quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Pintura de Cimabue

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A Virgem, Galeria degli Uffizi,
Florença
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CIMABUE: UM PRECURSOR
DA PRIMEIRA RENASCENÇA
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Cimabue (1240 - 1302) foi o último grande artista da tradição Bizantina e o precursor da primeira Renascença. Conhece-se pouco da sua vida, carregada de lendas, mas ainda hoje é admirado pela firmeza expresiva dos seus traços e cores.
Dante considerou-o o maior pintor antes de Giotto. Em Florença, Itália, pode ser apreciada a sua arte, cujas cópias foram espalhadas pelo mundo.

ECUMENISMO: UM ARTIGO DE FREI BENTO DOMINGUES, NO PÚBLICO

ESCUTAR
CAMINHANDO 1. Hans Küng, o grande teólogo de Tubinga, resumiu numa fórmula lapidar o percurso de uma vida de investigação e de encontros dedicada a lançar pontes em todas as direcções: “Não haverá paz entre as nações, se não existir paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões, se não existir diálogo entre as religiões. Não haverá diálogo entre as religiões, se não existirem padrões éticos globais. O nosso planeta não irá sobreviver, se não houver éthos global, uma ética para o mundo inteiro” (1). Se muito caminho já foi percorrido no diálogo ecuménico, muito mais falta ainda por andar até chegarmos a um ecumenismo universal, como lhe chamou Fernando dos Santos Neves, reitor da Universidade Lusófona (2). A palavra “ecumenismo” começou por designar o esforço desenvolvido pelas diferentes confissões cristãs a fim de obter a reunião da cristandade dividida. As origens do movimento ecuménico situam-se nos inícios do século XIX, em 1805, com o pedido do missionário baptista William Carey de se criar uma “associação geral de todas as denominações cristãs existentes nas quatro partes do mundo”. Este pedido e proposta nasciam da base, nos ambientes missionários protestantes, envolvidos sobretudo na África e na Ásia, onde era mais visível o contratestemunho dos cristãos que pretendiam pregar o mesmo Jesus Cristo, mas uns contra os outros. A Assembleia de Edimburgo de 1910 marca o início oficial do movimento ecuménico. As jovens Igrejas cristãs da África e da Ásia tomaram uma posição muito clara: “Fostes vós que nos enviastes os missionários que nos fizeram conhecer Jesus Cristo. Não podemos fazer outra coisa senão agradecer-vos. Mas trouxeste-nos também as vossas diferenças e divisões. (…) Continuai a pregar o Evangelho, mas deixai a Cristo Senhor o encargo de suscitar, Ele próprio, no meio dos nossos povos, sob a solicitação do seu Santo Espírito, a Igreja conforme à sua exigência, que será a Igreja de Cristo (…) libertada finalmente de todos os “ismos” com que classificastes a pregação do Evangelho no meio de nós.” Apesar de todos os esforços, só em 1948 foi possível realizar, em Amesterdão, a primeira Assembleia Geral do Conselho Ecuménico das Igrejas (CEI), do qual a Igreja Católica romana não fazia parte. A viragem ecuménica decisiva desta realizou-se no Concílio Vaticano II (1962-1965). São datas decisivas, mas não suficientes para conseguir a unidade das Igrejas cristãs. A unidade, como mostra o grande teólogo dominicano Yves Congar, só poderá ser realizada na diversidade. Em 1983, Heinrich Fries e o jesuíta Karl Rahner lançaram um corajoso e discutido projecto: União das Igrejas – possibilidade real. Na opinião dos seus autores, o ecumenismo tornou-se uma questão de vida ou de morte para a cristandade. O que está em jogo é a própria identidade cristã: hoje em dia, são questionadas e desafiadas não as diversas confissões individualmente tomadas, mas o ser cristão, a fé em Deus, o sentido da vida e da morte. O projecto é anunciado e argumentado em oito teses que não vamos discutir aqui. Já não estamos com uma urgência derivada do mau testemunho dado na Ásia e na África, como diziam as Igrejas jovens no século XIX. Agora, o escândalo é outro: há discussões intermináveis para realizar acordos parciais, esquecendo a própria missão da Igreja no mundo contemporâneo. Parecem aquelas famílias que, por causa da repartição das heranças, acabam por se afastar. Todas as Igrejas deviam saber que são provisórias e já têm elementos comuns suficientes para poderem testemunhar do essencial, deixando a cada uma o direito à sua diferença. 2. Pouco a pouco, desenvolveu-se a consciência de que ser cristão só pode significar ser ecuménico e não, apenas, no âmbito das Igrejas cristãs. Mas estas, para serem ecuménicas, têm de despertar para uma consciência global. Se as Igrejas cristãs se devem escutar umas às outras, devem também aprender umas com as outras a descobrir e a escutar o mundo das religiões não cristãs. Por seu lado, as Igrejas e as religiões devem aprender a escutar o mundo dos agnósticos e ateus, o mundo dos sem-religião. Nada disto é linear. Dentro de cada Igreja e de cada religião há várias tendências e vários grupos, há conflitos mais ou menos profundos, por vezes, hostilidades, por razões de sensibilidade, de doutrina e de comportamentos ético-social. Dir-se-á que não se pode andar a dialogar com as outras Igrejas e religiões e não ter vontade nem paciência para as divergências no interior do próprio grupo confessional. Importa não esquecer que as únicas fronteiras não são as das instituições religiosas. Muitas vezes, sentimo-nos mais perto de pessoas e grupos de outras religiões, ou sem religião, do que de grupos e pessoas da confissão religiosa a que pertencemos. Muitas e variadas são as tarefas e os caminhos do ecumenismo. Não podem ser confiados, apenas, às burocracias das instituições nem à espera das conclusões doutrinais dos especialistas. Os caminhos do ecumenismo são os da conversão da inteligência e do coração, ajudados pela oração comum e pelo trabalho em função dos mais carenciados, a nível local e mundial. O que mais dificulta o diálogo – seja com outras Igrejas cristãs, com outras religiões ou com os sem-religião – é a ideia de que já tudo é claro no interior da própria confissão religiosa e de que só por cortesia vale a pena escutar as outras religiões ou os sem-religião. Por exemplo, quem, no campo cristão, supõe que sabe quem é Deus, o que é a criação, a incarnação, a redenção, a vida depois da morte. Se não entrarmos por uma linha simbólica que ajude a viajar sempre para novas paragens, ficaremos bloqueados para caminhar com os outros porque estamos parados dentro de nós. (1) Hans Küng, Religiões do Mundo. Em busca dos pontos comuns, Lisboa, Multinova, 2005. (2) Fernando dos Santos Neves, Do Ecumenismo Cristão ao Ecumenismo Universal, Lisboa, Edições Universitárias Lusófonas, 2005. NB: Artigo publicado no “PÚBLICO” do passado domingo.

