quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fome no Mundo

Corar de vergonha Para os católicos de todo o mundo, começa hoje a Quaresma. Um tempo especial de preparação para a Páscoa. A grande festa do Cristianismo. Para estes mais de mil e cem milhões, esta Quarta-feira ficará marcada pela prática do jejum. Mas, se para a maior parte dos cerca de 280 milhões que habita na Europa, um dia de privação voluntária de alimentos será, sobretudo, razão para dar graças pela sua abundância, nos restantes dias do ano, para a quase totalidade dos 150 milhões que habita em África, o mais provável é que este seja apenas um dia com a mesma fome de outro qualquer… Apesar de trinta anos de progressos - segundo o Banco Mundial - há ainda hoje mais de mil e 400 milhões de pobres que vivem com pouco mais de um dólar por dia. Um estudo da ONU revelou-nos, esta semana, um dado ainda mais chocante: metade da comida que actualmente se produz no mundo é desperdiçada. Não fosse assim e não só chegaria para alimentar a totalidade da população mundial como aquela que se prevê venha a existir em 2050. Para isso, bastava que se aumentasse a eficiência na cadeia alimentar e se combatesse o desperdício. Um terço do leite produzido nunca é bebido. Um quarto da produção americana de frutos e vegetais apodrece na distribuição. Metade do lixo dos aterros australianos é constituída por restos alimentares. Um terço dos alimentos comprados na Grã-Bretanha nunca é ingerido. Em tempos de crise, um mundo assim devia fazer-nos corar de vergonha. Basta querer para mudar. Graça Franco In RR

ÍLHAVO: XI Festilha

Tuna Feminina da AA da Universidade de Aveiro
Festival de Tunas de Ílhavo
As Tunas Universitárias vão voltar ao Município de Ílhavo para integrar a 11.ª edição do Festilha - Festival de Tunas de Ílhavo, que decorrerá no próximos dia 28 de Fevereiro pelas 21.30 horas. A iniciativa, da responsabilidade da Câmara Municipal de Ílhavo, em colaboração com a Tuna Universitária de Aveiro, realiza-se este ano no Centro Cultural de Ílhavo. O habitual Concurso de Tunas conta com a participação da TEUP - Tuna de Engenharia da Universidade do Porto, Copituna d'Oppidana - Tuna Académica da Guarda, TUNADÃO 1998 - Tuna do Instituto Superior Politécnico de Viseu e da Tuna Bruna - Tuna Académica da Universidade Internacional da Figueira da Foz. Regista-se ainda a presença da Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro e da TUA - Tuna Universitária de Aveiro, sendo que estas não se apresentam a concurso.

Entrada na Barra de Aveiro

Tive um amigo que todos os dias, por norma, ia até à Barra. Dizia-me com ar muito sério que não passava sem lá ir. Se um dia falhasse, por razões imponderáveis, garantia-me que tinha o dia estragado. Eu não sou tanto assim, mas quando posso lá vou. É que há cenas, como esta, tão simples, que nos transmitem uma serenidade inexplicável. Adivinhem como o navio desliza pelas águas mansas do nosso mar.

Depois do Carnaval… Já estamos na Quaresma

UMA QUARESMA DIFERENTE
Apesar das crises, que muitos de nós sentimos no dia-a-dia, não faltou quem tenha vivido o Carnaval, com alegria e até euforia. Tem sido sempre assim, desde que registei esta festa popular como obrigatória, sobretudo para quem tem espírito para tal. Depois aprendi que o Carnaval mais não é do que uma válvula de escape para a seguir entrarmos na Quaresma, período mais dado à meditação, à oração e à partilha do que pudermos com os que mais precisam. Isto em espírito cristão, mas com abertura a todos os homens e mulheres de boa vontade. Penso que não faltarão, nesta quadra, ricos que possam receber e pobres que possam dar. É tudo uma questão de boa vontade. Hoje sugiro que vejam, aqui, a mensagem quaresmal do Bispo do Porto, D. Manuel Clemente. Pode ser um bom ponto de partida para vivermos este ano uma Quaresma diferente

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Casting para canal de televisão online na UA

