quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Dia dos Namorados




Princípios



Podíamos saber um pouco mais
da morte. Mas não seria isso que nos faria
ter vontade de morrer mais
depressa.

Podíamos saber um pouco mais
da vida. Talvez não precisássemos de viver
tanto, quando só o que é preciso é saber
que temos de viver.

Podíamos saber um pouco mais
do amor. Mas não seria isso que nos faria deixar
de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou
amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada
sabemos do amor.

Nuno Júdice
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In “366 poemas que falam de amor”,
antologia organizada
por Vasco Graça Moura

Museu de Aveiro


Directora do Museu
quer mais público e mais mecenas

O Museu de Aveiro está em obras, que terminarão entre o Verão e Outubro do próximo ano. Com novas áreas e possibilidade de oferecer um melhor serviço, a expectativa é aumentar o público e cativar mecenas para, entre outros objectivos, suportar a conservação e restauro de peças para apresentar na abertura após as obras

Com as obras a decorrer, que zonas do Museu é possível visitar neste momento? O Museu não fecha durante este período, fomos adaptando o circuito e reduzindo-o de acordo com o avanço da obra. Vamos entrar agora na última fase que é o circuito de visita: composto pela Igreja de Jesus, sala do túmulo da Princesa Santa Joana e acrescido da visita à Igreja das Carmelitas. Estamos a prever este cenário para Março. A entrada no edifício será feito pela Galilé, através da sacristia, a partir da qual poderá depois fazer-se a visita à Igreja de Jesus e à sala do túmulo de Santa Joana. Será também sugerida a visita às Carmelitas. Vamos assegurar a abertura e gerência através de um protocolo com o IPPAR e outras entidades envolvidas, e a paróquia, que acolhem os serviços técnicos, na casa anexa às Carmelitas, e nós proporcionamos a visita à Igreja com o nosso pessoal.
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Leia a entrevista no Diário de Aveiro

Imagens de Ílhavo

Homenagem
aos que morreram na guerra
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No jardim de Ílhavo está um monumento aos que morreram na guerra. Nas várias frentes de guerra, incluindo o mar. Está no centro, para que todos os ilhavenses recordem os seus antepassados que morreram nos conflitos que homens criaram e alimentaram.
Na Gafanha da Nazaré falta um monumento destes. Simples como todo o nosso povo. Mas que nos lembrasse que houve gafanhões que morreram nos conflitos armados. Penso que será fácil descobrir quem foram os nossos familiares e amigos que deram a vida pelo bem de todos.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

UM ARTIGO DE ALEXANDRE CRUZ


Ao menos,
não fechem as urgências!

