terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Quem semeia tempestades não tem direito a bonanças


A sorte também
se constrói


1. Poderão existir determinadas situações em que se pense que só os outros é que têm sorte e que o próprio não… Essa ideia das sortes ou dos azares parece-nos reflectir uma visão menos correcta daquilo que são as referências de compromisso que haverão de presidir os caminho diário. Diz um pensamento que «a sorte protege os audazes», e pode-se acrescentar que a sorte é amiga da atenção zelosa e persistente e inimiga do descuido e do desleixo. O ditado que diz que «quem semeia ventos colhe tempestades» também ajuda a compreender a necessidade de sempre e cada dia, nem que custe (será o que lustra!), viver e semear os grandes valores assentes na bondade, no estímulo à dignidade e ética, no apego constante à responsabilidade de ser e fazer em cada momento o melhor possível.

Alexandre Cruz

Costa Nova Antiga




COMO NASCEU A PRAIA
DA COSTA NOVA DO PRADO

Uma Costa Nova denuncia a existência de uma Costa Velha. Documentos históricos relatam que os pescadores de Ílhavo estabeleceram suas Companhas de pesca do alto mar na Costa do Norte, em São Jacinto. A abertura da Barra Nova de Aveiro em 3 de Abril de 1808, barra artificial, foi, pela sua má localização, a causa do assoreamento da orla marítima da praia de São Jacinto, verdadeira calamidade que obrigou as Companhas de Ílhavo a transferir os seus assentos para as areias ao Sul do paredão da Barra, pois ali se tornava impraticável o exercício da pesca.




Desta emergência do abandono da Costa Velha pelas Companhas dos pescadores de Ílhavo surgiu, para estas, a imperiosa necessidade de procurarem sítio adequado onde pudessem trabalhar. O ilhavense Luís dos Santos Barreto foi o primeiro arrais a deixar a assoreada Costa do Norte e a estabelecer-se na Costa do Sul, assento da sua Companha, cujo local já tinha de antemão escolhido e que designou com o nome de Costa Nova, que, afinal, era um Enclave, pois esta zona não pertencia a Ílhavo.
Toda a orla marítima entre Ovar e Mira era pertença territorial e exclusiva do concelho de Ovar. Só em 1855, um decreto de 24 de Outubro, anexou ao domínio dos concelhos da Feira, Ovar, Estarreja, Aveiro, Ílhavo e Vagos, a faixa litoral marítima confinante com a terra firme pertencente a cada um destes seis concelhos.

Dinis Gomes

Aprender as lições do passado para preparar o futuro

 



Comemorar o passado a pensar no futuro

O regime republicano completa um século em Portugal. Atravessou períodos difíceis e no entanto sobreviveu. Nem Salazar o eliminou. Justifica-se, por isso, celebrar cem anos de República.

Mas, celebrar como? Certamente não evocando o passado com espírito saudosista ou propagandístico. Estudar a implantação da República e os anos que se lhe seguiram é importante. Mas numa perspectiva crítica e plural e, sobretudo, aprendendo as lições do passado para prepararmos um futuro melhor.

Francisco Sarsfield Cabral

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O divino não se manifesta no furor dos cataclismos, mas nos pequenos gestos que alteram a vida de quem nos rodeia


O Divino nas ruas

O nosso tempo tem grandes pensadores e esperamos que o terramoto no Haiti desperte as suas reflexões. Até porque os nossos contemporâneos merecem mais do que uma reportagem a “constatar” que o divino já não mora ali.

