quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O mais antigo templo das Gafanhas



A Capela de Nossa Senhora dos Navegantes 
completa 150 anos de existência 



Em 3 de dezembro de 1863, completam-se agora 150 anos, deu-se início no Forte da Barra à construção da capela de Nossa Senhora dos Navegantes, conforme escreve o Padre João Vieira Resende no seu livro “Monografia da Gafanha”. Diz o primeiro prior da Gafanha da Encarnação que as obras decorreram «sob a direção do engenheiro Silvério Pereira da Silva, a expensas dos Pilotos da Barra, sendo então piloto-mor um tal senhor Sousa». 
As obras importaram 400 mil reis e na parede, refere o Padre Resende, tem uma lápide que diz “Património do Estado”, acrescentando: «Há de interessante e invulgar nesta capela as suas paredes ameadas e a ombreira da porta principal, de pedra de Ançã, lavrada em espiral com arco de ogiva. Celebra-se a sua festa na última segunda-feira de setembro com enorme concorrência de forasteiros das Gafanhas, de Ílhavo, Aveiro e Bairrada. Nesse dia, Aveiro é um deserto por se terem deslocado para ali muitos dos seus habitantes. A procissão ao sair do templo segue por sobre o molhe da Barra e regressa pela estrada do sul que vem do Farol. A festa é promovida pela Junta Autónoma da Barra.»
A Capela do Forte da Barra foi reconstruída em 1996, mantendo-se ainda ao culto a cargo da paróquia da Gafanha da Nazaré. Antes da reconstrução e mesmo depois celebrava-se a eucaristia vespertina, quer para os residentes, quer para os demais gafanhões, que nutriam, certamente, alguma devoção por Nossa Senhora dos Navegantes. 

Fernando Martins

NOTAS: 

1.Tenho estado a averiguar quem é o «tal senhor Sousa», que era ao tempo piloto-mor da Barra. Quem souber, pode dar-me uma ajuda,  para eu evitar algum esforço nas pesquisas;

2. No dia 3 de dezembro, se Deus quiser, passarei por lá, em jeito de homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes, ao tal piloto-mor e a quem contribuiu para a sua construção e manutenção;

3. Permitam-me que evoque o senhor Germano e sua família, que durante muitos anos cuidaram da capela. Certamente, outros o fizeram, mas julgo que não há registos. Se conheceram alguém que desempenhou essa tarefa, seria interessante que mo comunicassem, para complementar estas notas. 



Sem alegria a Igreja desfigura o rosto de Cristo

A ALEGRIA DO EVANGELHO



O papa Francisco oferece à Igreja a exortação apostólica com o título de “A alegria do Evangelho”. Faz esta oferta na celebração final do Ano da Fé e entrega-a a representantes do povo de Deus na diversidade das suas situações e idades. De facto, o Evangelho é para todos.

O titulo da exortação prolonga e actualiza o estilo novo que João XIII inaugurou na 1.ª sessão do concílio Vaticano II e fica consignado na Gaudium et Spes – a constituição pastoral sobre a presença e acção da Igreja no mundo actual. Foi prosseguido por Paulo VI em várias circunstâncias, designadamente no documento sobre a alegria. Os seus sucessores continuaram esta senda. Realmente, sem alegria a Igreja desfigura o rosto de Cristo e os cristãos não vivem o espírito pascal. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Padre Miguel Lencastre já está no Brasil

Padre Miguel num registo do meu arquivo

Fui informado por uma sobrinha-neta do Padre Miguel Lencastre que o nosso querido amigo e antigo prior da Gafanha da Nazaré partiu para o Brasil, na companhia de outra sua sobrinha-neta, médica naquele país irmão, onde vai continuar a ser tratado da doença que o tem incomodado. Desejo, como todos os seus amigos, que o Padre Miguel se restabeleça, para continuar a entusiasmar-nos com o seu testemunho de fé. Também me informaram que já chegou ao Recife, mantendo-se otimista.




Exortação Apostólica do Papa Francisco



A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de os convidar para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos.

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Primeiro-ministro da Letónia demite-se


O primeiro-ministro da Letónia, Valdis Dombrovskis, demitiu-se nesta quarta-feira devido à derrocada do tecto de um supermercado em Riga. Morreram 54 pessoas.

“Tendo em conta a tragédia do supermercado e as suas circunstâncias, é preciso um governo que tenha uma maioria clara no Parlamento. Anuncio a minha demissão e assumo as responsabilidades políticas da tragédia”, disse Dombrovskis depois de uma reunião com o Presidente Andris Berzins. Foi a maior tragédia no país desde a independência da União Soviética, em 1991.



NOTA: Em Portugal, tal seria impensável. Nem que caísse o Carmo e a Trindade.


