quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Escolher a felicidade

«Nem paz nem felicidade se recebem dos outros nem aos outros se dão. Está-se aqui tão sozinho como no nascer e no morrer; como de um modo geral no viver, em que a única companhia possível é a daquele Deus a um tempo imanente e transcendente e a dos que neles estão, a de seus santos.»

Agostinho da Silva


Jubileu Extraordinário da Misericórdia

Da Carta Pastoral do Bispo de Aveiro, 
D. António Moiteiro

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«Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia». Esta misericórdia de Deus para cada um de nós introduz-nos no dinamismo do perdão e da reconciliação com o próprio Deus e, sobretudo, com o irmão. A pessoa movida por misericórdia reconhece e sente a sua própria fragilidade e pequenez, sendo ela mesma sinal de misericórdia. Para fazermos emergir Jesus como o rosto misericordioso de Deus Pai, temos de agir do mesmo modo, deixar-nos imbuir da sua palavra e agir em conformidade com ela.
(...)
O Papa Francisco pede-nos que redescubramos e ponhamos em prática, na catequese e na pastoral das nossas comunidades cristãs, as obras de misericórdia. «É meu vivo desejo que o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina.

Ler toda a Carta Pastoral 

Poema de Miguel Torga: Último Natal

A Virgem Gloriosa e as Sibilas
 - Livro de Horas da Duquesa de Borgonha.
 Museu Condé, Chantilly

ÚLTIMO NATAL

Menino Jesus, que nasces
Quando eu morro,
E trazes a paz
Que não levo,
O poema que te devo
Desde que te aninhei
No entendimento,
E nunca te paguei
A contento
Da devoção
Mal entoado,
Aqui te fica mais uma vez
Aos pés,
Como um tição
Apagado,
Sem calor que os aqueça,
Com ele me desobrigo e desengano:
És divino, e eu sou humano,
Não há poesia em mim que te mereça.

Miguel Torga 



In "POESIA COMPLETA". 
Este poema foi escrito em 24 de Dezembro de 1990,

Posse dos Conselhos Económico e Pastoral


Na terça-feira, 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, padroeira de Portugal, na eucaristia das 11.15 horas, celebrada na igreja matriz, realizou-se a tomada de posse dos Conselhos Económico e Pastoral, que vão ser presididos pelo nosso pároco, Padre César Fernandes, para o triénio de 2015 a 2018. Depois da leitura da ata, que transcreve os decretos de nomeação do Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, com data de 3 de novembro, os membros dos referidos conselhos assinaram a posse, aceitando cumprir a legislação em vigor na Diocese de Aveiro, em sintonia com as normas da Igreja Católica. 
Na altura, o Padre César Fernandes agradeceu a disponibilidade de todos e lembrou que «as decisões que vierem a ser tomadas nunca serão em nome pessoal, mas sim em nome dos paroquianos que representam». 
O Conselho Económico passa a ser assim constituído: Presidente: Padre César Fernandes; Secretária: Custódia Caçoilo Bola; Tesoureiro: João Alberto Lopes Bola; Vogais: Manuel Maria Nunes Sardo e Paulo José Costa Martinho. 
O Conselho Pastoral fica com a seguinte constituição: Presidente: Padre César Fernandes; Vigário Paroquial: Padre Pedro José Lopes Correia; Secretária: Sofia Inês Caçoilo Querido; Vogais: Diácono Manuel Joaquim Pedroso Simões; Manuel Joaquim Almeida Pina; Maria de Lourdes Ferreira Faustino Almeida; José Augusto Teixeira Rocha; Rosa Cova da Silva Fidalgo Cravo; Pedro Manuel Vilarinho Fidalgo; Jeremias Ribau Teixeira; Carlos Manuel Sardo Santos; Francisco António da Silva Caseiro; Manuel Garcia Lopes Mendes Serra; Rosa Cordeiro Casqueira Neves; Joana Raquel Rodrigues Pontes; Ricardo Daniel Ramos Mendes; Custódia Lopes Caçoilo Rocha Bola; João Alberto Lopes Bola; Manuel Maria Nunes Sardo e Paulo José Costa Martinho. 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

GDG no pódio da ADREP

Miriam Silva em primeiro na Palhaça

Miriam Silva (1.ª)
Infantis Femininas  (2.º)

