sábado, 12 de fevereiro de 2005

DEMOCRACIA: sistema político perfeito?

É um lugar-comum dizer-se que, de todos os sistemas políticos e formas de Governo, qual deles o mais imperfeito, o melhor de todos é a democracia. O poder vem do povo e o que os políticos têm de fazer é contribuir para o bem-estar de toda a gente, sem privilégios, seja para quem for. Estamos a viver, nesta altura, por força das eleições legislativas, um momento complicado, enquanto se discute se a maioria absoluta dada a um qualquer Partido Político é mesmo preferível a uma maioria relativa. É certo que os eleitores votam normalmente nos Partidos cujos programas eleitorais lhes possam garantir o nível de vida que almejam, tendo sempre em conta, como fundamental, o bem comum. Mas também é correcto admitir que, uma vez no poder, o Partido vencedor, com maioria absoluta, pode tornar-se num ditador, levando à prática não só o que prometeu, mas também o que pressões internas, dos mais extremistas, vão ditando. Quantas vezes nos sentimos traídos por os políticos se esquecerem do que ofereceram, fazendo muito bem o que querem e o que lhes apetece. E quando estão nessa situação privilegiada, nada os pode impedir de levar à prática o que muito bem quiserem, até porque tem as costas quentes no Parlamento, que aprova tudo quanto o Governo lhes apresentar. Se o vencedor apenas tem maioria relativa, é garantido que passa a vida na corda bamba, com negociações que desvirtuam, muitas vezes, o seu próprio projecto político, passando a ser, perante os seus eleitores, um fantoche com capacidade somente para governar segundo o que outras correntes vão exigindo, claramente com o apoio do mesmo Parlamento. Quando há coligações pré-eleitorais, com programa comum, aí os eleitores já sabem com o que podem contar. De outra forma, quando os Partidos resolvem entender-se apenas depois das eleições, é sabido que o Governo só será viável a partir de negociações que podem conduzir ao desvirtuamento dos programas desses mesmos Partidos. A questão é, pois, um pouco complicada. Neste momento, todos temos, realmente, de pensar no que será melhor para o País e para os portugueses. E que ganhe o melhor, são os nossos votos. Fernando Martins

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

FOTO do ano 2004

A foto tirada na região de Tamil Nadu, Sudeste Asiático, no dia 28 de Dezembro, mostrando uma vítima do maremoto, uma mulher de joelhos sobre o solo, com a boca aberta e as mãos levantadas para o céu, foi considerada a Foto do Ano 2004 pela Agência World Press Photo. A foto foi escolhida entre 69 190 imagens de 4266 fotógrafos.
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MANDELA libertado há 15 anos

Faz hoje precisamente 15 anos que Nelson Mandela saiu da prisão, graças a pressões da comunidade internacional. Ao fim de 27 anos de clausura, pôde saudar a multidão que o aclamava, como um herói que havia de ficar, como ficou, na história do seu povo e do seu país, África do Sul, mas também na história universal. Depois, aconteceu o que toda a gente civilizada previa. Foi o primeiro presidente negro da África do Sul, recebeu o prémio Nobel da Paz, mediou conflitos entre nações, foi exemplo de tolerância, pregou a harmonia e o entendimento entre brancos e negros e defendeu a justiça social. Hoje, aos 86 anos, mantém a aura de estadista respeitado em todo o mundo, assumindo importantes causas, nomeadamente o combate à SIDA e a luta contra a pobreza no continente africano. F.M. Posted by Hello

JOÃO PAULO II: Homem de coragem e de fé

Depois de passar uns dias internado numa clínica italiana, por motivos de saúde de todo o mundo conhecidos, o Papa já regressou aos seus aposentos no Vaticano. Para descansar e para se recompor, como mandam as regras para as pessoas da sua idade, mas também para continuar a governar a Barca de Pedro, neste mundo encapelado. Quando muitos o deram como acabado, o Santo Padre, homem de fé e corajoso, mantém na agenda a sua viagem à Alemanha, este verão, para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude, que terão lugar na cidade de Colónia, de 16 a 21 de Agosto. A confirmação desta viagem à Alemanha fora feita em Dezembro, por D. Renato Boccardo, organizador das viagens papais, sendo esta "a única viagem do Papa confirmada para 2005, até ao momento, mas isso não quer dizer que não haverá outras", disse o prelado. O que mais me impressiona é o facto de o Papa, ainda em convalescença, querer manter a agenda, decerto muito cheia, não abdicando de exercer as suas funções até ao fim da vida, assumindo-se, assim, como o eleito pelo Espírito Santo para representar Cristo na Terra. Aos que vão pregando que ele já não está capaz de dirigir a Igreja, João Paulo II quer mostrar que o seu poder na Igreja está mesmo dependente do Espírito que contribuiu para a sua eleição.
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PORTUGAL abusa dos antibióticos

Portugal é um dos países europeus que mais antibióticos consomem e onde a resistência às penicilinas é maior. Um estudo que será publicado amanhã na revista "The Lancet" revela que o uso excessivo destes remédios e a resistência por eles criada é um problema de saúde pública no Sul da Europa. Trata-se de uma situação que nos deve levar a pensar, para termos mais saúde. para mais informação, ler no PÚBLICO.

