domingo, 4 de outubro de 2015

Papa Francisco, incarnação do novo humanismo

Crónica de Frei Bento Domingues 


«O Papa Francisco incarna, 
no mundo de hoje,
o humanismo libertador
 de Jesus Cristo»

1. Julia Kristeva, de pais cristãos, nasceu na Bulgária, em 1941, onde frequentou a escola dominicana francesa. Depois de uma pós-graduação na Universidade de Sofia, aos 24 anos, foi para Paris.
Uma carreira brilhante fez dela uma professora de várias universidades e uma figura cultural multifacetada: filósofa, semióloga, psicanalista, romancista. Doutora honoris causa de Harvard e prémio internacional Holberg, equivalente ao Nobel para as ciências humanas apaixonou-se por uma espanhola do século XVI, Santa Teresa de Avila.
Que poderiam ter a dizer-se uma psicanalista e uma santa católica? A resposta surgiu num romance de 750 páginas [1]. Mais ainda do que um romance, dizem os críticos, é “um tratado de vulcanologia sobre a alma de fogo da santa espanhola”.
Casada há 48 anos com Philippe Sollers, nesta época de mexericos sobre divórcios, ousou escrever uma narrativa autobiográfica: “Do casamento como uma das belas-artes” [2].

Ares do outono — folhas das vinhas



OUTONO

Tarde pintada
Por não sei que pintor.
Nunca vi tanta cor
Tão colorida!
Se é de morte ou de vida,
Não é comigo.
Eu, simplesmente, digo
Que há tanta fantasia
Neste dia,
Que o mundo me parece
Vestido por ciganas adivinhas,
E que gosto de o ver, e me apetece
Ter folhas, como as vinhas.

Miguel Torga

In “DIÁRIO”, 1968





sábado, 3 de outubro de 2015

Silêncio...


«No silêncio talvez sejamos visitados por inspirações inesperadas e surpreendentes. Buscando ouvir sem interromper, sem gritar nem discutir, talvez brote de nosso interior um caminho ou uma opção que não havíamos antes cogitado»

Li aqui


Já não dava conta do recado



Com alguns anos ligado ao jornalismo e à blogosfera, dei comigo a pensar que já não dava conta do recado, por tão dispersos estarem os meus escrito em jornais, revistas e outras publicações. Muitos que agora tenho encontrado, perdidos por aqui e por ali, nem deles me lembrava, mas a minha assinatura e o meu estilo, pobre que é, apesar de tudo, atestam a minha autoria.
No meu Pela Positiva continuarei com reações ao dia a dia. No Memórias Soltas ficarão registos de vivências e recordações e no Ponte da Cambeia terão lugar entrevistas e outros escritos elaborados ao longo do tempo por razões variadas. Aos meus amigos e leitores agradeço a compreensão e habitual simpatia.

Ilumina-o ou elimina-o

Crónica de Anselmo Borges 

"Deus quer que todos os seus filhos 
participem na festa do Evangelho"

Papa Francisco


1. O Papa Francisco terminou no domingo passado uma visita triunfal a Cuba, aos Estados Unidos e à ONU. E qualquer pessoa atenta pergunta que magnetismo tem este homem para arrastar multidões, os jovens o escutarem, os políticos prestarem atenção, também os não crentes ficarem atentos. O que move este homem de 78 anos, com pulmão e meio, sofrendo de ciática e problemas num joelho, e que em oito dias correu cidades, presidiu a um sem-número de celebrações, encontrou grupos tão diferentes, pronunciou 24 discursos, para todos teve uma palavra encantatória, sem procurar honra e glória para si, até porque sabe, como disse à rádio Renascença, que "Jesus também era muito popular e acabou como acabou"? Tornou-se o principal líder moral planetário. Porquê? Obama viu bem, quando o chamou "imperador da paz" e observou: "O senhor é o exemplo vivo dos ensinamentos de Jesus."

Unidos por Deus em matrimónio

Uma reflexão semanal de Georgino Rocha

Georgino Rocha
«O Papa Francisco  vai reflectir 
sobre a beleza do matrimónio e da família, 
sem esquecer as realidades actuais 
em que muitas vivem»


“Estais unidos por Deus em matrimónio”, declara o oficiante da celebração dirigindo-se aos noivos, agora recém-casados. E o coração exulta de alegria e confiança, manifestando-se de tantos modos, sendo visível o ar de festa de todos os participantes. A assembleia de familiares e amigos testemunha, feliz, o evento religioso de forte cariz social. Testemunha e solidariza-se, expressando o seu desejo de que “seja para sempre” a aliança agora selada por Deus, após o mútuo e livre consentimento dos nubentes. E o rito conclui-se com a afirmação do presidente: “Não separe o homem o que Deus uniu”.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Votar no domingo, pois claro

Estou tão saturado da conversa política que nem me apetecia lembrar que visitar as urnas para nelas descarregarmos as nossas obrigações, tristezas, alegrias e sonhos é um direito e um dever. Mas, vá lá, votem para descargo de consciência.

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