Miriam Silva subiu ao lugar mais alto do pódio, no Grande Prémio de Atletismo da Palhaça, que teve lugar no último domingo, naquela vila do Concelho de Oliveira do Bairro.
Percorreu os 400m em 1’16, com uma vantagem de 10 segundos para a segunda classificada, o que lhe valeu o prémio mais apetecido na prova do seu escalão. Tal desempenho deu direito ao segundo lugar por equipas, 13 pontos amealhados com o concurso das atletas Miriam Silva e Leonor Silva, que cortou a meta após 40 segundos.
O GDG trouxe mais uma taça de 2º lugar por equipas, desta vez no escalão de Infantis Femininos, graças ao desempenho das atletas Beatriz Correia, Carina Marabuto, Joana Ramos e Mara Nunes. 
Os atletas foram acompanhados pelos treinadores Vítor Carlos, João e Juvenal Magueta, que alinharam nos 8100m da prova principal, juntamente com Paulo Almeida, todos no escalão de veteranos. 

Hélder Ramos

Nota: Os meus parabéns às atletas do GDG. 

“Nos Mares da Memória” — Realização de Rui Bela - 1

Um  filme que retrata 
a saga dos bacalhaus 
através dos séculos 

Um aspeto da sessão (foto cedida por Rui Bela)

No Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), foi apresentado em sessão de estreia, no dia 11 de dezembro, pelas 21.30 horas, o filme “Nos Mares da Memória”, com realização de Rui Bela e guião de Senos da Fonseca, sobre a história da pesca do bacalhau. Como seria de esperar, o auditório estava repleto, notoriamente pelo grande interesse que o assunto desperta nos ílhavos, e não só.
Na apresentação, Rui Bela frisou que este seu trabalho surge 26 anos depois de ter realizado o documentário “À Glória Desta Faina”, que «impulsionou a ideia de se criar um setor sobre a pesca à linha no MMI». 
«Se Portugal tivesse que enumerar alguns dos seus feitos mais gloriosos, a descoberta dos mares gelados da Terra Nova e da Gronelândia e a pesca do bacalhau no século XV seriam seguramente dois deles», referiu. E acrescentou que, ao longo de cinco séculos de história, «os portugueses levaram mais longe o conhecimento nas artes da navegação e da pesca».
Rui Bela garantiu que os portugueses foram «os primeiros colonizadores dessas terras tão longínquas», onde «deixaram marcas profundas na cultura local», e salientou a inovação na construção naval, «considerada a melhor por exímios navegadores».

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Homenagem a Iyengar

Crónica de Maria Donzília Almeida 

 «O yoga também favorece 
a longevidade»


Como sou fã e praticante, decidi prestar homenagem a um dos gurus desta filosofia de vida.
Esta segunda-feira, 14 de dezembro, será um grande dia para os praticantes de yoga em todo esse vasto mundo. 
Hoje, o fundador do Iyengar yoga é celebrado pela Google, através de um doodle engraçado, onde uma animação de B. K. S. Iyengar aparece fazendo os exercícios característicos da sua disciplina. Os doodles são logótipos passageiros da Google, criados para celebrar aniversários de pessoas importantes ou eventos que marcaram a história da humanidade.
Bellur Krishnamachar Sundararaja Iyengar nasceu no dia 14 de dezembro de 1918, no pós-guerra e enfrentou uma infância muito difícil, padecendo de diversas doenças como tuberculose, malária e febre tifoide. Encontrou no yoga uma espécie de escudo protetor espiritual. O seu guru foi o memorável Sri T. Krishnamacharya. 

Das minhas memórias para este Natal

O nosso Menino Jesus 

A recordação que hoje publico em Memórias Soltas vem de há décadas. A estória verídica, salpicada com um pouco de ficção, nunca me deixou, ocupando um recanto especial do meu coração. Já não vejo o Américo nem sei há quantos anos, mas o seu rosto envelhecido, não pela idade mas pelas agruras da vida, jamais me abandonou. Emigrou para a Alemanha, graças a um amigo meu já falecido, de onde veio um dia, pelo Natal, para me visitar e agradecer o pouco que por ele fiz. 
Onde quer que ele esteja, daqui lhe envio um abraço de muita amizade, na certeza de que o Menino-Deus o há de proteger sem o repreender por ter sete filhos.

domingo, 13 de dezembro de 2015

32.º aniversário do Etnográfico da Gafanha da Nazaré

Presidente da Câmara de Ílhavo anuncia: 

Festa do Marisco na Costa Nova | agosto
Grandes Veleiros |7 a 9 de agosto 
Festival do Bacalhau |17 a 21 de agosto 
Casa da Música | primeiro trimestre de 2017

