e termina a temporada com a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, em 20 de Setembro. Como não podia deixar de ser, daqui desejamos um excelente trabalho na divulgação dos nossos trajes antigos, bem como das nossas danças e cantares. Escusado será dizer que os ensaios não podem parar, até porque o GEGN tem muito respeito por quem o quer ver e ouvir.

Dias de Propaganda

1. A propaganda está a sair à rua. Este ano, por todas as conjunturas, tanto sociais como eleitorais, será ano (daqui em diante) repleto de slogans e pensamentos políticos, uns mais brandos outros mais fortes. Parece que a cada dia que passa a crispação típica que tanto fragmenta os possíveis consensos se vai avolumando. Diz-se mesmo que para os lados lisboetas do marquês de Pombal, cenário e personalidade propícios a grandes mensagens, a propaganda eleitoral ocupa o espaço das divulgações habituais das festas de Lisboa. Não se sabendo até onde haverá lugar para todos, o que parece certo é que o local das festas parece ficar comprometido. Em todos os escaparates se vai gizando e aplicando o cartaz no melhor espaço, naquele sítio em que quem passa tem mesmo que dar “de caras” com o candidato “x” ou “y”. 2. E o entusiasmo será tanto e tão grande que, a certa altura, a campanha e os seus materiais de divulgação – grande investimento neste ano de três eleições – vai mesmo avançando para territórios para além do espaço público. Este gosto da liberdade de partilhar a mensagem (im)pondo o slogan e a figura a todos é a nova estrada que se fortalece pelo marketing, enquanto se parece continuar a correr o perigo de empobrecer no conteúdo. É verdade que a ansiedade é um dado humano e transversal a todos os quadrantes da vida em sociedade, e que, por vezes, poderá ser mesmo difícil manter a serenidade e elegância na postura… Mas tem-se assistido a patamares de linguagem e irritação que deitam a perder toda a escola de virtudes e de bom gosto e senso nas coisas da “causa pública”. 3. Os portugueses esperam (?), como hábito (!), destas fases das campanhas esclarecimentos claros, aprofundados, com pausas para nos ouvirmos, com oportunidades de reconhecimento do bem feito, com realismo e humilde maturidade de autocrítica para saber-se que se errou aqui ou ali. Tão diferente do ruído turbo e não clarividente que parece insistir em nos acompanhar. E depois, quem arruma os cartazes? Alexandre Cruz

Próximas eleições: Nota Pastoral dos Bispos Portugueses

D. Jorge Ortiga, presidente da CEP
"É fundamental que os eleitores tenham consciência do que está em causa quando se vota. Os responsáveis políticos têm o dever de formular programas eleitorais realistas e exequíveis, que motivem os eleitores na escolha das políticas propostas e dos candidatos que apresentam. Este dever exige dos mesmos responsáveis a obrigação de visar o bem comum e o interesse de todos, como finalidade da acção política, propondo aos eleitores candidatos capazes de realizar a sua missão com competência, cultura e vivência cívica, fidelidade e honestidade, sempre mais orientados pelo interesse nacional, que pelo partidário ou pessoal. Ser apresentado como candidato não é uma promoção ou a paga de um favor, mas um serviço que se pede aos mais capazes. Os regimes democráticos, como as pessoas que neles actuam mais visivelmente, não são perfeitos. A política é acção do possível. É, porém, necessário que se vão alargando sempre mais as margens do possível, para que a esperança não dê lugar a desilusões."
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A Festa da Páscoa e as festas religiosas populares