1. Já não havendo espaço, tempo e lugar, para os ideais mais nobres e dignificantes da vida de cada ser humano, ao menos que não fechem neste país os serviços de urgência. Ou também será sinal de ser moderno e europeu o fechar das maternidades e dos serviços de urgências?! Não propomos nenhum referendo, não venha às tantas a votação, no meio da sua abstenção da indiferença ou da ideologia economicista, decretar que deverão ser encerradas as urgências! Não, o essencial nunca deverá ser referendável, em sociedades humanas e comunidades com valores o essencial nunca dependerá da opinião de uns ou de outros.
Diríamos que este é mesmo o tempo dos “profetas”, em todas as áreas da vida humana e cívica. Será o tempo dos “profetas”, isto é daqueles que numa consciência consciente do ideal, e visando abarcar o “todo”, não baixam os braços, não ficam pela rama dos assuntos, não se diluem nem confundem com os argumentos acessórios; pelo contrário, mobilizam-se com sensibilidade inclusiva na totalidade das suas forças no atrair a realidade social sempre deficitária para o sentido dos ideais mais dignificantes, estes sim que serão o único futuro com (vida e) futuro!
2. Tempo desafiador dos “visionários”, daqueles que às problemáticas apresentem soluções de VIDA e dinamismo criativo em áreas transversais como uma educação que desenvolva os tesouros de formação integral para toda a pessoa humana; uma justiça que saiba resituar-se mais com a realidade da urgência de ser eficaz para ser significante e assim gerar mecanismos atentos anti-corrupção e de justiça social; da saúde que sempre mais viva o seu ideal de ajudar a viver com dignidade cada pessoa na sua complexa situação; da segurança e acessibilidade que hoje nos proporcione mais a garantia da estabilidade social e de “pontes” para todos na vivência de comunidade inclusiva; hoje será mesmo o tempo dos “profetas” das profissões de cada um que, na base da responsabilidade de todos, vejam reconhecida dignamente a sua viagem de vida e não sejam unicamente números de um sistema que anseia cêntimos de obsessão em todos os lados. Há vida(s) para além do cêntimo!
Este será mesmo - na era de todas as formações e informações globais - o Século da solidez do SENTIDO DA VIDA e dos valores das pessoas em que, depois de tudo estudado, decorado ou gerido, brilhará (ou a luz ou a escuridão), como síntese de tudo, a noção dos valores, dos princípios, dos ideais, da ética, da sensibilidade e liberdade com responsabilidade. O tempo presente (convite atraente, como em nenhum outro tempo histórico, às noções de facilidade, cariz prático, gerador de “ausências” e “vazios”) continuamente será um decisivo convite à não diluição dos valores fundamentais, à continuada afirmação dos tesouros que alicerçam os valores culturais, mas sempre com todos os diálogos interculturais que, assim, poderão criar novas sínteses de Humanidade em dignidade.
3. Uma síntese sem ilusões de que a ausência de identidades seja ponte de encontro comum (o nada mais o nada será igual a nada); sim, uma nova síntese com a afirmação partilhada das identidades estimulantes de todos, na busca de plataformas de encontros dignificantes (tanto que a Humanidade precisa desta base e ética mundial). Se formos a cruzar todos os modos de pensar e de viver que chegam até nós ao fim de milénios e de séculos de aberturas e descobertas do pensamento humano, a certa altura, descobrimos que somos das gerações mais pobres de sempre; não pobreza em tecnologia ou ciência que, como nunca, mostra-nos o fascinante mundo novo; mas pobreza de SER, de valores, de essência, de esperança, de partilha, de dignidade humana. É certo que (deste lado do mundo) já não vivemos em guerra; mas é irrefutável que, com todas as conquistas, deveríamos estar bem mais adiante, mas agora – usando mesmo sofismas de argumentação científica –, nas sociedades ocidentais, usamos a nossa liberdade para voltar para trás em termos de dignidade humana…
Iludimo-nos, hoje, com o prático, com o que dá mais jeito; entretemo-nos com todos os acessórios do mundo; …e perdemos o horizonte do ideal e do essencial; não há futuro que resista! Este futuro de menor qualidade está aí, todos os dias, em tantos modelos referenciais de baixa fasquia. Hoje, para quem governa o país a partir dos computadores do Terreiro do Paço parece mais prático (talvez para ir buscar cêntimos para a OTA e o TGV) redefinir o mapa e fechar urgências… Não é possível! A realidade da vida das pessoas ainda será importante para a arte de bem governar?!
4. É certo que pelo andar da carruagem estamos a fechar o país… Mas enquanto existirem habitantes não fechem as urgências. Fechem tudo o resto, mas por favor não fechem as urgências de Portugal! Ainda mora cá gente para quem a distância entre 30 minutos e uma hora e meia na viagem aflitiva para as urgências, numa carrinha dos bombeiros (que tem os apoios que tem e que terá depois…), pode significar a diferença entre a vida e a morte. Isto ainda diz alguma coisa a quem governa? Não propomos as urgências a referendo; fosse qual fosse a votação popular (sim ou não), as urgências – o essencial de saúde pública - deveriam estar abertas na proximidade das pessoas, para o serviço básico ao bem comum das populações.

