domingo, 25 de setembro de 2005

MENSAGEM PARA O DIA MUNDIAL DE TURISMO

Viagens e transportes: do mundo imaginário de Júlio Verne à realidade do século XXI
A celebração do Dia Mundial do Turismo, fixada para 27 de Setembro próximo, oferece ao Sumo Pontífice Bento XVI a oportunidade de transmitir um cordial pensamento a quantos fazem parte do vasto mundo do turismo, e de lhes demonstrar a solicitude pastoral da Igreja. É interessante o tema escolhido pela Organização Mundial do Turismo para esta ocasião: Viagens e transportes: do mundo imaginário de Júlio Verne à realidade do século XXI.
Consultar o novo atlas geográfico
Júlio Verne, homem de letras, viajante e escritor de ardente imaginação, inteligentemente soube conjugar nos seus escritos fantasia e conhecimentos científicos do seu tempo. De facto, as suas viagens, reais ou imaginárias, constituíram um convite a consultar o novo atlas geográfico e um desafio à responsabilidade humana ao enfrentar os limites que não podiam mais ser dissimulados.
No final do século XIX, na sua incrível viagem, Verne superava estes limites impostos pela cultura dominante e por uma visão que fazia do Ocidente europeu o todo. Também hoje existem obstáculos a superar se se quiser que a oferta turística, fruto de viagens e transportes, seja alargada a todos. Novas e inéditas possibilidades de viagens, com meios de transporte cada vez mais modernos e velozes, podem transformar o turismo numa providencial ocasião para compartilhar os bens da terra e da cultura. Um século após a morte de Júlio Verne muito do que ele imaginou tornou-se acessível e assumiu forma concreta. Está a realizar-se o sonho de um turismo sem fronteiras, que poderia contribuir para criar um futuro melhor para a humanidade.
Exigências éticas conexas com o turismo
Contudo, é necessário ter sempre em consideração as exigências éticas conexas com o turismo. É importante que quantos têm responsabilidade neste âmbito políticos e legisladores, homens de governo e das finanças se empenhem a favorecer o encontro pacífico entre as populações, garantindo segurança e facilidade de comunicação. Os promotores, organizadores e quantos trabalham no sector turístico estão chamados a produzir estruturas que o torne saudável, popular e economicamente sustentável, tendo sempre bem claro que em cada actividade, e portanto também no turismo, a finalidade principal deve permanecer sempre o respeito pela pessoa humana, no contexto da busca do bem comum. Quem viaja por turismo deve ser motivado pelo desejo de encontrar os outros, respeitando-os na sua diversidade pessoal, cultural e religiosa; deve estar pronto a abrir-se ao diálogo e à compreensão e com os próprios comportamentos veicular sentimentos de respeito, solidariedade e paz.
O papel das comunidades cristãs
Além disso, de notável realce é o papel das comunidades cristãs: ao acolher os turistas devem comprometer-se a oferecer-lhes a possibilidade de descobrir a riqueza de Cristo encarnada não só nos monumentos e obras de arte religiosa, mas na vida diária de uma Igreja viva. Também as viagens, desde o início do Cristianismo, permitiram e facilitaram a difusão da Boa Nova em todas as partes do mundo.
Ao desejar que o próximo Dia Mundial do Turismo traga os esperados frutos, Sua Santidade Bento XVI garante uma recordação na oração e de bom grado envia a todos a Bênção Apostólica. Aproveito a ocasião para me confirmar com sentimentos de distinto obséquio.
Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano
Fonte: ECCLESIA

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Picasa GAFANHA DA NAZARÉ: Jardim 31 de Agosto Oferta aos gafanhões emigrantes
Estou convencido de que há muitos gafanhões dispersos pelo mundo, que não vêm às Gafanhas há bastante tempo. Alguns deles, decerto, já não terão presente na memória espaços que outrora frequentaram com assiduidade. Por isso, vou passar a oferecer a todos, com alguma regularidade, imagens deste recanto paradisíaco, beijado pela ria e pelo mar.
Fernando Martins