Vão celebrar-se, nos próximos meses e em todos cantos e recantos onde haja igreja ou capela, as festas religiosas tradicionais. Não há santo que não tenha a sua festa, mesmo que a devoção por ele não seja tanta que a justifique. A tradição pesa muito na história de um povo, mesmo quando a vida dispersou a sua gente por outras terras. Se a tradição se vem da lonjura do tempo, de avós e bisavós, o respeito e a fidelidade em a cumprir não se discutem. Nada conta mais. Nem leis dos bispos, imposições dos padres, crises sociais, morte de vizinhos. É festa, é festa. O bairrismo dos lugares, a emulação dos mordomos, o que se viu noutros lados, o que a televisão mostra servem de inspiração ao programa da festividade, publicitado em cartazes de gosto duvidoso, onde se misturam santos com cantores e conjuntos musicais, missas e procissões com arraiais e tômbolas. O povo precisa da festa porque é dura a vida de todos os dias. Mas as festas, por aí fora, são cada vez menos festas do povo que as criou. Os olhos são postos agora nos forasteiros, na gente que vai de fora e se dispõe a pagar, não para honrar o santo, que muitos nem sabem quem é ele, mas para ver o artista conhecido, ouvir o conjunto de renome, encontrar clima propício a um maior gozo nem sempre honesto. Muitas festas tradicionais já pouco mais têm de religioso que o nome do santo, que ainda ali aparece como motivo para as ofertas da gente mais velha lá da terra, que é a que ainda conserva alguma devoção e faz promessas. Muita outra gente da comissão, anda mais preocupada em que não falte tempo para o leilão e para a música, porque as despesas são muitas. Até já pede que as coisas da igreja se reduzam à missa e à procissão, uma vez que esta não pode deixar de ser. Assim, não se demore muito com coisas só de alguns e, ao fazer das contas, não haja prejuízos por causa da religião… Uma ocasião de encontro de familiares e de amigos, que fazia vir à terra desde longe os que por lá andavam, foi-se tornando num momento de discutíveis misturas e barulho, que faz sair alguns dos que lá vivem à procura de terras mais sossegadas, impedindo até que venham à festa os que nunca faltavam. Afinal, deixou de ser a festa da terra com a sua mística e originalidade, para ser uma igual a todas as outras. Importa-se tudo: ornamentações, conjuntos, pessoas. O de fora é que dá lustro à festa. Porque se chegou aqui? Não faltam razões: o empobrecimento do sentido religioso nas pessoas, nas famílias e na comunidade, a invasão do profano, sempre passageiro e efémero, a publicidade aguerrida e teimosa de muitos intermediários do espectáculo… Tudo foi descentrando as pessoas do essencial da festa e debilitando os laços que, em momentos privilegiados como este, as uniam e tornavam solidárias. Qualquer festa, com sentido cristão, não pode deixar de se reportar à Festa, a Páscoa de Cristo. Dela flui, de modo natural, verdadeira alegria, abertura fraterna, partilha espontânea, vontade de prosseguir, valorização do sagrado, expressões de gratidão e confiança. Sem descobrir e viver a Páscoa, qualquer festa religiosa perde o sentido. A festa cristã repete-se em cada Domingo, dia pascal por excelência; nas celebrações sacramentais, acontecimentos pascais, por isso mesmo de Vida que nasce e cresce, se alimenta e recupera, se comunica e se compromete; na acção apostólica, gratuita e generosa; na solidariedade para com os mais pobres de todas as formas de pobreza. A ausência de sentido cristão de festas que por aí se fazem é denunciada pela sua insensibilidade às crises sociais, ao sofrimento e até ao luto que emerge em dia de festa do lugar, ao desgoverno das despesas que esquecem as necessidades do dia-a-dia da paróquia ou do lugar. Festas que atordoam e esqueceu as que pacificavam e uniam. Simples leis não invertem o processo. Quantas vezes, para não criar mais problemas, até a Igreja passa ao lado e faz o seu caminho. A festa é útil e necessária, mas não assim.
António Marcelino

Dia Mundial do Livro - O livro é um amigo



Nunca me cansarei de sublinhar a importância do livro e da leitura. Mas hoje, Dia Mundial do Livro, não posso deixar de o fazer, para ficar de bem com a minha consciência. 
A leitura é uma fonte inesgotável de saberes e um extraordinário caminho que conduz ao sonho e à magia do encontro com outros povos e culturas, com o ineditismo de tantas civilizações. Pela leitura, de livros fundamentalmente, o leitor recria o seu imaginário, dá largas à sua imaginação, ocupa tempos livres, abafa tristezas, inventa alegrias. 
O livro é, realmente, um grande amigo, sempre disponível, sempre à espera que nele peguemos, para, recatadamente, partirmos em viagens cheias de fantasias que preenchem a vida, levando-nos para longe de inquietações, situando-nos no bom que existe à nossa volta. 
Hoje, Dia Mundial do Livro, pare uns minutos, sente-se comodamente e leia. Verá que tenho razão.

