quarta-feira, 13 de setembro de 2006

ENTRE A RIA E O MAR

Numa sociedade como a nossa, que vive cada vez mais limitada a espaços fechados, é sempre bom procurar a natureza. Na Praia da Barra, próximo da antiga ligação, por ponte de madeira, ao Forte Novo ou Castelo da Gafanha, há um convite, que é também um desafio, para convivermos com a natureza. Não perca tempo, antes que o Inverno chegue.

Um artigo de António Rego

O terramoto do século XXI
As notícias de hoje são uma espécie de predadores da nossa quietação mas ao mesmo tempo vasto campo de reflexão sobre temáticas que, em abstracto, seriam constantemente adiadas. De concretos anda o mundo cheio, é verdade. Mas o que acontece sempre deixa margem a questionamentos que de outra forma ficariam à espera de vez. O terramoto de Lisboa de 1755 foi, no facto, instantâneo. Na repercussões lento e profundo em réplicas que ainda hoje se fazem sentir. Temos percebido que o 11 de Setembro de 2001 sacudiu muitos conceitos e preconceitos adormecidos no turbilhão de factos e nos betões e ferros de muitas torres que continuamente se levantam e derrubam. A palavra terrorismo ganhou um significado de que quase já nos havíamos esquecido - era assim que se chamava aos lutadores pela independência das colónias. Existiu e existe nos senderos, esquadrões, brigadas, e tantas formas de chacinas cruéis a inocentes, em terra, mar e ar. Mas a forma de combater esta calamidade observa-se sob diferentes ópticas. Ainda há quem distinga o bom do mau terrorismo, consoante o vento ideológico que o sopra. Sabe-se que o diálogo tem pressupostos de honestidade bilateral. Quantos acordos de paz se fizeram na história com outras tantas roturas. Tudo se pode recobrir com a capa das palavras e gestos. Quando se trata de prender, interrogar e julgar suspeitos de actos terroristas parece que, para alguns, a justiça e os direitos humanos não passam de gestos líricos ou discursos de circunstância. É tanta a raiva contra os criminosos que parece tornar-se legítima a prisão arbitrária, interrogatório e tortura a quem junte vagos indícios de proximidade a qualquer atentado. Aqui se enquadram as prisões secretas que se povoam com viagens mistério dos aviões da CIA. Aqui se escondem direitos humanos, dignidade das pessoas, necessidade duma justiça e direito que se distanciem da prepotência de meios para procurar os criminosos.
Nas muitas reflexões surgidas no quinto aniversário do 11 de Setembro algumas vozes sensatas têm apontado para um objectivo talvez longínquo mas nobre: aprofundar pacientemente o diálogo entre o Ocidente e o mundo Árabe, sem deixar de fora os países mais radicais na interpretação do Islão. A experiência tem dito que a violência apenas produz violência. E que isso é mau para todos.

