sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Homem Leproso, meu irmão, arauto da Boa Nova

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VI do Tempo Comum


CARTA ABERTA

Não estranhes, homem com lepra, receber por correio eletrónico a mensagem de um padre católico. Vivo junto ao mar Atlântico, numa região a que deram o nome de Lusitânia. Leio com frequência as Escrituras e vou-me informando do estatuto social e religioso das pessoas que sofrem de lepra. Sei também que os rabinos multiplicam as regras protectoras de quem tem saúde, agravando a situação de quem sofre de doença. Estás escorraçado da sinagoga e da sociedade. Em “nome de Deus”! Vives a “monte” ou em esconderijos, à distância, para nem sequer seres visto. Tal o medo de contágio!
Olha, meu Irmão, ao ver a tua situação, nós os que vivemos em 2020-2021, podemos compreender melhor o que significa a pandemia e o possível contágio: doença grave, isolamento, rigor nos cuidados de higiene, sofrimento atroz e outros males que nos ameaçam de morte. E isto sofre-se, hoje, em quase todo o mundo, provocando uma distância aflitiva entre as pessoas. A distância não é apenas geográfica, mas afectiva, familiar, social e religiosa. Como bem sabes, todos somos humanos, temos coração, precisamos de laços de união e de pertença, sentimos necessidade de ser apreciados e reconhecidos.
Por isso, quero dizer-te, meu irmão, o que me vai na alma, o que faz nascer em mim o teu encontro com Jesus de Nazaré, na sua itinerância pelas tuas terras da Galileia. Mc 1, 40-45.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Dia Mundial do Doente



Celebra-se hoje, 11 de Fevereiro, o Dia Mundial do Doente, instituído naquele dia e mês de 1992 pelo Papa João Paulo II. Na carta que o saudoso Papa João Paulo II publicou, refere que a data representa “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.
Para além das celebrações promovidas pela Igreja Católica, é de supor que todos, crentes ou não crentes, devemos olhar para os doentes, sejam eles familiares, vizinhos ou conhecidos, com o espírito de apoio a vários níveis.
Na sua mensagem, para este dia, o Santo Padre lembra que a atual pandemia “colocou em evidência tantas insuficiências dos sistemas sanitários e carências na assistência às pessoas doentes. Viu-se que, aos idosos, aos mais frágeis e vulneráveis, nem sempre é garantido o acesso aos cuidados médicos, ou não o é sempre de forma equitativa”. E tudo isto nos deve alertar e mobilizar para  cooperarmos  com as instituições e famílias, no sentido de ajudar quem está a sofrer. 
Sabemos que num tempo como o que estamos a viver, padecendo,  direta ou indiretamente, os efeitos da pandemia, será muito difícil visitar quem precisa das nossas palavras ou ações fraternas, mas um simples telefonema pode ser muito oportuno.
Os crentes podem em qualquer altura dirigir a Deus uma simples oração por todos os que sofrem no corpo e na alma.

Praça Padre João Gonçalves



Padre João e Inês Leitão
Por decisão da Câmara Municipal de Ílhavo, o "Jardim Central" da Gafanha da Carmo passa a designar-se "Praça Padre João Gonçalves". Trata-se de uma justa homenagem ao conhecido Padre das Prisões, filho da terra, onde nasceu em 28 de Março de 1944. Foi ordenado presbítero em 21 de Dezembro de 1969 e faleceu em 8 de Dezembro de 2020.
Entre outros cargos, foi pároco da Sé aveirense, capelão do Hospital e do Estabelecimento Prisional de Aveiro. Também coordenou a pastoral penitenciária nacional. É oportuno  realçar as suas responsabilidades ao nível das Florinhas do Vouga, uma IPSS com diversas valências, onde o padre João implementou serviços de apoio aos mais desfavorecidos, sem esquecer os sem-abrigo.
Um filme das irmãs Daniela e Inês Leitão, denominado "O Padre das Prisões", sublinha bem a missão deste sacerdote no meio de nós. Inês Leitão ainda escreveu um livro com o mesmo título.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Professor Manuel Nunes Carlos

