sexta-feira, 25 de maio de 2007

Um poema de António Patrício

DE QUE ME RIO?
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De que me rio eu?... Eu rio horas e horas só para me esquecer, para me não sentir. Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras; passo a vida febril inquietantemente a rir.
Eu rio porque tenho medo, um terror vago de me sentir a sós e de me interrogar; rio pra não ouvir a voz do mar pressago nem a das coisas mudas a chorar.
Rio pra não ouvir a voz que grita dentro de mim o mistério de tudo o que me cerca e a dor de não saber porque vivo assim.
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NOTA: Há pouco, no programa "Entre Nós", da RTP2, ouvi que o poeta António Patrício estava a cair no esquecimento. Aqui fica a sugestão para que o leiam.

Ares da Primavera


MOLICEIROS AOS PÉS DA ANTIGA CAPITANIA
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Há dias, na cidade, vi este quadro bem concebido. Barcos moliceiros, com as suas típicas decorações, ao sabor e saber populares, estavam postados aos pés da antiga capitania e actual sede da Assembleia Municipal de Aveiro. Do lado direito, o Fórum, uma boa sala de visitas da capital do distrito. Quem passa não pode deixar de admirar este quadro, para turista ver. Turistas somos nós todos os que passeamos, por aqui perto ou mais longe.
Os barcos da nossa Ria ficariam melhor a navegar, com gente de trabalho e de passeio. Mas os tempos são outros e não se compadecem com tarefas que não sustentam o povo. No entanto, foi muito boa a aposta de preservar o nosso passado, nele se incluindo a beleza dos nossso moliceiros.
Quando por lá passar, não deixe de os fotografar. Eles gostam muito que os levem como boa recordação.

Bandeira Azul

Praia da Barra


PRAIAS DE ÍLHAVO E AVEIRO
CONTEMPLADAS
COM A BANDEIRA AZUL

As praias de Ílhavo (Barra e Costa Nova) e Aveiro (S. Jacinto) foram contempladas, mais uma vez, com a atribuição da Bandeira Azul. Isto significa que os veraneantes podem usufruir, descansados, dos benefícios das nossas praias. Assim tenham hipóteses de gozar férias nestes recantos paradisíacos do litoral português.
É certo que este galardão não é dado por acaso. Ano após ano, os nossos autarcas esmeram-se na arte de bem servir quantos aqui vivem e quantos nos visitam, sobretudo na época balnear.
Há dias fui à Barra, como é meu costume, e pude apreciar a azáfama com que ali se trabalhava, para que tudo fique afinado na hora própria de receber os nossos convidados. É bom sentir que alguém olha com atenção para as nossas riquezas naturais, preparando-as para acolher quem chega com vontade de gozar férias.
Sejam bem-vindos!

ÍLHAVO: Actividades para jovens



UMA BOA OPORTUNIDADE
PARA OCUPAR BEM O TEMPO



A Câmara Municipal de Ílhavo volta a promover mais uma edição do Programa Municipal de Ocupação de Tempos Livres (PMOTL). Este programa destina-se a jovens dos 16 aos 30 anos e decorrerá durante os meses de Julho e Agosto. Os interessados deverão inscrever-se até 15 de Junho.

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES

Fórum Municipal da Juventude
ÍLHAVO Tel 234 321 079
GAFANHA DA NAZARÉ Tel 234 183 773
VALE DE ÍLHAVO Tel 234 326 826

Biblioteca Municipal de Ílhavo

PÓLO GAFANHA DA ENCARNAÇÃO Tel 234 086 668
PÓLO DA GAFANHA DO CARMO Tel 234 398 009

Câmara Municipal de Ílhavo
Tel 234 329 602
www.cm-ilhavo.pt geral@cm-ilhavo.pt

NOTA: Ver Ficha de inscrição e Normas em CMI

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Um artigo de D. António Marcelino