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

"AMAI-VOS UNS
AOS OUTROS
COMO EU
VOS AMEI" De 18 a 25 de Janeiro, vai decorrer a Semana de Oração pelo Unidade dos Cristão. Por todo o mundo, não hão-de faltar momentos de oração em comum, num sinal claro de que há crentes que acreditam na possibilidade de todos anunciarem, sobretudo pela vida de todos os dias, o Salvador único, que é Jesus Cristo. Já lá vai o tempo em que se esperava que havia de chegar a hora de todas as Igrejas cristãs se unirem sob a autoridade do Papa; hoje, apenas se espera que cada uma preserve a sua identidade, dando testemunho do amor fraterno, não só para com os seus irmãos cristãos, mas para todos os homens e mulheres do mundo, independentemente das religiões que professem. Sei que é muito bom que todos saibamos e queiramos rezar pela unidade dos cristãos, unidade que se há-de manifestar no cultivo do amor a Deus e a toda a gente, mas também sei que se torna urgente avançar para formas de cooperação e de partilha de ideias e de projectos, sempre na defesa de valores que nos são comuns: os valores da verdade, da justiça, da paz, da fraternidade, da vida, da democracia, da liberdade e do amor. Nessa linha, neste meu espaço, procurarei divulgar, durante esta semana, mas não só, os sinais ecuménicos mais relevantes: sinais que possam inspirar-nos a prosseguir na caminhada da unidade, unidade que se há-de traduzir na aplicação do mandamento do Senhor – “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. F.M.

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

UNIDADE DOS CRISTÃOS
NO CENTRO DA SEMANA DE ORAÇÃO
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Inicia-se amanhã o oitavário
ou Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
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A Santa Sé disponibiliza, na Internet, os textos preparatórios para a celebração de 18 a 25 de Janeiro.
A Semana de Oração em 2006 terá como tema: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles" (Mt 18,20). O Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos e a Comissão "Fé e Constituição" do Conselho Ecuménico das Igrejas publicaram textos de reflexão e oração "como convite para se encontrarem outras ocasiões, ao longo do ano, de expressar o nível de comunhão das Igrejas e orar juntas para chegar à plena unidade desejada por Cristo".
No documento preparatório, lê-se: "O que nos une é muito mais forte do que o que nos separa - eis a grande descoberta, que está na origem do movimento ecuménico. O elemento mais importante da unidade consiste na presença de Cristo ressuscitado, que prometeu aos seus discípulos que estará com eles até o fim dos tempos."
O texto preparatório para Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos foi elaborado, este ano, por um grupo ecuménico de Dublin (Irlanda), composto por representantes ortodoxos, copta-ortodoxos, metodistas, presbiterianos, católicos, luteranos e da Igreja Católica na Irlanda.O documento pode ser encontrado em
Tradicionalmente, a Semana de oração pela unidade dos cristãos é celebrada de 18 a 25 de Janeiro. Estas datas foram propostas no ano de 1908 por Paul Wattson de maneira a cobrir o período entre as festas de São Pedro e de São Paulo. Esta escolha tem portanto um significado simbólico. No hemisfério Sul, onde o mês de Janeiro é um período de férias de Verão, preferiu-se adoptar uma outra data, por exemplo nas proximidades de Pentecostes (sugestão do movimento Fé e Constituição em 1926) que representa também uma outra data simbólica para a unidade da Igreja.
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Fonte: Ecclesia
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NB: Amanhã publicarei neste meu espaço o artigo de Frei Bento Domingues, sobre este evento, publicado no "PÚBLICO, no passado domingo.

