quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Museus em férias

Fotocópia do original do Avé de Fátima

Afonso Lopes Vieira foi
um poeta de Fátima, também

RECONHECEU O MILAGRE DO SOL

“A relação de Afonso Lopes Vieira com a religião não foi constante nem rectilínea. Nos verdes anos da juventude declarou-se ateu, com afirmações esporádicas de anarquismo, salpicadas da herança positivista da venerada Geração de 70. No largo período do seu amadurecimento como homem e como escritor, aprendeu a respeitar a fé da mulher, D. Maria Helena de Aboim, e reconheceu o milagre do Sol, avistado da varanda da Casa de S. Pedro de Moel, com a inauguração de uma capelinha dedicada a Nossa Senhora de Fátima, em 12 de Maio de 1929. Para essa ocasião festiva, Lopes Vieira escreve o AVÉ de Fátima, assinando apenas um servita. A estátua de N. Sr.ª de Fátima que ainda hoje adorna a rosácea da capela da casa de S. Pedro de Moel – com o altar virado a poente – foi esculpida por um canteiro da região de Porto de Mós.”

In "Roteiro da Exposição
da Casa-Museu Afonso Lopes Vieira",
em S. Pedro de Moel
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NOTA: As férias também podem servir para passar por Museus. Qualquer cidade ou vila e mesmo algumas aldeias têm o seu, com curiosidades dignas de admiração. Em S. Pedro de Moel há este, em casa onde viveu o poeta Afonso Lopes Vieira, casa que lhe foi oferecida por seu pai, precisamente “onde a terra se acaba e o mar começa”, em S. Pedro de Moel
Hoje, para além do Museu, a casa do poeta oferece um lugar para Colónia Balnear e a Capela.
Se passar por lá, não deixe de entrar, para sair um pouco mais rico.

Partidos Políticos

TRANSPARÊNCIA, EXIGE-SE
:
Ontem foi notícia o problema dos dinheiros do PSD. Há tempos, também o Tribunal de Contas não gostou das contas dos diversos partidos. Isto dá que pensar. Então, quem passa a vida a pregar a transparência, não é transparente? Pelos vistos é assim.
Os partidos políticos, como outras associações e instituições, devem apoiar-se, fundamentalmente, nas comparticipações dos seus associados. Comparticipações do Estado, a meu ver, só para acções concretas, do foro social, cultural ou outro, acções que se dirijam ao cidadãos em geral. Os partidos já recebem, em certas situações, subvenções do Estado, atendendo à sua importância na manutenção da democracia. Mas andarem agora a receber dinheiros pelas portas traseiras é que não me parece bem. Haja moralidade e contas direitas, senhores responsáveis pelos partidos.

Sinais de Festa


FESTA EM HONRA
DE NOSSA SENHORA DA NAZARÉ
:
Há pouco, quando regressava a casa, vi, junto à igreja matriz da Gafanha da Nazaré, sinais de festa. Para além da música que se ouvia, vinda dos lados do Centro Cultural, havia camiões carregados com estruturas de diversões. É a festa em honra de Nossa Senhora da Nazaré, padroeira da paróquia, que começa a ser preparada com algum tempo de antecedência. Milhares de pessoas não deixarão de aparecer, já que não falta gente que goste deste tipo de festividades, com arraial, foguetes, música, conjuntos musicais e alegria. Claro que também haverá a parte religiosa, como sinal de que tudo se fará à sombra da padroeira.
Em tempo de emigrantes em férias, é de prever que a festa seja uma excelente oportunidade de convívio entre todos.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

S. Jacinto


FÁBRICA DE CONSERVAS BRANDÃO
:

Em São Jacinto houve, há anos, nem sei há quantos, a "Fabrica de Conservas Brandão". Hoje já não existe e penso que nem vestígios há.
O meu amigo e leitor Ângelo Ribau enviou-me há dias esta foto, na tentativa de colher informações. Como não as tenho, aqui fica o apelo, na esperança de que alguém diga alguma coisa.
No entanto, ele adianta que a foto deve ter sido tirada por um dos seus tios, Josué ou Diamantino, o primeiro licenciado em Matemática e o segundo Padre, ou pelo seu tio-avô Padre Ribau.
Adianta que por ali existiu, provavelmente no mesmo local, uma seca de Bacalhau. De qualquer forma, agradecem-se informações.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Canonização da beata Joana, de Aveiro

Cardeal Saraiva Martins
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"PROCESSO COMO QUE ESTAGNOU"
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O Cardeal José Saraiva Martins concedeu uma entrevista ao Correio da Manhã, na qual respondeu a diversas questões relacionadas com as responsabilidades que desempenha na Cúria Romana, de Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, e não só. Sobre a nossa Santa Joana, respondeu assim:
:
Correio da Manhã - Também chegou à Congregação o processo de canonização da beata Joana de Aveiro. Ainda está em andamento?
:

Cardeal Saraiva Martins - Lamentavelmente, este processo como que estagnou. Parece-me que tem havido algum desinteresse por parte dos postuladores. Foi pena porque, em tempos, cheguei a pensar que estávamos perante um caso com todas as possibilidades de elevar à santidade.

Para os nossos emigrantes





CASA GAFANHOA
À ESPERA DE MAIS VISITANTES
:
Posso garantir que, muitas vezes, sou interpelado por emigrantes de férias na Gafanha da Nazaré. Quando deambulo pelas ruas desta nossa terra, sobretudo em Agosto, encontro muita gente amiga que já não via há anos. É um prazer enorme para mim e decerto para eles. Então, há perguntas e mais perguntas de alguns deles, no sentido de saberem novas desta terra que nos viu nascer, que se vai modificando ano após ano. Muitas construções, ruas que vão nascendo ou que vão sendo melhoradas, ares modernos em muitos cantos. Porém, as recordações do passado, que brotam nas conversas que entabulo com eles, trazem a todos uma incontida alegria e um prazer inexplicável.
Às vezes dou comigo a pensar que seria muito interessante organizar um encontro para proporcionar aos emigrantes de férias entre nós uma oportunidade para recordarem os tempos em que por aqui todos brincávamos, rindo e folgando, ao sabor dos tempos livres e sem televisões que, como acontece hoje, nem espaço nos dão para falarmos uns com os outros.
A muitos vou dizendo que vale a pena visitar a Casa Gafanhoa, para que os seus filhos e netos vejam como era a vida dos nossos avós, tão diferente, obviamente, da vida dos nossos dias e da vida em terras da estranja.
A ideia do encontro e a proposta da visita à Casa Gafanhoa aqui ficam com votos de boas férias.
Fernando Martins





Arte para todos







OP ART NA GAFANHA DA NAZARÉ
:
Na Avenida José Estêvão, na Gafanha da Nazaré, há uma galeria com arte para todos os gostos. Nas minhas caminhadas, faço questão, com frequência, de dar uma olhada para ver o que por lá existe, sendo certo que, com alguma regularidade, há novos artistas, de mistura com outros já consagrados.
Penso que apreciar arte, neste caso de pintura e com várias técnicas, é um prazer que os homens e mulheres não podem dispensar, sob pena de ficarem a leste do que há de belo. É por isso que hoje aqui deixo, como desafio, três fotos de quadros de dois artistas consagrados: Mário Portugal e Mário Silva. Passe por lá, aprecie e delicie-se, porque isso é de graça.
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NOTA: A primeira, em cima, é de Mário Silva; as duas seguintes são de Mário Portugal.

