quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Morreu o Senhor Acontece, Carlos Pinto Coelho


Morreu hoje, com 66 anos, Carlos Pinto Coelho, conhecido por Senhor Acontece, em homenagem, decerto, ao seu programa da RTP2, dedicado a assuntos culturais. Na altura, já lá vão uns anos, foi uma pedrada no charco, pela sua oportunidade e acutilância, mas ainda pela sua postura pedagógica.
Eu gostava de ver o programa Acontece com a regularidade possível e nele destacava a originalidade de Carlos Pinto Coelho,  na forma de entrevistar os artistas. Era um profissional que nos seduzia para a envolvência cultural, incutindo-nos o apetite pelos livros que anunciava, pelas exposições que visitava, enfim, pelas expressões artísticas que trazia até aos seus telespectadores e, depois, aos radiouvintes. 
Recordo que, quando foi despedido ou dispensado pela RTP, se recusou a comentar o que lhe fizeram, sem, contudo, baixar os braços. Iniciou ou desenvolveu, posteriormente, programas radiofónicos, pegando no Acontece para o não deixar morrer.  

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Padre Pedro José vem integrar a equipa sacerdotal da Gafanha da Nazaré

Padre Pedro José


O Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, torna pública a seguinte nomeação, de acordo com o Decreto de Nomeação com data de 14 de Dezembro de 2010.

«Padre Pedro José Lopes Correia, membro da Equipa Sacerdotal da Gafanha da Nazaré, Vigário Paroquial de Nossa Senhora da Nazaré, da Gafanha da Nazaré, e de Nossa Senhora da Encarnação, da Gafanha da Encarnação, no Arciprestado de Ílhavo, e membro da Comissão Diocesana Justiça e Paz.»


NOTA: Daqui felicito o Padre Pedro José, que acaba de ser nomeado para trabalhar na equipa sacerdotal da Gafanha da Nazaré, como vigário paroquial das Gafanhas da Nazaré e Encarnação.
Depois do regresso do Brasil, onde viveu uma grande e, decerto, enriquecedora experiência missionária, numa zona carenciada daquele país, o Padre Pedro José volta à sua diocese de origem, para trabalhar entre nós e connosco, integrando, paralelamente, a Comissão Diocesana Justiça e Paz.
Aproveito para lhe apresentar os meus cumprimentos, formulando votos de excelente adaptação, para melhor servir o Povo de Deus e todos os homens e mulheres de boa vontade que residem nesta região de ria e mar.

A nova geração dos aposentados úteis

Idosos com lugar cativo

Há gente que espera a aposentação para fazer companhia todo o dia à televisão, ver todas as telenovelas, dispor de tempo para conversar ao telefone e com os pés quentinhos, com amigos ou amigas. Outros começaram por terem olhado a tempo para os bancos dos jardins e aí marcaram lugar cativo. Nas aldeias, a vida dos aposentados, a menos que tenham regressado da cidade com o estatuto de funcionários públicos reformados, é de continuar a trabalhar, porque nunca fizeram outra coisa na vida e agora é difícil andar por outro caminho. Uma moda nova e de aplaudir é passear o país em camionetas da câmara para ver o que nunca se viu ou matricular-se em universidades seniores para continuar a aprender…
Mas há outros, já aposentados ou lá a chegar depressa, que encontram agora tempo para investigar e escrever sobre a sua terra, sobre a história de tempos vividos antes, sobre usos e costumes que o tempo banal inclemente vai apagando. Uma maravilha de criatividade intelectual, de frescura de alma, de sentido de transmissão gratuita, de “plantar nogueiras” que só darão fruto para os bisnetos… Gente que mostra que o país não entrou em falência e que não é preciso um requerimento para se fazer o que se gosta. Gente que prolonga o tempo com um bem-fazer discreto mas útil.
Aposentado não quer dizer resignado, acomodado, inútil. Quer dizer que há gente que descobriu finalmente na vida o que a vida pacientemente lhe reservou para o tempo sem horário, para a gratuidade generosa, para que, fora da lufa-lufa, possa saborear a outra face da vida.

