sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
O ABORTO CLANDESTINO
sábado, 2 de fevereiro de 2008
A Carta das Águas
Ontem, no SEXTA, semanário gratuito, li um artigo interessante. “A água não serve só para matar a sede” foi assinado por Hugo Rodrigues e defende a ideia de que devemos escolher a água para beber conforme a comida. Isso mesmo é a aposta da Confraria da Água, cujo chanceler, Belmiro Couto, é um aveirense.
Diz ele, com razão, que nos restaurantes nos apresentam, normalmente, a Carta dos Vinhos. A da Carta da Água não existe. E a pergunta é sempre a mesma: com ou sem gás; fresca ou natural?
Ora, segundo Belmiro Couto, as águas não são todas iguais, tal como acontece com os vinhos. Sendo assim, há que saber pedir a água ideal para cada prato. Como recomenda o chanceler da Confraria das Águas, devemos consumir uma água “ácida e leve” para o cozido à portuguesa e “muito alcalina” e fresca para os pratos de bacalhau.
A meu ver, isto tem que se lhe diga. Como é que os consumidores podem conhecer essas diferenças? Talvez seja útil que os produtores passem a anunciar, nas garrafas ou por outra forma, os pratos que casam bem com as águas que comercializam.
Confesso que nunca tinha pensado nisso. Eu cá limitava-me a pedir a água natural e sem gás. Mas agora já tenho de pensar duas vezes, não me limitando a beber a água que me levam para a mesa, muitas vezes de marcas que não conheço de lado nenhum.
Estamos sempre a aprender.
FM
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Medicamento avulso
Isto é um prejuízo incalculável para todos. Para os utentes, porque acabam por comprar medicamentos, normalmente caros, que acabam no lixo. Para o Estado, porque comparticipa os mesmos medicamentos.
A partir daqui, por que razão não são comercializáveis doses medicamentosas estritamente indispensáveis para o tratamento prescrito pelo médico? Acho que esta seria e é a melhor solução. Mas… atenção: a indústria farmacêutica já está a lembrar os “perigos” da venda avulsa. Que pode haver confusão, por falta da caixa, dizia um entendido. Francamente… não haverá solução para isso?
FM
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Prós e Contras: O tabaco
ASAE mete medo a muita gente
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
FUMADORES RESSACADOS
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Aeroporto em Alcochete
Tenho para mim que, se não fosse o Presidente Cavaco Silva a apelar à calma, aconselhando uma reflexão mais profunda sobre outras hipóteses possíveis para a loca-lização do novo aeroporto, ainda agora estaríamos na teimosa discussão sobre qual seria o melhor sítio. Com o seu apelo, o Governo deixou a teimosia, tornou-se mais humilde e aceitou a análise de outras sugestões.
Agora decidiu com base em estudos do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), entidade cuja credibilidade é sobejamente conhecida. Em 2017, Portugal terá um grande aeroporto, com capacidade para responder a necessidades de toda a Ibéria. E até lá, estão garantidos entre 40 e 60 mil postos de trabalho, directa ou indirectamente ligados ao novo aeroporto.
Aqui está, mais uma vez, a importância do magistério de influência do Presidente da República.
Um problema muito grave fica, no entanto, por resolver: Durão Barroso declarou há tempos que não haveria nenhum novo aeroporto em Portugal, enquanto houvesse crianças em lista de espera para poderem ser intervencionadas cirurgicamente nos hospitais portugueses. Que eu saiba, crianças e idosos, portugueses de todas as idades, sobretudo os mais pobres, continuam e continuarão à espera de serem atendidos, atempadamente, nos nossos hospitais. Aqui é que está outro grande e grave problema. Ou não é verdade?
FM
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Ainda as excepções à lei do tabaco
O ETERNO PROBLEMA DAS EXCEPÇÕES
No nosso País, vivemos sempre o problema das ex-cepções. É um mal ancestral. Qualquer lei até parece que carrega o fardo das excepções. Normalmente ligado a pri-vilégios e regalias, de que alguns se aproveitam. Anti-gamente (e ainda hoje, infelizmente), havia os monopólios e outros benefícios.