domingo, 19 de agosto de 2007

Folclore na Barra






X FESTIVAL NACIONAL
DE FOLCLORE PRAIA DA BARRA

Se não posso mostrar as danças e os cantares, nem todos os trajos nem as vozes puras do Festival de Folclore Praia da Barra, aqui ficam, ao menos, algumas imagens do que ontem vi, ao vivo, na Casa Gafanhoa. Desta Casa-Museu, mostrarei logo mais algumas fotos, como símbolos do viver de uma família de abastados lavradores dos princípios do século XX. Lavradores e sócios de uma empresa dedicada à Pesca do Bacalhau.
Só mais um pormenor da recepção feita aos grupos participantes (Rancho Folclórico de Alenquer; Rancho Folclórico e Etnográfico "Os Ceifeiros de Bemposta", Loures; Grupo de Danças e Cantares de Carragoso,Viseu; Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado, Trofa; e Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré): o Representante da Federação do Folclore Português, António Amador, garantiu que a identidade pátria, no respeito pelas nossas tradições, será preservada pelas instituições vocacionadas para a defesa da etnografia, não obstante a integração na UE e a falta de apoios dos nossos governantes a nível nacional.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 37

FADAS
E LOBISOMENS
EM VILAR

Caríssima/o:


Da Gafanha, saltei para Vilar, ali ao pé de Aveiro.
E ir a Vilar é reencontrar bons Amigos que lá fiz. De entre todos – que não me levem a mal os Matias ( o João, o Paulo,...), os Vieiras, os Gamelas... - bem, de entre todos há uma referência especial à Bondade personificada do Padre Almeida! Assim, os nossos jovens poderão saber que além de homens-lobos havia (e há!) homens-bons!
Parece estar a ouvir o Fernando Ferrão a chamar-me à pedra: Então esquece a boa Senhora que deu tudo pelo Patronato?!
Cá para nós que ninguém nos ouve (ou melhor, nos lê) estou quase como os “Amigos da Escola de Vilar” que se reúnem todos os anos... mas só... eles!
Bem procurei uma lenda que ilustrasse a minha passagem por Vilar. Com a zundapp a toda a brida, apenas encontrei estas fantasmagorias de João Pereira Lemos, em tudo iguaizinhas às que ouvimos ou, quiçá, nos fizeram mudar de cor com o susto. Revisitemos então Vilar, ao luar, na década de 40 do século passado:

«Na nossa meninice ouvíamos falar nas fadas transformadas em cisnes brancos que vogavam na represa da Azenha da Ti Cândida! Na pipa que rolando subia a ladeira da S. Rita. No Lobisomem que, vagueando de noite para cumprir o seu fadário de cão raivoso, só voltava a ser homem depois de ser picado por uma agulha. Ou os fantasmas do Pinhal dos Frades que não passavam das sombras das copas dos pinheiros e que eram projectadas em noite de luar e se moviam com aligeira brisa. [...]
Um dia no ano de 1947, vínhamos na companhia do Artur Leite a passar à porta do Cemitério Novo por volta da meia-noite, quando um lençol saiu da porta do dito, rodopiando e vindo ao nosso encontro. Ficámos siderados, sem fala, cabelos em pé quase desmaiando de susto; porém, o Artur que se calhar nem acreditava nos espíritos invocados pela mãe, correu direito à “alma do outro mundo” e deu-lhe dois valentes murros que produziram logo efeito. De dentro do lençol alguém de carne e osso suplicou “Não me bata mais que estou aqui à espera do meu patrão!” Era o criado do Manuel Vieira Bacalhau que o queria matar com algum ataque do coração!...
Outra ocasião, vínhamos noite dentro a passar pelos “carreiros” ali da rua do Caseiro, e a verdade é que vínhamos assustados com o que diziam se passava naquele local, quando começámos a ouvir no fim dos muros onde hoje o Zé Manel Saraiva tem a casa, um resfolegar estranho. O coração quase nos parou mas caminhámos resolutos, já agora “morra o bicho, fique a possanha”. Então o que era senão o burro do Zé Lindo que se espolinhava levantando uma enorme nuvem de poeira, e o dono curtia, soprando, uma enorme bebedeira!...»

[Vilar Doce e Poético Cantinho, João Pereira Lemos, pp. 199-200, Edição da Acção Católica Rural de Vilar, Aveiro, 1991]

E agora dizei-me qual de vós ainda não enfrentou noites assim. Se não, o luar de Agosto é companheiro ideal!