MAÇONARIA, REPÚBLICA
E PODER GOVERNATIVO



Vivemos em regime democrático. Há quem se diga democrata e a quem a democracia incomode. Assim se cai na tentação da promiscuidade que envenena o ambiente e o espaço que é de todos. Se no regime em que vivemos se devem respeitar as opções, ninguém está impedido de falar livremente, sem medo, perante o que se vai vendo, conhecendo, e que pretende influenciar a comunidade de que todos fazemos parte.
A democracia não é um fim, nem pode servir de meio para que o poder, qualquer que ele seja, se aproveite dos postos de comando para empobrecer e dominar um povo livre.
A maçonaria viveu em Portugal, desde que chegou em princípios do século XVIII, horas difíceis. Foram perseguições de fora e divisões de dentro. Tempo seguido com contradições e projectos, uns conseguidos, outros frustrados. O apoio que então deu à “Carbonária”, motor organizado da queda da Monarquia, e a identificação conseguida, com a jovem República, inspirando ou fazendo seus os ditos “valores republicanos”, deram-lhe impulso para dominar. Isto permitiu-lhe conduzir o processo do inicio do novo sistema, minando os órgãos fundamentais da soberania, desde a Presidência da República ao Parlamento, destruindo o que não dominava e conquistando uma presença efectiva, bem marcada e visível, nos mais diversos lugares de influência do Estado. Teve, depois, de entrar de novo em meia clandestinidade. Este facto, porém, não a impediu de fazer acordos secretos com o poder, para que, dada a sua influência o mesmo se pudesse manter, mesmo quando publicamente perseguia a Loja. E foi assim, como se sabe e se diz, até nos tempos de Salazar, que, olhando para o lado, cedeu na orientação de serviços públicos conhecidos e cobiçados, dada influência destes no povo.
A aceitação oficial da Loja deu-se com o 25 de Abril, por razões óbvias, depressa explicadas por motivo de quem ia aparecendo na ribalta política dominante. O novo poder fez-lhe a entrega de bens antes expropriados e pagou-lhe indemnizações. Às claras recomeçou-se, então, a falar da maçonaria e a dizer da campanha persistente que ela fazia nos corredores da Assembleia da República, junto de gente nova ansiosa por benesses no presente e sonhando com as boas promessas de futuro. Abriram-se portas, antes e sempre fechadas, publicaram-se nomes de alguns aderentes, não todos, com influência nos diversos quadrantes da sociedade portuguesa, manteve-se, porém, o sigilo dos ritos de iniciação e de outros ritos importantes. Aliviou-se algum secretismo, mas a Loja continuou a ser uma associação fechada, sem a abertura normal, propiciada por regime democrático. Esta situação deu direito a desconfiar do que se passa e programa.
O sol da primavera é propício para trazer à luz o que as tocas escondem em invernos prolongados. Porque o ambiente político se tornou propício e a ocasião convidativa, a maçonaria começou a apresentar os seus projectos para o país. A nós o dever e o direito de apreciar, dizer e alertar sobre o que se projecta, porque a todos nos diz respeito.
A maçonaria portuguesa aparece, de novo, com algum espírito de “carbonária”, eivada de um acirrado laicismo, tendo no horizonte os “valores republicanos”, lidos unilateralmente, e empenhando-se por introduzi-los como inspiradores das leis que devem reger o povo. Esquece-se que o poder democrático não se pode exercer à revelia dos valores que um povo concreto e sensato sempre teve, quer ter e defende, para salvaguarda da sua identidade, dignidade e futuro em liberdade. Impor é matar e destruir.
Há que fechar a Igreja na sacristia, ignorar os valores cristãos, fazer tábua rasa de uma cultura milenária, negar a história pátria e secar as suas raízes vitais, mudar o sentido das instituições que dão consistência à sociedade, fechar o homem, por via da educação nas escolas e meios de comunicação social, à dimensão do transcendente. Será este o programa “político” actualizado do partido socialista, agora publicamente de mãos dadas com a maçonaria? Se a perspectiva é de um laicismo redutor, o que restará da democracia? Um povo decapitado. E que será o partido socialista? Uma galeria vistosa, com muita gente alienada e encostada. E a maçonaria? A estratégia táctica de servir e de se servir de um poder sem ideologia.
Mas as prioridades num país que empobrece têm de ser outras, se quisermos sobreviver.

DIAS POSITIVOS




A MALDIÇÃO
DE S. TOMÉ




Consta que Tomé, duvidando da ressurreição de Jesus, disse: “Se não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito” (Jo 21,25).
Na mentalidade dos tempos modernos, esse episódio ficou resumido no “ver para crer, como S. Tomé” e entranhou tanto na nossa cultura que se converteu em maldição: acreditamos em tudo o que vemos... se passar na televisão.
“Encontraram os ossos de Jesus. Eu vi na televisão” ou “Jesus era casado e teve filhos. Vi num filme”. Afirmações como estas ou parecidas chegam às catequeses e às aulas de EMRC, estão nas conversas dos adultos. Viram, logo acreditaram. O que passa na televisão converte-se em critério de verdade. E de consumo. E de acção. E de preocupação. E só o que passa é que existe.
É preciso dizer que há mais vida e verdade para lá dos interesses, efeitos, montagens, espectáculos e negócios da televisão. É necessário ensinar a desconfiar do que vemos para não ficarmos prisioneiros da maldição involuntária de S. Tomé: ver para crer e acreditar em tudo e só no que se viu.