PRIMEIRO DOCUMENTO DE BENTO XVI

Papa dedica primeiro
documento doutrinário
ao «amor cristão»
O primeiro documento doutrinário do Papa Bento XVI é dedicado à caridade cristã, enquanto exigência de uma sociedade mais justa. O texto do Sumo Pontífice - que será oficialmente conhecido no final desta semana - toma como tema a epístola de S. João sobre «o autêntico amor cristão», soube o EXPRESSO junto de fonte do Vaticano. Assumindo a sua formação teológica, Bento XVI dedica a maior parte do documento - que terá apenas 46 páginas, contrariando a tradição das longas encíclicas de João Paulo II - a uma interpretação actualizada sobre o centro da vida cristã, «o autêntico de Deus», que no entender do papa-teólogo «não é uma ideologia». Contudo, Bento XVI nesta primeira encíclica - com o título «Deus Caritas Est» (Deus é Amor) - insiste que as organizações caritativas católicas terão, nas suas diversas actividades, de ter sempre como exigência moral a necessidade de «sociedades mais justas». Mário Robalo
Fonte: "Expresso on-line"

MIGUEL TORGA MORREU HÁ 11 ANOS

Miguel Torga



CORDIAL 

Não pares, coração! 
Temos ainda muito que lutar. 
Que seria dos montes e dos rios 
Da nossa infância 
Sem o amor palpitante que lhes demos 
A vida inteira? 
Que seria dos homens desesperados, 
Desamparados 
Do conforto das tuas pulsações 
E da cadência surda dos meus versos? 
Não pares! 
Continua a bater teimosamente, 
Enquanto eu, 
Também cansado 
Mas inconformado, 
Engano a morte a namorar os dias 
Neste deslumbramento, 
Confiado
Em não sei que poético advento 
Dum futuro inspirado. 

Coimbra, 30 de Janeiro de 1991 

In “Miguel Torga – Poesia Completa”

NB: Para conhecer melhor o grande poeta Miguel Torga, que faleceu em 17 de Janeiro de 1995 e que foi sepultado na sua terra natal, S. Martinho da Anta, junto dos pais e da irmã, clique aqui)

PRESIDENCIAIS: A OPINIÃO DE MARCELO, NA RTP

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Marcelo Rebelo de Sousa
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VAMOS ENTÃO ÀS PRESIDENCIAIS
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Ainda faltam cinco dias até ao termo da campanha, depois um dia de reflexão e o dia de voto. Começando com Garcia Pereira chegou tarde, não teve debates, teve entrevistas, fez a melhor campanha que lhe conheço desde que foi candidato a vários cargos. Foi a melhor no discurso, na ponderação, na sensatez e no posicionamento. Curtinha, mas boa.
(Para ler a opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, clique DN)

Pintura de Almada Negreiros

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Primeiro estudo para a decoração do proscénio do
Teatro Muñoz Seca de Madrid (1929)
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ALMADA NEGREIROS:
ARTISTA POLIVALENTE
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Almada Negreiros, que nasceu e faleceu em Lisboa (1893 e 1970), dedicou toda a sua vida à arte. Foi poeta, teatrólogo, romancista, desenhador e pintor, tendo atingido altos níveis em tudo o que se envolveu, nos mais diversos domínios artísticos. Este estudo foi elaborado para decorar o proscénio do Teatro Muños Seca de Madrid, em 1929, revelando, como em tantas outras das suas obras, um realismo mágico e cheio de geometrias, que justifica a admiração e a consagração que recebeu ainda em vida.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

MAIORIA DE CRIANÇAS FORA DA ESCOLA SÃO MENINAS

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CENTO E QUINZE MILHÕES
DE CRIANÇAS, NO MUNDO,
NÃO FREQUENTAM A ESCOLA PRIMÁRIA
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Cento e quinze milhões de crianças em todo o mundo, a maioria do sexo feminino, não frequentam a escola primária, assinala um relatório da UNICEF sobre os desequilíbrios no acesso à educação de rapazes e raparigas. De acordo com o relatório da organização das Nações Unidas dedicada às crianças, divulgado em Pequim, 46 países estão abaixo da meta de paridade estabelecida para 2005 e noutros o número de crianças na escola continua "inaceitavelmente baixo". A UNICEF estima que apenas os Camarões, o Gabão, o Gana, a Mauritânia e São Tomé e Príncipe poderão alcançar a paridade nas escolas em 2015.
(Para ler mais, clique SOLIDARIEDADE)