António Marcelino
no Correio do Vouga de 15-12-2010

Filatelia: Um ilhavense entre os melhores do mundo


João Senos Matias recebe medalha de prata dourada 
com a colecção
Faina Maior/Cod Fishing Classe Aberta

Manuel João Senos Matias, natural de Ílhavo e Professor Catedrático na Universidade de Aveiro, conquistou recentemente, na Exposição Mundial de Filatelia, realizada em Lisboa, a medalha de Prata Dourada com a sua colecção “Faina Maior/Cod Fishing  Classe Aberta", estando entre os três melhores classificados, conjuntamente com um coleccionador Neozelandês e um Inglês.
Esta colecção conta a história dos portugueses e da sua intervenção na pesca do bacalhau, recorrendo a selos e outras peças filatélicas. Começa com o estudo do bacalhau como espécie, habitat e características, além do seu valor comercial.
Depois segue com a participação dos portugueses na pesca até ao séc. XVI, seguindo-se o séc. XIX. Fala-se das primeiras viagens dos europeus à Gronelândia e Terra Nova, dos portugueses na Terra Nova, do abandono da pesca no séc. XVI, das tentativas de recomeço, na primeira metade do séc. XIX, dos navios, da pesca a linha, do arrasto e por fim da memória.

A Caminho do Natal



O PRESÉPIO SOMOS TODOS NÓS


O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro destes gestos que em igual medida
a esperança e a sombra revestem
Dentro das nossas palavras e do seu tráfego sonâmbulo
Dentro do riso e da hesitação
Dentro do dom e da demora
Dentro do redemoinho e da prece
Dentro daquilo que não soubemos ou ainda não tentamos

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro de cada idade e estação
Dentro de cada encontro e de cada perda
Dentro do que cresce e do que se derruba
Dentro da pedra e do voo
Dentro do que em nós atravessa a água ou atravessa o fogo
Dentro da viagem e do caminho que sem saída parece

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro da alegria e da nudez do tempo
Dentro do calor da casa e do relento imprevisto
Dentro do declive e da planura
Dentro da lâmpada e do grito
Dentro da sede e da fonte
Dentro do agora e dentro do eterno

José Tolentino Mendonça

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um livro de Armando Tavares da Silva

Ilustração do convite

"Camões e a Química A Química em Camões"

No âmbito das comemorações do 50.º aniversário da CIRES, vai ser lançado, no próximo dia 17, pelas 15 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Estarreja, um livro de Armando Tavares da Silva, professor catedrático aposentado da Universidade de Coimbra, intitulado  "Camões e a Química — A Química em Camões". No mesmo auditório, decorre uma exposição fotográfica retrospectiva dos 50 anos daquela empresa.

III Jantar de Confraternização de ex-acólitos da Gafanha da Nazaré


Alegria marcou presença

Homenagem póstuma a Paulo Sérgio Bola

A confraternização anual dos Ex-Acólitos da cidade da Gafanha da Nazaré teve lugar no restaurante «Porto de Aveiro», no dia 11 de Dezembro, em ambiente festivo e contagiante. Apesar dos compromissos profissionais e associativos, a organização conseguiu reunir cerca de vinte elementos, maioritariamente representativos da geração dos anos 80 e 90.
Os elementos presentes tiveram oportunidade de prestar uma homenagem póstuma ao amigo Paulo Sérgio Bola, recentemente falecido, como sinal de gratidão pela tenacidade e perseverança, qualidades reconhecidas por todos, particularmente nos campos profissional e desportivo.
Sob a inspiração de S. Lourenço, patrono dos acólitos, a iniciativa tem servido para desfiar as recordações das actividades outrora assumidas pelo grupo, bem como para comemorar muitos anos de sadia camaradagem. Com efeito, o grupo pretende manter vivos os laços de entreajuda e de sentido de responsabilidade formativa dos seus elementos, como valores de referência para sempre.

Hélder Ramos