domingo, 13 de dezembro de 2015

32.º aniversário do Etnográfico da Gafanha da Nazaré

Presidente da Câmara de Ílhavo anuncia: 

Festa do Marisco na Costa Nova | agosto
Grandes Veleiros |7 a 9 de agosto 
Festival do Bacalhau |17 a 21 de agosto 
Casa da Música | primeiro trimestre de 2017

Carlos Silva, Ferreira da Silva e Helena Sardo 
Num restaurante da nossa terra, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) celebrou, no sábado, 12,  o seu 32.º aniversário, em espírito natalício,  com dezenas de convivas, entre dirigentes, entidades oficiais, representante da Federação do Folclore Português, membros e colaboradores, sem faltarem os amigos, alguns desde a primeira hora. 
Alfredo Ferreira da Silva, fundador e dirigente do grupo, depois de saudar as entidades presentes, elogiou a generosidade Adelino Vieira, mais conhecido por Adelino Palão, mestre do barco “Jesus nas Oliveiras”, que todos os anos se prontifica para transportar o andor de Nossa Senhora dos Navegantes na já célebre procissão pela Ria de Aveiro. 
Aquele dirigente teve ainda uma palavra de agradecimento à Junta de Freguesia, representada pelo seu presidente, Carlos Rocha, pela disponibilidade com que colabora com a instituição, dizendo que «nem só dar dinheiro é ajudar o grupo». «Muito importante é pôr à nossa  disposição os trabalhadores e os equipamentos para tarefas ligadas aos festivais», disse. 
Dirigindo-se ao representante da Federação, António Amador, manifestou o desejo de que o GEGN continue a merecer o apoio do conselho técnico da federação, corrigindo o que for de corrigir e mantendo as melhores relações. Adiantou que, se este ano foi de muito trabalho, o próximo exigirá muito mais dedicação de todos. 

Lurdes Matias, Padre César e Carlos Rocha

António Amador afirmou que «não vê razão nenhuma para que as relações não sejam boas», até porque o GEGN tem um elemento seu, Acácio Nunes,  no conselho da federação. «Não íamos ter no conselho técnico um elemento de um grupo que não tivesse valor», frisou. Referiu que «a gente do folclore não sabe fazer outra coisa se não trabalhar por amor à camisola».
O presidente da autarquia da Gafanha da Nazaré, Carlos Rocha, sublinhou que é obrigação da junta «estar ao lado das associações», na medida das suas possibilidades, garantindo que «a sua missão é servir».
O pároco da nossa terra, Padre César, que se apresentou como «um cantor por natureza», confessou que aprecia «com muita intensidade e muito carinho» o trabalho que o Grupo Etnográfico está a fazer, prometendo que nunca lhe negará o seu apoio e o da Igreja, «naquilo que ela puder prestar».

Fernando Caçoilo
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), dirigiu palavras de parabéns ao GEGN, enquanto aproveitou a ocasião para informar que o Festival do Bacalhau terá lugar no Jardim Oudinot, 17 a 21 de agosto. Será um período «particularmente complicado», porque haverá também o Festival do Marisco, na Costa Nova, e a visita dos Grandes Veleiros ao nosso porto, 7 a 9 de referido mês, «o que implica uma operação logística complicada e difícil, sendo necessário conciliar todas estas ações que mobilizam muita agente». 
Referindo-se à Casa da Música, o autarca ilhavense garantiu que esse espaço tem «mexido na atividade de todos nós», salientando que o concurso de reconstrução e adaptação já foi aprovado na CMI. Trata-se de uma obra de mais de 650 mil euros, esperando, contudo, que os construtores deem um valor mais baixo, para que «no primeiro trimestre de 2017 possamos fazer lá uma grande festa».

Fernando Martins

A alegria não pode esperar

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO

«O Papa Francisco, goste-se ou não, 
é a convocatória para uma Igreja muito outra, 
para um mundo muito diferente.»