A nossa gente 


Manuel Nunes Carlos nasceu na Gafanha da Nazaré, a 20 de abril de 1898. Filho de António Nunes Carlos e de Ana de Jesus Vergas. O Pai de Manuel Nunes Carlos era um alfaiate que se tornou famoso pela confeção dos seus gabões, atividade esta que era complementada com a profissão de barbeiro.
Em 1916, terminou o Curso do Magistério Primário, com 16 valores, na Escola Normal de Aveiro. Da sua formação académica consta também o Curso de Pilotagem da Escola do Departamento Marítimo do Norte. Porém, apesar da sua formação como piloto, pouco tempo dedicou à vida no mar.
Antes de lecionar na Gafanha da Nazaré, passou por diversas escolas, como S. Bernardo, Oliveirinha, Lousã, Lobão (Santa Maria da Feira), Vera Cruz, Oiã, Argoncilhe e Tamengos (Anadia).
Em 1932, concorreu ao lugar da Escola Primária da Chave e em 1933 foi transferido para a Cale da Vila.
Além da atividade docente, foi também Presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré (1938) e Vereador na Câmara Municipal.
Em 1931 contraiu matrimónio com Maria do Carmo Simões, filha do proprietário da Pensão Curia. Deste casamento nasceram duas filhas, Maria Manuela e Maria Albertina.
Faleceu a 24 de junho de 1956, com 58 anos de idade. Encontra-se sepultado no Cemitério da Gafanha da Nazaré.

Informação Histórica do Topónimo

1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo), da Câmara Municipal de Ílhavo, no âmbito do projeto "Se esta rua fosse minha";
2. Em relação a este topónimo não encontramos qualquer referência à sua criação nos documentos camarários.

Informação Memorial sobre o Topónimo

Sabemos que o Professor Manuel Nunes Carlos, conhecido por Senhor Professor Carlos, era muito querido pelos seus alunos. Numa conversa que tivemos a 5 de dezembro de 2019, com o professor Fernando Martins, ficámos a saber que foi o professor Manuel Nunes Carlos que lhe fez o exame da terceira classe.

NOTA: Não haverá na Gafanha ou à sua volta quem possua uma  fotografia do Professor Carlos? Agradeço cedência por empréstimo. Obrigado.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Aldeias e Vilas Medievais - Marvão


 
A vila de Marvão e o território em redor maravilham todos os que a visitam. No centro do Parque Natural da Serra de São Mamede, esta localidade encontra-se inserida em muralhas que datam dos séc. XIII e XVII e entrar no seu interior é percorrer ruas cheias de história. Das portas às arcadas góticas, dos detalhes manuelinos ou em ferro forjado, já para não falar do castelo, Monumento Nacional, uma visita a Marvão é uma viagem que desperta os sentidos e aguça a curiosidade pela história nacional.

NOTA: Partilhado pela Via Verde com o  desafio de uma visita.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Nomeações Diocesanas

José  Ferreira Alves - Ecónomo Diocesano
João Barbosa - Presidente da Cáritas Diocesana 

João Barbosa 
José Alves
D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, nomeou o diácono permanente José Ferreira Alves para o cargo de Ecónomo Diocesano, durante um período de cinco anos, sucedendo assim ao Pe. João Gonçalves, recentemente falecido. José Ferreira Alves, que deixou a presidência da Cáritas Diocesana, também fica a pertencer ao Conselho para os Assuntos Económicos. Para presidir à Direção da Cáritas Diocesana, o nosso Bispo nomeou João José da Maia Vieira Barbosa, um aveirense bastante conhecido.
Aos novos presidentes e respetivos membros dos corpos diretivos formulo votos das maiores venturas pessoais ao serviço da Igreja Diocesana de Aveiro. Porque os conheço há muitos anos, posso testemunhar a capacidade de trabalho e a honorabilidade que os caracterizam. 

Ler todas as nomeações aqui 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Ai de mim se não ajudar a nascer a alegria

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

A pronta disponibilidade para o serviço dos outros constitui a verdadeira alegria do Evangelho de Cristo que continua.

1. Cabe à inteligência prática saber adaptar-se. A pandemia mundial parece dizer-nos que, se não soubermos adaptar-nos a viver na cadeia – que as medidas de segurança exigem –, arriscamo-nos a ser suas vítimas e a fazer mais vítimas, correndo o perigo de servirmos a morte até aos próprios amigos e familiares.
Na cadeia, dizia um prisioneiro, importa cultivar a saúde mental, a saúde espiritual e a saúde física. São medidas e artes para conquistar a liberdade no dia-a-dia do cativeiro, para não acabarmos derrotados quando se abrirem as portas da prisão.
Para a saúde espiritual, recorro a uma antífona da Liturgia das Horas, feita de pura serenidade: Salvai-nos, Senhor, quando velamos e guardai-nos quando dormimos, para estarmos vigilantes com Cristo e descansarmos em paz. É seguida de uma oração igualmente bela: Iluminai, Senhor, esta noite, concedei-nos um descanso tranquilo, para que, amanhã, nos levantemos em vosso nome e possamos contemplar alegres e felizes o nascer de um novo dia.
A religião não dispensa o bom senso. Importa resistir à demagogia e ao sadismo de certas vozes, especializadas em semear a confusão, para defender interesses que não coincidem com os da população mais carenciada.