APOIO ÀS MULHERES E FUTURAS MÃES

INSTITUIÇÕES DE ACONSELHAMENTO
TÊM DE AVANÇAR Li hoje no PÚBLICO que em Estarreja vai avançar, por iniciativa do PS concelhio, um grupo de trabalho para acompanhar e esclarecer qualquer mulher do município que coloque a hipótese de abortar. O grupo é constituído por um médico, uma advogada e uma enfermeira. Ora aqui está um exemplo a seguir, como resposta imediata aos resultados do referendo sobre a despenalização do aborto, que o País viveu no passado domingo. Penso que estes grupos devem mesmo crescer, quer por iniciativa dos Partidos políticos e das instituições existentes, quer das forças vivas locais e das Igrejas, quer do Estado e das próprias pessoas. E tendo em conta que milhares de portugueses se envolveram, com entusiasmo, na campanha para o referendo, na defesa do SIM e do NÃO, estou em crer que não hão-de faltar grupos de pessoas disponíveis para ajudar as mulheres e mães nas decisões que venham a tomar e na procura de alternativas para o aborto. Fernando Martins

UM ARTIGO DE ANTÓNIO REGO



A DIGNIDADE
DA IMPRENSA REGIONAL



Os jornais regionais são uma espécie de reserva ecológica da imprensa. Com o dom da proximidade, contam à comunidade de perto e de longe um pouco da sua vida e dos eventos mais significativos. Têm mesmo um tom familiar de quem sabe o que diz e conhece as pessoas de quem fala. Dir-se-á que têm os defeitos dos pequenos espaços circulares onde as narrativas da aldeia falam mais de pessoas que de ideias. Ou das ideias de apenas algumas pessoas. Mas quem está atento nota que algo mudou. A tecnolo-gia veio acelerar um processo de construção muito mais moderno. As fontes de informação multiplicaram as suas potenciali-dades, a região ganhou uma soberania e afirmação que desconcerta e interroga os que julgavam que apenas na grande imprensa se fabricam as ideias dum país.
É sabido que a Igreja teve um papel decisivo na criação e desenvolvimento da imprensa regional. Respondeu aos apelos da Igreja universal que foi acompanhando o nascimento e evolução dos media. No nosso país surgiu, na linha da Boa Imprensa, um grupo de jornais diários, semanários e mensais que durante muito tempo constituíram o grande veículo de circulação de ideias e informação nas dioceses e nas aldeias mais longínquas.
O poder político olhou muitas vezes com desconfiança para este vaivém de informações para os da terra e para os emigrados das grandes cidades do estrangeiro. Outras compreendeu essa função de unir uma família dispersa e alimentar uma chama pela terra que, por ser pequena, mais querida era. Foi nesse contexto e compreensão que surgiu o apoio à imprensa regional através do Porte Pago, ou seja, da difusão do próprio jornal. A partir de certa altura, porém (as flutuações do poder) iniciou-se a operação estrangulamento, com o intuito de apoiar os mais fortes e deixar cair os mais pequenos. A ideia parecia generosa, mas pretendia, na prática, favorecer a criação de alternativas a uma imprensa cristã já existente por outra que, com mais apoios oficiais, autárquicos e nacionais, que melhor reflectisse a voz dos donos. E os apoios alternativos então legislados que obrigavam os organismos do Estado a enviar 12 por cento da publicidade institucional para os meios de comunicação regional, ainda não chegaram. Isso mesmo o reconheceu o ministro dos Assuntos Parlamentares em Bragança, na celebração do 67º Aniversário do Mensageiro de Bragança. Por isso já valeu a sessão solene. Vejamos o que se segue.