Fernando Martins

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Centro de Estudos de História Religiosa investiga implantação da República

No seguimento do trabalho que tem vindo a ser realizado pelo Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) nos últimos anos, e considerando as exigências do debate historiográfico existente sobre o final da Monarquia Constitucional e a instauração do regime republicano em Portugal, estabeleceu-se uma programação de investigação, de grupos de trabalho e de iniciativas científicas. Considerou-se que esta programação se deveria articular com diversos âmbitos de carácter oficial eclesial e académico, respondendo também às necessidades de participação pública no decorrer de iniciativas das Comemorações Nacionais referentes aos 100 anos da República. Esta programação, própria do CEHR, constitui-se exclusivamente com carácter científico, no âmbito da historiografia.
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Jardim Oudinot vai ter Bar e Restaurante

O Executivo Municipal deliberou aprovar, após análise do concurso público, a adjudicação da Concepção, Instalação e Exploração do Bar/Restaurante do Jardim Oudinot à firma “Reflexo Lunar Unipessoal, Lda.” . O Apoio de Praia do Jardim Oudinot foi atribuído a Maria Isabel Cruz da Silva. 
No primeiro caso, por um período de nove anos, e no segundo, de cinco anos. Espera-se agora que tudo esteja afinado o mais depressa possível, para prazer de todos os frequentadores daquele espaço à beira-ria recriado, com muito bom gosto.

O tempo e os Valores

1. A cultura precisa de tempo. O que nos fica depois do exame ou das tarefas práticas é esse rasto de luz e de sabedoria que o tempo não apaga. A sociedade actual, embora mergulhada na pressa agitada para sempre chegar primeiro, sente a carência genuína e afectiva do saborear do tempo da vida. Saboreia quem aprecia, mas para apreciar é precisa aquela distância crítica que não se aprende só nos livros, mas que se vai construindo como fio condutor de tudo o que somos como pessoas e eco dos envolvimentos a que pertencemos na comunidade. Existem muitos prémios em Portugal dedicados à área da cultura, um deles é o «Prémio Padre Manuel Antunes», atribuição que procura fazer perdurar o homem da cultura e intuição futura que foi Manuel Antunes (1918-1985) e a escola de interpelação ética que nos legou. 2. Em edições anteriores foram reconhecidos de mérito recebendo o galardão da entidade organizadora eclesial (Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura) o poeta Fernando Echevarria (2005), o cientista padre Luís Archer (2006), o cineasta Manoel de Oliveira (2007) e a professora de Estudos Clássicos Maria Helena da Rocha Pereira (2008). Este ano a atribuição recai sobre o autor de «A Espuma do Tempo – Memórias do Tempo de Vésperas» (2008), o professor Adriano Moreira (n.1922). Da palavra do júri sublinha-se uma vida cívica intensa que teve «a preocupação por inscrever a política num horizonte axiológico, que tenha a Pessoa como valor fundamental». Acrescenta a atribuição o reconhecimento do «percurso intelectual e cívico de uma figura que tem qualificadamente contribuído para a dignificação da vida pública portuguesa». 3. Acima dos méritos pessoais, como é timbre de quem vive a generosidade como sentido de serviço comunitário, seja esta também uma oportunidade inadiável de reflexão para uma axiologia política, isto é: um conjunto de valores ou “pilares” edificadores do bem comum. Alexandre Cruz

A espuma do tempo

Talvez não haja muito que contar, meus filhos, porque não são muitas as coisas que aconteceram, no espaço de uma sempre breve vida, que valha a pena reter e transmitir. Ao contrário, a arte de esquecer a inutilidade em que se traduz a maior parte das inquietações que consomem o nosso tempo, reduz as recordações a tão pouco que muitas vezes se contam num gesto, e sem palavras. É assim que os que se amam, e até os que se odeiam, adoptam uma espécie de código secreto e breve que resume num instante anos de convívio. Porque quase tudo se concentra num resumo sem grande importância, depois de ter parecido que justificava canseiras demoradas, debates prolongados, vigílias de angústia, pontos finais. Nisso se gasta a maior parte daquilo que chamam o nosso tempo, e que é simplesmente a nossa vida, que é em unidades de vida que o tempo se mede. Entretanto, descura-se o essencial nos nadas a que não sabemos que nos obriga. É por isso que os livros de memórias tantas vezes parecem mais um protesto do que um testemunho, às voltas com a espuma do tempo, tempo perdido, tempo doado, unidades de vida. Páginas consagradas ao tempo perdido, repletas das anotações raivosas do que não a valia a pena ter sido dito ou feito, e que teimam em nos fazer partilhar numa espécie de vingança indiscriminada contra as gerações futuras. Não gostaria de recordar nada que se inspirasse numa fraqueza humana, nem de contar senão aquilo que anda ligado, na minha experiência, às pessoas e coisas que me pareceram tocadas pelo sopro da sobrevivência. Adriano Moreira In A Espuma do Tempo - Memórias do Tempo de Vésperas, Ed. Almedina