SÍMBOLOS NACIONAIS

OS SÍMBOLOS DA PÁTRIA
DEVIAM MERECER-NOS
O MAIS PROFUNDO RESPEITO
Desde muito novo, fui educado no respeito pelos símbolos nacionais. Em pequeno, para mim, Pátria era o Chefe de Estado, a Bandeira e o Hino Nacionais. Quando os via, apoderava-se de mim um sentimento profundo de admiração, de contemplação, por ver neles significados que nem sabia explicar, de tão profundos eles serem. O mesmo se passava comigo no que diz respeito à religião. O Papa, o Bispo e o meu Prior eram a Igreja Católica, que devíamos amar sem condições. Hoje tudo é diferente, eu sei, mas também sei que há símbolos que deveriam manter-se sempre numa posição elevada, para que infundissem respeito a todos. Acho que os símbolos da Pátria podiam, portanto, ser olhados desse modo. Presentemente, no que diz respeito aos símbolos pátrios, continuo a nutrir por eles grande veneração. Mesmo quando o Presidente da República não mereceu o meu voto na hora da eleição, nem assim deixo de o respeitar com toda a sinceridade. E o mesmo se passa com a Bandeira Nacional, que até houve outras muito mais bonitas, e com o Hino Nacional, que inclui na letra versos sem sentido para os nossos dias. Aqui, partilho da ideia do escritor Alçada Baptista, quando defende que a letra do Hino deveria ser revista. Para quê, por exemplo, versos que incitam “às armas” e a lutar “contra os canhões”, quando todos devemos pugnar pelo pacifismo?
Quanto à Bandeira Nacional, choca-me vê-la esfarrapada por aí. A onda do Europeu de Futebol conseguiu acicatar os ânimos dos portugueses e muitos, mas mesmo muitos, mostraram o seu patriotismo içando bandeiras por qualquer canto, nos sítios mais incríveis, deixando-as depois ao abandono. Que bom seria se todos canalizassem o seu amor à Pátria para outros fins, bem mais urgentes do que ganhar um campeonato de futebol. Mas enfim. Vem isto a propósito de um anúncio publicitário que é envolvido, na televisão, pelo Hino Nacional. Não me parece bem. Já viram como se abriu um precedente que pode levar a resultados muito tristes? E se qualquer dia uma marca de cerveja, de vinho, ou de outra coisa qualquer resolver aproveitar o Hino para as suas campanhas publicitárias? E se outros comerciantes ou industriais habilidosos também quiserem pegar na Bandeira Nacional para promover os seus produtos? E se uma marca de óculos ou de chapéus se lembrar de dizer que o Presidente da República os usa no seu dia-a-dia? Aqui talvez possam dizer: isso é impossível porque não se pode brincar com uma pessoa, que por sinal é o Presidente da República. Mas poderemos, então, utilizar os outros símbolos da nossa Pátria, sem regras?
Penso, com toda a consideração que tenho pelas ideias dos outros, que os símbolos nacionais nos deviam merecer o mais profundo respeito e veneração. Fernando Martins

Um artigo de Tiago Mendes, no Diário Económico

O dever do próximo PR
O próximo Presidente da República deverá contribuir – no quadro das suas actuais competências – para a “mudança de paradigma” de que o país precisa. Trocar o apelo recorrente “a todos os portugueses” pelo singular “a cada português” seria um bom começo.
Há uma coisa que faz acreditar que o Natal pode ser todos os dias: os discursos presidenciais. Eles são presença certa todo o ano. Sabemos que o carácter não-executivo do PR e a sua eleição por voto directo concorrem para um quadro ideal de influência na esfera política - acima das questões partidárias e menos dependente dos ciclos eleitorais. Hoje, o dever do próximo PR é simples: contribuir para a “autonomização” do cidadão perante o Estado. O português médio é uma criança que vive à sombra do pai-Estado. Depende e gosta de depender dele. Mais: não pondera que isso possa algum dia mudar. Fala – sempre confiante e em alta voz – nos “direitos adquiridos”. No que concerne à esfera económica, esta forma de pensar enferma de um erro básico: pensar na riqueza como um “dado garantido”. Sucede que a riqueza precisa de ser criada para poder ser redistribuída. Não cai do céu. É estranho que para muitos candidatos presidenciais isto seja tão incompreendido, passadas que estão quase duas décadas sobre 1989.
A sabedoria popular diz-nos que “a necessidade aguça o engenho”. O português médio, que não é estúpido, compreenderá que com tantas garantias estatais, e sem sentir necessidade de arriscar ou precaver o seu futuro, o engenho resultante não poderá ser grande. É preciso soltar amarras. O paternalismo estatal exagerado compromete o nosso futuro. Reduzir o peso do Estado não chega. Urge discutir e implementar uma nova “matriz relacional” que tenha por base a liberdade e a responsabilidade individuais. Isto não é – ao contrário do que alguns querem fazer crer – incompatível com uma visão contratualista e (razoavelmente) solidária da sociedade.
Esse “meio termo” ideal não é fácil de encontrar nem certamente de agradar a todos. Nele, para além da responsabilidade individual, a liberdade anda de mãos dadas com o risco – duas coisas que desagradam o português que gosta do papel de “vítima” e que é tão avesso ao empreendorismo. Mas ninguém disse que o desafio era fácil. Apenas urgente. Por isto, o próximo PR deverá deixar uma mensagem simples a cada português: “não perguntes pelo que o país pode fazer por ti, pergunta pelo que tu podes fazer por ti próprio”. O que se joga no dia 22 é muito claro: contribuir, ainda que mitigadamente, para a mudança de paradigma de que Portugal precisa, ou deixar que tudo continue na mesma. O resto são pormenores.
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tiago.mendes@st-catherines.oxford.ac.uk