Um artigo de Alexandre Cruz

5 anos depois 11-09
1. Assim foi e assim será nos anos de vida das próximas gerações. O calendário ao assinalar “11 de Setembro” convida-nos aos minutos de silêncio e meditação sobre como “como vamos de mundo”. São infindáveis as reflexões destes dias sobre tudo e mais alguma coisa, o antes, o durante e o depois; das análises da geopolítica, à abordagem da tecnologia militar e arquitectura das torres; da filosofia e história das religiões até às concepções de história contemporânea com esta página aberta que não deixa ninguém insensível. Tudo foi escalpelizado, mas talvez mesmo o que valha e pena seja compreender mais as raízes do “ground zero”, as razões do acontecimento que continua a comandar o mundo. 2. Quanto a consequências, ao que mudou… tudo mudou! Para alguns analistas regressámos, na resposta unilateral anglo-americana, ao pré-revolução francesa, onde o estado de direito é “abalado”, a comunidade (e o seu direito) internacional apresentara-se insignificante e a “lei da força” explícita regressa a marcar o ritmo. Estes dias foram oportunidade de (re)parar fazendo leituras de pormenores que mudaram há cinco anos: pela segurança apertada sabe-se que qualquer muleta, corta unhas, pode fazer parar um avião; diz-se mesmo sem complexos que após o 11 de Setembro “ser pessoa com deficiência” é ainda mais difícil pois a desconfiança nos aeroportos e não só generalizou-se. Quem não se lembra na altura do pânico do “antrax” nas caixas Multibanco… 3. Há cinco anos, diante dos escombros do símbolo (as torres gémeas) do proclamado império do ocidente (EUA), e ainda com todo o fumo a desafiar o pragmatismo americano da cidade modelo (NY), dizia-se que talvez fosse “hora” dos cinemas de Hollyood silenciarem a sua “máquina de guerra” e procurassem por todos os meios implementar uma Cultura da Paz. Qual quê, sendo certo que a vida tem de continuar mas…, cinco anos depois, na irresistível encenação americana, os filme de guerra não pararam e começam mesmo a abundar películas de cinema com a tragédia americana; talvez seja uma forma de cartoonizar exorcizando a realidade… 4. No meio de tudo e na gestão de tão complexo fenómeno daqueles dias, onde a “emoção” supera a anos-luz a “razão”, em temos de racionalidade política as contas continuam e ficarão perplexas. O Iraque invadido à força pelo casamento dos EUA com a Inglaterra, com o pretexto de encontrar as famosas (mas invisíveis) “armas de destruição maciça”, politicamente deixam para a história da política internacional como a guerra e o “combate do outro” vence em eleições todas as “mentiras”. (Democracia não é necessariamente sinónimo de “verdade”…e quando a mentira vence descredibiliza-se a “política”.) Agora que Blair e Bush estarão quase a terminar a sua missão, entre o real e o possível, fica o sabor amargo. Como serão os sucessores, que correcção histórica lhes será possível? Por muito que tudo se diga, a verdade é que precisamos dos EUA regenerados no tabuleiro do xadrez político do mundo global. 5. Em tudo o 11 de Setembro fica registado na nossa memória com o traumatismo de algo “perdido”. Perderam-se vidas, famílias, sentido de abertura e confiança na partilha de culturas de que era paradigma o coração da América, World Trade Center; perdemos a “liberdade” que encontrámos talvez também porque não lhe tenhamos dado melhores “fundações” de conhecimento mútuo e reciprocidade no aprender a “viver juntos”; perdemos, no unilateralismo anglo-americano, a oportunidade da ONU ser o gestor da Nova Ordem Mundial emergente que instaurasse sentidos de justiça (e justa distribuição dos bens) para então ser possível a paz; perdemo-nos, nós, no esforço de compreender o incompreensível, quando a razão humana é bloqueada pelos fundamentalismos que existem e persistem em todo o lado (tanto nas causas como nas consequências, não é só “lá” que existem fundamentalismos e intolerâncias; e não se pense que é só no campo religioso, existem fundamentalismos de visões sociais, políticas, científicas…que impedem a abertura plural ao “outro”, cegando a possibilidade do atingir de modo inclusivo um bem comunitário maior, em justiça e com autêntica liberdade (responsável e respeitadora). 6. Futuro? Claro, ele está aí todos os dias! Soubemos por estes dias que o presidente do Irão (o indizível “observador” atento do mundo, a ir à boleia nesta catadupa de acontecimentos…) há meses, quando do episódio dos cartoons de Maomé, lançou “concurso nacional” de cartoons sobre o holocausto. Amor com amor se paga!... Fascinante mas lamentável mundo… também em que tantas vezes perdemos a “sensibilidade do outro” e na nossa ingénua concepção de “liberdade” ateamos fogos evitáveis no desrespeito pelos valores do “outro”. 7. Cada vez mais o futuro, e falar de futuro é falar do futuro da liberdade, está na vivência compreensível do dia-a-dia! Precisamos mais de compreender a realidade que nos envolve e que somos… A força das armas nunca será caminho de construção com futuro, às vezes abre mais feridas. Uma boa parte deste futuro de esperança que reequilibre este lindo planeta residirá numa ONU renovada; esta deve ser o centro do mundo, com o contributo inclusivo de todas as forças vivas e construtivas, também das grandes Filosofias e Religiões da Humanidade, estas tantas vezes perdidas ou “entretidas” nas suas vírgulas e “umbigos” retardando a essencial “identidade na pluralidade”, com autêntico espírito de serviço à Humanidade. Humanidade que Deus ama e mesmo “assume” para a diversidade dos Cristãos. É mais o que une que o que separa, vamos, mais em espírito ecuménico! O mundo passa! A velocidade deste tempo não se compadece com um “ir andando”…! (Mas…que bom seria que a ONU encontrasse um “poço de petróleo” para se auto-sustentar sem “mendigar” às potências mundiais!...)