Vem esta arenga a propósito do tabaco e na sequência da transgressão do presidente da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), apanhado a fumar, na passagem de ano, num casino. Alegou depois que os casinos não estavam abrangidos pela lei recentemente publicada sobre a proibição de fumar em estabelecimentos públicos fechados.
FM
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE QUE (NÃO) TEMOS
Todos sabemos que o Serviço Nacional de Saúde, decerto com muita coisa boa, com profissionais competentes, precisa de uma reforma profunda que lhe permita responder ao crescente número de utentes, a grande maioria, penso eu, já na terceira idade, com acrescidas necessidades de assistência médica personalizada.
Já estive internado várias vezes e sempre fui bem tratado, é certo. Mas não deixo de reconhecer que, nas urgências, alguns doentes ficam horas intermináveis à espera de serem atendidos. Tantas vezes até altas horas da madrugada, como já sucedeu com familiares meus. Nos tempos que correm, com tanta tecnologia, é inadmissível o que está a acontecer nesta área tão sensível, como é a Saúde.
Veja-se o que número infindo de protestos por causa das alterações ao Serviço Nacional de Saúde. Talvez o ministro esteja a agir em nome das reformas precisas no sector. Mas será que o povo português já foi esclarecido, cabalmente, sobre o que se pretende? Os nossos governantes estarão no caminho certo, ao agirem com tanta arrogância, como denunciou, há dias, Ferro Rodrigues, ex-líder do PS?
FM
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
FLORES NOS CINZEIROS
sábado, 29 de dezembro de 2007
QUE SORTE A SUA!
Num desses internamentos, a minha enfermaria estava relativamente perto de uma outra destinada a doentes pulmonares. Nas minhas caminhadas, de que necessitava para desentorpecer as pernas, passava por ali frequentemente. Havia, num ou noutro corredor, dísticos a proibir o fumo. Nem assim, porém, faltava quem se refugiasse num ou noutro recanto, para fumar um cigarrito, às escondidas dos médicos e enfermeiros.
Numa das minhas caminhadas cruzei-me, certo dia, com um senhor simpático e de palavra fácil, que me saudou em jeito de despedida. Realmente, estava de partida, depois de uma operação a um pulmão.
Conversa puxa conversa, fiquei a saber do que sofria. Cancro nos pulmões. Esta era já a segunda intervenção cirúrgica a que se sujeitara. Estava de regresso a casa. Adiantei, então, que estava com muito bom aspecto, desejando-lhe rápido restabelecimento. De pronto, respondeu-me:
- Olhe, meu amigo, o que importa é que estou aqui; sinto-me bem, mas não tenho ilusões; se soubesse o que sei hoje, talvez nada disto me teria acontecido.
E continuou, com ênfase, a contar a sua história:
- Desde novo, habituei-me a fumar, convencido de que isso me dava uma personalidade adulta. Eu gostava de ser como alguns senhores que conhecia, senhores que, antes de começarem uma qualquer conversa, puxavam primeiro do cigarro, acendiam-no com calma, atiravam o fumo para o ar e depois é que falavam. Eu via, nesses rituais, sinais de alguma elegância, de algum nível intelectual, de alguma importância.
- E depois?
- Depois, nunca mais parei. De um maço passei a dois. A seguir veio o terceiro… Por fim a tosse, o catarro, os vómitos de manhã, a neura quando tentava evitar o cigarro, o cansaço, as dores. O médico recomendou-me os exames da praxe. O diagnóstico deixou-me arrasado. Tinha de ser operado. Esta é a segunda vez… mas sei que o cancro continua comigo. Eu sinto-o!
- Pode ser que agora…
- Não tenho qualquer dúvida! Mais tarde ou mais cedo, ele volta.
- Claro que agora prega sempre os malefícios do tabaco…
- As pregações, pelo que tenho visto, não resultam… Os meus amigos continuam a fumar. Só uns três é que deixaram de fumar, mas não foi por qualquer pregação.
-Então?