ESCUTISMO PARA O SÉCULO XXI

Baden-Powell nasceu há 150 anos e deixou uma proposta de educação e formação para jovens: o escutismo, que fundou há 100 anos


É POSSÍVEL CONSTRUIR
UM MUNDO MELHOR
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Secretário-Geral do movimento escutista mundial, Eduardo Missoni, assegura que o Escutismo está preparado para dar respostas às crianças e jovens do século XXI. No centenário do movimento educativo fundado em 1907, por Robert Baden-Powell, são muitos os desafios que se levantam aos seus 28 milhões de membros, entre jovens e adultos, em 155 países de todo o mundo.
Convencidos de que é possível "construir um mundo melhor", os escuteiros assentam a sua força nos "valores que não mudam". Missoni considera que esta é uma "proposta alternativa a quem passa o tempo diante da Televisão, do computador ou com os videojogos".
"Para a sociedade de hoje, os jovens são consumidores e a proposta é sempre algo que pode comprar-se, já pronto", lamentou este médico italiano.
Vários dos componentes da proposta escutista são, assim, vendidos hoje em dia em "pacotes" para os jovens: arte, aventura, divertimento, música, natureza e mesmo compromisso social. O escutismo, contudo, quer ser uma proposta alternativa que se afirma pela diferença, "por ser local e global ao mesmo tempo".
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Leia mais em ECCLESIA

IMAGENS DE ÍLHAVO


SALA DE VISITAS DE ÍLHAVO
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O jardim localizado no centro da cidade de Ílhavo é, realmente, a sua sala de visitas. Quem vai à terra maruja não pode deixar de lá passar. E se isso acontecer no Verão ou em dia de calor, então as sombras das suas árvores são fundamentais para se sentir um pouco de frescura.
Há dias estive lá uns bons minutos. Por ali cavaqueavam alguns reformados, como é costume. Uns aqui, outros ali, o jardim estava habitado em horas em que a maioria trabalhava. E tanto quanto sei, as conversas teriam por tema o mar. O mar que deu vida a tantos ilhavenses. Mas também a tantos que para sempre nele ficaram sepultados.
O tempo, hoje, com a chuva que teima em continuar, não permite uma visita ao jardim. Mas quando o sol vier para ficar, aconselho-o a passar por lá.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

UM NOVO PÚBLICO


“PÚBLICO” com nova imagem

O jornal “PÚBLICO” renasceu hoje com nova imagem. Era, desde a primeira hora, um jornal de referência, mas nos últimos tempos apresentava-se muito cinzento. Quem o compra desde o primeiro número, como eu, não deixou de sentir, várias vezes, que ele precisava de rejuvenescer, sem perder a sua característica fundamental, de diário com peso na sociedade pensante e arejada.
Como há muito se esperava, hoje tivemos o prazer de o ler com mais curiosidade e com mais atenção. À procura dos novos traços de um grafismo diferente, de novos colunistas, sem perder aqueles que tanto aprecio, e de uma escrita jornalística mais contida e menos cansativa.
Há afinações a fazer, na cor e não só, mas elas não hão-de tardar, para bem de todos os seus leitores. Sem cedências ao pimba, ao bombástico, às notícias de faca e alguidar. Disso já há muito no panorama da nossa comunicação social.

IMAGENS DE AVEIRO


CANAL CENTRAL
MERECE SER APRECIADO

Em Aveiro, o Canal Central merece ser apreciado. Com este sol brilhante, por enquanto, então ele tem mais encanto. E nem o sismo que assustou muita gente nos priva das imagens agradáveis que a Ria nos oferece.
Veja que em qualquer canto, à volta de Aveiro e não só, é possível banhar o espírito com estas cores, que são marcas indeléveis das nossas terras.

