terça-feira, 31 de março de 2009

A Questão de Deus (II)


1. Não se pense que a «questão de Deus» é indiferente como se de um “tanto faz” se tratasse. Talvez este seja o primeiro obstáculo a superar, na busca de fazer sentir que o indiferentismo alastrante (nestes assuntos do sentido da vida e de Deus) não será uma moda bem-vinda… esse futuro ilusório de autonomia humana, mas um pobre retrocesso na “resposta mais profunda ao sentido de viver” que as religiões representam, como sublinha o reconhecido ensaísta Eduardo Lourenço. Reparemos na fonte das sabedorias da Ásia…Compreende-se a necessária e saudável laicidade dos Estados (que volta e meia na Europa absolutizadora da razão de Estado resulta numa liberdade religiosa de fronteiras dúbias…), a apreensão de um conjunto de valores que alimentam as éticas e dão razões à existência, dados que não se poderão dissociar do espaço público…

António Barreto apresenta livro de D. Manuel Clemente

"D. Manuel Clemente não é o primeiro cujas homilias são editadas. Há antigas tradições de que António Vieira é seguramente um dos principais patronos. E aqui no Porto, também não é uma novidade absoluta: basta lembrar D. António Ferreira Gomes. Por que razão então sublinho este gesto? Porque não é comum, como já disse. Mas sobretudo porque revela uma maneira diferente de exercer as suas funções.
Quem publica, quer ser lido. Quem lê, reflete e pensa. Quem pensa, verifica o pensamento dos outros, dos autores. Quem comenta, acrescenta qualquer coisa. Por outras palavras, quem edita, submete-se ao julgamento dos leitores, quer dialogar com eles, dispõe-se à discussão e expõe-se ao escrutínio. Não se satisfaz com a palavra catedrática, não pretende que acreditem apenas na autoridade do magistério."

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Antes da glória

"Contrariamente ao que acontece com outro tipo de festas religiosas, as que recordam os passos do Calvário estão dominadas pelo sofrimento. E são esses quadros os que se apresentam à sociedade de hoje, aparentemente divorciada de qualquer sombra de dor e empenhada em conquistar apenas momentos de júbilo. Paradoxalmente, acolhe a memória da Cruz do Redentor, incapaz de permanecer indiferente ao que se passa de único nessas procissões de passos irrepetíveis na História da Humanidade."
Paulo Rocha
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segunda-feira, 30 de março de 2009

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1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome. 2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem manda bocas. 3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias. In Rerum Natura

Povoamento da Gafanha: História ou lenda?

O povoamento da Gafanha continua envolto em muitos mistérios. Já tenho ouvido várias versões, mas certeza, certezinha, ainda não encontrei. Vou tentar arranjar tempo para mais leituras. Vou à cata de mais verdades. Será que encontro? Quem dá uma ajuda?

A Questão de Deus (I)

Sartre
1. Especialmente desde os tempos do chamado positivismo, criado por Augusto Comte (1798-1857), daí para cá, os argumentos da razão humana se esforçaram mais em provar a ausência de Deus que a sua significativa existência como dadora de sentido à vida. Na filosofia anterior, mesmo com a dúvida simbolizada em Descartes (1596-1650), o pai da filosofia moderna, há lugar para ver além dos cálculos visíveis. O positivismo de meados do séc. XIX (o acreditar unicamente naquilo que se pode ver, experimentar, medir, calcular, dando a entender que tudo tem fórmulas…!) rapidamente cresceu, buscando o ser humano uma autonomia tal a ponto de julgar-se não precisar de ninguém. Neste encadeamento, após a designada filosófica «morte de Deus» pelo niilismo de Nietzshe (1844-1900), considerar-se-á que os outros são uma atrapalhação («o inferno são os outros», dirá o existencialista Sartre (1905-1980). Leia mais em Alexandre Cruz

GAFANHA DA NAZARÉ: Devoções pelas Almas do Purgatório

TRADIÇÃO REVIVIDA NO SALÃO DA IGREJA MATRIZ
A antiga tradição do Cantar das Almas, uma devoção pelas Almas do Purgatório, foi revivida no salão paroquial da Gafanha da Nazaré, no passado sábado, com o rigor possível e fruto de investigação. Participei fazendo a introdução, antes das actuações do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré e do Grupo Folclórico de Portomar, Mira. Esta devoção caiu em desuso há anos. Os tempos de hoje já não permitem nem suscitam interesse por este culto, que outros tomaram o lugar dele. Não podemos levar a mal, porque a vida é assim mesmo. Contudo, podemos e devemos, de vez em quando, lembrar aos mais novos como era a vida dos nossos avós. Permitam-me que louve o nosso Grupo Etnográfico pelo seu trabalho em prol da cultura das nossas gentes.
Fotos: Grupo de Portomar sobe ao palco do salão; O Grupo Etnográfico mostra a entrega de esmolas para mandar celebrar missas pelas Almas do Purgatório.

AVEIRO com mais uma livraria

Praça Marquês de Pombal (Foto do meu arquivo)
A Buchholz inaugura a sua terceira livraria
A Buchholz inaugurou a sua terceira livraria. Aconteceu no passado sábado, para alegria dos amantes dos livros e da leitura. Situado na Praça Marquês de Pombal, em Aveiro, apresenta-se, para já, com 20 mil livros, espalhados por uma área de 120 metros quadrados. Espero, sinceramente, que tenha os maiores êxitos. E que saiba enfrentar as dificuldades, explorando a arte de atrair clientes. Hei-de passar por lá um dia destes, para ver como se apresenta.

ACORDO ORTOGRÁFICO ENTRA EM VIGOR EM 5 DE MAIO

Segundo o Ministério da Cultura, no próximo dia 5 de Maio entrará em vigor o Acordo Ortográfico em Portugal. Ao mesmo tempo, o Ministério da Educação admitiu que não estão reunidas as condições para aplicar o Acordo no próximo ano letivo. Apesar desta contradição, espero que, desta vez, será de vez. Protestos? Há muitos, graças a Deus. Mas isso não impede que o Acordo avance. O mesmo aconteceu com o euro. Houve quem protestasse, e muito, mas dias depois, já toda a gente o usava, com a maior das facilidades.
NOTA: Já apliquei, neste texto, o Acordo Ortográfico.

domingo, 29 de março de 2009

Ria de Aveiro: Hora de Pesca

Na Ria de Aveiro, em dia e hora de pesca, há sempre espaço para usufruir as belezas da nossa laguna. De vez em quando aqui a mostrarei, sobretudo aos que vivem longe destes ares e destas paisagens.