terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Um artigo de António Rego

A cidade silenciosa
A cidade não é um ser vago e abstracto. "É um chão, um pulmão que respira…" no dizer do poeta. Mais que um sítio, um centro, uma capital. É lugar donde viemos, o símbolo do que fomos, a imagem do que somos, a praça do que nos pertence. Onde queremos harmonia e humanidade, verde, tecto, palácio, pão e justiça. E afecto.
Como lugar fraterno de respiração para todos.A celebração de S. Vicente, aproximou de novo Lisboa da sua história, cultura e evangelização. O Cardeal Patriarca no seu dizer profético, poético e profundo, enquadrou de novo Lisboa na história comum do que somos, crentes ou não, inserindo a cultura como elo do passado, do presente e convergência das nossas diferenças. E tal como afirmou perante a Autarquia em pleno Congresso da Nova Evangelização,"não é objectivo da Igreja dominar a cidade mas huma-nizar a cidade… A humanização é obra de cultura, pois só esta garante os valores fundamentais que inspiram a construção da comunidade…"
E foram particularmente lembrados os cidadãos silenciosos: "os doentes, os solitários, os pobres, os desempregados, os sem abrigo, os presos…"Neste momento, com a eleição de um novo Presidente da República a cidade é o símbolo dum país que se abre de novo à aventura e ao desafio do recomeço, do bem e da paz para todos, dos direitos de cidadania e liberdade, da consciência que somos uma pátria alargada pelos emigrantes que por longe andam e pelos imigrantes que se aconchegam ao nosso rectângulo.
Num tempo com proclamação talvez excessiva da crise e perplexidade, dos horizontes sem nitidez, dos valores sem solidez e de vazios sem promessa importa descobrir e inventar novos sinais para além das evidências mais esmagadoras. Estamos numa cidade em construção.
E os cristãos, no dizer do Patriarca de Lisboa, têm pela oração, acesso à profundidade do ser. E assim se libertam do impossível na construção da cidade, casa comum.

domingo, 22 de janeiro de 2006

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

A verdadeira mudança
Vidas mornas, sem sentido nem compromisso, são vidas que não satisfazem, porque têm objectivos curtos; o Homem sonha e compromete-se.
São pois, inadmissíveis na sociedade, os que não tomam posições, os que se deixam arrastar, os que não admitem pensar e decidir por si; e, os que não sonham, correm o risco de não avançar e de impedir outros de abrir e percorrer horizontes grandes e elevados.
Quando Jesus passou por um grupo de homens de trabalho, comprometidos com a família e com a construção honesta da sociedade, pelo seu trabalho, suscitou outro estilo de vida; provocou a mudança; e eles logo deixaram os barcos e as redes e aceitaram construir, com o Mestre, um mundo diferente.
Aderir a Jesus Cristo e à Sua Palavra, é aceitar outra vida; é querer sair do quente-morno que só cria e alimenta a preguiça; cria dependentes e gera pobrezas de toda a ordem.
Há por aí quem queira subir, arriscando? Há por aí quem aceite a coragem de deixar para, mais livre e leve, poder dar, dar-se e ficar mais rico? Só quem dá é que recebe; só quem faz caminho de subir é que desfruta paisagens.
O tempo não é tudo, mas é muito importante, apesar de breve e fugaz.
Vivê-lo com densidade, compromisso e sonho evangélico, é pô-lo na verdadeira dimensão; é aceitar mudar, com coragem e, com o Mestre, construir mundos de Felicidade.
:: In "Diálogo", 1058 - III DOMINGO COMUM - Ano B

TERTÚLIAS DE DANÇA NO AVEIRENSE

TERTÚLIAS DE DANÇA ANIMAM ÚLTIMAS SEXTAS-FEIRAS DE CADA MÊS
Nas últimas sextas-feiras de cada mês, vai decorrer o projecto “DANÇA FORA DE HORAS”. Trata-se de uma tertúlia sobre dança que terá lugar, entre as 23 e as 23.30 horas, no Bar/Café do Teatro Aveirense, que mais não é do que um encontro entre intérpretes, criadores portugueses de dança contemporânea e público em geral.
Os interessados por esta forma de arte só têm que aparecer.