UM LIVRO DO PADRE VAZ PINTO




“A HISTÓRIA DE DEUS COMIGO”

O título do livro do padre António Vaz Pinto – A HISTÓRIA DE DEUS COMIGO –, recentemente editado, é desafiante. Ao olhar para ele, o eventual leitor não deixará de pensar até que ponto Deus tem, de facto, uma história consigo próprio. O mesmo me aconteceu.
É certo que cada um de nós, os crentes, sabe que Deus está connosco e nos acompanha na vida, no respeito absoluto pela nossa liberdade. Mas está, nisso cremos, para nos animar no dia-a-dia das nossas opções e dos desafios que se nos põem, sobretudo nas horas de discernimento.
Quando peguei nesta obra do Padre Vaz Pinto, um conhecido jesuíta pelas inúmeras facetas com que intervém na sociedade, foi com curiosidade que iniciei a leitura. Trata-se de um livro de memórias, rico em referências várias, com projectos do autor e pessoas bem conhecidas com quem se relacionou. Sempre gostei deste tipo de literatura, seja ela de memórias escritas com a emoção de quem as viveu intensamente, seja romance histórico ou outro qualquer género memorialista, onde a vida casa bem com estórias, romanescas ou mesmo reais.
O Padre Vaz Pinto escreve, a meu ver, como fala: fluente, directo, emotivo, culto, verdadeiro. Neste livro, não esquece nada do essencial da sua vida. Os amores que viveu, as lutas que travou para descobrir a sua vocação, os diálogos com Deus e com quem se encontrou ao longo da vida, as amizades que cultivou, os sentimentos que experimentou. Aqui está, especialmente, o amor de Deus, determinante, nas opções que teve de tomar.
Neste livro – A HISTÓRIA DE DEUS COMIGO –, Vaz Pinto mostra-nos como sentiu a aproximação de Deus na sua juventude, que o levou a entrar nos Jesuítas, como o ajudou a decidir-se pela ordenação sacerdotal. Mais ainda: como Deus se revelou em projectos que o autor criou, dinamizou ou dirigiu, nomeadamente “Leigos para o Desenvolvimento”, “Banco Alimentar contra a Fome” e “Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas”, entre muitos outros, de âmbito diverso.
Nesta leitura que fiz, com proveito, acompanhei o Padre Vaz Pinto nos Exercícios Espirituais, nos estudos na Alemanha, onde se cruzou, de perto, com o então teólogo Ratzinger e com o também famoso karl Rahner, vi-o a conviver com gente jovem e menos jovem, a orientar casais e estudantes, e senti a fé com que aceitou a morte de familiares e amigos.
Este livro, no fundo, revela um Padre que passou por inúmeros acontecimentos, encontros e desencontros, fracassos e sucessos, assumindo que a vida tem de ser vivida com intensidade, profundamente humana e marcada indelevelmente por Deus, razão de ser da sua vida. Da nossa vida.
Fernando Martins

domingo, 11 de fevereiro de 2007

REFERENDO

AGORA,
IMPORTA AGIR
NA EDUCAÇÃO
E NA FORMAÇÃO

Com a vitória do “SIM”, fica aberto o caminho para que seja legislada a liberalização do aborto até às dez semanas, a pedido da mulher.
Aos defensores do “NÃO”, resta a alternativa de se prepararem para ajudar as mulheres a optarem pela manutenção da vida do feto, futura pessoa humana.
Essa ajuda pode passar, fundamentalmente:
- Pela cultura da vida, desde o nascimento até à morte natural;
- Pela educação dos futuros pais e mães, no sentido do respeito pela vida em todas as suas fases;
- Pelo apoio a todas as mães que optarem pela vida dos seres em formação que trazem nos seus ventres, para que tenham acesso às condições básicas de subsistência;
- Pela luta, a nível político, para que a maternidade e a paternidade sejam valorizados e a família protegida, em todas as vertentes;
- Pela criação de instituições com vocação para o apoio a mães solteiras, mulheres sós, famílias desestruturadas e com dificuldades económicas;
- Pela adaptação, em instituições já existentes, de espaços de acolhimento e aconselhamento, destinados a apoiar as mães e famílias.
Não vale a pena carpir mágoas nem perder tempo com questiúnculas que não levam a parte nenhuma.
Agora, importa agir nas áreas da educação e da formação, mas também nas áreas sociais e políticas.
F.M.