Este é uma iniciativa destinada a abrir um canal de televisão online formado por alunos da universidade de Aveiro. Chama-se Seca2.tv (www.seca2.tv) e procura estudantes com vontade de participar no projecto. Se tem vontade de experimentar ser produtor/realizador, operador de câmara, jornalista, pivot, editor de vídeo ou designer, ou tem apenas curiosidade pelo projecto, apareça Segunda-feira, dia 2 de Março, às 17h00, no Bar do Estudante. Basta inscrever-se em www.seca2.tv
Leia mais aqui

FLORINHAS DO VOUGA com nova Casa

Nas Florinhas do Vouga (Foto do meu arquivo)
AS FLORINHAS DO VOUGA VIVEM A OUSADIA DA CARIDADE
"Setenta anos depois da sua fundação é outra a vida das crianças e das famílias e bem diferente a realidade humana e social de Aveiro. Mas continua a ser necessária esta Instituição. Como Instituição da Igreja, as Florinhas do Vouga vivem a ousadia da caridade evangélica, onde se espelha e afirma o amor de Deus pelo seu povo e como Instituição prestigiada e amada de Aveiro sentem-se ao serviço da cidade, da diocese e da região. Não pode ter limites nem demoras o serviço aos mais pobres. Os pobres não podem esperar. Que o digam os sem abrigo, que diariamente recebem a Ceia com calor! Não pode haver fronteiras no horizonte da missão que Florinhas do Vouga assumiu ao procurar fazer bem o bem, lá e sempre, onde for necessário. Que o digam tantas vidas sofridas, espelhadas no rosto das crianças da Creche, do Jardim de Infância e do A.T.L., na voz tantas vezes silenciada das famílias do Bairro de S. Tiago, dos carecidos de refeição ou de vestuário, no olhar ansioso de jovens e adultos em busca de um futuro digno e na procura preocupada de tantos outros que sabem que aqui encontram portas sempre abertas e gente de coração livre e disponível para iluminar caminhos de alegria e de esperança."
Do discurso do Bispo da Aveiro, no dia na inauguração

Paciência

Quando vou até ao mar, e vou muitas vezes, deito sempre um olhar aos pescadores que ali esperam, pacientemente, que o peixe resolva olhar para a isca que o anzol segura para enganar o freguês. Os pescadores são mesmo o símbolo perfeito da calma, da serenidade, da paciência, do amante do silêncio e da solidão. Aprecio-os por isso tudo.

Crónica de um Professor....

Carnaval 2009: "O mundo é um grande palco... onde todos nós somos actores!" Nesta quadra de Carnaval, ocorre-lhe à memória esta frase lapidar do grande dramaturgo do teatro isabelino, William Shakespeare. Este retratou, de forma magistral, as emoções, as paixões, os conflitos que assaltam a alma humana, na sua peregrinação pela terra. E, numa quadra em que cada um põe à prova toda a sua imaginação, a sua criatividade o seu sentido crítico, impõe-se ainda com maior acutilância. Todos e cada um de nós protagonizam o seu papel, no palco enorme que é a vida. Esta vai-se desenrolando em sucessivos actos, cenas, mais ou menos dramáticos, mais ou menos tragicómicos. Uns papéis são espontâneos, improvisos, outros mais ou menos ensaiados, conforme a perícia do actor e a acuidade dos espectadores! Às vezes, anda-se uma vida a ensaiar um passo, um sorriso, uma cena. E tão verdade é, que os nossos alunos, a cada passo, referem “a cena”, como algo que faz parte intrínseca das suas vivências. “Qual é a cena, meu?”- ouve-se com frequência na boca dos nossos adolescentes, da juventude hodierna! Interpelada pelos seus alunos sobre a fantasia que iria vestir neste Carnaval, e fazendo uma retrospectiva da sua vida, responde a teacher, em tom melancólico: A minha fantasia? A minha fantasia preferida... ora, deixem-me pensar! Depois de alguns momentos de evocação e mergulhada numa nostalgia, algo incómoda, respondeu a teacher: Eu... o que gostaria de “vestir” era a figura duma fada, numa veste resplandecente coberta de lantejoulas, empunhando uma varinha de condão! A sua função docente, impusera-lhe que fizesse bem a distinção entre a referida varinha de condão e a imagem recorrente para todas as donas de casa que é a famigerada varinha mágica. Com a evolução semântica da língua, não pode hoje falar nesses termos, pois faz evocar à memória de toda a gente, aquele utensílio existente em todas as cozinhas e que miraculosamente tritura a sopa deixando-a reduzida a puré! -Imaginem agora, meninos, a teacher, vestida de fada, com uma varinha mágica na mão! Pronta a triturar o caldeirão de sopa onde se afogou o João Ratão por um enormíssimo golpe de azar! Mas... que faria com a sua varinha de condão? Inquiriram os mais curiosos. Começava a fazer “milagres”, aqui e agora, nesta sala de aula! Injectava em todas estas cabecinhas que me estão a ouvir, uma enorme, gigantesca vontade de... aprender... Inglês e não só! Aprender muita coisa, quase tudo aquilo que os vossos professores teimam em vos ensinar! Depois... partiria para o vasto mundo... e contagiaria toda a gente duma “doença” a que se chama HARMONIA... UNIVERSAL! Bastava-me apenas isso! Sim, porque... por arrastamento… todos os problemas mundiais teriam aí a sua solução! E... o que seria verdadeiramente assombroso... é que o mundo sofreria uma enorme metamorfose! Dum inferno vivo... passar-se-ia de imediato a um paraíso terrestre! Mª Donzília Almeida 22.02.09