Um poema de Fernando Echevarría

Cada dia nos dê o nosso pão e comê-lo nos abra aquela casa de inteligência e coração onde sentar-se é mesa rasa de ver quantos não estão sentados nessa casa. E comer se ilumina, e abre-se portão, ou qualquer coisa de brasa entra no movimento e na palavra, como se cada gesto e cada som fosse uma leitura que se abra dentro da história de não haver senão a de estarmos à mesa da palavra, transparentes, à luz de se partir o pão.

IPSS PODEM CANDIDATAR-SE

Prémio Cidadania das Empresas e Organizações
Este prémio pretende reconhecer as empresas e ONG’s mais bem sucedidas na aplicação das suas políticas de responsabilidade social, nas componentes: económica, social e ambiental, simultaneamente. Premiar as ONG’s, mais do que reconhecer o seu empenho na aplicação de medidas efectivas, pretende ajudar na melhoria de implementação das mesmas.
Entenda-se por cidadania empresarial e organizacional, o exercício de um vasto conjunto de direitos e deveres que visam possibilitar aos vários stakeholders o seu pleno desenvolvimento através do alcance de uma igual dignidade social e económica, respeitando o ambiente.
A atribuição do prémio será feita através da avaliação de um questionário, desenvolvido com o apoio metodológico da SAM, a preencher pelas empresas e pelas ONG’s. Este questionário e a ficha de inscrição estão disponíveis no endereço http://www.premiocidadania.com/. Para esclarecerimento de dúvidas, deve utilizar o e-mail premiocidadania@pt.pwc.com
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(Para saber mais, clique SOLIDARIEDADE)

PINTURA DE VIEIRA DA SILVA

Biblioteca
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A OBRA DE VIEIRA DA SILVA ASSUMIU, DESDE CEDO,
CAMINHOS DE MODERNIDADE
A pintora Maria Helena Vieira da Silva nasceu em Lisboa em 1908 e faleceu em Paris em 1992. Orientada desde a infância para as Belas-Artes, começou a receber, em 1922, lições de pintura de Armando Lucena. Seguiu para Paris em 1927, onde estudos pintura, escultura e gravura com grandes mestres. Casou em 1930 com o pintor húngaro Arpad Szénes, tendo adquirido em 1956 a nacionalidade francesa. A sua obra, alicerçada culturalmente nas mais profundas raízes da pintura europeia, assume os caminhos de uma modernidade autêntica. Clique em
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Vieira da Silva
com seu marido Arpad Szénes

GOTAS DO ARCO-ÍRIS

EM CADA FIRMAMENTO BRILHA UM ARCO-ÍRIS? Caríssimo/a: As últimas gotas do Arco-íris fizeram surgir, à minha frente, as figuras erráticas dos “pobrezinhos” que, vindos não sabíamos nós donde, palmilhavam os nossos caminhos. Andavam aos ranchos e a esmola era pedida ‘pelas alminhas de quem lá tem’ num chorrilho de rezas de que só entendíamos ‘painossoquestaisnocéu…amenjazusmariazé…’.Por vezes, aparecia um ou outro isolado, normalmente, os mais idosos que nos deliciavam com os seus vaticínios. (Mas isso são outras conversas…)
Ora, por trás destes quadros lá estão os problemas da Ria que é mãe e madrasta.
Quando é mãe, viva a alegria!...
Quando madrasta, vira a desgraça!
Como ligeira amostra, aí ficam as notícias de revoltas populares ali para os lados da Murtosa: uma em 1785 e que levou à transferência do mercado do peixe de Veiros para o largo de S. Lourenço de Pardelhas; outra em Abril de 1913, o levantamento do povo por causa da pesca e da apanha do moliço.Tenho aqui uma carta que é como que um lampejo desta última.
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“D.:
Cá soube que o povo se tinha aí levantado por causa da pesca e do moliço e que tem aí estado tudo cheio de tropa. Até já sei mesmo que há gente ferida e que a tropa tem feito descargas. Sempre é verdade a casa do Silva estar cercada pela tropa por causa do povo? Isso acho que não está por aí nada bom. Não sei no que isso dará. Ainda lá os senhores da Governa são capazes de dizer que os culpados são os padres! Conta-me isso pelo miúdo e como souberes que se passam as coisas, porque aqui sabe-se alguma coisa mas muito pouco. Que diz lá o mestre João a estas coisas? Isto é uma desgraça; o povo tem fome depois, meu amigo, é isto que se está vendo. De quem é a padaria que o povo assaltou e comeu o trigo todo? Quem é o arrais Torreira que foi preso? Tomem por aí cautela e não se metam nessas coisas que pode ser perigoso. As mulheres, se eles não deixarem fazer praça, que não vão lá porque podem apanhar alguma pelo lombo. Sem mais, teu irmão P. Porto, 24-4-13”
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E por hoje, viva a alegria!
Manuel

EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS COM NOVO "SITE"

Edifícios e monumentos com novo "site" Os edifícios e monumentos nacionais vão passar a ter um novo "site" na Internet, onde o público poderá fazer uma pesquisa mais alargada e obter respostas mais simples e exactas sobre o património
: O "site" actual, disponível através do endereço www.monumentos.pt, possui cerca de 250 mil imagens e recebe 70 mil acessos por dia, revelou em entrevista à Agência Lusa o responsável pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).
Vasco Martins Costa considera, no entanto, que as potencialidades do "site" são ainda desconhecidas de muitos investigadores e estudantes que necessitam destes dados para o seu trabalho. A Direcção-Geral tem-se empenhado nos últimos anos a divulgar o IPA - Inventário do Património Arquitectónico, um sistema de informação interactivo desenvolvido na década de 90 que conjuga as fontes documentais e a investigação nas áreas da História, Engenharia, Urbanismo e do comportamento das patologias dos materiais.
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Fonte: RR

UM OLHAR DE ESPERANÇA

Preparando a Semana
Social Nacional de 2006
A reflexão lançada pela Igreja católica sobre a realidade do emprego no nosso país, que culminará com a realização da Semana Social de 2006, pretende apresentar um discurso de esperança. Isso mesmo foi explicado à Agência ECCLESIA por Manuel Porto, presidente da Comissão Coordenadora Nacional das Semanas Sociais.“A intenção de fundo é apresentar uma perspectiva positiva, junto de estruturas sociais, empresariais e sindicais”, assegura. Nesse sentido, está a ser enviada uma carta a essas entidades, procurando encontrar casos de sucesso.
O fenómeno sempre presente do desemprego deve ser analisado, segundo Manuel Porto, desde as várias razões que o favorecem, “desde o progresso tecnológico ao modelo social que se implementa em determinado país”. Para este responsável, é fundamental a existência de uma “protecção sem rigidez”, defendendo os interesses de quem trabalha e apoiando quem está desempregado.
“A Igreja sempre defendeu que o Estado deve intervir, mas é necessário que as pessoas possam exprimir a sua iniciativa”, lembra. Assim, a Semana Social quer frisar que “a criação de emprego depende de cada um de nós” e irá apresentar “iniciativas criadoras de emprego em várias áreas”.
O Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, Jacques Delors, António Guterres, Vítor Constâncio e vários outros governantes e ex-governantes do nosso país estarão entre os convidados.Sob o tema “Uma sociedade criadora de emprego”, a iniciativa da Comissão Episcopal do Laicado e Família da CEP pretende mobilizar as dioceses e as organizações eclesiais e sociais em torno de uma questão chave para o desenvolvimento e o bem-estar do país.
Manuel Porto sublinha que estas são jornadas para “desassossegar as consciências”, recordando às pessoas que “têm a obrigação de tomar iniciativas”.
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(Para conhecer programa, clique aqui)

sábado, 21 de janeiro de 2006

CASA DO FUTURO

"A Energia na Casa do Futuro"
A Associação AveiroDomus está desde Dezembro a promover workhops temáticos nas áreas da Construção, Energia, Reabilitação, Materiais, Domótica e Reciclagem.
A AveiroDOMUS é uma Associação sem fins lucrativos, constituída por um conjunto de empresas com diferentes valências no meta-sector do habitat e pela Universidade de Aveiro, que está a desenvolver o InovaDomus – Projecto Casa do Futuro, cujo objectivo é a projecção de uma Habitação Futurista. Este projecto visa criar as condições para que as empresas e a Universidade desenvolvam, em parceria, produtos e soluções inovadoras e futuristas que conduzam à preparação do “Caderno de Encargos” para a construção da primeira versão da Casa do Futuro. Futuramente, estes cadernos de encargos servirão para concretizar a construção da Casa do Futuro.
(Pode ler mais em JN)

