segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Férias na Figueira da Foz




Apesar do tempo instável, continuo a gostar de passar uns tempos na Figueira da Foz. Os ares são semelhantes aos das nossas praias da Barra e da Costa Nova, mas o ambiente, com menos gente conhecida, faz de nós uns turistas mais descontraídos. Mas também mais independentes. Boas férias para todos.

Férias: um pouco de história


Férias noutras paragens
 
"Não há homem completo que não tenha viajado muito,
que não tenha mudado vinte vezes de vida e de maneira de pensar.
Alphonse de Lamartine


O Direito a férias existe desde 1937

Maria Donzília Almeida

A palavra férias soa ao ouvido de toda a gente, como uma melodia antiga, mas sempre atual e repetida. A palavra tem a sua origem no étimo latino feria ou feriae e significava um dia de descanso para os Romanos, no século III DC. Em Portugal, o direito a férias existe desde 1937 e está promulgado na Lei do Trabalho. Hoje, em dia, o grande número de mulheres que trabalha, veio aumentar consideravelmente, o contingente dos trabalhadores. As férias remuneradas surgem como um direito adquirido numa sociedade organizada e democrática. O trabalho torna-se necessário, para fazer face aos desafios duma sociedade de consumo, cada vez mais desafiadora. Depois de um ano de árduo trabalho, quer físico quer intelectual, o cidadão português, tem direito a um merecido descanso.

Luís Miguel Pinto expõe no Glicínia de Aveiro



Carlos Duarte, Paulo Moreira, Luís Pinto e Alexandre Karlavov

Na galeria de Arte Fotográfica Art.ur, situada no Glícinias Plaza de Aveiro, está patente uma exposição de 16 fotografias 50x70, do fotografo Luís Miguel Pinto. Esta exposição é o resultado de uma viagem a Cuba, onde Luís Pinto fotografou, Gilberto, cubano de 80 anos, que trabalhou nas docas e numa fábrica de transformação de peixe. Mas a sua vida era vivida à noite, quando se “vestia e aprumava-se cuidadosamente para a noite Cubana. Sem formação musical escrevia letras e compunha música de ouvido sendo as mesmas convertidas em pautas musicais por amigos músicos – eram os Boleros. E é a história deste homem e dos seus Boleros que, ao olharmos para as fotografias de Luís Pinto, sentimos como hoje Gilberto “sente na esperança que os seus cadernos possam um dia dar aos seus netos as oportunidades que ele nunca teve. Está a viver o seu último Bolero e o papel feminino é feito pela própria vida”. Quem é Luís Miguel Pinto Designer gráfico, 42 anos, vive e trabalha em Aveiro, mas em 2009 muda de “vida” e decide seguir a sua paixão real – a fotografia. Entre 2009 e 2011 desenvolve um trabalho em 4 histórias fotográficas, “De proximidade” e “Vida de Twilight” ( no Vietnã) e “Fighting para um futuro” e “O último Bolero, em Cuba.

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domingo, 14 de agosto de 2011

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 250



DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 33 


A RODA LIVRE 

Caríssima/o:

Já imaginaram como seria andar de bicicleta sem roda livre?!... 
Ter de dar sempre aos pedais...hum.. 

Na evolução da bicicleta, sobre este aspecto, há quem indique: 

1877 - Rouseau apresenta um dispositivo por meio de correntes, que multiplicava o giro da roda dianteira, proporcionando mais velocidade à bicicleta. 

1878 - Os franceses Guilmet e Mayer criaram a transmissão em cadeia: combinação, por uma corrente, de uma roda dentada aplicada ao pedal e outra, igualmente dentada, aplicada à roda traseira do veículo. Assim economizava-se esforço do ciclista e ganhava-se velocidade, sem necessidade de exagerar o tamanho das rodas motrizes. 

1880 - O francês Vincent, constrói a primeira bicicleta com transmissão de corrente aplicada ao cubo da roda traseira. 

1895 – A partir deste ano sucessivas modificações técnicas foram introduzidas na bicicleta, tais como a roda livre e as mudanças para melhorar a velocidade, a eficiência e o conforto dos utilizadores da bicicleta. 

Assim sendo, roda livre foi criada para oferecer maior conforto ao ciclista. Este dispositivo permite interromper a pedalada especialmente em descidas, em trajectos com vento a favor e em alguns momentos de calma na corrida ou no passeio. 