DIA MUNDIAL DO DOENTE: SIDA como tema

Hoje, Dia Mundial do Doente, poderá ser um dia marcado pela nossa presença, física ou espiritual, junto dos doentes. Mas o Santo Padre, na sua mensagem, pede-nos sobretudo que reflictamos sobre "Cristo, esperança para a África", tema que vai ser lembrado, com maior ênfase, nas celebrações oficiais, em Yaoundé (Camarões), sob a presidência do enviado especial do Papa, o cardeal Javier Lozano Barragán. Com esta iniciativa, a Igreja pretende sensibilizar o Povo de Deus, bem como "as várias instituições católicas da saúde e a própria sociedade civil", para a necessidade de assegurar a melhor assistência possível aos doentes. Na mensagem para este Dia Mundial do Doente, João Paulo II lançou um apelo para que se combata a Sida através "da castidade e de uma sexualidade correcta". "Para combater a Sida de uma maneira responsável, é preciso aumentar a prevenção pela educação para o respeito do valor sagrado da vida, para a formação e para uma prática correcta da sexualidade", refere o Santo Padre. A mensagem dedica grande parte da reflexão ao continente africano e à pandemia que o afecta. Em relação ao número crescente de contágios pela via sexual, o Papa vinca que eles podem ser evitados, sobretudo através de uma conduta responsável e do respeito pela virtude da castidade. F.M. Posted by Hello

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

D. ANTÓNIO fala ao Correio do Vouga: entrevista a não perder

Em entrevista ao CORREIO DO VOUGA, semanário diocesano, D. António Marcelino falou de diversos temas de grande actualidade, da Igreja e não só. Esta é uma boa oportunidade para os nossos leitores ficarem a conhecer um pouco mais e melhor o que pensa o prelado aveirense, um cidadão bastante empenhado no quotidiano dos homens e mulheres do seu e nosso tempo e do País. Leitura imprescindível.

Foto: D. António Marcelino Posted by Hello

Efemérides aveirenses

10 de Fevereiro 1887 - Por iniciativa do Dr. Elias Fernandes Pereira, a Câmara Municipal de Aveiro deliberou mandar colocar uma lápide comemorativa na casa da Rua dos Mercadores, onde nasceu o notável parlamentar aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães. 1887 - Por proposta do Dr. Elias Fernandes Pereira, foi dado a um dos bairro da cidade o nome de João Afonso - o insigne navegador João Afonso de Aveiro, que explorou o Reino de Benim, trouxe a Portugal a primeira pimenta da Guiné e, pelas informações prestadas a D. João II, por si e pelo embaixador que veio em sua companhia, influiu decisivamente na descoberta do caminho marítimo para a Índia, integrando Aveiro na Epopeia dos Descobrimentos. Fonte: Calendário Histórico de Aveiro Foto: João Afonso de Aveiro, no Rossio Posted by Hello

Pacheco Pereira com algumas achegas interessantes

José Pacheco Pereira escreve no PÚBLICO todas as semanas e sempre com interesse. Concorde-se ou não com as suas ideias e propostas, acho que vale a pena lê-lo. De qualquer modo, penso que este artigo de hoje, "Dicionário de campanha a duas semanas do fim", pode ser útil aos nossos leitores.
F.M.

ESPAÇO dos leitores

Meu caro Amigo, "Consumidor", diário, do blog que, como já tive a oportunidade de lhe referir, em boa hora criou, não só pela forma clara e simples como a comunicação é feita, mas, sobretudo, pelo contributo objectivo que dá a todos aqueles que, não tendo muito tempo disponível, no seu dia-a-dia, aspiram a andar o melhor informados possível, designadamente no que concerne aos textos que estão directamente ligados aos homens e mulheres que se assumem cristãos e católicos, atrevo-me a anexar um artigo de opinião, editado no "Diário de Notícias", no dia 9, do corrente mês, com um título e a interrogação sugestiva "Há um voto católico?". Desejando-lhe uma frutuosa caminhada quaresmal, na comunhão com todos e cada um, pelos quais Jesus Cristo ressuscitou, aceite as minhas saudações amigas. Vítor Amorim
~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Meu caro Vítor Aqui fica a sua sugestão, com os meus agradecimentos pelas palavras amigas e pelo interesse manifestado, desde a primeira hora, pelo meu Blogue. Sempre ao dispor F.M.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Há matrimónios que podem ser declarados nulos