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ruas da Gafanha da Nazaré: Manuel da Rocha Fernandes

Um presidente da Junta de Freguesia
que merece o nosso reconhecimento

Manuel da Rocha Fernandes (acrescentava Júnior, para que não fosse confundido com seu pai, que tinha o mesmo nome), mais conhecido por Senhor Rocha ou Mestre Rocha, foi presidente da Junta de Freguesia entre 1942 e 1963. Exerceu essas funções, tanto quanto sei, pelo gosto que tinha em servir a sua e nossa Gafanha da Nazaré. Faleceu em 1985, com 78 anos de idade.
Sendo certo que “Deus, que é Deus, não agrada a todos”, como reza o ditado, também terá os seus críticos. Contudo, a balança pende mais para o lado dos que recordam o quanto de importante fez na freguesia. Justa é, portanto, a rua que lhe dedicaram e que liga, perpendicularmente, as ruas Camilo Castelo Branco e Padre Américo. Não se trata de uma rua com muito movimento, mas nem por isso deixa de assinalar a acção deste gafanhão em prol da nossa terra.
No seu livro “Hidro-Aviões nos céus de Aveiro”, Joaquim Duarte, que conheceu de perto e conviveu com o Senhor Rocha, recorda os tempos em que o nosso homenageado foi um conceituado Mestre nas oficinas da Escola Naval de S. Jacinto. Referiu que era um Mestre “estimado na Escola, quer pelo pessoal militar, quer pelo pessoal civil, a que pertencia e de quem veio a ser chefe durante vários anos”.
Noutra passagem do seu livro, sublinha os grandes melhoramentos que valorizaram bastante o viver das gentes de então, de que destacou “o Mercado, o Edifício dos Correios, Escolas e novas estradas”, mantendo “acesa disputa com presidentes da Câmara de Ílhavo, sempre na defesa da sua terra”.
Enquanto presidente da Junta, o Senhor Rocha defendeu estrategicamente a zona da igreja matriz, “centro geográfico da Gafanha da Nazaré”, como costumava frisar, para ali se instalar o mercado e os Correios, que muitos queriam ver na Cale da Vila, por na altura ser o lugar da freguesia com mais comércio e indústria.
Para as ruas, lutava sem tréguas para conseguir traçados rectilíneos. Era paciente e arguto negociador com os proprietários, demonstrando-lhes as vantagens de haver ruas com poucas curvas. Recordamos que era bom orador e homem disponível para servir, também na comunidade religiosa. Foi durante muitos anos ensaiador do grupo coral, que dirigia, sobretudo, nas missas festivas. Chegou a ensaiar e a dirigir outros corais, ainda nas eucaristias das festas, nas Gafanhas da Encarnação e do Carmo.
Lembramos bem que era acompanhado, muitas vezes, pelo Padre Redondo ao órgão. Ainda nos garantiram que o Senhor Rocha é o autor dos cânticos do Cortejo dos Reis, e não só, que os mais antigos recordam com saudade, como comprovámos, há dias, ouvindo melodias suas, entoadas pela Maria Lourenço, a sacristã da nossa paróquia.

 Fernando Martins

Passeios pelos Canais da Ria de Aveiro

É sempre agradável apreciar a cidade e arredores, com olhos embarcados no moliceiro ou aparentado, cirandando pelos Canais da Ria. As viagens sucedem-se e a experiência sai sempre enriquecida.