1. Voltaram, este ano, a perguntar-me a data do nascimento de Jesus. Nestas crónicas, dei, várias vezes, para esse peditório. Já recebemos das investigações dos historiadores e dos exegetas do Novo Testamento todos os dados da questão. No entanto, ano após ano, os meios de comunicação social apresentam, como se fosse a novidade de última hora, ocultada pelas igrejas, a grande revelação: Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro e, do seu nascimento, não se sabe nem o ano nem o dia. 
Acerca do Natal - como verdade, lenda e mito - remeto para a grande obra do rigoroso exegeta açoriano, A. Cunha de Oliveira [1].
Para os interessados, deixo aqui o resumo e a reflexão hermenêutica do grande historiador Gerd Theissen, ao concluir o seu cuidadoso estudo da estrutura cronológica da vida de Jesus [2]: Jesus nasceu antes da morte de Herodes I, isto é, entre 6/4 a.C..

sábado, 12 de dezembro de 2015

Lar Nossa Senhora da Nazaré em almoço de Natal

Padre César na entrega das lembranças
O nosso prior, Padre César Fernandes, no almoço de Natal do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Nazaré, marca o momento festivo com um gesto tão próprio desta época natalícia da entrega de lembranças aos funcionários da instituição. Este ato de generosidade, vivenciado por todos  através do jogo “amigo invisível”, proporcionou mais fraternidade entre os que contribuem para a boa harmonia e sentido de serviço aos outros, no  dia a dia do  lar que cuida de muitos idosos da nossa terra e não só.

Allahu Akbar

Crónica de Anselmo Borges 


«A verdade das religiões 
afirma-se na prática, 
no combate pela dignidade, 
justiça, direitos humanos»


1 Era uma viagem de altíssimo risco, que muitos desaconselharam. Mas Francisco achava ser seu dever visitar a África, o continente pobre. E foi ao Quénia, ao Uganda, à República Centro Africana, recusando colete à prova de bala e papamóvel blindado. Tinha mensagens essenciais para entregar: a denúncia do abismo entre a riqueza e a miséria; plantar uma árvore, num gesto simples, mas carregado de significado: "a mudança climática é um problema global" e exige "um novo estilo cultural": "frente à "cultura do descarte, "a cultura do cuidado"; sobretudo, apelar ao diálogo ecuménico e inter-religioso, que "não é um luxo, algo opcional, mas algo essencial" em ordem à paz. Na mesquita central de Bangui, recordou que cristãos e muçulmanos são "irmãos": "Juntos, digamos "não" ao ódio, à vingança, à violência, em particular à que se comete em nome de Deus. Deus é paz, salam."

Conto de Natal

Gisela



Gisela entrara melancólica. Na entrada geral, ao lado do jardim da Escola, um presépio em madeira, com figuras em tamanho natural, anunciava a quadra que se avizinhava. De longe vinham uns acordes suaves, confirmando o clima que se vivia - o Natal.
No átrio da Escola, a decoração era exuberante. Vitrais multicores e duma grande subtileza de formas, ornamentavam a portada principal. Do lado esquerdo, erguendo-se por entre fitinhas douradas e plissados coloridos, surgia o primeiro pinheirinho de Natal, que servia de cenário aos bonecos de neve, gigantes e apelativos. Tão fofos, tão grandes e simultaneamente tão acolhedores.
Gisela teve o seu primeiro choque. Tanta luz, tanta cor, tanto empenho humano, a contrastar com o cinzento-escuro de que se vestia a sua alma. E veio-lhe, à memória, a família que ficara em casa. O Simão ficara ainda na cama, donde iria sair com a dificuldade de todos os dias, para ter a sua própria festa de Natal. Iria ter? Chegaria a integrar-se em alguma actividade? Teria algum entusiasmo pelo seu dia de festa?

