quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O DIA MAIS...


madre teresa de calcutá - Pesquisa Google:

O dia mais belo: hoje
A coisa mais fácil: errar
O maior obstáculo: o medo
O maior erro: o abandono
A raiz de todos os males: o egoísmo
A distração mais bela: o trabalho
A pior derrota: o desânimo
Os melhores professores: as crianças
A primeira necessidade: comunicar-se
O que traz felicidade: ser útil aos demais
O pior defeito: o mau humor
A pessoa mais perigosa: a mentirosa
O pior sentimento: o rancor
O presente mais belo: o perdão
o mais imprescindível: o lar
A rota mais rápida: o caminho certo
A sensação mais agradável: a paz interior
A maior proteção efetiva: o sorriso
O maior remédio: o otimismo
A maior satisfação: o dever cumprido
A força mais potente do mundo: a fé
As pessoas mais necessárias: os pais
A mais bela de todas as coisas: O AMOR!


Madre Teresa de Calcutá

Festa de Natal

Reflexão de Georgino Rocha

Vamos ver o que aconteceu

os pastores de belem - Pesquisa Google:

A atitude dos pastores 
é indicativa do proceder cristão


A atitude dos pastores de Belém é exemplar. Lucas destaca a sua figura no acontecimento que envolve o nascimento de Jesus e no primeiro anúncio do que havia acontecido. A eles se juntam outras vozes que difundem a feliz notícia, louvando as glórias de Deus que se espelham na paz entre os homens de boa vontade. A partir deste núcleo central, as ondas de transmissão chegam longe no espaço e no tempo, alcançando o nosso coração e fazendo-o estremecer de alegria. É Natal! Vamos ver o que aconteceu.
A escolha de Lucas é indicativa da preferência de Deus pelos desconsiderados da sociedade. Belém, apesar do seu simbolismo histórico, é uma pequena aldeia. Os pastores, pela sua condição social, são uns excluídos remetidos ao campo de pastagens do rebanho. A cena envolvente do nascimento, a começar pelo curral onde se albergam os ilustres desconhecidos da gente grada daquela terra, é de extrema pobreza: um recém-nascido, envolto em panos, deitado numa manjedoura, contemplado por Maria com olhos de ternura e admirado por José em silêncio fecundo de dedicação amorosa. Sem mais nada.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

“Pássaro de Seda” — Um espaço de bom gosto

Maria João, à esquerda, com uma colaboradora

O prometido é devido. Havia garantido à Maria João Cravo, do “Pássaro de Seda”, que um dia passaria pelo seu espaço de arte e bom gosto, na Rua Direita, em Aveiro. Tardei na visita, mas hoje aconteceu graças ao convite do meu filho Fernando, que me arrancou da sesta para o acompanhar. Aceitei o desafio com a condição de entrar, em primeiro lugar, no “Pássaro de Seda”. Assim foi.
Confesso que não fiquei surpreendido pelo ambiente acolhedor com que a Maria João Cravo recebe quem entra na sua loja. Tem um sorriso que cativa os eventuais compradores das suas belas criações, já com projeção para além fronteiras. Vários prémios fazem parte do seu currículo, porque não se fica pelo artesanato quantas vezes sem expressão. 
A Maria João, contudo, sabe que um espaço destinado ao público dos nossos tempos, exigente e sabedor do que quer, não pode limitar-se a um tipo restrito de oferta. «Ter peças só minhas é dar um tiro no pé», disse. E acrescentou: «Na minha loja há várias marcas, todas portuguesas, porque assumi isto como ponto de honra.» E não faltam produtos biológicos para os mais exigentes.
Olhei à minha volta. O espaço não é muito grande, mas dá para perceber que existe sensibilidade na oferta. 

Conto de Natal — Nicholas

Conto de Maria Donzília Almeida




Do Santa Claus, herdara o nome e a destreza física. O primeiro deslizava pelas planícies geladas da Lapónia, num trenó puxado por renas amestradas, numa correria expresso, para entregar as prendas a tempo e horas. O segundo fazia piruetas e cavalos com a sua bicicleta, na rua onde morava, para expandir o excesso de energia que o dominava.
Era vê-lo correr, com o rabito levantado, do selim, ou exibir o seu talento de malabarista, levantando a roda da frente, tal qual garboso cavalo, arqueando as patas dianteiras.
Nicholas era um adolescente cheio de vivacidade, com os fartos cabelos louros, caindo-lhe em anéis sobre os ombros, ou presos atrás, em rabo-de-cavalo, com ar desafiador perante a vida e muita contestação reprimida.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Notícias boas e notícia triste