- Foi por terem visto quanto se sobre quando o cancro ataca. Vieram visitar-me e ficaram tão impressionados com o que viram, que nunca mais pegaram no cigarro. Gente aflita com falta de ar, gente sem cordas vocais, gente com a boca a ser destruída, enfim, um horror. Não foi preciso nenhum médico, nem nenhum tratamento. Acho até que, se fosse possível, os fumadores podiam e deviam passar por uma enfermaria destas. Só vendo este sofrimento é que se acredita no mal que o tabaco faz.
Entretanto chega um familiar, talvez filho, para o levar. Ao despedir-se de mim, ainda perguntou:
- Fuma?
- Não.
- Que sorte a sua! Adeus.
Fernando Martins
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Política exclusivamente economicista?
Penso que ninguém porá em dúvida a conveniência de o Governo, qualquer que ele seja, procurar reformar o Estado. É sabido que a máquina estatal está sobrecarregada com despesas incomportáveis para o nosso frágil Orçamento do Estado, cujo equilíbrio tem sido difícil de conseguir. Excesso de funcionários, muitos deles já substituíveis pelas novas tecnologias, tornam difícil esse equilíbrio orçamental. Contudo, qualquer reforma tem sempre de ter em conta as pessoas, sob pena de se criarem novos problemas sociais, com reflexos negativos incontornáveis nas famílias. O que se tem feito, atirando funcionários para o desemprego ou para situações equiparadas, não está correcto, humana e socialmente falando. O Estado vive para as pessoas.
Com a pressa de se acabar com o défice orçamental, têm surgido outras decisões gravosas para o povo. Sobretudo para o povo que não nada em dinheiro. Fechar Centros ou Postos de Saúde, Urgências e Atendimentos nocturnos, obrigando os doentes a deslocarem mais de 100 quilómetros, à sua custa, não está certo. Ainda hoje de manhã, nos noticiários habituais, ouvi um comandante de uma Corporação de Bombeiros dizer que o transporte de um doente, distante do hospital cerca de 100 quilómetros, custará 40 euros. A ambulância deixará o doente para ser assistido e terá de regressar. O doente, se não ficar internado, terá de alugar um táxi ou requisitar outra ambulância. Conclusão: Uma ida a uma urgência poderá ficar por 80 euros. Se a pessoa for rica, não virá daí nenhum mal ao mundo. E se for pobre?
O que eu penso é que muitas vezes os estudos económicos e sociais são elaborados por comissões técnicas, que nem sempre conhecem suficientemente bem a realidade do país e dos portugueses que somos. Com uma visão economicista da vida, desprezam-se por vezes as situações concretas das pessoas. As suas dificuldades e os seus dramas serão, disso estou certo, profundamente afectados. Mas o Governo, em nome da urgência de reformar o Estado, realidade que não podemos ignorar, teima em fechar os olhos, caminhando soberana e ostensivamente, contra tudo e contra todos. Para que o défice seja anulado será mesmo necessário anular as pessoas?
sábado, 17 de novembro de 2007
DIA MUNDIAL DO NÃO FUMADOR
A propósito das limitações que vão ser impostas aos fumadores, no sentido de não poderem fumar em recintos fechados, não faltam vozes a protestar, clamando que se está a cair em radicalismos incompreensíveis. Os fumadores acham que devem poder fumar onde lhes apetece e os não fumadores entendem que ninguém tem o direito de conspurcar o ar que respiram.
Pessoalmente, penso que os não fumadores têm razão. Os fumadores podem e devem fumar onde quiserem, mas com limitações que exijam o respeita pelos não fumadores.
Ontem, precisamente, entrei com familiares num conhecido restaurante da Bairrada. Salas amplas que começaram a encher por volta do meio-dia, quando chegámos. Estávamos a começar a refeição, quando entra um daqueles fumadores que não param de fumar… O homem, de cara esquelética talvez pelo excesso de fumo, não se cansava de atirar fumo para o ar, enquanto não chegou a sua refeição. Perguntámos, então, se não havia sala para não fumadores. O empregado, delicadamente, informou-nos que não. Poderíamos mudar, se quiséssemos, para a outra sala, ainda com menos pessoas, mas não era seguro que pudesse ficar sem fumadores. Resolvemos ficar, para evitar complicações com a mudança de mesa. E o fumador voltou à carga nos intervalos da refeição, obrigando toda a gente a inalar o fumo que inundava tudo e todos.