AO SABOR DA MARÉ - 4

GRUPO ETNOGRÁFICO DA GAFANHA DA NAZARÉ


FERREIRA DA SILVA
VAI CONTINUAR
NA LIDERANÇA

Alfredo Ferreira da Silva, um dos fundadores do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), vai continuar na liderança. Foi reeleito, recentemente, para mais um mandato, agora com vontade de ajudar gente mais jovem a integrar-se na direcção da instituição, que foi criada em 1 de Setembro de 1983, para defender os usos e costumes dos nossos antepassados.
Não sou dos que acreditam que há dirigentes intocáveis, insubstituíveis. Mas tenho de reconhecer que o Alfredo Ferreira da Silva é um homem que vive apaixonadamente a vida, a existência e os projectos do GEGN, em todas as suas vertentes. Ele identifica-se, plenamente, com este Grupo, cujos problemas assume por inteiro e diariamente. No entanto, compreendo e louvo o seu gesto de querer ajudar na integração de gente mais nova na direcção. Ele sabe que não dura sempre.
Ora acontece que eu tenho sido, ao longo de toda a vida do GEGN, um defensor da continuidade do Alfredo na direcção, não só pela sua experiência, mas também pelo seu amor à instituição e pela sua disponibilidade. Por isso, a sua presença futura na direcção, como presidente ou como vogal, ou assessor, é sempre de aceitar, num tempo, como o que vivemos, em que a experiência e a disponibilidade começam a rarear, por força das ocupações profissionais das pessoas.
Seja como for, enquanto o Alfredo Ferreira da Silva puder, nós podemos ficar descansados, porque o GEGN continuará a mostrar a Gafanha da Nazaré e sua região ao País, e não só.

Fernando Martins

METEOROLOGIA



A informação é actualizada de hora a hora,
com a temperatura, precipitação ou nebulosidade
nas 18 capitais de distrito


UNIVERSIDADE DE AVEIRO
CRIA "SITE" DE METEOROLOGIA


A Universidade de Aveiro lançou um site na Internet de previsão meteorológica para as capitais de distrito de Portugal continental, destinada a estudantes e ao público em geral, anunciou. Em http://climetua.fis.ua.pt será também possível verificar, de hora a hora, a temperatura, a precipitação, o vento ou a presença de nevoeiro nos próximos três dias, nas 18 cidades capitais de distrito do continente.
As previsões meteorológicas são obtidas a partir de simulações realizadas por um modelo numérico de previsão de tempo desenvolvido nos Estados Unidos, o Weather Research and Forecasting, considerado "uma referência em termos de modelação numérica da atmosfera", segundo um comunicado da Universidade. Este modelo foi instalado e tornado operacional pelo Grupo de Meteorologia e Climatologia do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, que lançou o site a 30 de Janeiro.
Para Alfredo Rocha, um dos responsáveis do projecto, a informação que a Universidade de Aveiro disponibiliza sobre a previsão do tempo "foi, em parte, adequada às necessidades pedagógicas dos alunos que estudam este tema". Deste modo, acrescentou, para além da utilidade para o público em geral, este projecto é de extrema utilidade para os alunos de algumas licenciaturas ministradas pela Universidade de Aveiro, nomeadamente Meteorologia e Oceanografia, Ciências do Mar e Engenharia do Ambiente.
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REFERENDO

CENÁRIOS PARA DEPOIS DO REFERENDO
A Assembleia da República só terá de cumprir obrigatoriamente o resultado do referendo que hoje se realiza se votarem mais de metade dos eleitores recenseados. Esta determinação constitucional aplica-se tanto para a vitória do "sim" como para a vitória do "não". Se tal não acontecer, a decisão entra no plano exclusivamente político e será tomada pelos partidos com assento no Parlamento.
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Leia o trabalho de Maria José Oliveira no PÚBLICO