O bom gosto manifesta-se de muitas maneiras e em toda a parte. Oferecido pela natureza ou pelos artistas, populares ou eruditos. E quando assim, a vida tem outro sabor. Durante este verão, procure identificar motivos artísticos. E se quiser partilhar os seus registos comigo e com os meus visitantes, muito melhor.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Portugal está na ribalta
Forças ocultas
numa sociedade distraída
numa sociedade distraída
António Marcelino
De vez em quando somos publicamente surpreendidos por notícias
variadas que nos deixam perplexidades, desconfianças e até fundados receios. O
mundo das pessoas não é transparente e os interesses em campo entrechocam-se.
Há sempre vítimas destes jogos escuros. São os mais fracos, pessoas e países,
os que, numa vida de muitas dificuldades, tentam sobreviver, sem que saibam
depois quem lhes põe pedras no caminho ou mesmo quem lhes fecha o caminho para
que não possam ir mais longe.
Quando tudo se passa às claras há sempre alguma
possibilidade de prevenção e de defesa. Não, porém, quando se cultiva o
secretismo e, à superfície, não aparecem senão boas intenções, propaladas
competências e mesmo gestos de solidariedade. Normalmente gestos vistosos e
publicitados de muitas maneiras. Em sociedades democráticas, nas quais ninguém
deverá recear ninguém, o secretismo é incómodo e preocupante, mesmo que não se
consigam vislumbrar os contornos das manobras em campo.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Educação para a Cidadania
Jean Jacques Rousseau
Educar com o coração e não com o compêndio
Maria Donzília Almeida
A educação do homem começa
no momento do seu nascimento;
antes de falar, antes de entender,
já se instrui.
Jean Jacques Rousseau
Com o fim do ano, ficaram para trás as avaliações, os Planos de Recuperação, Planos de Acompanhamento, reuniões de Departamento, a rigidez dos horários e o burburinho dos alunos, que constitui a música de fundo de qualquer escola.
Com dias maiores, plenos de sol e as nortadas a fustigarem-nos o rosto, apetece fazer as malas e partir para destino incerto. É salutar a mudança de ambiente geográfico, para melhor retemperarmos forças e para nos libertarmos do stress do dia-a-dia docente.
Neste período intermédio entre a cessação das atividades letivas e o início de férias, a mente ainda é invadida por, ideias e questões relacionadas com a educação.
Um dos pensamentos mais recorrentes, prende-se com o binómio sucesso/insucesso. Da minha experiência com a malta miúda, uma das coisas mais facilitadoras da aprendizagem, é o comportamento, em sala de aula. Quando a postura do aluno é de infração permanente às regras estabelecidas pelo Regulamento Interno da Escola, a aula funciona mal, há um enorme desperdício de energia, por parte do professor e todos saem prejudicados.
Faça férias cá dentro
A falta de recursos não pode ser justificação para não gozarmos férias. Se optarmos por fazer férias cá dentro, mesmo ao pé da porta, haverá muitos centros de interesse, tanto de âmbito cultural como social e desportivo. Por exemplo: se escolhermos o tema "descoberta do azulejo", teremos muito que fazer. Aqui fica uma simples amostra. Onde poderemos encontrar este painel, na cidade de Aveiro? Bom desafio...
Passagem por Fátima: desafio à nossa reflexão
Pedro Rolo Duarte passou por Fátima e não gostou muito do que viu. Um cético em relação a Fátima, deixou-nos a necessidade de refletirmos sobre algumas imagens que o Santuário revela ao mundo: muitos crentes, convictos, mas também muitos que ali vão em simples passeio, que não em peregrinação. Jamais esquecerei uma jovem que foi a Fátima com a família, num domingo, para cumprir uma promessa, mas não participou na eucaristia porque não constava da dita promessa. Depois de paga, em dinheiro vivo, seguiu-se o piquenique.
Pois Pedro Rolo Duarte ficou um tanto desiludido com o que viu. E lá mostrou a placa onde se anunciava a bênção dos veículos, como se eles precisassem de ser abençoados. Seria melhor, muito melhor, na minha ótica, se a bênção fosse dirigida aos condutores e passageiros. Pode ser que um dia alterem os dizeres da placa.
Mas vejam o texto do jornalista aqui.
FÉRIAS
Picasso: paisagem, paz
Vá para fora por dentro!
Margarida Alvim
Tempo de férias, tempo de paragem. Tempo de passear, de ler, de
fazer o que se quiser. Ir à praia, fazer uma viagem, ir visitar os amigos,
encontrar alguém da família. Também pode ser um tempo para ficar simplesmente em
casa, de arrumar tudo o que se foi acumulando ao longo do ano, de fazer limpezas
a fundo, de pôr as coisas de novo em ordem. Talvez este ano seja mesmo um tempo
em que muitos ficarão mais por casa.
“Vá para fora cá dentro!”, ouvimos nos anúncios de promoção do
turismo em Portugal. Em tempo de crise, esta é capaz de ser mesmo uma grande
oportunidade de passear mais no nosso país, de descobrir toda a sua beleza, por
vezes ali mesmo ao virar da esquina. Oportunidade para valorizar a serenidade de
dias com tempo, sem pressas.
Férias são sobretudo um tempo de descanso, de reparação, de
ganhar forças. Por isso, talvez fosse bom encarar estes dias não com a urgência
de conseguir encaixar tudo o que se ansiou e sonhou ao longo do ano de trabalho,
mas com a expectativa do que nos pode trazer cada dia, deixando-nos levar sem
pressas. Em que é que descansamos? O que é que nos descansa de verdade? Pensava
como por vezes estamos tão cansados interiormente, tão dispersos, com tanto
ruído, com tantas preocupações que nos consomem e tiram ânimo, liberdade,
lucidez. Nada que uns dias na praia não resolvam, pensamos nós. Sim, é verdade,
os dias na praia com certeza que ajudam a acalmar. Mas o verdadeiro descanso
precisa também de uma paragem e de um reencontro interior.
Ler mais aqui
terça-feira, 19 de julho de 2011
Schoenstatt na mata da Gafanha
Schoenstatt (Foto do meu arquivo)
Recanto de tranquilidade
Neste mundo de problemas, mais ou menos participados por
todos nós, não há como uma fuga para um recanto de tranquilidade, que ainda é
possível encontrar, por aqui e por ali, sem ser preciso pagar nada. Na Colónia
Agrícola da Gafanha, no meio da mata, há um desses recantos, bafejado pela
espiritualidade de Schoenstatt, nascido em 18 de outubro de 1914.
No santuário, cópia fiel do santuário original, em Schoenstatt,
na Alemanha, pode sentar-se um bocadinho, depois de olhar o jardim cuidado,
verdejante e florido, e experimentar como é bom estar ali. Depois, quando sair,
sentirá que valeu a pena. Se não sentir nada da paz que por lá se respira, tente
mais umas vezes. E mais uma. Até descobrir o que o impede de ser feliz.
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