PINTURA DE AMADEO DE SOUZA-CARDOSO

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Cozinha de Manhufe
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AMADEO FOI FIGURA CENTRAL
DO MODENISMO PORTUGUÊS
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Amadeo de Souza-Cardoso nasceu em Manhufe, Amarante, em 1887, e faleceu em Espinho, em 1918, vitimado pela pneumónica. Em Paris, frequentou cursos de preparação para a Escola de Belas-Artes e estudou pintura em várias academias livres e na oficina do pintor espanhol Anglada Camarasa.
Relacionou-se, na capital francesa, com alguns dos grandes nomes da pintura, em especial com Modigliani, e em 1914 fixou-se em Manhufe, onde continuou a pintar.
Amadeo de Souza-Cardoso foi uma figura central do Modernismo, devendo-se à sua intervenção a inserção portuguesa na grande aventura da arte moderna europeia.

ENCONTRO NACIONAL DE APOIO SOCIAL AO IMIGRANTE

É URGENTE VALORIZAR A EDUCAÇÃO
PARA A INTERCULTURALIDADE
E PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Decorreu em Fátima, de 13 a 15 deste mês, o VI Encontro Nacional de Apoio Social ao Imigrante, à volta do tema “Outras culturas, a mesma cidadania”. Participaram técnicos e voluntários das Cáritas Diocesanas e dos Secretariados das Migrações, tendo sobressaído destes três dias de reflexão a importância da educação para a interculturalidade e do diálogo inter-religiosos. Na abertura dos trabalhos, D. António Vitalino, Bispo de Beja e Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, valorizou o enriquecimento que resulta do encontro com os outros povos e com outras culturas, enquanto lembrou a exigência do diálogo ecuménico e inter-religioso. :
(Para ler as conclusões, clique aqui)