terça-feira, 12 de setembro de 2006

ECUMENISMO

Papa reafirma compromisso ecuménico
Bento XVI reafirmou esta tarde o seu compromisso pessoal na promoção da unidade entre os cristãos e agradeceu a possibilidade de rezar “juntos”, como o fez com católicos, protestantes e ortodoxos, na Catedral de Regensburg. Essa unidade, frisou, serve “para que o mundo creia” e a “seriedade desse compromisso” deve animar o diálogo entre as Igrejas.
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11 de Setembro

AINDA HÁ MUITO A FAZER...
“Ainda há muito a fazer para construir a paz e a igualdade entre os povos. (…) Com o 11 de Setembro, o Mundo ficou a saber que a violência pode atingir tudo e todos, [mas] a paz nunca se vai conseguir alcançar pela afirmação do poder, mas sim pelos laços de proximidade, de igualdade e de partilha entre os povos.”
D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu,
no Diário Regional de Viseu
Esta afirmação do Bispo de Viseu veio mesmo a calhar no dia em que o Mundo recordou, com emoção, o 11 de Setembro de há cinco anos. E bateu no ponto certo, na minha óptica, quando muitos só falam das injustiças e dos fanatismos religiosos ou outros, como fermentos de ódio e de terrorismos. A realidade é esta. À nossa volta continuam guerras, violências, perseguições, marginalizações, em suma, outras formas de terrorismo que matam sem tiros nem bombas e sem aviões desviados. Por isso o apelo de D. Ilídio, no sentido de lutarmos pela paz, criando laços de proximidade e de igualdade. Treinados nisso, no âmbito familiar e local e depois no âmbito de freguesia e de País, chegaremos ao plano internacional, na partilha e na comunhão entre os povos. Com mais justiça, com mais respeito pelas opções dos outros, sempre em diálogo com todos, ajudaremos a construir a paz por que almejamos. Fernando Martins

Mundo do futebol

Não há quem ponha
cobro ao compadrio
O mundo do futebol, pelo que se ouve e vê, está um caos. Não é preciso perceber muito deste mundo para saber que a podridão grassa por aí. As escutas telefónicas continuam a revelar, pelo que diz a comunicação social, que o compadrio, uma eloquente forma de corrupção, mina a ética desportiva. E o mais engraçado é que até alguns dirigentes que passam a vida a pregar moralidade são descobertos com a boca na botija, sendo iguaizinhos aos que acusam de corruptos. Tudo isto é tanto mais grave quanto é certo que as escutas agora denunciadas pela comunicação social foram registadas há muito pela Justiça portuguesa. E o que foi feito a partir daí? Nada, que se saiba. Ou muito pouco, para ser mais justo.
F.M.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