sábado, 24 de setembro de 2005

DIOCESE DE AVEIRO PEREGRINA A FÁTIMA

Fazei tudo o que Ele vos disser
– O amor à Palavra de Deus Dois mil diocesanos de Aveiro estão hoje, 24 de Setembro, como peregrinos no Santuário de Fátima, local onde rezaram, esta manhã, pela “graça da conversão” e “pela renovação das comunidades e da Igreja Diocesana de Aveiro”. Na Eucaristia, celebrada no Recinto de Oração, D. António Baltasar Marcelino sublinhou, durante a homilia, que a Diocese de Aveiro estava em Fátima em peregrinação, e não em turismo ou por um acaso, e convidou os seus diocesanos a encontrar no testemunho de Maria – Fazei tudo o que Ele vos disser – o exemplo para seguir Jesus Cristo, isto porque “quando fazemos o que Deus nos manda, estamos no caminho do bem”. “Tenhamos amor à Palavra de Deus porque é a maneira de saber o que Deus nos pede, nos manda e nos dá”, pediu. Fazer o que Deus nos manda, sublinhou o Prelado, é o “caminho para a graça interior, para o milagre, quando os pequenos gestos podem ser bálsamos e luz para os outros”. “A nossa Diocese precisa de cristãos a sério, de devotos de Maria que a imitem, que queiram imitar os seus caminhos”, afirmou o Bispo de Aveiro. Para D. António Marcelino o importante da vinda ao Santuário de Fátima é a tomada de decisão para a conversão. “Só vem a Fátima quem quiser ficar mais perto de Deus, quem tem vontade de se converter, quem aqui quer conhecer Jesus Cristo, porque Ele é o único salvador. (…) Fátima é para descobrir Cristo, na Sua pessoa, na Sua mensagem e missão”, disse, explicando que a conversão “é graça de Deus, mas ninguém se converte se não se quiser converter”.

Fonte: Santuário de Fátima

JN assinala mil páginas de actualidade religiosa

Posted by Picasa ESPAÇO COM SENTIDO ECUMÉNICO
O “Jornal de Notícias” (JN) publica no próximo Domingo (25/09/05) a milésima página de "Religião". Um comunicado, assinado por Rui Osório, lembra que “tudo começou na Páscoa de 1986, em 10 de Março de 1986. Na altura, o JN tinha, praticamente todos os dias, páginas temáticas”. “Não admiraria se publicasse uma dedicada à ‘Religião’, como agora se chama, sucedendo a ‘Actualidade Religiosa’, como se designava ao princípio e durante anos.
O que então se propunha, ideário que ainda mantém, era ‘a dimensão social e cultural do fenómeno religioso que interessa a crentes e mesmo a não crentes’”, acrescenta a nota.
O espaço privilegia a informação, seja no tema principal, seja nas breves notícias, e tem também espaço para a opinião, assinada, quase sempre, pelo responsável pela edição, Rui Osório. Há ainda um breve espaço, "Estante", para informar sobre livros ou revistas que os autores e editores enviam expressamente, seja os de interesse teológico-pastoral, espiritual ou cultural.
“A página acompanhou a evolução gráfica do JN, quer quanto ao tamanho do jornal quer quanto ao seu grafismo. Atenta ao fenómeno religioso, nas vertentes informativa e de opinião, nunca quis ser um tratado sobre religiões, para ajudar os leitores numa eventual escolha, mas noticiar sobre aquelas que têm mais peso na sociedade portuguesa, privilegiadamente a católica, mas sempre com sentido ecuménico e obedecendo aos imperativos do diálogo inter-religioso, visto na perspectiva de movimento de índole cultural e com reconhecido impacto na vida das pessoas e das sociedades”, escreve Rui Osório.
Fonte: ECCLESIA

Um texto do padre João Gonçalves

A hora de chegar
Deus não tem relógio; nem precisa de calendário; o tempo não conta, para Quem é Senhor de todo o tempo.
Nós, sim; temos urgência em não estragar o tempo que nos é dado; sentimos que é preciso não perder nem o tempo, nem as oportunidades; porque o tempo tem valor de eternidade; perdê-lo, pode ser motivo de outras perdas, também irrecuperáveis, tal como os minutos ou os segundos.
Por vezes estamos por aí nas praças da ociosidade; a fazer tempo, ou a estragá-lo; como se já tudo estivesse feito; ou, então, como quem só conta com o trabalho dos outros...
Deus passa; aceita a humildade de bater à nossa porta e de esperar, pacientemente, que Lhe demos licença de entrar; e, se o fizermos, Ele faz festa connosco; e no silêncio e no decorrer da “ceia”, vai-nos revelando os segredos da tranquilidade e da paz.
Ele não tem pressa; nem paga melhor aos que chegarem mais cedo. Pagará sempre, bem, àqueles que vêm, decididos, com vontade firme de ficar. Porque a lógica de Deus é diferente da nossa maneira de ver ou de julgar.
O que Ele quer é o nosso sim convicto, sincero, autêntico e generoso, com a vontade firme de acertar nos Seus caminhos, tão diferentes dos nossos.
Estamos à procura; mas Ele está perto de quantos O invocam com sinceridade.
In "Diálogo", 1040 - XXV DOMINGO COMUM