Jorge Pires Ferreira
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Fonte: Correio do Vouga

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Filósofo Fernando Savater





Aumento da violência nas escolas
reflecte crise de autoridade familiar



Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro “Família e Escola: um espaço de convivência”, dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
“As crianças não encontram em casa a figura de autoridade”, que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater. “As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa”, sublinhou.
Para Savater, os pais continuam “a não querer assumir qualquer autoridade”, preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos “seja alegre” e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores. No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, “são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os”, acusa.
“O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar”, sublinha.
Há professores que são “vítimas nas mãos dos alunos”. Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que “ao pagar uma escola” deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão “psicologicamente esgotados” e quase transformam “em autênticas vítimas nas mãos dos alunos”.
A liberdade, afirma, “exige uma componente de disciplina” que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade. “A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara”, afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, “uma oportunidade e um privilégio”.
“Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina”, frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que “têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos”.
“Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia “,afirmou. Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que “mais vale dar uma palmada, no momento certo” do que permitir as situações que depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.
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NOTA: Este texto foi-me enviado por pessoa amiga, de indiscutível credibilidade. Não assinou, pois presumo que também o recebeu de alguém. Aqui fica para todos os pais meditarem.

Gráfica do Vouga

Ao lado da Sé, do lado esquerdo,
fica a Livraria Santa Joana, em baixo,
e o Correio do Vouga, no primeiro andar do edifício


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LIVRARIA DE SANTA JOANA FAZ 50 ANOS
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A livraria diocesana está a completar o meio século de existência. No dia 25 de Maio de 1957, a “Gráfica do Vouga” iniciou actividades, com a elaboração do Correio do Vouga (fundado em 1930) e a abertura de um estabelecimento para venda de livros e artigos religiosos, que veio a chamar-se Livraria Santa Joana.
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Os meios de comunicação social – livros, jornais, cinema, radiodifusão, televisão, internet e outros – são agentes importantíssimos para a formação ou deformação das pessoas e das sociedades; tanto podem transmitir a cultura, unir os povos e servir os valores e os ideais mais nobres, como podem colaborar na difusão de conceitos aviltantes, de erros imorais ou de mentiras conscientes. A Igreja Católica, para a difusão da mensagem do Evangelho, jamais pôs de parte a palavra escrita, divulgada por qualquer veículo. Os redactores bíblicos deixaram-nos as suas mensagens; os apóstolos escreveram o Novo Testamento; os apologistas e os doutores da fé defenderam e expuseram a verdade cristã; os pensadores e os mestres do nosso tempo continuam no encalço daqueles que enriqueceram e espalharam a doutrina; os jornalistas repartem o pão que alimenta e fortalece a fé. Na verdade, a Igreja “considera seu dever servir-se dos instrumentos de comunicação social para pregar a mensagem da salvação aos homens e às mulheres” – lê-se no número três do decreto “Inter mirífica” do II Concílio Ecuménico do Vaticano. Convencidos de que “o ministério da pena ao serviço da Igreja é um verdadeiro apostolado” (Pio XII) e de que “a imprensa é o meio de chegar às massas populares, de fazer penetrar a luz da verdade nas camadas sociais indiferentes e descristianizadas, de refutar os erros, de resolver objecções e de encaminhar as consciências” (S. Pio X), os responsáveis da Diocese de Aveiro, desde a primeira hora, incentivaram a palavra escrita. Como testemunho disso, para lá dos boletins paroquiais e das folhas dominicais, temos o semanário diocesano “Correio do Vouga”, com setenta e sete anos de existência, onde se encontram milhares de comunicações, homilias e artigos dos nossos bispos.
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Leia mais no Correio do Vouga

Feira do Livro em Aveiro


POUCA GENTE NA FEIRA DO LIVRO
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Ontem, ao fim da tarde, havia pouca gente na Feira do Livro. O Rossio, uma das salas de visita de Aveiro, estava deserto. Consumidores de livros ou simples curiosos não passavam por lá. Deu-me pena ver tão pouca curiosidade pelos livros. Talvez o tempo, frio e chuvoso, não deixasse. Pode ser que por estes dias haja por ali mais pessoas, à cata de uma obra curiosa. De edições recentes ou mais antigas. Há um pouco de tudo na Feira do Livro, em Aveiro.