As mudanças permitem o aproveitamento de várias engrenagens e com isso imprimir maiores velocidades. É a última invenção que aperfeiçoou tecnicamente a bicicleta. 


Até aos nossos dias, a bicicleta continua a ser aperfeiçoada, em relação aos materiais utilizados, aos vários tipos relacionados com as modalidades, etc. 

Manuel                                                                                                   



sábado, 13 de agosto de 2011

Onde está o perigo, cresce também o que salva

 Confiança e Crédito
Anselmo Borges

Os melhores comentadores vão escrevendo e dizendo que o que falta é confiança. Que não há crédito todos sabemos. Aí estão dois conceitos-base da religião. Confiança vem de fides, donde vem fé, fiar-se de, confiar. Crédito vem de credere, donde vem crer, crença, acreditar. Mas eles estão na base da existência. Quem pode viver sem confiança? Quem se meteria num avião, na estrada, sem confiança?
O problema é: o quê e quem tem crédito, para merecer a nossa confiança? Porque não podemos confiar de modo cego. No quadro do perigo possível e do medo, a confiança tem de ser razoável.
O teólogo Jürgen Moltmann refere o famoso conto dos irmãos Grimm sobre o jovem que partiu à procura de saber o que é o temor. E, a propósito, refere dois comentários sobre o conto.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 249


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 32



O NAMORO DOS EMIGRANTES 

Caríssima/o:

«De repente, começaram a chegar bicicletas do estrangeiro - para os endinheirados». 
Nestas conversas que já vão longas, mas que tão perto ainda nos prendem, relembraria a figura do emigrante ( e que entre nós, se poderia traduzir, também e de alguma forma, por pescador do bacalhau...) 
Há cinquenta-sessenta anos, dinheiro corrente era algo que só passava pela mão de alguns (poucos) felizardos – era a sociedade da pura e mais absoluta subsistência: o que se conseguia com o trabalho das mãos e o suor do rosto mal dava ( e muitas vezes, nem chegava... valia o livro dos fiados...) para o sustento do corpo mirrado e ossudo... 
Não admira que onde houvesse o cheiro a dinheiro fresco (e ganho honestamente, benza-o Deus!...) faiscassem de variadas direcções os dardos de Cupido escondido nas dobras das cortinas que se afastavam discretamente para ver passar uma bicicleta reluzente, acabadinha de sair da montra... 
Já entradote, com a pele queimada dos sóis tropicais, o Felizardo (podia ser este o seu apelido!), acarinhado e apaparicado por muitas mães e alguns pais, ansiosos por ampararem as filhas bonitas, bem dotadas e asseadas, feliz se sentiria se lhe restasse energia que lhe permitisse pedalar rumo ao sonho que o trouxe às origens. 
Por vezes, ..., o Felizardo já trazia, no bolso, a «acta» do casamento embrulhada na carta amarrotada, rota e quase gasta. 

Assim também era na nossa juventude com os bacalhoeiros, mas então já não tanta solicitude (ainda alguns remoques de maledicência e de coqueteria usadas para chamar a atenção do Felizardo...) que a bicicleta novinha em folha sabia o caminho mesmo com o dínamo desligado e noite escura sem lua... 

De facto, a bicicleta tripulada por jovem de bolsos euromilhados era um chamariz que nem bicha-branca para robalinho! Quando aparecia, a agitação e a turbulência rodopiando à sua volta ofereciam aos outros rapazes, para além da tristeza pela sua pequenez, paz e tranquilidade premiadas pelo encontro do par que, fugindo do turbilhão, se mostrava sorridente como quem esperava a sorte prometida. 

Mas, e depois?!..., perguntará alguém menos atento. 
Filme tão repetido e gasto, de tantas vezes visto, até nos esquecemos do final ... que não do fim!

Manuel

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Migrantes em Fátima

Hoje e amanhã, o santuário de Fátima vai encher-se de emigrantes e imigrantes, que querem agradecer à Virgem Maria as graças recebidas durante um ano de trabalho longe das suas pátrias. É nas horas de muitos e duros trabalhos que os crentes normalmente se voltam para o divino. Compreensível e humano.
Admiro imenso quem tanto sofre para seu bem-estar e familiares, afastados das suas origens e tradições. Depois das promessas cumpridas e dos agradecimentos a Deus pelo bem recebido, voltam para mas um ano de trabalho.
Quando me cruzo com alguns, gosto de os ouvir e de recordar vivências partilhadas em horas felizes.
Aqui lhes deixo uma palavra de estima, com votos de boa viagem.