Em boa verdade, é quase inevitável perguntar por Deus nestas circunstâncias, mas não é honesto esquecer, com essa pergunta, aquilo que é da responsabilidade de cada ser humano. O divino não se manifesta no furor dos cataclismos, mas nos pequenos gestos que alteram a vida de quem nos rodeia, nesta aldeia global em que ninguém é um estranho.
Não será fácil perceber o que se passa no coração dos haitianos. Lembro, contudo, que muitos dos que têm sido salvos dos escombros atribuem a sua sobrevivência a uma força divina que, de uma forma ou outra, sentiram presente ao seu lado, quando a esperança desaparecia. Seria tentado a confiar mais em quem saiu vivo deste verdadeiro inferno do que num qualquer repórter demasiado lesto a expulsar o divino da vida de quem ainda sofre, ama e espera num futuro melhor. Porque há coisas que não se podem contabilizar.

Octávio Carmo




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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Busto da República Portuguesa para enganar perseguidores



Uma vida já um pouco longa tem sempre muitas histórias. Nem todas, porém, vêem a luz dos nossos mundos, porque, entretanto, outras mais recentes se tornam mais presentes.

Quando abordei aqui, há dias, as celebrações, durante este ano, do centenário da República Portuguesa, falei dos ideais republicanos, mas não omiti as perseguições que na altura se sucederam aos que ousaram pensar diferente.
O Ângelo Ribau veio com um comentário oportuno que reza assim e ao qual respondi que conhecia muito bem a história, se calhar contada por ele:




Amigo Fernando:


Às vezes vale a pena dar-te um "toque"...
Já agora mais uma achega, que talvez a desconheças. Eram tantos os ataques à Igreja e seus membros, que alguns para não serem incomodados, implantavam nos seus telhados, bustos com o símbolo da república. Já reparaste em dois desses bustos que estão no telhado da casa que foi do nosso Prof. Ribau? (Manuel Joaquim Ribau). Foram lá postos com esse fim. Como sabes, para ser padre só lhe faltavam as "Ordens de missa". Daí a perseguição de que começou a ser alvo. Colocados os bustos, não voltou a ser incomodado...
Esta história foi-me contada pelo próprio, uma tarde em que foi à nossa casa buscar um bocado de "bôla" de que gostava muito. E adivinhava sempre quando a minha mãe cozia... A bôla quente era melhor, dizia ele. Messe dia estava bem disposto, e eu que andava com ela ferrada, fiz-lhe a pergunta sobre os bustos.
E a resposta aí está...

Ângelo Ribau

Eu conhecia realmente a história há muitos anos, mas estava sentada num canto da memória, à espera de um "toque". Obrigado, meu caro.
Quem sabe mais histórias dessas?
Um dia destes fui tirar o retrato ao busto feminino da República Portuguesa. Um amigo, ao ver-me a olhar para o telhado, quis saber o que é que eu estava a mirar. Perguntei-lhe se sabia que bustos eram aqueles, que ali estavam ao seu lado há tanto tempo. Não sabia, nem fazia a menor ideia. Adiantou que seriam decorações dos telhados, muito habituais há anos.  Expliquei-lhe. Ficou admiradíssimo. Aqui ficam os retratos para os meus amigos apreciarem...

Fernando Martins

Ensaio de José Eduardo Agualusa, no i de hoje: O Príncipe Perfeito

No meu último romance, "Barroco Tropical", esforcei-me por expor a forma como, em regimes totalitários, o medo vai pouco a pouco corrompendo as pessoas, mesmo as melhores. O medo é uma doença contagiosa capaz de destruir toda uma sociedade.

Mais extraordinário é perceber como um regime totalitário consegue exportar o medo. Não já o medo de ir para a cadeia, é claro; ou o medo de ser assassinado na via pública durante um suposto assalto. Trata-se agora do medo de perder um bom negócio. Do medo de ofender um cliente importante.
Ver dirigentes políticos portugueses, de vários quadrantes ideológicos, a defenderem certas posições do regime angolano com a veemência de jovens aspirantes ao Comité Central do MPLA seria apenas ridículo, não fosse trágico.
Alguns deles, curiosamente, são os mesmos que ainda há poucos anos iam fazer piqueniques a essa espécie de alegre Disneylândia edificada pela UNITA no Sudeste de Angola, a Jamba, vestidos à Coronel Tapioca, e que apareciam em toda a parte a anunciar Jonas Savimbi como o libertador de Angola.

