segunda-feira, 31 de agosto de 2009

União de Facto é totalmente inútil

"A lei da união de facto serve para quê? Se for para ser igual ao casamento, já há o contrato de casamento, se for para outra finalidade é bom que se explicite. Não há nada em política como ser muito claro.
O problema é seguramente meu, sobretudo quando tantos amigos se entusiasmam com o tema. Mas continuo sem ver qualquer utilidade na lei da união de facto. E, a bem dizer, não a vejo na que Cavaco vetou, e já pouco via na já existente.
Para mim, o casamento civil - pelo qual tanta gente lutou, de forma a que o casamento religioso não fosse a única forma legal de ter família - é um contrato entre duas pessoas. A lei da união de facto vem estabelecer, basicamente, o seguinte: quem não quer assinar o contrato tem os mesmos direitos e deveres daqueles que o assinaram. Isto é o que parece: uma aberração."

Henrique Monteiro
.
Ler mais no EXPRESSO

Paróquia de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha completa 99 anos




Nós, os gafanhões, somos assim...

A paróquia de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha completa hoje 99 anos de vida. Daqui a um ano, se Deus quiser e o povo estiver unido, celebraremos o primeiro centenário. É curioso como um século de existência parece tão curto. Digo isto, porque tive o privilégio de conviver com gafanhões que, antes de 1910, lutaram para que a então povoação da Gafanha se tornasse independente e seguisse a sua vida, deixando, por isso, a casa materna.
Antes dessa data, que foi a consagração desse esforço, já o nosso povo andava a construir a nova igreja matriz, que foi inaugurada, ainda inacabada, em 1912. Contudo, segundo Nogueira Gonçalves, a inauguração aconteceu em 1918, tendo o templo sido "produto de construtores locais". Como paróquia e freguesia nasceram juntas, como rezava a lei da monarquia, na altura própria as águas foram separadas, e ainda bem. A paróquia seguiu, como lhe competia, a valorização espiritual, cultural e social, e a freguesia voltou-se para o lado que lhe competia, procurando dar outras e variadas respostas, de vertente política, para bem da comunidade humana, na qual se insere a religiosa.
Hoje, porém, penso que se torna importante olhar o futuro com certezas de uma terra mais próspera, sob todos os ângulos de vista. Mais próspera, tendo sempre presente que o progresso deve ser sustentado, isto é, com os pés bem assentes na matriz das nossas raízes e sem ofensas ao ambiente e às pessoas.
Os gafanhões actuais vieram um pouco de toda a parte. Há anos, a análise a um recenseamento dizia que por aqui habitavam pessoas de mais de mil origens. Mas pode dizer-se, sem iludir ninguém, que toda a gente foi integrada, naturalmente, sem conselhos fossem de quem fossem, e sem decretos que nos recomendassem atitudes a seguir, no sentido da aceitação dos outros. Nós, os gafanhões, somos assim: abertos, acolhedores, dinâmicos, amigos dos seus amigos, empreendedores, capazes transformar areias esbranquiçadas e estéreis, das dunas, em terra fértil.
Neste dia de aniversário permitam-me que recorde a importância de nos prepararmos para o centenário, quer apoiando as autoridades religiosas ou políticas, quer avançando com projectos próprios, com a convicção de que a festa tem de ser de todos e para todos.


Fernando Martins

Ted Kennedy escreveu ao Papa pouco antes de morrer

"Na carta, Ted Kennedy afirma que 'a fé católica está no centro da família' Kennedy e diz que foi a fé que o ajudou a lutar nas horas de maior sofrimento. Também diz que pediu que a carta fosse entregue pessoalmente, pelas mãos de Barack Obama, porque este também é um homem de fé."