Perante situações destas, eu pergunto se é admissível vivermos assim, sem radicalismos que imponham aos fumadores o respeito pelo seu semelhante, sobretudo daquele que gosta de respirar o ar puro.
O fumador, a meu ver, tem todo o direito de fumar e de dar cabo da sua saúde. Mas será que tem o direito, também, de prejudicar os outros? Julgo que não.
FM
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Dia Mundial da Alimentação
A agenda diz-me que hoje é o Dia Mundial da Alimentação. E porque é uma agenda do nosso País e para a classe média alta, recomenda que devemos evitar açúcares, gorduras, óleos e aditivos.
É natural que haja cuidados com a alimentação, tanto mais que há muitas doenças que resultam do consumo imoderado de certos produtos, feitos a gosto dos nossos apetites. E dos nossos olhos. Afinal, o homem é o único animal, dizem, que come com os olhos. É, então, importante comer com moderação, optando pelos produtos mais saudáveis. Bom apetite, apesar de tudo. Amanhã direi por que motivo a nossa moderação até pode ter uma finalidade bem útil e importante.
Já agora, aprenda a calcular o índice de Massa Corporal, dividindo o seu peso, em quilos, pela sua altura ao quadrado, em metros. Se o resultado estiver entre 18,5 e 24, parabéns.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Um artigo de D. António Marcelino
Fui durante dez anos capelão de um sanatório do Estado. Mais de cem homens internados, todos eles oriundos dos distritos alentejanos, muitos já com os pulmões desfeitos pela grave silicose produzida pela poeira das minas onde trabalharam até lhes ser possível. Não sei se neste tempo algum descobriu o rosto de Deus e começou uma prática religiosa que nunca tinham tido. Sei, porém, que muitos experimentaram uma reconhecida força espiritual pelo calor da amizade que sempre lhes dediquei, quando me procuravam ou eu me aproximava para animar, dar conforto, ser uma presença amiga e familiar, muitos que a família que não podia visitar, pela distância e falta de recursos. Quantas cartas lidas e escritas, quantas confidências libertadoras, quantos apelos para solucionar problemas, prevenir situações, provocar reconciliações… Só quem está vazio de sentimentos fraternos, de afectos de humanidade e de solidariedade, só quem desconhece a realidade de quem sofre sem horizontes de cura, pode desvalorizar a força de uma palavra amiga, de uma visita gratuita por parte de quem, não era família de sangue, nem rosto conhecido. Só quem nunca sentiu a comunicação silenciosa de um gesto respeitoso quando o silêncio diz mais que as palavras, pode pensar que basta que o capelão do hospital seja como um bombeiro de serviço, à espera do pedido por escrito e assinado, para se poder aproximar da cama do doente. Para os laicistas associados até isto é de mais, porque para eles o lugar do capelão é a rua.
É a velha miopia moral de quem só enxerga até onde os olhos chegam. É o preconceito de quem vê na religião, qualquer que ela seja, um elemento deletério, que terá que terá de se aguentar, devido ao atraso de um povo inculto. É a pobreza de ideias e sentimentos de quem vê nos direitos humanos um favor generoso de quem governa.
Sabia que entre nós estão empobrecendo os sentimentos e as expressões de humanidade, mas não sabia que este empobrecimento era desejado e programado. Os doentes, assim se pretende, devem ser respeitados, mas segundo o crivo da lei interpretada a rigor. Agora os serviços públicos determinam o envio acelerado de equipas de psicólogos para apoiar famílias vítimas de calamidades, quando afectadas e fazem algumas vezes o mesmo para apoiar doentes graves dos hospitais Porque o Estado é laico, padres longe e psicólogos perto. Prefere-se o raro ao permanente, o espalhafatoso ao discreto, a lei à pessoa.