A Santa Sé acaba de publicar uma instrução, intitulada "A Dignidade do Matrimónio", dirigida a agentes de direito, nomeadamente a todos os especialistas que trabalham nos tribunais eclesiásticos, com a preocupação de tornar mais célere a análise dos processos de declaração de nulidade de matrimónios. Os números tornados públicos dizem que, em 2002, registaram-se no mundo 56 236 processos de nulidade matrimonial, tendo 46 092 desses processos recebido sentença afirmativa. É também significativa a distribuição geográfica desses processos. O maior número ocorre nos países ocidentais: 8885 processo na Europa e 30 968 na América do Norte, contra, por exemplo, 343 em África ou 1562 na Ásia. A preocupação da Santa Sé é melhorar o funcionamento dos tribunais eclesiásticos e foi nesse contexto que apresentou este documento, ainda não traduzido em Português. Há muito que se diz que se celebram na Igreja bastantes casamentos, muitos deles a darem nas vistas pela pompa com que se fazem, que não são matrimónios. Não passam de uma mera formalidade, direi cívica, sem qualquer preocupação sacramental. Depois, por inúmeras razões, multiplicam-se os divórcios e as separações por motivos fúteis, sem qualquer respeito pelas promessas assumidas. Ora, eu penso que alguns desses casamentos poderiam muito bem ser declarados nulos, mas a verdade é que pouca gente sabe que há tribunais eclesiásticos, onde processos nesse sentido terão de ser estudados. Será que os casais católicos têm conhecimento de que os seus matrimónios podem ser declarados nulos, em circunstâncias especiais? Não seria importante divulgar mais o direito que assiste aos casais, ou a qualquer dos seus membros, de pedirem a anulação dos seus casamentos, nas condições previstas nas leis da Igreja? Continuo a pensar que sim e continuo a pensar, também, que a Igreja tem divulgado muito pouco as funções dos tribunais eclesiásticos e as razões que podem levar à declaração de nulidade de matrimónios.
Para conhecer melhor aquela instrução da Santa Sé, ver na Ecclesia o texto "Santa Sé propõe renovação na pastoral dos divorciados" Fernando Martins NB: Manifeste a sua opinião neste blogue, em comentários, logo depois do texto, ou por e.mail: rochamartins@hotmail.com Posted by Hello

Artigo para pensar

Há artigos jornalísticos, às vezes muito simples, que nos obrigam a pensar. Como este que hoje sugiro aos visitantes do meu blogue. Há empresas e grupos económicos, nomeadamente bancos, que têm lucros fabulosos, quantas vezes à custa de quem tem necessidades no dia-a-dia. Leiam no PÚBLICO este artigo e depois façam um simples comentário. Neste blogue ou por intermédio de rochamartins@hotmail.com. A partilha é sempre útil. Obrigado.
F.M.

Para começar bem a Quaresma

"Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos: 'Tomai cuidado em não fazer diante dos homens as vossas práticas religiosas, para serdes vistos por eles. Aliás, não teríeis recompensa diante do vosso Pai que está nos Céus. Assim, ao dares esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem as pessoas fingidas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvadas pelos homens. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Mas, sempre que deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a mão direita, para que a tua esmola seja em segredo. E teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como as pessoas fingidas: elas gostam de orar de pé, nas sinagogas e nos cantos das praças, para se mostrarem aos homens. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai, presente no segredo. E teu Pai, que te vê no segredo, te dará a recompensa. E, quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como as pessoas fingidas: desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Tu, porém, ao jejuares, deita perfume na cabeça e lava o rosto, para não mostrares aos homens que jejuas, mas a teu Pai, lá em segredo. E teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa.'" Do Evangelho de S. Mateus
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

CARNAVAL antes da QUARESMA

Hoje, o povo vai brincar, por aqui e por ali, ao Carnaval. Em Portugal e no mundo ocidental. Nas aldeias, vilas e cidades, embora, com a sua industrialização, se tenha perdido o sentido de uma verdadeira festa popular e espontânea. Perde-se no tempo a razão das festas carnavalescas, mas, para nós católicos, tem uma certa lógica. A Quaresma, que se inicia logo a seguir, em quarta-feira de cinzas, vai ser um período de oração, de meditação, de uma mais intensa vivência da caridade, de partilha e de generosidade, de autêntica preparação para a Páscoa e para uma mais convincente interiorização da Ressurreição de Jesus, razão de ser da nossa fé. Brinquemos hoje, portanto, para amanhã entrarmos numa outra onda, de busca do transcendente, do Deus da vida, rumo a uma vida diferente, capaz de transformar o mundo, para melhor, nem que seja apenas, e para começar, à nossa volta. Para conhecer um pouco melhor a história do Carnaval, leia «Do Carnaval às cinzas», na Ecclesia.
F.M.
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IMIGRANTES

Muitos imigrantes ainda não podem aspirar a ter um negócio Muitos imigrantes radicados entre nós ainda não podem aspirar a ter um negócio próprio. Trata-se de uma injustiça, até porque eles já representam cinco por cento do PIB (Produto Interno Bruto) do nosso País. Urge, pois, que a legislação portuguesa seja revista para que os que optaram por viver entre nós, e connosco, possam viver como nós. Para mais informação, ler o Jornal de Notícias.