CUFC: Apresentação do MJD em Aveiro

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AS PESSOAS É QUE CONTAM No dia 28 de Setembro, quarta-feira, pelas 21 horas, vai ser apresentado em Aveiro, no Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC), junto ao Campus Universitário, o Movimento Juvenil Dominicano (MJD). Trata-se de uma apresentação aberta a toda a zona centro do País. O MJD é um movimento de grupos de jovens leigos que vivem o seguimento de Jesus, segundo o carisma de S. Domingos de Gusmão, dentro da Família Dominicana. Estes jovens, estando associados a comunidades de Frades ou Irmãs Dominicanas, procuram novas formas de fidelidade ao Evangelho, seguindo os passos de Domingos de Gusmão. Aquilo que pretendem é apenas mostrar a possibilidade de um mundo novo, em que a Paz a Justiça possam ter lugar, como instrumentos fundamentais nesta BUSCA DA VERDADE do mundo e no mundo, através do estudo, da pregação, da oração e da vivência da fraternidade... Não pretendemos esgotar as vias, mas apenas recriar aquelas que nos surgem no caminho, como dom de Deus. Juntos, leigos, frades e Irmãs, estamos presentes, como Família que somos, nos mais diversos sítios. Apostando na partilha, não receamos o sorriso, a festa, o poder amar sem entraves as pessoas, porque são elas que contam para nós. O MJD está presente e activo em 25 países do mundo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Media de inspiração cristã devem ter uma agenda própria

A POLÍTICA ESTÁ AO SERVIÇO DO BEM COMUM
As Jornadas da Comunicação Social, que hoje se concluíram em Fátima, deixaram um apelo aos Media de inspiração cristã para que não se tornem reféns da agenda mediática.
Num painel dedicado ao “tratamento da actualidade política” nos MCS de inspiração cristã, José Luís Ramos Pinheiro, gestor da RR, afirmou que os Media têm de procurar elaborar uma agenda própria de acontecimentos, e de ser responsáveis, na difusão de conteúdos de informação política.
Nesse sentido, lamentou que, “hoje em dia, os portugueses em geral surjam algo distanciados da Política. Das suas áreas de interesse não consta a vida política”.“A Comunicação Social e as conversas diárias confundem Política com alguns políticos e os seus comportamentos. Muitas vezes cai-se em generalizações injustas para a maioria dos políticos”, frisou.
Na mesma linha se pronunciou o Pe. João Aguiar que, durante muitos anos, desempenhou o cargo de director do “Diário do Minho”. O agora presidente do Conselho de gerência da RR defende que é necessário escapar à “desconfiança permanente” relativamente aos políticos.
“A política é uma nobre arte, uma vocação e uma missão ao serviço do bem comum. A saúde da democracia passa pela estima aos que assumiram a responsabilidade da vida política”, explicou.
Esta atitude faz com que os Meios de Comunicação Social de inspiração cristã tenham de saber “ser claros na opinião e objectivos na informação, independentes política e economicamente”.
Ramos Pinheiro indicou que a quantidade de informação multiplicou-se e que, “nessa avalanche informativa, é mais fácil denunciar do que anunciar; o debate sobre aspectos pessoais sobrepõe-se ao das ideias; a necessidade de agir sobrepõe-se à indispensabilidade de reflectir”. Para este responsável, é preciso evitar o “jornalismo de moda”, subordinado às audiências ou sensacionalismo.
Notícias/opinião
Os quatro intervenientes foram unânimes em afirmar que é imprescindível “não confundir notícias com opinião”. Francisco Sarsfield Cabral, comentador, assegurou que “uma informação credível e séria não implica que não haja posições”, desde que se saiba distinguir opinião e notícia. “A imprensa escrita terá excesso de opinião, mas o pior é misturar as duas coisas”; sustentou.
Na RR, explicou José Luís Ramos Pinheiro, “a opinião editorial tem peso, não é escondida, mas tem um espaço próprio para apresentar a visão cristã sobre a vida”.
Segundo o Pe. Armando Duarte, antigo presidente da Associação de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC), as rádios locais são, neste contexto, as mais livres, “porque fazem o seu trabalho sem estarem subordinadas a pressões”.Essas “pressões” são particularmente sentido no período eleitoral, em que todos procuram um espaço privilegiado.
O Pe. João Aguiar apresentou vários episódios que revelaram a pressão a que o director de um jornal é sujeito e o Pe. Armando Duarte apontou o dedo a “tentações de domínio monopolista” que procuram afastar as rádios de inspiração cristã do seu dever de “esclarecer os eleitores e debater ideias”.
O antigo director do Diário do Minho defendeu, para este tempo de intensa actividade política, “um olhar sereno, sem preconceito, mas realista”.