Manuel

Ares do Verão


MAR À VISTA
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No cimo, com mar à vista, sente-se um prazer enorme por ver horizontes sem fim. Se não acredita, faça um esforço e vá até lá. A Praia da Barra, como outras, certamente, tem este sortilégio de nos oferecer panoramas únicos, que nos afastam do stresse. Claro que temos de dar uma ajudinha. Parece que neste domingo não teremos chuva nem muito frio. Então, aproveite.

sábado, 18 de agosto de 2007

Um artigo de Anselmo Borges, no DN


ATEÍSMO
E SENTIDO DO MUNDO


Percorrendo a história do Ocidente, mostra-se que, com amplidão e intensidade diferentes, o ateísmo é co-extensivo à história do pensamento. Na Antiguidade e na Idade Média, embora Jean Delumeau tenha demonstrado a parte de lenda na expressão "Idade Média cristã", é ainda sobretudo questão de minorias. Depois, o século XVI será o século da dúvida. O século XVIII é já o século dos incrédulos e dos cépticos, mas de forma ainda quase clandestina. O século XIX apresenta um ateísmo sistemático e proclamará a morte de Deus. Hoje, as fronteiras entre os crentes e os descrentes são fluidas.
No limite, o autêntico ateísmo coerente seria "o ateísmo silencioso", como escreve Georges Minois, aquele que não pusesse sequer a questão de Deus. Pergunta-se, porém, se precisamente a questão de Deus enquanto questão, independentemente da resposta positiva ou negativa que se lhe dê, e a questão do Sentido último não são constitutivas do ser humano.
Citando Georges Gusdorf, G. Minois conclui a sua História do Ateísmo com "um quadro implacável e lúcido" da Humanidade do ano 2000: "Vive no Grande Interregno dos valores, condenada a uma travessia do deserto axiológico de que ninguém pode prever o fim." Durante muito tempo perseguido, o ateu obteve o direito de cidadania no século XIX e acreditou mesmo poder proclamar a morte de Deus. Mas já no fim do século XX houve a tomada de consciência de que, "ao eclipsar-se, Deus levou consigo o sentido do mundo". E continua: o futuro é imprevisível, porque o ateísmo e a fé enquanto compreensão global do mundo andaram sempre juntos. A ideia de Deus era um modo de apreender o universo na sua totalidade e dar-lhe, de forma teísta ou ateia, um sentido. Assim, a divisão hoje já não está tanto entre crentes e descrentes como entre "aqueles que afirmam a possibilidade de pensar globalmente o mundo, de modo divino ou ateu, e os que se limitam a uma visão fragmentária em que predomina o aqui e agora, o imediato localizado. Se esta segunda atitude prevalecer, isso significa que a Humanidade abdica da sua procura de sentido".
Se entendi bem, foi isto que Eduardo Lourenço foi dizer na abertura do Encontro Internacional de Lisboa, organizado pelo Grande Oriente Lusitano e subordinado ao tema Religiões, Violência e Razão.
A crise contemporânea é estranha. Enquanto o Ocidente se encontra desertificado de Deus, noutras culturas não só não há morte de Deus como, em vez da laicização, continuam na sua Idade Média, acreditando que o seu Deus é o verdadeiro e o Ocidente está em vias de perdição.
De facto, o Ocidente teve um dinamismo incomparável, e a razão disso é que o seu debate foi sempre à volta de Deus. Noutras culturas, Deus é um dado e está no centro de tudo; no Ocidente, Deus tem sido uma interpelação infinita. Deus não é uma evidência, porque não é um objecto. Deus é o nome, precisamente enquanto antinome, da nossa incapacidade de captar o Absoluto, o modo de designarmos a nossa incapacidade de ocuparmos o seu lugar. O Ocidente é a procura e o debate à volta desta questão. É-se contra a objectivação de Deus, porque Deus-pessoa não é objectivável. Deste modo, o Ocidente afirma-se como procura da liberdade. Quando, noutras culturas, se dá a pretensão de apoderar-se de Deus, temos fanatismo.
Eduardo Lourenço continuou, dizendo que, quando se dogmatiza, é para dominar. A perspectiva cristã caminha sobre outro chão. Aqui, Deus aparece como não violência, como puro amor, como espaço de liberdade absoluta. Sem Ele, as nossas liberdades não têm lugar. Ao revelar-se como amor, Deus mostra que, se a violência é o estado natural, a não violência é que é o mistério, e o que liberta é o não poder.
Deste modo, concluo eu, a crise actual não é o ateísmo. Precisamente o debate à volta de Deus enquanto debate infinito, mesmo para negá-lo, funda a liberdade e a dignidade
A raiz da crise é a indiferença e a consequente impossibilidade de pensar o sentido da totalidade, já que tudo se escoa na imediatidade e no fragmentário.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