domingo, 15 de janeiro de 2006

Um artigo de Anselmo Borges, no Diário de Notícias

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Anselmo Borges
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Pastores e magos,
cristianismo e dignidade
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Como tudo o que é finito, a quadra natalícia está marcada pela ambiguidade. Somos "obrigados" a escrever, a telefonar, a este e àquela. Temos de avançar para visitas que nos maçam. Espera-se que se faça o jeito de comer uns pratos e uns doces segundo as convenções. Há uma procissão de presentes que é preciso dar e receber, com alegria disfarçada. Mas também é verdade que há encontros que nos dão o sentimento de plenitude. Parece que nos tornamos melhores durante esses dias. Acontece o pequeno presente de alguém que estimamos sinceramente e que julgávamos definitivamente ausente. Há aconchegos reconfortantes. No meio daquela agitação paralisante, também há ilhas de exultação criadora.
Agora, tudo isso é passado. Regressou o quotidiano, prosaico, baço, exaltante. Já à distância, talvez possamos ir ao que é mais essencial daquela festa mágica, que nos mimou a infância e que alguns dizem que devia ser todos os dias - o Natal.
Mesmo que muitos já se não lembrem disso, o que é facto é que o Natal se refere ao nascimento de Jesus Cristo, figura determinante da história universal. Quer se seja crente quer não, é preciso reconhecer que a ideia de pessoa enquanto dignidade intangível e sujeito de direitos invioláveis, porque divinos, se impôs por causa dos debates à volta da tentativa de compreensão do mistério de Cristo.
Embora, historicamente, os Direitos Humanos tenham tido de abrir caminho contra a Igreja oficial, há quem lembre, não sem razão, que eles têm na sua raiz também a mensagem bíblica, não sendo por acaso que "nasceram" em sociedades marcadas pelo cristianismo.
Pensadores da estatura de Hegel, Ernst Bloch e Jürgen Habermas reconheceram que foi pela fé no Deus feito homem em Jesus Cristo que se explicitou no mundo a consciência da dignidade infinita de ser homem.
Hegel afirmou expressamente que na religião cristã está o princípio de que "o homem tem valor absolutamente infinito".
E. Bloch, o ateu religioso, repetia que foi pelo cristianismo que veio ao mundo a consciência explícita do valor infinito de ser homem, de tal modo que nenhum ser humano pode ser tratado como "gado".
Mais recentemente, J. Habermas, agnóstico e um dos maiores filósofos vivos, escreveu que a democracia se não entende sem a compreensão judaico-cristã da igualdade radical de todos os homens, por causa da "igualdade de cada indivíduo perante Deus".
O núcleo da mensagem de Jesus é este todo o ser humano tem uma dignidade que não pode ser violada, porque o seu fundamento é Deus.
O Deus que Jesus anuncia é aquele cuja causa é a causa do homem e a sua plena realização. Por isso, os Evangelhos proclamam que, logo no nascimento de Jesus, esta mensagem foi anunciada a todos os homens de boa vontade, a começar pelos mais pobres e fracos, concretamente pelos pastores, malvistos porque "impuros" e se encontravam à margem da prática da religião.
Mas esta boa nova é para todos, portanto, para lá do chamado povo eleito ela abrange os pagãos.
É inútil procurar possíveis acontecimentos astronómicos em ordem a esclarecer a estrela dos reis magos, que surge no Oriente, como não tem sentido investigar quantos eram e donde vinham.
De facto, aqui utiliza-se linguagem simbólica para transmitir o essencial do Evangelho Deus manifestou-se como favorável a todos os homens e está do seu lado, também dos pagãos, e sobretudo dos mais fracos, marginalizados e abandonados.
Foi no quadro da influência cristã que Immanuel Kant apresentou como núcleo da moral o respeito para com a humanidade "Trata a humanidade na tua pessoa e na pessoa de todos os outros sempre como fim, nunca como simples meio.
"As coisas são meios e, por isso, compram-se e vendem-se e têm um preço. O homem, porém, não tem preço, porque é fim e não meio. Ele tem dignidade.
Aí está a razão por que é discutível que Portugal seja um país católico.
De facto, a maioria da população declara-se católica nas estatísticas. Ora, talvez seja católica, mas cristã não é com certeza. Se o fosse, não haveria dois milhões de pobres e 200 mil pessoas que lutam com a fome.
Por outro lado, uma sociedade equilibrada e justa caminha para um tipo de figura que se aproxima da do ovo a parte do meio é vasta e as pontas (os ricos e os pobres) são arredondadas. Entre nós, porém, cava-se cada vez mais fundo o abismo entre os muito ricos e os pobres e muito pobres: a ponta da pirâmide aguça-se e a base é cada vez mais ampla.
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Nota: Anselmo Borges é padre católico
e docente de Filosofia na Universidade de Coimbra.

Um poema de Fernando Echevarría

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Fernando Echevarría
É DOCE ENVELHECER É doce envelhecer quando o que avança é ir recrudescendo a inteligência. Entra-lhe o mundo no vagar. Decanta o seu volume inteiro de contenda. Transporta-se. E entrega na palavra a inteligível criação. Entrega o desenvolvimento. O pulso. A trama que ajustam sua refundação aberta. E a doçura de se ir vendo alarga o envelhecimento a quase ciência. Uma ciência onde o enigma é alma. E onde o mundo contunde. Insiste. E pesa.
: In “Observatório da cultura”, número especial,
Dezembro de 05.
Edição do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura “Fernando Echevarría nasceu em 1929. Estudou Filosofia e Teologia. Viveu muitos anos em Paris, onde se ocupou na área do ensino. A sua poesia começou a afirmar-se nos fins dos anos 50, marcada inicialmente por uma grande concentração metafórica que acompanhava uma espécie de respiração polifónica dos motivos. Para abrigar-se progressivamente numa admirável depuração verbal, tirando partido das elipses, das sugestivas contracções dircursivas, das suspensões diante do sentido. A palavra de Echevarría é um idioma decantado quase até ao limite da abstracção. Mas pelas cesuras dessa língua o fulgor brilha, recôndito e intensamente presente." : Das suas obras mais recentes destacamos: “Introdução à Filosofia” (Poesia), “Geórgicas” (Poesia), “Uso da Penumbra” (Poesia), “Introdução à Poesia” (Poesia).”
In “Observatório da cultura” :: Nota: Fernando Echevarría recebeu o “Prémio de Cultura – Padre Manuel Antunes”, na sua primeira atribuição, prémio anual instituído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