JOÃO ANUNCIA A BOA NOTÍCIA AO POVO

Reflexão de Georgino Rocha

«João não indica como sinais 
de arrependimento as práticas religiosas 
cultuais, seja de que tipo forem, 
mas condutas pessoais que se entrelaçam
no tecido colectivo.»



Lucas transmite-nos esta alegre notícia como resumo da vida de João Baptista. É muito expressivo que a seguir à narração dos “muitos outros modos” de anúncio venha a denúncia da situação conjugal de Herodes, a prisão e decapitação de João, a sua retirada de cena e Jesus comece a ocupar “todo o palco” com o baptismo do Jordão e a declaração da sua dignidade de filho de Deus.
A paixão de João pelo bem do povo é constante. Ergue a voz e clama. Veste e come de modo singular. Usa linguagem fortemente interpelante. Afronta situações fraturantes. Provoca reacções contrastantes. E responde a quem lhe faz perguntas de emenda de vida desviada.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

No novo hotel da Vista Alegre eles penduram a loiça toda

A unidade inaugurou no dia 2 de novembro 
e fica ao lado da fábrica da Vista Alegre, 
que também pode espreitar na fotogaleria mais abaixo.

Hotel Montebelo Vista Alegre (Ver mais no Observador)

«Depois dos arquitetos, dos engenheiros e dos empreiteiros saírem, entraram eles. Pincéis na mão, tintas de várias cores, uma folha para servir de modelo à vista com desenhos de borboletas, flores, pássaros e cavalos. No dia em que a Vista Alegre decidiu abrir o seu primeiro hotel, meia dúzia de metros ao lado da fábrica de onde saem cerca de 65 mil porcelanas por dia, ficou claro: não ia ser preciso comprar quadros porque nas paredes — e por todo o lado — ficaria a loiça.
Já depois das porcelanas coladas, os artistas da secção de pintura foram chamados a dar os últimos retoques. E desde 2 de novembro, data oficial de abertura do novo hotel do grupo Visabeira, quem visita o Montebelo Vista Alegre, em Ílhavo, encontra figuras pinceladas que saltaram de travessas e pratos para as paredes, seja junto aos elevadores ou dentro dos quartos — até nos fraldários há loiças a servirem de decoração.»

Texto e foto do Observador

NOTA: Não haverá razões para passar lá uns dias, porque resido próximo, na Gafanha da Nazaré, mas entendo que uma obra deste género merece divulgação. Por aqui há, indiscutivelmente, arte a vários níveis. Esta divulgação é, no fundo, uma homenagem ao mérito. 

Bispo de Aveiro abre a Porta Santa da Sé

Local: Catedral de Aveiro. 
15:30 H – Concentração junto da Catedral. 
16:00 H – Rito de abertura da Porta Santa. 
– Celebração da eucaristia


O Papa Francisco iniciou em 8 de dezembro (Solenidade da Imaculada Conceição), em Roma, o Ano Santo da Misericórdia, e no domingo seguinte o mesmo vai acontecer em todas as Dioceses. 
A nossa Diocese vai abrir a Porta Santa da Catedral de Aveiro no domingo, dia 13, às 16 H, em sintonia com o programa diocesano de pastoral para o próximo triénio, cujo lema é “Igreja de Aveiro, vive a alegria da misericórdia”, informa o nosso Bispo, D. António Moiteiro, em nota enviada a todos os diocesanos.
Diz o prelado aveirense que «A ‘porta’ é símbolo de entrada e saída: de entrada, enquanto expressão de querer integrar uma comunidade que anuncia, celebra e vive a sua fé; e de saída, enquanto nos abre ao mundo, espaço onde o cristão deve testemunhar a sua fé e construir uma sociedade nova». 
Refere no nosso bispo que «Jesus, no discurso das bem-aventuranças, exorta os ouvintes a serem misericordiosos tal como Deus Pai é misericordioso». «Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso», sendo este um «desafio e o programa de vida proposto a todos para este ano jubilar». E acrescenta: «Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”.»

Fonte: Diocese de Aveiro