Carlos Silva, Ferreira da Silva e Helena Sardo 
Num restaurante da nossa terra, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) celebrou, no sábado, 12,  o seu 32.º aniversário, em espírito natalício,  com dezenas de convivas, entre dirigentes, entidades oficiais, representante da Federação do Folclore Português, membros e colaboradores, sem faltarem os amigos, alguns desde a primeira hora. 
Alfredo Ferreira da Silva, fundador e dirigente do grupo, depois de saudar as entidades presentes, elogiou a generosidade Adelino Vieira, mais conhecido por Adelino Palão, mestre do barco “Jesus nas Oliveiras”, que todos os anos se prontifica para transportar o andor de Nossa Senhora dos Navegantes na já célebre procissão pela Ria de Aveiro. 
Aquele dirigente teve ainda uma palavra de agradecimento à Junta de Freguesia, representada pelo seu presidente, Carlos Rocha, pela disponibilidade com que colabora com a instituição, dizendo que «nem só dar dinheiro é ajudar o grupo». «Muito importante é pôr à nossa  disposição os trabalhadores e os equipamentos para tarefas ligadas aos festivais», disse. 
Dirigindo-se ao representante da Federação, António Amador, manifestou o desejo de que o GEGN continue a merecer o apoio do conselho técnico da federação, corrigindo o que for de corrigir e mantendo as melhores relações. Adiantou que, se este ano foi de muito trabalho, o próximo exigirá muito mais dedicação de todos. 

Lurdes Matias, Padre César e Carlos Rocha

António Amador afirmou que «não vê razão nenhuma para que as relações não sejam boas», até porque o GEGN tem um elemento seu, Acácio Nunes,  no conselho da federação. «Não íamos ter no conselho técnico um elemento de um grupo que não tivesse valor», frisou. Referiu que «a gente do folclore não sabe fazer outra coisa se não trabalhar por amor à camisola».
O presidente da autarquia da Gafanha da Nazaré, Carlos Rocha, sublinhou que é obrigação da junta «estar ao lado das associações», na medida das suas possibilidades, garantindo que «a sua missão é servir».
O pároco da nossa terra, Padre César, que se apresentou como «um cantor por natureza», confessou que aprecia «com muita intensidade e muito carinho» o trabalho que o Grupo Etnográfico está a fazer, prometendo que nunca lhe negará o seu apoio e o da Igreja, «naquilo que ela puder prestar».

Fernando Caçoilo
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), dirigiu palavras de parabéns ao GEGN, enquanto aproveitou a ocasião para informar que o Festival do Bacalhau terá lugar no Jardim Oudinot, 17 a 21 de agosto. Será um período «particularmente complicado», porque haverá também o Festival do Marisco, na Costa Nova, e a visita dos Grandes Veleiros ao nosso porto, 7 a 9 de referido mês, «o que implica uma operação logística complicada e difícil, sendo necessário conciliar todas estas ações que mobilizam muita agente». 
Referindo-se à Casa da Música, o autarca ilhavense garantiu que esse espaço tem «mexido na atividade de todos nós», salientando que o concurso de reconstrução e adaptação já foi aprovado na CMI. Trata-se de uma obra de mais de 650 mil euros, esperando, contudo, que os construtores deem um valor mais baixo, para que «no primeiro trimestre de 2017 possamos fazer lá uma grande festa».

Fernando Martins

A alegria não pode esperar

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO

«O Papa Francisco, goste-se ou não, 
é a convocatória para uma Igreja muito outra, 
para um mundo muito diferente.»

1. Voltaram, este ano, a perguntar-me a data do nascimento de Jesus. Nestas crónicas, dei, várias vezes, para esse peditório. Já recebemos das investigações dos historiadores e dos exegetas do Novo Testamento todos os dados da questão. No entanto, ano após ano, os meios de comunicação social apresentam, como se fosse a novidade de última hora, ocultada pelas igrejas, a grande revelação: Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro e, do seu nascimento, não se sabe nem o ano nem o dia. 
Acerca do Natal - como verdade, lenda e mito - remeto para a grande obra do rigoroso exegeta açoriano, A. Cunha de Oliveira [1].
Para os interessados, deixo aqui o resumo e a reflexão hermenêutica do grande historiador Gerd Theissen, ao concluir o seu cuidadoso estudo da estrutura cronológica da vida de Jesus [2]: Jesus nasceu antes da morte de Herodes I, isto é, entre 6/4 a.C..