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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Uma boa reflexão de João César das Neves


Um povo ama intensamente as suas ilusões. Poucos querem saber a verdade acerca do que repetem com convicção sabendo, no fundo, ser falso. A sociedade moderna é aberta e tolerante, aceitando com bonomia multidões de heterodoxos e rebeldes. Mas revelar a realidade é intolerável, merecendo insulto e agressão, pois nada é tão repudiado como a voz da consciência.
A triste situação dos últimos anos é disso prova evidente. Portugal viveu décadas de grandezas a crédito, que só podia acabar numa crise terrível. Agora, quando a inelutabilidade da dívida nos apanhou, inventamos novas ilusões para nos eximirmos às responsabilidades e justificarmos a raiva contra os cortes inevitáveis. E ai de quem desmascarar essas tolices!

Ler a crónica no DN

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A família: a felicidade controversa?

No PÚBLICO de hoje

A Pastoral da Família não se destina a restaurar 
uma herança em ruinas e algo idealizada, 
por isso é ainda mais necessária e urgente.


1. Não há só um modelo de família. Ao longo dos tempos e segundo a diversidade de povos e culturas, os historiadores e os antropólogos podem testemunhar tanto a pluralidade das suas formas como a sua presença constante.

Mesmo hoje, em Portugal, apesar da maior fragilização dos laços conjugais, o aumento dos divórcios, a diminuição dos casamentos e dos filhos, a família apresenta-se, do ponto de vista da realização e da estabilidade emocional, a grande referência. Mais de 70% dos portugueses continua a associar a felicidade à vida em casal. O fim de uma relação não põe em causa esse ideal, embora seja vivido em novos cenários (1). É sugestiva a descrição que alguns sociólogos espanhóis fizeram do ciclo vital dos nascidos no ano 2000. Antigamente, o ciclo vital constava de três ou quatro etapas, agora, de modo mais complexo e diluído, pode estender-se a nove.

domingo, 24 de novembro de 2013

24 de novembro, dia especial



Hoje foi um dia especial para mim, com quase toda a família a viver comigo o meu 75.º aniversário. Um filho ausente, a lecionar nos Açores, sentou-se ao nosso lado com a ajuda do telemóvel. Bonita idade, sim senhor, para celebrar. Chamam-lhe data redonda, o que corresponde, neste caso, a três quartos de século. Não sei se atingirei o século, mas vou apostar nisso, com a ajuda de Deus, da família e dos amigos. Para já, vou a caminho com a esperança a acompanhar-me.
Conta-se que um dia, na antiguidade, um grupo de alunos (que seriam diferentes do que estamos a imaginar) terá perguntado a um velho mestre (de uns 80 anos) se não tinha pena de estar a chegar ao fim da vida. A resposta, que foi resposta de mestre para levar os alunos a pensar, terá sido mais ou menos assim: «Não tenho pena, não!, porque eu já vivi estes anos todos; os meus amigos é que devem andar angustiados porque não sabem se chegarão à minha idade.» Pois é… 
Boas festas de aniversário para todos os meus amigos.

sábado, 23 de novembro de 2013

Dia da Floresta Autóctone





«Câmara Municipal de Ílhavo volta a associar-se à Comemoração do Dia da Floresta Autóctone, através da atribuição e plantação de uma espécie autóctone, nomeadamente o carvalho comum (Quercus robur), no jardim da Cresce Pré-Escolar da Santa Casa de Misericórdia de Ílhavo, no próximo dia 25 de novembro (segunda-feira).
Integrada no Projeto “Woodwatch – de Olho na Floresta”, esta iniciativa tem como missão promover e divulgar junto das populações, nomeadamente da população escolar, a importância da conservação das florestas naturais e a necessidade de as salvaguardar das causas que contribuem para a sua destruição, principais linhas condutoras e motivadoras desta celebração do Dia da Floresta Autóctone (23 de novembro).»

Fonte: CMI

As perguntas do Papa Francisco. I

Anselmo Borges


É normal, antes de cada Sínodo dos Bispos, auscultar os diferentes episcopados sobre a problemática a debater. Mas, desta vez, foi diferente, de tal modo que os media mundiais deram e dão imenso relevo ao tema. Que se passa?

Por um lado, o Papa Francisco não dirige o seu inquérito apenas aos cardeais, bispos, padres. Ele quer que todos sejam ouvidos, que o inquérito chegue às bases, pois, como constantemente acentua, a Igreja somos nós todos. Ele tem uma visão da Igreja enquanto um Nós, Povo de Deus. Por isso, não mantém uma concepção vertical de governo da Igreja, mas sinodal (a palavra é rica, quando se atende ao étimo grego: reunião, caminhar juntos, fazer juntos o caminho). No fim, será ele, em última instância, a decidir, mas sinodalmente, não separado dos outros bispos nem dos fiéis.

Por outro lado, sendo a próxima Assembleia do Sínodo sobre a família, Francisco quer saber o que pensam os católicos sobre esse tema fundamental e decisivo, sem ocultar as questões, mesmo que difíceis e fracturantes.