Leia mais aqui, no i

domingo, 30 de agosto de 2009

Festas em honra de Nossa Senhora da Nazaré


Nossa Senhora da Nazaré





Teve lugar hoje, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, a festa em honra da nossa padroeira. Foi uma festa simples, mas bastante significativa, organizada pela Irmandade de Nossa Senhora da Nazaré, que tem por missão promover o culto à Virgem Maria, como lembrou, na missa solenizada das 11.15 horas, o Prior da Freguesia, padre Francisco Melo.
Gostei muito de participar nesta eucaristia, presidida pelo nosso Bispo, D. António Francisco dos Santos. Igreja cheia, coral dirigido por Cristina Ribau e acompanhamento musical da Filarmónica Gafanhense, onde sobressaiu a escolha dos cânticos e a harmonia do conjunto.
D. António elogiou a participação de todos e a urgência de se apostar numa comunidade, com projectos em sintonia com o Plano Diocesano de Pastoral.
O nosso Bispo ainda deu posse ao novo vigário paroquial, padre César Fernandes, que os gafanhões já conhecem e cuja dedicação apreciam.
À tarde realizou-se a procissão, com irmandades, instituições paroquiais, músicas e muito povo, que percorreu o trajecto habitual, passando pelo Cruzeiro.
Não houve festa profana. Sei que o povo gosta de festa, também com conjuntos musicais, comes e bebes, barracas de bolos e de quinquilharias, arraial e foguetes. Não sei se é bom ou menos bom ficar-se simplesmente pela festa religiosa. Em tempo de crise, económica e social, penso que a opção deste ano se justifica perfeitamente. Outros dirão que não. Gostos não se discutem. Mas cá para mim, que já tenho boa idade para pensar com calma, concordo com a festa religiosa apenas. Há bastantes festa musicais e outras que a Câmara de Ílhavo patrocina ou organiza.
Mais um apontamento, sobre a Irmandade de Nossa Senhora da Nazaré. Por sugestão do padre João Ferreira Sardo, a irmandade foi criada em 22 de Agosto de 1902, conforme alvará emanado do Governo Civil. Depois, os Estatutos foram aprovados pelo Bispo-Conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, em 4 de Maio de 1903. Ainda não tinha sido criada a paróquia. Pertencíamos, então, àquela diocese. A Diocese de Aveiro foi restaurada em 11 de Dezembro de 1938.

Fernando Martins

Costa Nova: pescadores na ria

Hoje, manhã cedo, na Costa Nova, a sensibilidade do Carlos Duarte captou esta contraluz para seu e nosso deleite. É como um poema que na aurora brota, saltitante, da nossa imaginação para a luz do dia. E a safra dos pescadores, madrugadores, dá-nos, a cada momento, o estímulo de que precisamos para o cântico matinal, impregnado da alegria de viver.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 147

BACALHAU EM DATAS - 36



MESTRE MÓNICA

Caríssimo/a:

Aproximemo-nos de uma das nossas mais gradas figuras – certamente Mestre Manuel Maria estará entre os “dez mais” da nossa Comunidade.
Sirvamo-nos de duas transcrições da revista «Propaganda Industrial», de 1957.
A primeira pretende ser um retrato tirado na comemoração do “LXX aniversário da fundação dos Estaleiros Mónica”:

«Manuel Maria Bolais Mónica nasceu em Ílhavo em1889, sendo filho do construtor de barcos José Maria Mónica, que durante anos e anos trabalhou afincadamente nos estaleiros de seu pai, em Gafanha, onde, traçando planos de embarcações que, depois de construídas, seguindo sempre a feição tradicionalista, eram lançadas à água. Passava-se isto no tempo em que as fainas se prolongavam pela noite fora e eram iluminadas a archotes de alcatrão.
Em 1910, o Pai Mónica entendeu aproveitar a colaboração dos seus dois filhos, Manuel e António, que deveriam ser os continuadores da sua obra. Foi assim que, apenas com 21 anos de idade, Manuel Maria iniciou a sua carreira de construtor naval em que obteria plena consagração.
Perito na construção em madeira, das suas mãos privilegiadas e competentes, saíram já muitas dezenas de navios de linhas airosas, altos panos e borda firme: traineiras, cargueiros, bacalhoeiros, lugres, rebocadores, lagosteiros, etc..
Construiu o Mestre nos seus estaleiros, até hoje [1957], 85 unidades. Na sua especialidade – construção em madeira – são os Estaleiros Mónica considerados hoje como um dos melhores da Europa, senão o primeiro.
Em 1942, a quando da construção de 6 caça-minas para o Almirantado Britânico (Port PatriK, Port Belo, Port Reath, Port Stanlley, Port Royal e Port Patroch), foram confirmados os seus méritos e a qualidade dos trabalhos ali realizados pelos Engenheiros Dobson, do Almirantado Britânico, e Dicson, dos Loyds de Londres, que, na homenagem prestada ao construtor e seus colaboradores, tiveram palavras de elogio que a modéstia, aqui, não deixa reproduzir.
Mestre Manuel Maria é agraciado pelo Governo da Nação com as insígnias de Mérito Industrial e Cruz de Cristo.
Pretendeu o Mestre iniciar nos seus estaleiros a construção de navios em aço, mas o alvará que lhe foi concedido em 1945 concedia-lhe a respectiva licença, mas a título precário e provisório,sem direito a indemnização. Desgostoso, em 1947, resolveu encerrar o trabalho dos estaleiros, que estiveram paralisados durante cerca de 5 anos, pois só em 1952, a pedido da Parceria Marítima Esperança, reiniciou os seus trabalhos na construção dos navios Ilhavense II e Celeste Maria.
Mestre Mónica para melhor apetrechamento dos seus estaleiros, foi a Inglaterra, onde adquiriu uma doca flutuante de betão armado, para o serviço da frota bacalhoeira do porto de Aveiro, a segunda do País. Esta doca tem o comprimento total de 65,90 m. e a largura máxima de 19,45 m. e permite a docagem da maior parte dos navios entrados neste porto de pesca. [...]
Actualmente tem em construção os seguintes navios: Nau de S. Vicente, para a expansão comercial portuguesa nos estrangeiro; Novos Mares, para a pesca do bacalhau, e Helena Vilarinho, para a pesca de arrasto.
Nos seus estaleiros trabalham presentemente 250 operários especializados, o que nos permite avaliar a grandeza das construções em curso.»

A segunda é um hino:

«Parece-me que respiro melhor, quando vou à Gafanha benzer os barcos de Mestre Mónica. Mas não é só o ar da ria que tem o dom de nos abrir os pulmões. É não sei que fulgor de abundância, de riqueza nacional, de vitorioso progresso que por ali passa e nos bate em cheio no peito. É um milagre de beleza que Mestre Mónica sabe extrair de troncos rudes, de matéria informe. Quando passam os carros a gemer sob o peso morto daqueles pinheiros, quem imagina a elegância e a majestade, a doçura e a força, a maravilha e arte que dali vão sair!
Vai Ilhavense; vai Santa Joana; vai, Santa Mafalda; vai, Avé -Maria, desce imponente a húmida calha, entra nas águas, encanta os mares, recolhe a presa, e depois, ao regresso, entra airosa na barra, ao som da orquestra, ao flutuar das bandeiras, à alegria das multidões!
.
Aveiro, 5 de Abril de 1957
.

+ João Evangelista,
Arcebispo-Bispo de Aveiro
»

Manuel

sábado, 29 de agosto de 2009

Nomeação na Diocese de Aveiro

D. António Francisco dos Santos 
procedeu  a nomeações 


O múnus de servir o Povo de Deus que me foi confiado e de anunciar a Boa Nova do Reino no coração do mundo do nosso tempo e o imperativo de prepararmos desde já o novo Ano Pastoral no quadro do nosso Plano Diocesano de Pastoral tornam necessário e urgente prover as Estruturas diocesanas, os Serviços pastorais e as Paróquias da Diocese de pastores generosos e de servidores dedicados. 
A ordenação de um novo presbítero, o primeiro desde que fui chamado a servir a Igreja Diocesana de Aveiro, e a ordenação de seis diáconos permanentes mobilizaram e encheram de alegria toda a Diocese e constituem para cada um de nós um sinal de confiança no futuro e uma bênção de Deus que devemos agradecer e merecer. 
Este sinal de esperança não nos faz esquecer a escassez de Clero nem nos dispensa de recorrer à cooperação de Igrejas irmãs e de Congregações religiosas mas ajuda-nos a olhar o horizonte da missão com espírito fortalecido e generoso, anima-nos a investir com confiança e com determinação no Seminário e na Pastoral Vocacional e incentiva-nos a trabalhar em toda a Diocese com renovado entusiasmo e com fundada alegria, certos de que Deus não faltará à sua Igreja com os trabalhadores necessários. 

Ver todo o documento aqui