Um artigo de Sofia Jesus, no DN

Vaticano sai em defesa de Darwin
A "concepção inteligente" do mundo - que coloca em causa a teoria de Darwin- não é ciência e, por isso, não deve ser ensinada nas escolas, a par do evolucionismo. O argumento, defendido por muitos cientistas, aparece agora onde menos se esperava no L'Osservatore Romano - o jornal oficial do Vaticano. O artigo que promete relançar a polémica - instalada sobretudo nos EUA - foi publicado na terça-feira, no periódico de Roma.
De acordo com o autor, o padre Fiorenzo Facchini, professor de antropologia da Universidade de Bolonha, Itália, o ensino desta "concepção inteligente", lado a lado com a teoria da evolução, pode gerar confusão.
Recorde-se que, segundo a teoria de Charles Darwin, as espécies evoluem através da selecção natural os seres mais capacitados passam as suas características à geração seguinte, cruzando-as com as do seu parceiro sexual.
Por sua vez, os defensores da "concepção inteligente" - uma corrente muito próxima do criacionismo - consideram que a vida na Terra é demasiado complexa para poder ser explicada nestes termos e, por isso, pressupõe necessariamente a existência de uma inteligência consciente, superior.
O que a Igreja Católica insiste, esclarece Fiorenzo Facchini, é que a emergência do ser humano supõe um acto de Deus e que a vertente espiritual do homem não pode ser vista como um mero produto do processo da evolução natural. Mas este "salto ontológico" não tem que colidir com a visão darwinista.
(Para ler todo o artigo, clique aqui)

Um artigo de Francisco Sarsfiel Cabral, no DN

Ricos mais ricos, pobres mais pobres
Apropaganda anticapitalista andou décadas a proclamar que os ricos estavam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Era a versão popular da previsão marxista de um crescente empobrecimento das massas trabalhadoras. Ao longo do século XX, até por volta de 1970, aconteceu precisamente o contrário. Nos Estados Unidos, e depois noutros países desenvolvidos, a larga maioria dos proletários ascendeu à classe média. Passou a ter casa, carro e electrodomésticos.
O salário médio real (descontando a inflação) dos trabalhadores americanos mais do que duplicou nas três décadas seguintes à Segunda Guerra Mundial. A parcela do capital no rendimento nacional americano baixou, subindo a parte do trabalho. Sem ter eliminado a pobreza (longe disso), o capitalismo industrial reduziu os pobres a uma minoria.
Mas a tendência para a democratização económica inverteu-se desde há trinta e tal anos. Importa reparar no que se passa nos EUA porque a tendência vai sentir-se - já se sente - noutras paragens, incluindo Portugal.
O crescimento da economia americana não se tem reflectido na melhoria do rendimento da maioria das famílias, que quase deixou de subir, apesar dos enormes ganhos de produtividade (ganhos que, infelizmente, não se registaram em Portugal). Em 2000 esse rendimento chegou mesmo a baixar, coisa inédita desde a depressão dos anos 30. Os salários dos operários estagnaram, enquanto certos profissionais (advogados, médicos, gestores, etc.) passaram a ganhar somas fabulosas. As desigualdades voltaram em força. Porquê?
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(Para ler todo o artigo clique DN)

OBRAS NA PONTE DA BARRA

Ponte da Barra
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O auto de consignação da requalificação da Ponte da Barra, obra há muito esperada, será assinado em Fevereiro.
A intervenção, avaliada em cerca de dez milhões de euros, tem um prazo de execução de dois anos.
A requalificação contempla a reabilitação da estrutura, bem como criará melhores condições de circulação e de segurança para peões e ciclistas.