Ao longo da vida encontrei chefes militares a pedir que não tirem os capelães às forças armadas, directores de hospitais e de prisões a agradecer o trabalho extraordinário do capelão, responsáveis de escolas a lamentar que a aula de moral esteja a ser desvalorizada pelo governo e direcções regionais, com prejuízo para os alunos e para comunidade educativa. Isto não significará nada para quem faz as leis e as regulamenta?
É preciso ouvir o povo não apenas nas inaugurações com vivas, foguetes, presentes e placas com os dizeres que o ministro determina. Há que sentir o pulsar da vida, compreender as preocupações das pessoas, provocar a sua participação no que lhes diz respeito. Foram acaso ouvidos os doentes, as famílias, a gente dos hospitais? Quem serve não se pode dispensar desta tarefa. É fácil corrigir abusos, mas não tanto suprir as consequências de omissões, quando a própria lei as favorece.
António Marcelino
sábado, 22 de setembro de 2007
ERA DO SENTADO
Depois da já longínqua era industrial, veio a era da comunicação. De permeio outras surgiram. E de há uns anitos para cá temos a era do sentado.
Pois é verdade. A era do sentado leva-nos a passar grande parte do dia abancados em qualquer canto. Haverá sempre quem, por temperamento ou por profissão, tenha que andar de um lado para o outro. Mas a norma, que está a generalizar-se, é passarmos grande parte do dia sentados.
Logo de manhã, tomamos o pequeno-almoço à mesa, sentados. Depois, de carro, sentados, arrancamos para o emprego, onde nos espera, a grande maioria das vezes, uma actividade que nos obriga a estar numa (des)confortável cadeira. A seguir vamos almoçar a casa ou a outro sítio qualquer, de carro, mesmo que esse sítio fique a escassas dezenas ou centenas de metros. Comemos sentados e apressados saltamos para o volante. No emprego repetimos a dose da cadeira. E no fim do dia de trabalho, cansados de tanta cadeira, regressamos a casa, onde um sofá nos convida a descansar das agruras do trabalho exaustivo que tivemos durante umas boas horas. Um lanchezito, talvez sentados, e logo a seguir a televisão, sentados, porque noutra posição não se vê bem. Na janta, abancamos mais uma vez e o serão, na televisão, outra vez, ou na Net, vai ser bem vivido na posição já habitual de sentados. Ainda há quem passe pelas brasas num convidativo sofá. Na cama é que estamos, de facto, deitados.
Toda a gente entendida em questões de saúde (cada um de nós tem um pouco de médico e de louco) garante que precisamos de caminhar. O coração, os músculos e os nossos pulmões, que gostam do ar puro, convidam-nos a caminhar. Porém, poucos aderem a essa necessidade.
O Dia Europeu Sem Carros, que hoje se vive, é um convite à mobilidade. Temos, realmente, de caminhar. Quem não caminha arrisca-se a sofrer disto e daquilo. Se não o fizermos, depois não nos podemos queixar.
Boa saúde
F.M.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Luta contra o tabaco
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
O AR QUE RESPIRAMOS
PÓ DO PORTO COMERCIAL
É público que o Prof. Carlos Borrego, da Universidade de Aveiro, vai coordenar um estudo sobre o ar que se respira na Gafanha da Nazaré. Pela sua indiscutível competência, penso que todos vamos ficar a saber se podemos, ou não, andar descansados.
Ninguém ignora que uma zona industrial e portuária tem custos acrescidos na área do ambiente. Há produtos tóxicos e poluentes a serem armazenados e manipulados, o que não pode deixar de inquietar as populações, já que, com regularidade ou esporadicamente, há o perigo de derrame ou de fuga para o ambiente.
Entretanto, a Gafanha da Nazaré começou a ser invadida por areias e pós que vinham do Porto Comercial. Incomodavam, obviamente, toda a gente, chegando a invadir as casas. O povo começou a protestas e desses protestos se fizeram eco os diversos órgãos de comunicação social.
Fernando Martins