JORNADAS DA RIA DE AVEIRO

Ria na Costa Nova
:: Ministério do Ambiente
ignora laguna
Estão a decorrer em Aveiro, até 7 de Outubro, as Jornadas da Ria. Estas são as primeiras jornadas dedicadas à laguna aveirense, um património da região, e do País, de valor incalculável. Porém, subaproveitado e abandonado. A denúncia veio do presidente da Amria – Associação dos Municípios da Ria, Ribau Esteves, que é também presidente da Câmara Municipal de Ílhavo. Diz o autarca ilhavense, conforme li no PÚBLICO de domingo, que a Ria “é um ecossistema em crise, abandonado pelo seu gestor, o Ministério do Ambiente”. Apesar das garantias dadas pelo presidente da CCDRC (Comissão da Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro), Alfredo Marques, de que haveria meios financeiros para acções de protecção da laguna, apoio a denúncia de Ribau Esteves, por tantas promessas não cumpridas sobre a Ria de Aveiro. O problema é fácil de compreender. Os nossos governantes, com assento na capital, não podem sentir o que nós sentimos quando no dia-a-dia olhamos para a Ria. Olham de cima da sua autoridade para a floresta, que é o País, e não conseguem vislumbrar a árvore frondosa, que é a nossa Ria, em vias de apodrecer por falta de atenção. Eles querem lá saber da riqueza paisagística e turística que a Ria de Aveiro tem em potência para oferecer a quem à sombra dela vive ou a quem a visita! Eles querem lá saber do peixe saboroso que nela se cria e dá sustento a tanta gente! Eles querem lá saber do moliço subaproveitado, que a pode matar sem dó nem piedade! Eles querem lá saber dos moliceiros e saleiros que apodrecem nos esteiros por não haver incentivos para a sua mais ampla utilização! Eles querem lá saber de gente que vegeta com os olhos pregados nas águas mansas da laguna, por não haver quem lhes dê trabalho! Eles querem lá saber que a Ria tenha ou não uma entidade gestora para diagnosticar problemas e avançar com respostas credíveis! Há tantos anos que oiço tanta gente a gritar que a Ria não pode morrer, que é preciso fazer qualquer coisa, mas nada se tem visto. Os nossos governantes, de diversos Governos, devem ter ouvido falar da Ria de Aveiro. Mas não a sentem, não ouvem os seus murmúrios, os seus cânticos de beleza, mas também não conhecem os seus cheiros, as suas cores e os seus sabores como nós, os povos da Ria, os conhecemos a todo o momento. Por isso, vão adiando o que à Ria diz respeito. O que à Ria e às suas gentes interessa verdadeiramente.
Fernando Martins

Para reflectir

“Os cristãos
devem mostrar
que são
diferentes”
:::
Enzo Bianchi, prior da comunidade de Bose, Itália, falou na passada semana a 400 padres portugueses, em Fátima. É um leigo e fundou há 40 anos um mosteiro em que homens e mulheres retomam a tradição monástica cristã, mas com expressão moderna, como refere António Marujo, no PÚBLICO de domingo. Em entrevista que concedeu a este jornalista, especialista em temas religiosos, Enzo Bianchi diz que “os cristãos devem mostrar que são diferentes”, porque só assim “poderão contrariar a indiferença que existe em relação à religião”. Dessa entrevista, transcrevo, para reflexão, algumas respostas suas a questões que lhe foram postas por António Marujo. Sem comentários. A clareza das suas propostas não precisa de mais. F.M.
:: “Falava da centralidade da caridade, mas a Igreja faz já tanta coisa a nível social… Não se trata do social. É ao nível mais pessoal e antropológico: é a questão da misericórdia, de dar evidência ao amor e à comunicação, ao acolhimento do diferente, de instaurar a pluralidade da comunidade cristã e de não viver a fé de forma monolítica e intolerante. Falou para mais de 400 padres. Os padres quase não têm tempo para as pessoas, para o acolhimento… Esse é um verdadeiro problema. Os padres têm a tentação de ser gestores, burocratas, às vezes tecnocratas da caridade. Mas é decisivo viver acolhendo, escutando, nas relações quotidianas. E a caridade, para um padre, passa por aí? Pelo acolhimento do diferente, do pobre, do sofredor, do estrangeiro, no quotidiano. Não pela organização da caridade, mas como escuta de quem está distante. Fala de uma religião de intermitência de muitos cristãos. A mensagem da hierarquia não passa? [Passaria] mais se fosse uma mensagem que colocasse no centro Jesus Cristo e a sua humanidade. São caminhos de humanização que interessam o homem e encontram a sua imagem em Jesus Cristo. Não são os dogmas e regras… Não são as regras, os ritos nem os dogmas que dizem o cristianismo. O cristianismo ou se conjuga em termos de humanização ou se torna irrelevante. Hoje há uma grande indiferença perante o cristianismo… A indiferença vive e prospera quando não se põe em evidência a diferença. Os cristãos [devem saber] mostrar uma verdadeira diferença a respeito da sociedade e do homem. Se não emerge a diferença cristã, a indiferença torna-se a grande dominante da nossa sociedade. O cristão tem de ser diferente? Em tudo: no comportamento, na comunicação, na comunhão, no modo de viver, um cristianismo que plasme todo o homem. Também na política? Houve políticos católicos que, sobre a guerra do Iraque, diziam que aceitavam o Papa, mas que esse era outro assunto… Não é possível. Há uma inspiração cristã que deve ser salvaguardada. As técnicas e as políticas pertencem ao homem e não ao pormenor do evangelho. Mas a inspiração, sim. E, na paz, joga-se o testemunho cristão no futuro. Como se vive essa diferença em sociedades laicas? É mais fácil fazer emergir a gratuidade do evangelho, a liberdade do cristão. É necessária muita coerência, mas a mensagem cristã é mais escutada numa sociedade laica em que o evangelho é proposto, do que numa civilização de cristandade em que o evangelho seria imposto. É difícil, mas é mais fecundo e dá mais frutos.”