Igreja deve assumir desafio do diálogo na actividade política

ACTIVIDADE POLÍTICA NOS MÉDIA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ
O arranque das Jornadas da Comunicação Social, promovidas em Fátima pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, decorreu esta tarde sob o signo do debate relativo à “actividade política na comunicação social de inspiração cristã”.
Na introdução do encontro, o presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Manuel Clemente, começou por tecer “considerações cristãs sobre a actividade política”, partindo da “Nota sobre a participação dos católicos na vida política”, publicada pela Congregação para a Doutrina da Fé, então presidida pelo Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI.O prelado defendeu um “sim à participação cívica” e um “não ao diálogo vazio (pós-modernismo light, relativismo moral, culturalismo, etc)”.
“As sociedades democráticas são as mais exigentes a nível da participação, com fundamentação permanente do que temos para dizer ou para propor”, alertou. Criticando o “seguidismo das modas” que vai atrás de “correntes que não estão pelo lado das realidades normativas prévias, naturais”, D. Manuel Clemente assinalou que temas como o aborto, a eutanásia, a defesa do embrião e da família, a liberdade de educação, a tutela social dos menores, a libertação de novas formas de escravidão, a liberdade religiosa, a paz construtivamente entendida ou a recusa da violência e do terrorismo são “exigências éticas fundamentais”.
Estas exigências partem de “uma base comum da natureza humana, da humanidade, ainda antes de serem valores confessionais propriamente ditos”.
Neste diálogo dentro da sociedade, a Igreja deve dizer “sim à laicidade, não ao laicismo”. Quem afirma que os propósitos religiosos não têm cabimento no debate social e político “deixa de fora uma componente fundamental de muitas vidas”.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