Um artigo de Laurinda Alves, no Correio do Vouga

Falar
em público
O sistema de ensino português tem lacunas graves e não são apenas aquelas que nos habituámos a enunciar. Todos sabemos que a Matemática e a Língua Portuguesa são dois quebra-cabeças complicados e que os programas são excessivamente extensos ou demasiado condensados.
O meio-termo não existe e nem sempre o bom-senso impera, porque existem muitas condicionantes dentro e fora das escolas. Acontece que, para além das dificuldades clássicas do sistema, existem alguns vazios por preencher; e um deles é seguramente o da comunicação. Explico melhor.
Não existe nas salas de aula um espaço exclusivamente dedicado à troca de ideias, ao ensaio do debate ou ao treino da argumentação; e também não existe nas escolas portuguesas um tempo unicamente dedicado ao exercício da polémica.Ao contrário do que é comum nas escolas inglesa, francesa e alemã (para dar apenas três exemplos próximos), onde há disciplinas de recitation, treino e improviso retórico, o sistema escolar português não aposta na capacidade de comunicação dos seus alunos.
Ora uma criança ou um adolescente que não aprende a falar em público, que não está habituado a expor as suas ideias perante os outros, que não treina a sua capacidade de argumentação, que não é estimulado no diálogo e é permanentemente poupado ao confronto verbal, é alguém que corre o risco de ficar para sempre amputado de uma faculdade essencial.
Saber comunicar não é um dom de poucos, mas antes um direito e um dever de todos.
Aprender a falar em público, seja perante a turma na sala de aulas ou numa plateia de especialistas, é fundamental, pois não basta ter boas ideias, é preciso saber comunicá-las. Acontece com demasiada frequência ouvir um conferencista falar e perceber que, apesar do empenho e esforço, não consegue prender a audiência, por não ser suficientemente claro ou assertivo. Pior, muitos profissionais que não foram preparados para falar em público têm sérias dificuldades em expor as suas ideias em reuniões de trabalho e em marcar o seu ponto de vista perante os pares ou a hierarquia. E, no entanto, muitos são excelentes profissionais. Ou seja, conhecem a teoria e sabem aplicá-la na prática mas não sabem expô-la e, muito menos, sintetizá-la.
A capacidade de sintese é outra característica que a maior parte dos portugueses não possui. Muitos alongam-se demasiado e não chegam ao essencial da questão. Outros dispersam-se e outros, ainda, perdem-se na argumentação, enredando-se em mil e uma coisas completamente acessórias e dispensáveis.
Por tudo isto e porque em matéria de comunicação (como em tudo na vida) ninguém nasce ensinado, valia a pena pensar no assunto e rever os currículos escolares na próxima reforma do ensino.

TELEVISÕES CATÓLICAS

Vaticano quer «rede mundial» de televisões católicas
O Vaticano manifestou hoje a intenção de promover uma melhore coordenação entre as televisões católicas de todo o mundo, de modo a fazer face às exigências de meios e de profissionalismo. O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, D. John Patrick Foley, defendeu a criação de um “fórum” de canais católicos, deixando votos de que estas televisões se transformem no “sistema nervoso da Igreja” e sejam capazes de “informar” sobre a mesma.
O membro da Cúria Romana desafiou as televisões católicas a “atingir a melhor qualidade” possível. “Não existe outro sector como o televisivo em que haja necessidade de uma rede, de forma a que a programação comum seja oferecida em todo o mundo, a formação profissional seja oferecida numa base internacional e as ideias sobre os programas sejam partilhadas”, apontou.
As propostas foram lançadas em Roma, durante a segunda reunião do comité organizador do Congresso Mundial das televisões católicas. O evento terá lugar em Madrid, no próximo mês de Outubro.“Um dos problemas do mundo é que há – graças a Deus – muitas iniciativas de televisões católicas, mas muitas vezes não há recursos suficientes para a programação, não há meios económicos ou pessoal especializado para mantê-las em actividade”, frisou o Arcebispo Foley.
Para o prelado norte-americano, seria uma “boa ideia” responder a pedidos que têm chegado de todo o mundo e “criar um fórum, para projectar e também ajudar a colocar em prática a coordenação e a cooperação” entre essas televisões.Essa “rede” mundial deveria oferecer uma programação de qualidade em todos os países e melhorar a formação profissional dos operadores televisivos católicos.
“Se os nossos esforços são pobres e pouco profissionais, aquilo em que acreditamos pode parecer de pouco valor e, paradoxalmente, pomos Deus a fazer uma fraca figura”, alertou D. John P. Foley.
Fonte: Ecclesia