sábado, 9 de setembro de 2006

Gotas do Arco-Íris – 30

E A CERVEJA...
TEM SEMPRE A MESMA COR?
Caríssimo/a: Não, nada disso que estás a pensar... Hoje ainda vou ali por outro grande poeta; não sei se já ouviste falar no Pessoa, o Fernando Pessoa... Vê lá tu onde se pode encontrar um grande poeta!... Estava a queimar uma papelada velha quando dou de caras com ele, ali prontinho para a incineração... Alto lá, este mais devagar! Agora vem comigo espreitar o que ele escreveu desta vez:
Sagres é uma boa cerveja e eu acabarei por gostar da Sagres como gosto do Rexina. Sagres é a pausa que refresca e tem vitaminas todas as bebidas da televisão têm vitaminas mesmo as do programa literário que é detergente e eu uso-as e sou um cidadão perfeito e até já consigo adormecer com hipnóticos depois de tomar o Tofa descafeinado e no Verão visto calções de banho de fibras sintéticas para me banhar na Torralta cidadão perfeito perfeitamente bronzeado com Ambre Solaire. Tudo coisas admiráveis e desesperadamente necessárias que eu devo ao marketing e me são cozinhadas num abrir e fechar de olhos nas panelas de pressão de todo o bom cidadão. E no intervalo bebi café puro o do gostinho especial Sical Sical que é um luxo verdadeiro por pouco dinheiro. (...) Preciso e gosto de uma data de coisas e só agora o sei, menos da Sagres. Mas acabarei por gostar. Ninguém contraria o marketing por muito tempo. Ninguém contraria os fabricantes de bem fazer o bom cidadão. E tudo graças ao marketing.
E agora como terminar? Pedir uma cerveja preta para servir de tónico nesta torreira de ensandecer?! Manuel
::
Nota: Apresento hoje, antecipando um dia, o Gotas do Arco-Íris, por razões técnicas. Amanhã, em princípio, estarei sem Net. Apresento o meu pedido de desculpas ao autor e aos leitores do meu blogue.

O EXPRESSO renova-se

A concorrência
é sempre a favor
dos consumidores
O EXPRESSO apresenta-se hoje renovado. Com novo formato e mais pequeno, novo grafismo, novo tipo de letra, novas rubricas com nova arrumação, novos colaboradores, enfim, com nova filosofia jornalística, para novos desafios. Quem o lê desde o primeiro número, como eu, estava há muito à espera que isto acontecesse. Veio agora, porque a actual direcção não quer perder a carruagem da liderança da informação em Portugal. Mas também porque quer apostar no futuro e enfrentar, com determinação, a concorrência. Um novo semanário, o SOL, dirigido pelo ex-director do EXPRESSO, José António Saraiva, promete luta na conquista de leitores. Veremos, dentro de alguns meses, quem fica à frente. Para já, quem fica a ganhar somos nós, os leitores. Os que ainda não prescindimos da informação com suporte de papel. E ficamos a ganhar, porque a concorrência é, à partida, sempre a favor dos consumidores. Numa primeira leitura, confesso que gostei. Só espero que não comecem a aparecer desmentidos, pelos destaques de primeira página ou de outras, avançados sem garantias ou provenientes de fontes não credíveis. A fidelidade de muitos leitores também passa por aí. E eu tenho de passar a ser um deles, apesar de me manter muito agarrado ao EXPRESSO. F.M.