FÁTIMA

Inauguração no próximo mês de Outubro

Artistas de todo o mundo
na nova igreja
da Santíssima Trindade





Vários artistas de renome internacional e de vários países estão responsáveis pela concretização das principais peças iconográficas da igreja da Santíssima Trindade, em Fátima. Exemplo disso será o Crucifixo do altar da igreja da Santíssima Trindade, da autoria da irlandesa Catherine Green.
Os responsáveis pela obra lembram que, "sendo o Santuário de Fátima um local de carácter internacional, por onde passam anualmente peregrinos de várias dezenas de nacionalidades, o novo espaço pastoral procurará que, também através das obras de iconografia, possa transparecer esta mesma universalidade".
O Santuário consultou os directores dos principais museus de vários países para que indicassem nomes de artistas, que foram depois convidados a apresentar as suas propostas.
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Ver mais em Ecclesia

PÚBLICO: Memórias de uma praia da Barra

Praia da Barra antes da edificação urbana
Alberto Marçal Brandão, Charrete junto ao Farol da Barra, Aveiro, s/d. Negativo em vidro, gelatina e sais de prata (original estereoscópico), DGARQ/CPF, Amb 0575. Imagem cedida pelo Centro Português de Fotografia e pela Direcção-Geral de Arquivos.

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Verão: Agosto na cidade
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Com escrito da jornalista aveirense Maria José Santana, o jornal PÚBLICO de ontem ofereceu, aos que gostam de ver ou rever o passado da região, uma expressiva fotografia tirada junto ao Farol da Barra, com sinais evidentes doutros tempos.
Claro que a Praia da Barra de hoje é completamente diferente e o movimento também é outro, com mais gente, outros trajos, outros cavalos a roncarem, outras ruas. Mas o Farol, o nosso Farol, construído, como bem recorda Maria José Santana, entre 1885 e 1893, esse é o mesmo, para nosso regalo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

ÍLHAVO: Trilho das Padeiras


AO ENCONTRO DA NATUREZA
E DAS PADEIRAS DE VALE DE ÍLHAVO
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No sábado, 18, será inaugurado o Trilho das Padeiras, as célebres fabricantes das afamadas padas de Vale de Ílhavo. Será um trilho que permitirá, a quem gosta e pode caminhar, descobrir a natureza e encontrar-se com as Padeiras, que fazem parte integrante da cultura ilhavense.
Diz a HERA-Associação para a Valorização e Promoção do Património que este Trilho se insere no projecto de criação de uma Rede de Percursos Pedestres no Concelho de Ílhavo, apostando pela valorização turística do património local. É iniciativa da CMI, em parceria com a HERA e com o GEMA.
A inauguração começará pelas 15 horas, no Largo das Padeiras (Vale de Ílhavo). Após o passeio de seis quilómetros, acompanhado por técnicos do património da associação HERA, está prevista a degustação de produtos típicos.
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NOTA: Foto e informações da HERA

Um Verão em cada dez...