Um artigo de D. António Marcelino

Promessas eleitorais e dignificação das campanhas
Em clima de pré-campanha eleitoral, com a memória já requentada das últimas eleições para a Assembleia da República, justifica-se uma reflexão serena, mesmo que ela chegue tarde ou não chegue mesmo, a quem esta poderá interessar de perto. No fundo, tratando-se de um contributo à sanidade da vida política e ao exercício correcto da cidadania, uma opinião, apenas uma opinião livre, pode sempre interessar a mais pessoas.
Campanha sem promessas não dá votos, costuma dizer-se e repetir-se. Ouvi há poucos dias o Primeiro Ministro dizer que “os compromissos eleitorais são para cumprir”. Era uma justificação para o referendo sobre o aborto antes das presidenciais, fruto de uma promessa eleitoral. A verdade, porém, é que outros compromissos derivados de promessas eleitorais, não se cumprem, nem se podem cumprir. Quem nessa altura faz promessas sabe muito bem que assim é. Perante esta realidade, parece que o mais importante é reflectir sobre o que se promete e o seu interesse para o conjunto da comunidade. De quem se propõe governar, a qualquer nível, espera-se sempre e muito legitimamente, um testemunho de sensatez, de verdade, de respeito pelo eleitorado e pelos outros candidatos.
A democracia constrói-se com a aceitação respeitosa das diferenças, não com discursos sonantes, nem com ataques pessoais. A diferença pode sempre enriquecer. Falar do outro, como se fosse um inimigo a abater, divide sempre, fere inutilmente, levanta muros, promove suspeitas, inquina relações, destrói uma sociedade onde todos têm direito a viver e participar.
Uma campanha eleitoral é, entre nós, normalmente um espectáculo desagradável e nada edificante, pelo que se diz e como se diz e pelo que se promete. Contados os votos, lá vêm palavras de felicitação com sorrisos de circunstância, mas, para trás, ficaram feridas difíceis de curar e lama difícil de limpar. Vêm, depois, as promessas para cumprir. Então, se elas ainda se recordam, mudam-se leis, fazem-se acordos, multiplicam-se desculpas, arranjam-se culpados, para tentar responder. E o povo? Pelo que vamos vendo, conta pouco ou conta cada vez menos.
A pobreza, segundo a Oikos, uma organização não governamental, séria e prestigiada, ameaça 20% da população portuguesa. Acrescenta que “o desempenho das políticas sociais nos últimos anos não tem sido muito encorajador”. E, diz ainda que “ Portugal é também o país de toda a União Europeia onde é maior a desigualdade na distribuição de rendimentos”. Um fatalismo? De modo nenhum. É preciso dizê-lo alto e em bom som.
Em campanhas eleitorais, nacionais ou autárquicas, poucas vezes se ouve a leitura serena da realidade concreta e se fala de propostas de solução possível para deficiências e males. Temos mais vocações de tribunos argutos, que gente capaz de aterrar e de se comprometer apenas com o que faz falta. O que se vê então? Mais promessas para deslumbrar, que empenhamento no bem comum. Mais ânsia de prestígio pessoal e partidário, que espírito de serviço aos outros.
Felizmente não é sempre assim, nem sempre, nem com todos os candidatos. Mas o que fica no povo, pelo que viu e ouviu, não vai muito além desta imagem triste e empobrecida. A classe política tem o dever de se prestigiar. As campanhas eleitorais são uma boa ocasião. Não se diga que a respeitar os outros candidatos não se ganham eleições. Para ganhar e para perder é preciso dignidade e só esta vai para além do acto eleitoral.

FESTA DA SENHORA DA SAÚDE

Posted by Picasa Costa Nova Costa Nova em festa
É já tradição a festa da Nossa Senhora da Saúde, na Costa Nova, que se comemora há mais de 100 anos. Realiza-se anualmente, no último fim-de-semana de Setembro, e conta com a presença de milhares de visitantes, vindos de todo o país.Este ano, mantêm-se os moldes, só muda o reportório de espectáculos. Nas noites de hoje e amanhã, a partir das 22 horas, o recinto será animado pelos grupos «Século XXI» e «Diapasão», respectivamente. No domingo, a festa recomeça logo pelas 9 horas, com a missa religiosa, seguindo-se a procissão, tão bem conhecida pelos seus cerca de 500 metros. A romaria continua à tarde com o grupo «Estrelas Incomparáveis», a partir das 15 horas, e à noite com o «Liders», pelas 22 horas. Além disso, e para completar, não faltará o fogo de artifício, na Ria, pelas 23 horas. No último dia, segunda-feira, será a vez dos grupos «Solitários» e «Fax» subirem ao palco. O primeiro, pelas 15 horas, e o outro a partir das 22 horas.
(Para ler mais, clique Diário de Aveiro)

CUFC: UM NOVO ANO!