PORTUGAL É O PAÍS MAIS DESIGUAL DA UE

Fosso que separa
pobres dos ricos
agrava-se em Portugal
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Portugal é o país mais desigual e mais pobre da União Europeia, com a diferença entre os mais ricos e os mais pobres a acentuar-se desde 2001, sendo actualmente cerca de dois milhões o número dos que vivem com menos de 350 euros por mês, segundo dados do Eurostat hoje divulgados pelo Público. Portugal é, de acordo com os últimos dados do Eurostat (Gabinete de Estatística da UE), o país da União Europeia (UE) onde é maior a desigualdade de rendimentos entre os dois grupos de pessoas situados nas extremidades da pirâmide social. A comparação entre os rendimentos acumulados pelos 20% mais ricos e os 20% mais pobres revela que, em Portugal, esse rácio atingia, em 2003, os 7,4, o que significa que os mais abonados detêm 7,4 vezes o rendimento dos mais necessitados. Esta tendência para uma maior desigualdade não é portuguesa, é mundial. O último relatório da ONU regista que, nas últimas duas décadas, num grupo de 73 países, os níveis de desigualdade aumentaram em 53 deles, adianta o Público. Outros sinais pouco famosos para Portugal são a descida de 26.º para 27.º na última lista ordenada do desenvolvimento humano da ONU; a pior taxa de abandono escolar da UE (38,6%), o maior índice europeu de pobreza persistente (15%), e uma das maiores percentagens de crianças pobres (15,6%), só ultrapassada pela Irlanda e pela Itália. Portugal acumula a condição de país mais desigual da UE com o de portador de maior índice de pobreza relativa, com um valor que há anos estabilizou nos 20/21%. Significa isto que dois milhões de portugueses têm rendimentos inferiores a metade do rendimento médio nacional, ou, em termos mais práticos, que vivem com menos de 350 euros por mês. Os níveis de desigualdade em Portugal conheceram, na última década, uma evolução contraditória. Em 1995, a relação entre os 20% mais ricos e os mais pobres era de 7,4 e foi caindo até 2000, situando-se nesse ano nos 6,4. Entre 2001 e 2003 a desigualdade voltou a disparar, recolocando-se a fasquia no nível de 1995. Especialistas em questões de pobreza e exclusão social explicam este retrocesso como o resultado do «abrandamento das políticas sociais correctoras que vinham sendo realizadas desde 1995», em consequência de uma focalização governamental no problema do défice público por via de «uma argumentação fundamentalista orçamental», como refere Rogério Roque Amaro, professor do ISCTE, adianta o jornal.
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IN "DIÁRIO DIGITAL"

A Cultura é uma dimensão fundamental da evangelização

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Padre Tolentino
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As pessoas olham para os tempos livres como uma "possibilidade de realizar os sonhos mais profundos da sua vida" - disse à ECCLESIA o Padre Tolentino Mendonça, Director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
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“A cultura é um campo de acção pastoral indispensável” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Tolentino Mendonça, Director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, no encerramento do Encontro de Referentes (delegados) da Pastoral da Cultura, realizado ontem (14 de Janeiro), em Fátima.
A cultura é uma realidade envolvente de toda a vida dos homens em comunidade. Tudo o que é expressão criadora da liberdade, busca inteligente e generosa de soluções, expressão gratuita dos mais nobres sentimentos, são componentes da cultura de um povo. “A cultura é feita de culturas, de micro realidades culturais” – sublinhou.
Durante a manhã, as duas dezenas de referentes da Pastoral da Cultura aproveitaram para partilhar as experiências realizadas nas dioceses, Movimentos, Congregações Religiosas e Centros Culturais. “Um cruzamento de experiências que nos dão o retracto de uma grande vitalidade da presença da Igreja no mundo da cultura”. A cultura é uma “dimensão fundamental da evangelização” e da “própria presença da Igreja no mundo” – apurou o Padre Tolentino Mendonça.
Numa sociedade onde o ter ganha vantagem ao ser, o Padre Tolentino Mendonça salienta: “não podemos hierarquizar em alta cultura e baixa cultura”. É urgente potenciar as várias dimensões da cultura visto que esta não anula as culturas. “Os poetas também gostam de futebol.” Ao construirmos uma pirâmide cultural corremos o perigo da “banalização e de ficarmos somente numa vivência epidérmica da realidade, mesmo nos aspectos lúdicos e criativos”. Perante esta realidade, os delegados estão “motivados” a fazer da cultura um lugar onde “a Igreja se encontra consigo mesma”. A cultura permite que a igreja “se olhe, reconheça e se compreenda a si mesma” – confessou o director deste secretariado.
Depois do I Encontro Nacional da Pastoral da Cultura, teve como tema «Entretenimento - valores e contradições», nos dias 24 e 25 de Junho, este sacerdote admitiu que “ficámos mais convencidos que o entretenimento prende-se com a procura da felicidade e o desejo do encontro. Os tempos livres falam do tempo interior que é necessário trabalhar e iluminar”.
As pessoas olham para os tempos livres como uma “possibilidade de realizar os sonhos mais profundos da sua vida” – concluiu.As próximas jornadas Nacionais da Pastoral da Cultura realizar-se-ão em Fátima, dias 16 e 17 de Junho, e terão como tema “Do tempo livre à libertação do tempo”.
Fonte: ECCLESIA

