domingo, 13 de novembro de 2011

PÚBLICO: Bento Domingues

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Reflexão para este domingo:: Ninguém se pode instalar no aburguesamento


Monte das Oliveiras


RESPONSÁVEIS CONSCIENTES
Georgino Rocha

Juízo severo, sentença drástica. Quem o poderia imaginar? O desfecho da parábola dos talentos é surpreendente, desconcertante. O “chamado” servo mau não faz mais do que proceder de acordo com as regras do tempo e do modo de ser do seu patrão: aceita o encargo, guarda com cuidado o talento e apresenta-o sem desfalque no regresso do senhor, acompanhando a entrega com uma justificação plausível. O seu comportamento está motivado pelo modo de ser do patrão: ter medo de quem é severo, saber de antemão que não pode falhar pois ele quer colher onde nada semeou. Por isso manteve a rotina e fez como era hábito: escolher um local seguro, enterrar cuidadosamente o objecto recebido, gravar na memória esse local e, tranquilo, descansar aguardando o momento da reposição.
A sentença aponta a novidade da mensagem a viver e transmitir: importa mais a atitude do que o resultado, o risco do que a segurança, o investimento do que a poupança, a abertura aos outros do que o encerrar-se sobre si mesmo, o uso responsável da liberdade do que a obediência servil e tacanha. Como se verifica nos servos bons.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 263



DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 46


A BICICLETA E A MECÂNICA 

Caríssima/o:

Ao ler o título fácil é ver a nossa bicicleta dependurada e o garagista de volta dela a remendar um furo, a pôr uma forra no pneu, a tirar um elo à corrente e afiná-la (coitada, há tanto tempo que não via pitadinha de óleo!).
Pensei que seria pelo menos curioso fazer o levantamento das “oficinas” que existiam para servirem as nossas bicicletas; e um dia juntámo-nos o Ângelo e a Lurdes, o Artur e a Graciosa e, mais elas do que eles, lá foram construindo o “mapa”:

João Maria Bola,
Zé do Lino,
Dionísio,
Hermínio,
Virgílio,
Necas Cagão,
António João da Rocha e Joaquim Vinagre,
Hilário Vinagre.

Tudo bem mas não posso pôr ponto final e irmos embora até à semana se Deus quiser!

Coisas que acontecem a quem procura um livro para ler: encontrei um intitulado: «A Mecânica em perguntas» cujo autor é J.-M. Lévy-Leblond; e topei com a bicicleta em quatro exercícios. Não vamos resolvê-los todos, mas ficam aí dois (com a numeração do livro) para testar a vossa agilidade:



«P.38 


Um cordel está atado ao pedal de uma bicicleta. Enquanto um amigo segura a bicicleta na vertical, o leitor coloca-se atrás da bicicleta e puxa suavemente o cordel, estando o pedal na posição baixa observada na figura. Supõe-se que a bicicleta pode andar, mas não deslizar no chão. Quando puxa o cordel, a bicicleta começa a deslocar-se para a frente, ou permanece imóvel?


P.95


Quando um ciclista aborda uma curva de bicicleta numa estrada horizontal (curva não assinalada), 
a) a inclinação que o ciclista deve tomar é tanto maior quanto mais pesado ele for? 
b) qual a natureza da força centrípeta que permite abordar a curva? » 

Manuel

Desta vez vou transcrever as respostas para não desgastar muito os travões dos neurónios. No livro vêm assim:

sábado, 12 de novembro de 2011

Ainda o S. Martinho



GRATIDÃO
S. Martinho, eu te agradeço,
Esta temperatura amena!
Mas será que o mereço?
Pedir-te valeu a pena!
Esta brisa leve e quente
Que ao passar nos beija o rosto
É um miminho que se sente
E ainda não paga imposto!
O Verão de S. Martinho
Camuflado doutra “roupa”
Sempre chegou, de mansinho
E o frio, assim nos poupa!
O Santinho bem conhece
As mágoas deste país.
Sabe que o povo padece,
Não quer vê-lo infeliz!
12.11.2011
Mª Donzília Almeida

Poesia para este sábado







A minha morte, não ta dou
A minha morte, não ta dou.
De resto, tiveste tudo
— a flor, a sesta, o lusco-fusco,
a inquietação do dia 8,
as órbitas das mães, das mãos,
das curiosas palavras de não dizer nadinha.
Tudo tiveste: estás contente?

Feliz assim por teres tudo o que sou?
Feliz por perderes tudo o que sei?
Só não te dou o que não serei.
Não, a minha morte, não ta dou.
Pedro Tamen
"A minha morte não ta dou"
Sugestão do caderno Economia do EXPRESSO

Não temos o direito e o dever de criticar a nossa cultura, quando estão em causa os direitos fundamentais humanos?



Culturas e Crítica
Anselmo Borges

No quadro da matança de Oslo e dos motins em Londres e outras cidades britânicas e das declarações, entre outros, de Angela Merkel e Cameron, aí está um tema incendiário, mas que precisa urgentemente de reflexão.
Que se entende por cultura? Esta é a definição clássica de Edward Barnett Tylor: "A cultura ou civilização, em sentido etnográfico amplo, é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, os costumes e quaisquer outros hábitos e capacidades adquiridos pelo Homem enquanto membro de uma sociedade."

Evidentemente, como sublinha Gabriel Amengual, poderia ter acrescentado, com a mesma razão, utensílios, ferramentas, etc. A cultura tem a ver com o que o Homem aprende, cria, inventa, para lá da natureza e adquire como membro de uma sociedade. Por isso, diz M. Harris que ela é o "corpo de tradições socialmente adquiridas", é o "estilo de vida total, socialmente adquirido, de um grupo de pessoas, que inclui os modos padronizados e recorrentes de pensar, sentir e agir".

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

D. Carlos Azevedo nomeado delegado do Conselho Pontifício para a Cultura



Bispo auxiliar de Lisboa segue para a Santa Sé 
e espera colaborar na criação de «propostas pastorais inovadoras»

«Cidade do Vaticano, 11 nov 2011 (Ecclesia) – A Nunciatura Apostólica em Portugal anunciou hoje que D. Carlos Azevedo, até agora bispo auxiliar de Lisboa, foi nomeado por Bento XVI como “delegado do Conselho Pontifício para a Cultura" (CPC), organismo da Santa Sé.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o prelado fala num “momento de profunda alteração no estilo de serviço à Igreja”.
“Anima-me a vontade de estar ao serviço da relação entre culturas e nova evangelização, estética e espiritualidade, agora renovada na colaboração a dar às instituições eclesiais na criação de propostas pastorais inovadoras, a partir dos bens culturais”, observa.
D. Carlos Azevedo fala num “desafio às capacidades de organização” e admite “alguma experiência adquirida no campo da relação da fé com a cultura e na valorização do papel da memória para o futuro, em obediência à tradição viva da fé cristã”.
“Agradeço, muito reconhecido, esta prova de confiança”, acrescenta, antes de revelar que o convite da Santa Sé lhe foi colocado em abril deste ano.
“Sou chamado a concentrar o ministério num sector específico, sem a dispersão desgastante que caracterizou estes seis anos, levado a responder à diversidade de solicitações pastorais, na ordem social e cultural”, conclui.»

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