 
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Responsável europeu diz que Gripe A foi o maior escândalo médico do século

Wolfgang Wodarg, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, diz que a Gripe A foi uma falsa pandemia e que é “um dos maiores escândalos médicos do século.”

A ser verdade, que mundo é este?



República: D. Manuel Clemente diz que Afonso Costa despertou católicos



 
Lei da Separação gerou
reacções contrárias
à intenção do legislador
 
 



Afonso Costa


Contrariando as previsões de Afonso Costa, a “Lei da Separação (1911) despertou nos católicos uma vitalidade insuspeitável” – disse D. Manuel Clemente, bispo do Porto, na primeira sessão de 2010 do Seminário «Religião, Cristianismo e Republicanismo». Promovida pelo Centro de Estudos de História Religiosa da UCP, esta iniciativa integra-se no Programa Oficial das Comemorações do Centenário da República.
Aos participantes no seminário, o bispo do Porto falou sobre a «A vitalidade católica no contexto da República». Nos anos seguintes à Implantação da República (5 de Outubro de 1910), a resistência do clero foi apoiada pelos cristãos. Reunidos em Santarém, a 10 de Julho de 1913, os bispos lançam um apelo aos católicos. O chamado «apelo de Santarém» alterou o panorama sócio-religioso da sociedade portuguesa.“Defesa e afirmação da Igreja; catequização e restauração da sociedade portuguesa com o contributo da Igreja” foram as linhas mestras que marcaram o catolicismo português no primeira metade do século XX. A “radicalização de Afonso Costa (pasta da Justiça e Cultos) não afastou os católicos. Pelo contrário deu-lhes força” – realçou o historiador e bispo do Porto, na sessão realizada, dia 21 de Janeiro, na Universidade Católica. A Igreja defendia a separação do Estado, mas “não neste quadro”.


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domingo, 24 de janeiro de 2010

Festa no Santuário Diocesano de Schoenstatt



Irmã Heloísa


Irmã Lúcia


Irmã Cecília

Para uma pessoa ser feliz,
tem de seguir a sua vocação

«Um jubileu é celebração da experiência de acolhimento da Palavra proclamada, rezada, vivida e testemunhada», mas é também «proclamação da alegria e certeza da bênção de Deus», afirmou D. António Francisco dos Santos, na eucaristia de acção de graças celebrada hoje, no Santuário de Schoenstatt. Três Irmãs de Maria — Heloísa, Lúcia e Cecília — festejaram a sua entrega a Deus, a primeira há 50 anos e as duas últimas há 25.
Dirigindo-se às Irmãs, em especial, referiu que é com os olhos em Cristo que podem «ver mais longe» e ser «construtoras do futuro», na certeza de que um jubileu «ilumina o vosso passado e vos abre horizontes para a missão, que consiste em anunciar a Boa Nova».
Em nome das Irmãs que festejaram os seus jubileus, a Irmã Heloísa explicou, no final da missa, a sua caminhada vocacional. Com a emoção sempre presente, contida umas vezes e outras vezes manifestada, referiu que «cada um de nós tem a história da sua vocação» e que foi grande coincidência celebrar os 50 anos da sua entrega a Deus, neste Ano Sacerdotal e numa altura em que também se comemora o centenário da ordenação sacerdotal do Padre Kentenich.

26 mini-repórteres estreiam acesso ferroviário ao Porto de Aveiro






Uma  equipa de 26 mini-repórteres, com idades compreendidas entre os sete e os 16 anos, coordenada por Fausto Correia, viajou ontem, sábado,  em máquina cedida pela FERROVIAS (máquina Estabilizadora Dinâmica de Via HTT TS-50), empresa que, a exemplo do que sucedeu com a REFER e com a NAVALRIA, se associou à iniciativa “Mini-Repórteres do Porto de Aveiro”.