terça-feira, 4 de agosto de 2009

Leituras nas Praias da Barra e da Costa Nova

Biblioteca na Praia da Barra
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BIBLIOTECA: BOA ALTERNATIVA
AO NÃO FAZER NADA
Há iniciativas que merecem aplausos. Destaco, desta vez, a Biblioteca de Praia 2009, um projecto da Biblioteca Municipal, da responsabilidade da Câmara de Ílhavo. Boa ideia, sim senhor. E já vem de anos atrás, certamente para continuar. Passei por lá para ver o ambiente. Havia sempre alguém que procurava um livro para ler, em qualquer posição, sentado, recostado ou deitado no areal, recebendo o ar carregado de iodo e o sol benfazejo. Pelas informações que colhi, junto de uma funcionária simpática, sempre de sorriso aberto, há livros para todas as idades e dos mais variados autores, nacionais e estrangeiros. E quando algum veraneante procura um livro que não está disponível, é certo e sabido que no dia seguinte já está na Praia da Barra, porque a Biblioteca Municipal está preparada para atender as solicitações dos que optaram pelos nossos areais junto ao oceano. Disse na Praia da Barra, mas o mesmo acontece na da Costa Nova, da área do município. Entretanto, crianças desenhavam e pintavam em mesas montadas junto à Biblioteca. Outras liam, concentradas. A funcionária adiantou-me que está para chegar um contentor para proporcionar actividades lúdicas, no sentido de espevitar a criatividade das crianças, adolescentes e jovens, que frequentam as praias ilhavenses, durante este verão. Boa alternativa ao não fazer nada... FM

MAR AGOSTO '09

28 de Agosto
LUIS REPRESAS
NA COSTA NOVA
Diz um velho ditado, com alguma lógica, que “tristezas não pagam dívidas”. E um outro refere que “Mais vale rir que chorar”. Partindo destes pressupostos, vamos tentar viver as férias com a alegria possível e desejável. Para este mês de Agosto, a autarquia ilhavense fez uma programação abrangente, chegando a todo o concelho, que não é assim tão grande, geometricamente falando. Há festas para todos os gostos, para todas as idades e para todas as sensibilidades. Também não deve faltar ânimo para participar, até porque é quase tudo oferecido. Os comes e bebes, como é óbvio, têm de ser pagos. Mas como cada um pode comer à medida do seu bolso, penso que o assunto, em princípio, está resolvido. Música a rodos mais espectáculos variados enquadram uma panóplia de diversões. Mas permitam-me que destaque a I Semana Náutica do Município de Ílhavo, o Festival e Marisco na Costa Nova, as comemorações do 72.º Aniversário da Fundação do Museu Marítimo de Ílhavo, o Festival do Bacalhau, a Rota das Padeiras e o grande concerto com Luís Represas.
Ver programa detalhado aqui

Fotografias de Carlos Duarte na Costa Nova

É hoje inaugurada, às 17h, a exposição de fotografia de Carlos Duarte sobre a Ria, na Residencial Azevedo na Costa Nova. São cerca de 50 trabalhos, representando vários temas da nossa Ria, vistos pelo olhar atento deste fotografo natural de Coimbra, mas que desde 1978 tão bem tem retratado toda a região de Ílhavo e em especial a zona lagunar. Esta exposição está patente durante Agosto e Setembro.

FÉRIAS EM TEMPO DE CRISE

Barcos de Monet
Trabalhar com as próprias mãos Trabalhar com as próprias mãos em tarefas caseiras, na costura, no seu ofício, na bricolagem e fechar o rádio e todo o zunzum interior escutar o que fala sem palavras enquanto as mãos se ocupam e ocupam a superfície da alma. Ou então, conduzir um automóvel muito distendido, atento, delicado uma vez que essa ocupação deixa livre um pensamento sem pensamento que amadurece algures Maurice Bellet

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Marina no Jardim Oudinot

Será que há alguém capaz de me explicar por que razão a Marina do Jardim Oudinot, no Forte da Barra, se apresenta, normalmente, sem sinais de embarcações, que lhe dêem motivos para existir? Foi inaugurada há um ano e ainda não foi utilizada. Será que não tem condições para isso?

Ideias para um país novo

Para um país novo, proponho três ideias muito simples:
1- Aprender a gastar menos.
2- Os ricos não são os que mais têm. São os que menos precisam.
3- Viver o dia de hoje, pensando no de amanhã, e não no de ontem.
Ângelo Ribau

Crónica de férias

Madrasta
Passou-se numa das lojinhas do comércio local. Aquele que ainda permite às pessoas um breve encontro com os vizinhos, os amigos ou alguma pessoa conhecida daqui ou dali. Dois dedos de conversa e as pessoas ainda não passaram ao anonimato e à despersonalização que acontece nos grandes centros comerciais Assim aconteceu, e deu de caras com esta cena enternecedora, pouco comum nos dias que correm, dumas férias que são também para muita gente, um reencontro! A menina duns tenros dez aninhos de idade, estava tão agarrada àquela jovem senhora, que suscitou a pergunta:_ É a mãezinha, não é? Estavas com saudades dela? A cena era realmente comovente dada a intensidade com que a criança abraçava a suposta mãe! _Não, sou a madrasta, replicou a jovem, bonita, fresca na idade e na postura! O discurso foi aquele que profere uma pessoa sensível, sensata, de boa formação humana, perante uma situação delicada, mas que está perfeitamente à altura da mesma. Estava consciente do seu papel de maternal, prestadora de carinho e afecto, mesmo não sendo sua filha de sangue. Uma clara prova de inteligência, num relacionamento que se pretende válido, gratificante e duradouro! Verdadeiramente exemplar! Conhecia bem aquela menina, sua aluna lá da Escola e estava dentro da problemática da custódia dos filhos, resultante duma quebra dos laços familiares. O rendimento escolar da aluna, marcada por conflitos familiares desestabilizadores para o equilíbrio de qualquer ser humano, variava ao ritmo da instabilidade emocional em que a mesma vivia. Percebia-se ali, traduzido por gestos e palavras, uma carência afectiva profunda que perturbava a atenção e a concentração da criança. Todos os professores estavam atentos a este historial e tentavam, da melhor forma, compensar essa lacuna. Nem sempre era fácil, já que os docentes são seres humanos com as suas próprias dificuldades e que têm de gerir “n” conflitos e situações, emergentes do seu quotidiano. Aqui e sempre, o papel polivalente do Professor! Dava aqui pano para mangas, reflectir sobre as consequências para os filhos da separação dos pais. Estes tentam resolver os seus problemas conjugais, ignorando, por vezes, o enorme sofrimento que causam aos filhos. Os novos companheiros que vão ocupar o lugar afectivo e efectivo, pensa-se, junto dos progenitores, nem sempre entendem que as crianças têm um lugar importante. Devem ser tratadas como gente importante, e não é raro deparar com casais em que o papel da madrasta e aqui refere-se mesmo o elemento feminino, faz jus ao termo carregado de conotação negativa. “Madrasta, o nome lhe basta”, diz o povo e é bem verdade. É das tais palavras que, tal como outras já referidas em contextos específicos, soa mal, inspira mal e as mais das vezes tem mesmo correspondência na vida real. No caso, ora citado, acontece a meritória excepção que vem com toda a força, confirmar a regra! Mª Donzília Almeida 02.08.09