O CAIXILHO: Exposição de Fotografia de Carlos Mendes

FOTOGRAFIAS COM ARTE
No Galeria Virtual Caixilho.com está patente ao público uma exposição de fotografia de Carlos Mendes, que merece ser visitada. A mostra tem por tema a Arte Xávega, uma técnica de pesca bem conhecida entre nós. Carlos Mendes, pelo que já vi, é possuidor de uma sensibilidade muito grande, apresentando registos bastante expressivos. A partir das suas fotografias, é possível fazer quadros decorativos, sendo garantido que o tema é de aceitação geral, tanto na região como para além dela.

terça-feira, 21 de abril de 2009

ÍLHAVO: Santa Casa da Misericórdia comemora 90 anos



No próximo dia 24 decorre em Ílhavo a comemoração do 90.º aniversário da Santa Casa da Misericórdia, numa altura de grande azáfama com a construção do Hospital de Cuidados Continuados Integrados, a decorrer no local do antigo hospital. 
Segundo o Provedor da Santa Casa, Fernando Maria, os trabalhos decorrem em bom andamento prevendo-se o final das obras do edifício do hospital para o final do ano corrente e o hospital a funcionar em pleno, no segundo trimestre de 2010. Em relação à Capela, e devido às precárias condições das fundações da mesma que não permitem a remodelação, terá de ser demolida construindo-se nova capela com os mesmos traços arquitectónicos da anterior. Entretanto já está aberta uma nova saída que irá dar acesso à rua Ferreira Gordo. 
A obra de construção, de autoria do Arquitecto José Paradela, começou no dia 9 de Dezembro tendo sido entregue à empresa Construções José Coutinho, SA, pelo valor de 3.546.213,20 Euros mais IVA, estando já asseguradas as verbas: do Estado no valor de 750 mil Euros, da Câmara Municipal de 400 mil Euros e do empréstimo à CGD de dois milhões e 500 mil Euros, tendo a Autarquia assumido também a responsabilidade do apoio técnico à gestão do concurso, a fiscalização da obra além do investimento das infra-estruturas de acesso e sustentabilidade do Hospital. 

Programa do 90.º Aniversário 

Dia 24 Abril:

18.30 – Bênção da obra do Hospital de Cuidados Continuados Integrados, por Sua Excelência Reverendíssima o Bispo de Aveiro 
19.15 – Missa de Acção de Graças na Igreja Matriz com a assinatura do Compromisso dos novos Irmãos 
20.00 - Jantar de aniversário no Hotel de Ílhavo durante o qual se prestará homenagem aos funcionários com 15 e 20 anos de serviço na instituição

Nós, Sri Lanka

1. Se no 11 de Setembro 2001 muito se sublinhou a consciência generalizada ocidental de que «hoje todos somos americanos», se diante do gigante Tsunami da Ásia (29-12-2004) foi um facto a solidariedade global em que todos «nós» estivemos envolvidos e que, até pelas proximidades recriadas, contribuiria para tirar as lições do que é a «condição humana» como obrigação de na terra construir a paz, se… então poderemos dizer que «nós» estamos em todo o lado. Não fisicamente (a física quântica ainda não o permite!) mas espiritualmente, pois a gestão do tempo e espaço nas novas formas de comunicação vai-nos mostrando que mesmo para os sistemas mais fechados os muros vão caindo, as barreiras físicas vão-se esbatendo ficando «nós» diante uns dos outros em ordem à convivência. 2. A noção de que somos cidadãos do mundo poderá dizer que somos «nós, europeus», «nós, portugueses», «nós, humanos» … Este sentido de se estar em comunhão universal, sofrendo com os problemas da humanidade (das pessoas) e acolhendo as suas alegrias e conquistas, poderá concretizar um dos elementos mais estudados, a designada «expansão universal da consciência». É nesta noção muito aberta e clara que, por exemplo, nunca se ouviu falar tanto de determinados assuntos ou certas localidades como após acontecimentos incontornáveis que recolocam povoações, pessoas e interesses no mapa global. Quem não se lembra de no natal de 2004 todos «estarmos» na Ásia, no rescaldo das comoventes imagens do Tsunami da Ásia e de correntes de solidariedade, de conhecermos localidades de países como a Malásia, o Sri Lanka e tantos outros. 3. Hoje, mesmo «nós, europeus» temos de nos descentralizarmos de nós próprios e especialmente «estamos» com as populações civis do Sri Lanka, em que 40 mil pessoas fugiram de zona de combates e dos guerrilheiros Tigres Tamil, apontando a Human Rights Watch, no terreno, para «um banho de sangue». Afinal, «porquê»? Já bastava o banho do mar de 2004… Falta de memória? Alexandre Cruz