Conceição Serrão - Uma colega amiga já nos deixou 


Conceição Serrão
Talvez pela quadra que estamos a viver somos mais sensíveis às boas e más notícias. A nossa memória abre-nos portas para vários quadrantes e deles chegam-nos pessoas com quem convivemos e que nos marcaram por muitas e diversas razões. Ninguém fugirá a isto. 
As boas notícias acontecem felizmente a cada esquina, sobretudo quando me cruzo com amigos que não vejo há muito tempo. Uma família que se apressava para se aproximar de mim interpelou-me no momento próprio para saber como tenho passado. Percebi a amizade estampada no rosto deles. No dia seguinte, um carro de matrícula estrangeira travou rápido e dele saiu um adulto que quis confirmar se não estava engado. E sorriu feliz quando me identifiquei. Acabei por reconhecer um antigo aluno de há uns 30 anos. Outros casos semelhantes emolduraram os meus dias de gratas recordações. Não me considero um nostálgico, mas sinto-me agradado com vivências que jamais olvidarei.
pela positiva: CONFIA EM DEUS E FAZ O QUE PODES:
Flores para  D. Conceição Serrão
Vinha com estas evocações da minha já longa vida de mais de três quartos de século quando me ocorreu um hábito que cultivei com uma colega e amiga. Todos os anos, no dia 24 de novembro, ela costumava telefonar-me para me saudar pelo meu aniversário; o mesmo fazia eu no dia 22 de dezembro, data em que ela celebrava a sua vinda ao mundo em Viseu. 
Estranhando o facto de não ter recebido o seu telefonema, talvez por me ter ausentado umas horas, hoje tive um toque premonitório, porque amanhã teria de cumprir o ritual. O que terá acontecido à professora Conceição Serrão para  não me telefonar?
Mal cheguei a casa, liguei-lhe. Nem telefone fixo nem telemóvel deram sinais da sua voz caraterística.
Ocorreu-me que talvez estivesse a residir na Associação de Solidariedade Social dos Professores por força da idade e de alguns achaques. Em contacto com esta associação, recebi a triste notícia do seu falecimento há pouco tempo e de forma inesperada. Paz à sua alma. 

Vontade indomável

"A força não provém da capacidade física 
e sim de uma vontade indomável.”

Mahatma Gandhi


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Um poema de David Mourão-Ferreira

presépios - Pesquisa Google:


Ladainha dos Póstumos Natais

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito

David Mourão-Ferreira,

em 'Cancioneiro de Natal'

Escritores e a Ria de Aveiro — 9



«A Ria entende-se em canais, em esteiros, em valas, em fiozinhos de água, dividindo-se e subdividindo-se até ao capilar, entrando pela terra dentro, recortando-a e irrigando-a de água salgada, ou, pelo menos, salobra, e que se vai adocicando à medida que foge do mar e se estende, por aí fora, a servir de espelho a uma lavoura anfíbia que lança a semente ao chão e penteia o fundo lodoso das cales, que surriba terra até sentir os pés encharcados e pesca pimpões nas valas intercalares nos fugidios momentos de lazer.
Os longes de água são emoldurados por um debrum delgadinho – topo de planície raso povoada de casas alapadas – e tem-se a sugestão de que a terra se envergonha e se humilha perante a imensidade da laguna, esfumando-se e diluindo-se no horizonte de encontro ao perfil violeta dos montes das distância...
(…)

Frederico de Moura
"Aveiro e o seu Distrito", n.º 5, junho de 1968

domingo, 20 de dezembro de 2015

Celebrar o Natal para quê?

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO


presépios - Pesquisa Google:

«Fazer família com quem não é da família 
é continuar a revolução de Jesus de Nazaré, 
do mundo todo.»

1. Se Jesus existiu como realidade histórica – e raros são os que se atrevem a negar - é normal que tenha nascido. Quem reconhecer nele a condição humana no seu ponto mais belo, luminoso e humilhado, é justo que celebre este acontecimento.
As datas e os lugares elaborados para as festas, os cenários, as lendas e os mitos compostos pelas narrativas de S. Mateus e de S. Lucas (sem contar com os apócrifos) reflectem perspectivas teológicas e messiânicas diferentes. Nesses exercícios de antecipação para a infância da missão que apenas se manifestou na vida adulta de Jesus, os seus autores serviram-se dos materiais da cultura ambiente para reconfigurarem uma convicção: com Jesus, o evangelho da paz e da alegria de Deus incarnou na fragilidade humana. A salvação não está na fuga do mundo, mas na sua transformação, a partir das periferias mais condenadas. Como sempre, nas narrativas do Novo Testamento parece que tudo já estava previsto no Antigo, mas é sempre para introduzir o imprevisível.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Natal: a revolução

Crónica de Anselmo Borges no DN

pela positiva: NATAL - 14:
Repouso na fuga para o Egipto - Gerard David.
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa


"Tive fome, sede, estava nu, 
na cadeia, no hospital, 
e destes-me de comer, 
de beber, vestistes-me, 
fostes ver-me..."


1- Jesus Cristo é figura "decisiva, determinante" da História da Humanidade. Quem o disse foi um dos grandes filósofos do século XX, Karl Jaspers. A pergunta é: porquê?
Crentes ou não, cristãos ou não, têm de reconhecer a Wirkungsgeschichte de Jesus, isto é, a história dos efeitos ou das repercussões, assombrosamente humana e positiva, de Jesus na História. Por exemplo, o próprio conceito de "pessoa" veio ao mundo por influência do cristianismo, por causa dos debates à volta da tentativa de compreender a pessoa de Jesus. Foi em solo de base cristã que, embora tenham tido de impor-se contra a Igreja oficial, se deram as grandes Declarações dos Direitos Humanos.
Isso é reconhecido por grandes pensadores, inclusive não crentes. Hegel afirmou que foi pelo cristianismo que se tomou consciência de que todos são livres. Ernst Bloch, marxista heterodoxo e ateu, escreveu que é ao cristianismo que se deve a exigência de que nenhum ser humano pode ser tratado como "gado". Jürgen Habermas, agnóstico, afirma que a democracia, com "um homem um voto", é a transposição para a política da afirmação cristã de que Deus se relaciona pessoalmente com cada homem e mulher. Frederico Lourenço - para citar um português -, que se confessa ex-católico, agnóstico, escreve: "Não tenho nenhum problema em afirmar que, pessoalmente, considero Jesus de Nazaré a figura mais admirável de toda a história da Humanidade", Jesus foi "o homem mais extraordinário que alguma vez viveu".