Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo VII da Páscoa
Os passos dados a todos os níveis eclesiais, sobretudo ecuménicos, realizam de forma germinal o legado que Jesus nos deixou. Em fidelidade crescente, avancemos alegres e confiantes.
Jesus está na “ponta” final do seu ministério temporal. Os discursos, as parábolas, as sentenças e outras formas de comunicação cedem lugar à oração dirigida ao Pai em que abre o seu coração e revela as preocupações maiores que o animam. Não reza angustiado pela hora que se avizinha, nem por antever como os discípulos se iriam comportar. Não reza a lamentar-se, a pedir socorro ou coragem para enfrentar as horas que vão seguir-se. Jo 17, 11b-19.
A sua oração está centrada na unidade dos discípulos, na alegria da missão, na verdade que traduz a fidelidade possível à sua Palavra, quer dizer a Ele mesmo. Que Lhe sejam fiéis para que o mundo creia que é o enviado do Pai.
A equipa redatora do «Vers dimanche» introduz o seu comentário com este belo resumo: “Esta passagem do evangelho nos introduz no conteúdo da oração de Jesus. É um momento solene e grave em que todas as palavras contam. Ele dirige-se com confiança a seu Pai e todo o mistério da sua vida transparece: Pai, amor, unidade, verdade, palavra, santificar, enviar, mundo, maus/perseguidores. Entremos com humildade nas palavras desta oração e na dinâmica de unidade à qual nos convida”. Que belo convite que queremos aceitar com determinação e confiança.