GOTAS DO ARCO-ÍRIS

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Bateiras na Ria de Aveiro
:: ARCO-ÍRIS NUM BERBIGÃO…
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Caríssimo/a:
Janeiro vai frio, daquele frio de rachar…
Ali, à minha frente, na cabeça do Cão, o Jorge esgravata com as mãos, à procura de berbigões….Há muitos, mas o frio faz com que interrompa a tarefa de quando em vez, esfregue as mãos uma na outra e atire os braços contra o corpo, como que se abraçando e batendo com as mãos nas próprias costas… Recomeça e vai enchendo o cesto que bom governo fará para o aconchego dos dois porquitos comprados na feira dos 13, na Vista Alegre. Porém, reparo agora que está a olhar fixamente para algo que aperta nos dedos. Que será? E a pergunta, espontânea:
- Jorge, algum caranguejo te mordeu?
- Não! Olha, vem cá ver!
O berbigão, talvez por adivinhar a nova maré, como que segregava uma espuma e o Jorge, feliz, encantou-se com o arco-íris que nessa espuma descobriu e me mostrava todo sorridente!...
Imagem bonita, para aí com uns bons sessenta anos, como aquela que se observou no outro dia na televisão: as embarcações eram às dezenas a caminho de Aveiro. Mas uma ostentava o encantamento do arco-íris num berbigão acariciado entre os dedos; enquanto que a outra se sobrepunha aos problemas que os homens têm de resolver para dar o pão aos filhos.
Como recordo o ti Quim e a sua bateira, com o seu rancho de Mulheres na apanha do berbigão e do mexilhão. Elas, mergulhadas na água até à cintura, até ao peito as mais baixas, para desenterrar o pão que matasse a fome dos filhos. Nós brincávamos, à sua volta, no nosso parque de meninos ricos de liberdade, e íamos abrindo o berbigão e retirando das cascas o fruto que nos regalava e fazia esquecer as hora do relógio do estômago…
Boa semana
Manuel

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Em todo o lado...
Talvez por curiosidade, alguns quiseram saber onde morava Jesus; não obtiveram palavras, mas uma proposta de fazer caminho e ir ver; foram, viram e ficaram, e foram chamar outros para que também fossem celebrar o encontro; também sabemos que foram, viram, ficaram e aceitaram missões.
Hoje não precisamos de perguntar onde mora Jesus, onde é a Sua casa, onde está; Ele simplificou respostas. E disse-nos que está no pobre, no doente, no preso, no que sofre de qualquer mal, no que é rejeitado, no que se sente excluído. Já não precisamos de fazer caminhadas físicas, porque o caminho a percorrer é interior, carregado de fé e de humildade.Não é fácil ver e identificar o Mestre na pessoa desajeitada, que não tem senão a mão para estender; é preciso uma fé grande para O reconhecer, e dizer: “entra e serve-te”...
Jesus passa e chama; Ele quer pôr-nos a participar das Suas tarefas e missão. Escolhe quem quer, mesmo os que nunca imaginaram poder partilhar tais objectivos.
É urgente estar atento, para ver e ouvir; e responder com a vida; não basta ouvir e perceber os problemas, teorizar sobre eles ou pô-los apenas em equação; é preciso resolver ou, ao menos, ajudar a encontrar respostas.
É preciso, sobretudo, perceber que os problemas estão em pessoas e, para os cristãos, as pessoas fragilizadas são o Cristo, Senhor, presente por aí, em todo o lado!
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In "Diálogo", 1057 - II DOMINGO COMUM - Ano B

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

PADRE LUÍS KONDOR CONDECORADO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

JORGE SAMPAIO CONDECORA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
DE CANONIZAÇÃO DOS PASTORINHOS
O Presidente da República, Jorge Sampaio, atribuiu a Ordem de Comendador ao Padre Luís Kondor, svd. A insígnia será entregue por Frei Vítor Melícias, ofm, na qualidade de Magno Chanceler das Ordens Honoríficas Portuguesas, em cerimónia pública que terá lugar no próximo dia 18 de Janeiro, às 19 horas, no Grémio Literário, em Lisboa.
Na cerimónia estarão também presentes, entre outros o Bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira da Silva; o Bispo Auxiliar de Évora, D. Amândio Tomás; o representante da Nunciatura Apostólica, Mons. Jean-François Lantheaume; o Reitor da Universidade Católica Portuguesa, Manuel Braga da Cruz; os embaixadores da Áustria e da Hungria; o Presidente da Câmara de Ourém, David Catarino; Acácio Catarino, da assessoria social da Presidência da República, e o provincial dos Missionários do Verbo Divino, Pe. José Augusto Leitão.
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