Posted by Picasa CUFC MENSAGEM DE BOAS-VINDAS
É a alegria do regresso, é a total novidade, é um novo ano! REGRESSO de quem vem continuar o seu curso no sempre exigente estudo, ou na retoma das actividades de quem faz da sua casa a Academia, no trabalho de leccionar (transmitir conhecimento e ajudar a FORMAR PESSOAS), ou nos múltiplos serviços que tornam viva a nossa cidade do conhecimento. Todos com a certeza de que cada ano é um desafio…à subida da ‘montanha’, onde a gestão sábia do caminho terá de criar oportunidades de encontro, uns com os outros, num desenvolver de horizontes para além do ‘canudo’, fazendo crescer a outra face da vida! NOVIDADE para quem começa esta aventura do Ensino Superior, ou para os que vêm dos Programas de Cooperação (PALOP) e os estudantes da mobilidade europeia, ERASMUS. As boas vindas especiais para quem chega à casa aveirense que os acolhe, em cidade onde o rasgar da ria, no diálogo criativo entre a terra e o mar, querem fazer de todos pessoas que procuram sempre ‘coisas novas’! O CUFC - Centro Universitário Fé e Cultura, no contexto da Diocese de Aveiro em complementar proposta humana e de Sentido de Vida para as Pessoas da Academia, como desde as suas quase duas décadas de existência, procurará acompanhar, propor, desafiar… dizendo que o caminho da felicidade está sempre acima daquilo que vemos, calculamos ou tocamos, que tem de haver algum tempo para algo mais, que, no fim de tudo, “Deus é o Futuro do Homem!” Cabe-nos saudar a força das parcerias múltiplas, aos mais variados níveis, num crescente gosto em ‘dar as mãos’, sintoma de Humanidade e algo que a todos nos fortalece na construção de COMUNIDADE diária. Um ano se (re)abre também nas pontes situadas com a Pastoral Juvenil, Vocacional, Educacional, Human(a)itária, viva! Um bom Ano Académico para todos! Vivamos a coragem da Fé! Tudo terá mais significado, as cores do curso terão maior beleza, a ‘causa’ de um mundo novo fará de todos incansáveis investigadores!
A Equipa CUFC

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

VERDADE E JUSTIÇA

Posted by Picasa Humanidade deve procurar «verdade e justiça», diz Bento XVI

Bento XVI disse ontem que Deus está presente “no meio do seu povo”, como um “cidadão que vive entre os outros cidadãos as contingências da história”, desde que a humanidade se compromete pela “verdade e a justiça”.
Na audiência geral da manhã de ontem, no Vaticano, o Papa apresentou uma catequese sobre o Salmo 131, na qual reflectiu, mais uma vez, sobre o tema da presença de Deus na história e na “vida social”.
Tomando como exemplo o juramento de David, Bento XVI explicou que “à promessa do dom de Deus, que não tem nada de mágico, deve responder a adesão fiel e actuante do homem, num diálogo que entrelaça duas liberdades, a divina e a humana”.
No final da catequese, o Papa acrescentou algumas palavras ao texto preparado, referindo que “no Salmo aparece e transparece o mistério de Deus que habita no meio de nós, que se revelará plenamente com a Incarnação. A sua fidelidade é a nossa confiança, a nossa alegria nas mudanças da história”.
Na saudação em língua portuguesa, o Papa cumprimentou os peregrinos “com votos de que esta romagem até à cidade dos Apóstolos Pedro e Paulo avive, em todos vós, o fervor espiritual e o zelo apostólico para fazerdes amar Jesus Cristo na própria casa e na sociedade”.
Fonte: Ecclesia

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Sócrates promete aumentar qualificações de um milhão de portugueses até 2010

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo vai desenvolver o programa "Novas Oportunidades", que tem como metas principais aumentar as qualificações de um milhão de portugueses e triplicar a oferta de cursos técnicos e profissionais até 2010. José Sócrates fez este anúncio no seu discurso de abertura do debate mensal na Assembleia da República - o primeiro depois das férias parlamentares de Verão."É verdade que Portugal tem outros problemas que merecem a atenção e aos quais estamos a dar resposta - a crise orçamental, a reforma do Estado e a dinamização económica -, mas, verdadeiramente, o problema crítico para a competitividade de Portugal tem a ver com a qualificação das pessoas", sustentou o chefe do Governo.
De acordo com o primeiro-ministro, o programa "Novas Oportunidades" terá sobretudo dois eixos: o primeiro vocacionado para a educação de adultos; e o segundo dirigido ao objectivo de promover a "expansão das formações técnicas e profissionalizantes no sistema de ensino".
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