Um Verão em cada dez é frio, ventoso e chuvoso. Isto mesmo disse ontem, na televisão, um meteorologista, numa tentativa de explicar o que está a acontecer com o Verão de 2007. Acrescentou ele que esta verdade, estatística, não tem explicação científica, mas que é mesmo assim.
Hoje andei, de manhã, pela Praia da Barra e constatei que era muito incómodo cirandar ou estar por ali, com o ventinho cortante a aconselhar-me a regressar a casa. Foi o que fiz. No entanto, andava pelo areal muita gente ávida de sol e de maresia, com capacidade para enfrentar, corajosamente, o triste Verão que tem estado por estas bandas. Para o ano que vem, uma vez que já suportámos o tal Verão fraquinho que se verifica em cada dez, teremos, então, o calorzinho por que tanto esperamos.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Tabaco faz mal à saúde

LEI DO TABACO FOI PUBLICADA
NO DIÁRIO DA REPÚBLICA
:
A Lei do Tabaco já foi publicada no Diário da República, mas somente em 2008 se farão sentir os seus efeitos. Assim, o fumo passa a estar proibido em todos os espaços públicos, bem como nos restaurantes e zonas de diversão com mais de 100 metros quadrados, a não ser em lugares próprios.
Penso que a partir de agora os não fumadores ficarão protegidos pela lei, sendo certo que os fumadores não poderão deixar de respeitar quem não gosta do fumo. Resta saber se os proprietários dos restaurantes serão capazes de fazer cumprir o que está legislado ou se vão descobrir alguma maneira de lhe escapar. Claro que haverá possibilidades de criar espaços próprios para os fumadores, onde só entra quem quiser. Cá por mim, evito sempre salas e pessoas que me incomodam.

Centenário de Miguel Torga

GOVERNO AUSENTE
NA HOMENAGEM AO ESCRITOR
:
É público que o Governo não se fez representar nas cerimónias comemorativas do centenário do escritor multifacetado que foi Miguel Torga. Lá terá as suas razões, mas confesso que tenho dificuldades em entender este alheamento do Executivo. Vejo por aí homenagens e mais homenagens, muitas delas sem qualquer sentido. Mas a que foi programada para honrar a memória de um dos nossos maiores artistas das letras pátrias, tantas vezes apontado como um dos escritores portugueses mais dignos do Prémio Nobel da Literatura, merecia a participação pelo menos do Ministério da Cultura.
A minha perplexidade é tanto maior quanto é certo que Miguel Torga, não sendo um político alinhado com qualquer partido, sempre mostrou, no pós-25 de Abril, simpatia e cumplicidade com o PS. É verdade, contudo, que criticava tudo e todos, com aquela franqueza e alguma agressividade próprias de quem respirou os ares das penedias agrestes do Marão, mas até por isso devia o Governo estar presente, fundamentalmente por respeito a uma frontalidade que começa a ser rara entre nós.
Pode ser que, envergonhados mas reconhecendo que erraram, os nossos governantes acabem por avançar com qualquer iniciativa que possa apagar a asneira que fizeram.

Igreja celebra Solenidade da Assunção

Dogma da Fé católica, celebrado por todo o país, foi definido pelo Papa Pio XII a 1 de Novembro de 1950
:
Assunção de Nossa Senhora.
André Gonçalves (1686-1762),
Palácio Nacional de Mafra




ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA AO CÉU

A Igreja Católica celebra hoje, dia 15, a Solenidade Litúrgica da Assunção da Virgem Maria ao Céu.
A Assunção é um dogma da Fé católica, definido por Pio XII a 1 de Novembro de 1950, mediante a Constituição apos-tólica “Magnificentissimus Deus”.
Neste documento, o Papa refere as relações entre a Imaculada Conceição e a Assunção, as petições recebidas para a definição dogmática, a consulta feita ao Episcopado, a doutrina concorde com o Magistério da Igreja. Resume os testemunhos da crença na Assunção, a devoção dos fiéis e o testemunho dos Santos Padres, dos teólogos escolásticos desde os primórdios, passando depois pelo período áureo e atingindo a escolástica posterior e os tempos modernos.
Pondera o fundamento escriturístico e a oportunidade da mesma, e logo pronuncia, declara e define ser dogma divinamente revelado que “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.
Este foi o culminar dum processo de séculos, durante os quais toda a Igreja e todos os cristãos dedicaram à Virgem Maria uma especial devoção e uma crença nos seus privilégios, em ordem a ser a Mãe de Deus.
O Catecismo da Igreja Católica explica que "a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (966).
A Assunção de Maria ocorre imediatamente depois de terminar a sua vida mortal e não pode ser situada no fim dos tempos, como sucederá com todos os homens, mas tem de considerar-se como um evento que já ocorreu.
A glorificação celeste do corpo de Maria é o elemento essencial do dogma da Assunção. Ensina que a Virgem, ao terminar a sua vida neste mundo, foi elevada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dons próprios da alma dos bem-aventurados e com todas as qualidades e dotes próprios dos corpos gloriosos. Trata-se, pois, da glorificação de Maria, na sua alma e no seu corpo, quer a incorruptibilidade e a imortalidade lhe tenham sido concedidas sem morte prévia, quer depois da morte, mediante a ressurreição.
A importância desta solenidade litúrgica em Portugal, com festas populares um pouco por todo o país, é tal que ainda hoje a República Portuguesa a reconhece como dia feriado.
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Fonte: Ecclesia

Mais ricos e mais pobres

OS PORTUGUESES RICOS
ESTÃO MAIS RICOS...
E OS POBRES MAIS POBRES
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A comunicação social divulgou ontem que os portugueses mais ricos estão a ficar ainda mais ricos. A lista que revela essa realidade mostra que as suas riquezas subiram, este ano, 35 por cento, em relação a 2006. É obra.
Nada tenho nada contra os ricos nem contra as suas fabulosas riquezas, desde que sejam legítimas e tenham como preocupação o respeito pela justiça de quem dá o seu suor e saber para que essas fortunas possam crescer. O mal está na realidade concreta. Segundo ouvi, enquanto os ricos portugueses vêem crescer os seus lucros, os pobres estão cada vez mais pobres. O problema está aqui. Mas como fazer para que haja mais justiça social? Confesso que não sei qual é o melhor caminho. Só sei que os nossos políticos, economistas, sociólogos e empresários não conseguem indicar pistas credíveis e indiscutíveis que estabeleçam princípios de mais justiça.
Diz o estudo que os 100 mais ricos valem 22,1 por cento do PIB (Produto Interno Bruto). Isto significa que uma centena de portugueses tem riqueza tão grande que nem podemos imaginar.
O Vaticano anunciou que o Papa se vai pronunciar sobre a ética neste mundo da globalização, através de uma encíclica. Será que os responsáveis pelas (in)justiças sociais o vão ouvir e seguir?

NOVA ENCÍCLICA DO PAPA

A justiça social e a ética na época da globalização deverão ser os temas fortes da segunda encíclica de Bento XVI
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BENTO XVI PREPARA ENCÍCLICA
SOBRE GLOBALIZAÇÃO

Durante as sua férias, Bento XVI preparou uma encíclica que deverá enumerar "importantes critérios éticos" para os responsáveis das economias, anunciaram ontem várias meios de comunicação citando fontes do Vaticano.
No documento, o segundo do género de Bento XVI, são esperadas críticas, por exemplo, aos paraísos fiscais, encarados como socialmente injustos, acrescenta Ignazio Ingrao, da revista Panorama.
Outros observadores no Vaticano adiantam que o Papa irá defender uma regulação do comércio mundial e da economia a um nível que impeça maiores injustiças.
O documento servirá ainda para comemorar os 40 anos da Populorum Progressio (O Desenvolvimento dos Povos), a encíclica em que Paulo VI defendeu a melhoria das condições de vidas nos países pobres através da acção directa dos estados mais ricos.
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Fonte: EXPRESSO