Um artigo de Alexandre Cruz


As cidades e as contas


1. A vida é feita de apostas que procuram abrir o melhor futuro para todos. Naturalmente que para a consistência de projectos o “fazer contas à vida” será pressuposto essencial, a fim de se levar a bom porto o ideal que se pretende construir. Sendo certo que existirão circunstâncias e visões estratégicas que poderão representar forte investimento no presente de que se colherá frutos no futuro, todavia, só na cuidada e rigorosa atenção sensível e responsável se poderá garantir a básica sustentabilidade real para os projectos em mente e em mãos.
“Ter mais olhos que barriga” poderá, tantas vezes, significar o viver acima (de mais) das possibilidades o que fará ruir as pontes do futuro. Aliar a ambição expansionista de projectos reformistas ao equilíbrio de realizações com gradualidade sustentada significará o assumir de uma visão política integral, onde se alia o rasgo futurista à realidade presente, não se perdendo nos calores emocionantes da obra feita mas vivendo o autêntico espírito de serviço à comunidade. Lideranças e oposições ter-se-ão de remodelar em consensos estratégicos, pois se não nos alicerçamos, não olhando a meios para atingir fins, a casa pode ruir por dentro. Hoje são uns, amanhã outros…
2. Olhemos para a autarquia da capital no país, Lisboa. O que vemos e ouvimos por estes dias, no concerne ao diagnóstico da situação, nada dignifica a cidade cosmopolita que outrora despertou sonhos (d)e novos mundos. A situação presente na cidade que deveria ser modelo e paradigma referencial para as outras cidades do país é fruto de décadas de (des?)governo do passado e o seu eco estende-se como hábito de gestão por muitas cidades do país. (Se a capital faz porque não eu?!) Como os cidadãos (cumpridores) sentem a gestão da cidade que não cumpre os seus deveres para com os cidadãos? Que atitudes e (des?)credibilidades gerará esta incoerência interna da actividade política autárquica e política em geral?
Talvez, ainda na luta pela sobrevivência, esteja no nosso sangue a despreocupação com aquilo que não nos atinge directamente; talvez nós cidadãos tenhamos deixado andar, gerando-se o costume laxista que foi comprometendo o rigor necessário. Talvez o ponto a que chegámos seja a “meta” que nos mostra que a caminhada que nestas décadas temos percorrido foi um percurso em crescendo, tanto em realidades boas nas lindas cidades portuguesas, mas como também num impressionante desequilíbrio litoral/interior a par do mau hábito de deixar a casa sempre desarrumada. Esta desarrumação foi minando a seriedade e dignidade políticas.
3. «Dêem-me todo o dinheiro do mundo que farei toda a boa obra, pois não preciso de me preocupar com o “depois”», dirá o cidadão. Vivemos o “depois” dramático de muitos “depois” não pensados e ingeridos. Adiar indefinidamente a consistência e sustentabilidade do governo equilibrado das cidades é comprometer o futuro; as grandes cidades, de que hoje muita gente foge (deixando-as ocas) e onde se torna difícil sentir a vida saudável e a cultura, tal o (dês?)ordenamento que ela vive. O problema, arrastado nas últimas décadas, não encontrará soluções instantâneas nem simplistas, embora algumas decisões nomeadamente ecológicas (também para uma melhor mobilidade) sejam inadiáveis.
Não se trata de uma cidade qualquer, falamos de Lisboa, a capital política que dá este sinal desnorteado ao país. Lisboa que, como alguém dizia, não é só dos lisboetas, é do país. Às vezes impressiona como os candidatos (que têm de mostrar toda a valentia) não têm um mínimo (humano) de medo e receio de não ser capazes de por as contas (sociais, culturais e económicas) em dia. A desordem das contas que é espelho da desordem de ideias… Das duas uma: os candidatos ou não se aperceberam da realidade da situação tornando-se exteriores à vida concreta, ou interessará bem mais a “partidarite” da vitória que a gestão complexa do bem comum. Nos últimos anos temos perdido nas campanhas eleitorais autênticas oportunidades de ver (com olhos de ver) como vamos e o que queremos. Será mais do mesmo? Em democracia viva a actividade política é o que o povo quiser que seja. Queremos algo de novo (não só denunciar mas propor concertadamente)? Ou já só navegamos na democracia virtual?!