No Seminário de Santa Joana Princesa

LAICISMO E INDIFERENTISMO No anfiteatro do Seminário de Santa Joana Princesa, em Aveiro, vai decorrer, nos dias 28 e 29 de Outubro, uma Jornada sobre “LAICISMO E INDIFERENTISMO”, organizada pelo Secretariado Diocesano do Ensino Religioso nas Escolas, Centro Universitário Fé e Cultura, Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro e Correio do Vouga. Em torno do tema-base “Laicismo e Indiferentismo”, a reflexão debruçar-se-á ainda sobre “liberdade” ou “défice de liberdade”, contextos sociológicos actuais, compreensão da liberdade e transmissão da identidade cultural. Vasco Pinto de Magalhães, do Centro Universitário Manuel da Nóbrega, e Madalena Abreu, do ISCA – Coimbra, abordarão “Os contextos sociológicos, na liberdade atraiçoada?”, bem como “Indiferentismo social, laicismo militante … o vazio futuro?”. Manuel Alte da Veiga, do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, e D. António Marcelino, Bispo de Aveiro, dissertarão sobre “A verdadeira liberdade, na urgente trans-MISSÃO da Cultura, no sentido da vida e da fé”, incidindo sobre “Os valores, a educação, a cultura, que identidade na pluralidade?" e sobre “O horizonte profundo da vida, que lugar social hoje?”
A moderação é de Querubim Silva, director do Correio do Vouga, semanário diocesano que está a comemorar as suas Bodas de Diamante. As inscrições devem ser enviadas para Centro Universitário Fé e Cultura, Campus Universitário, Apartado 323, 3811-901 AVEIRO, ou pelo telefone 234420600.

D. António Marcelino em entrevista ao Correio do Vouga

Posted by Picasa D. António Marcelino "Sempre me norteou uma vontade de conciliação"
D. António completa os 75 anos, agora a idade limite para apresentar ao santo Padre a “carta de disponibilidade”. Sente-se em “fim de carreira”?
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Sinto-me sereno e tranquilo ao entrar nesta fase concreta em que os anos contam. Não é um “fim de carreira”, mas a preparação para viver, em igual dedicação a Deus e à Igreja, os meses ou anos que posso estar ainda à frente da Diocese. Um servidor do Evangelho, presbítero ou bispo, está marcado, por força da escolha e do dom de Deus, recebido na ordenação, por uma disponibilidade gratuita, total, sem condições e para toda a vida, à Igreja e aos irmãos. Por isso continua em missão, independentemente do lugar onde está, do cargo que exerce, dos anos e das capacidades que tem.
Em total comunhão com o Papa, nem outra coisa se pode esperar de um bispo, aguardo a expressão da sua vontade, como tradução do querer de Deus em relação à minha vida.
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Setenta e cinco anos de vida, cinquenta anos de Padre e trinta anos de Bispo. Um longo e diversificado percurso. Sente-se como quem deixa pegadas de paz e sementes de crescimento nas pessoas, nos grupos, nas instituições que fizeram estas suas vidas?
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Sempre me norteou uma vontade de conciliação, construção de paz e colaboração, entre as pessoas, as comunidades, as diferenças legítimas, religiosas, políticas, sociais. Não é sempre fácil permanecer neste projecto, mormente quando o campo em que nos situamos é apoiado por critérios antagónicos, porque vêem e julgam com critérios meramente humanos e eu, como não pode deixar de ser, com critérios evangélicos ou iluminados pela fé. Posso dizer que não tenho ressentimentos de ninguém e o meu interior está pacificado em relação a todos quantos passaram pelo meu caminho e, porventura, com momentos de tensão e de divergência.
O crescimento das pessoas esteve sempre em mim, como propósito e projecto de vida. Ainda na Diocese onde fui ordenado padre há 50 anos, empenhei-me em escolas de formação de leigos em Portalegre, Castelo Branco e Abrantes, em levar os documentos conciliares a toda a parte, em dar à formação lugar cimeiro nas actividades que me foram confiadas. Dei colaboração no pós-concílio a muitas diocese do país e dediquei, durante anos, as minhas férias a Moçambique, Angola e Guiné, em cursos de formação. Aproveitei a presidência das comissões episcopais para lançar as Jornadas Nacionais da Pastoral Social, da Pastoral Familiar e do Apostolado Laical, todas elas em vigor.
Na Diocese, todos sabem da minha preocupação nesse sentido. Estão nesta linha a criação do Instituto Superior de Ciências Religiosas (ISCRA), a formação básica, acção regular de formação junto dos agentes pastorais (catequistas, professores, chefes do CNE…) e a insistência “obsessiva” junto dos padres pela sua formação contínua. A semente foi lançada e continua a ser lançada. Da sua fecundidade só Deus sabe e a Igreja receberá os seus frutos. Assim espero.
(Para ler toda a entrevista, clique Correio do Vouga)