quarta-feira, 30 de novembro de 2005

CONCÍLIO AINDA NÃO MUDOU OS CATÓLICOS

Posted by Picasa D. Carlos Azevedo
Passados 40 anos do encerramento do II Concílio do Vaticano, D. Carlos Azevedo, historiador e bispo auxiliar de Lisboa, aborda as questões essenciais e aponta caminhos para a concretização plena deste compêndio
Agência ECCLESIA - O II Concílio do Vaticano está a comemorar os 40 anos de encerramento. Ainda se mantém actual ou já está ultrapassado?
D. Carlos Azevedo – Considero que há dimensões actuais, sobretudo no estilo que foi criado na vida da Igreja. No estilo de participação sinodal, de escuta do Povo de Deus. Na capacidade de diálogo com aqueles que andam longe e afastados e de comunhão e diálogo com as várias confissões cristãs. Toda essa dimensão aberta pelo Concílio, no estilo de ser Igreja, continua actualíssima e está sempre em processo de realização.
AE – Numa conferência sobre o II Concílio Vaticano, D. Carlos Azevedo afirmou que «muitos ultrapassaram-no pela direita e outros pela esquerda mas poucos chegaram ao núcleo». Qual a explicação para poucos atingirem o centro nevrálgico?
CA – Porque este Concílio foi de conversão e operou, de modo surpreendente, uma mudança no estilo de ser Igreja e de ser cristão. Essa mudança apanhou alguns desprevenidos. O Papa João XXIII não pensava que ia dar isto que deu. Portanto, acho natural que alguns, aproveitando as aberturas dadas pelo Concílio, quisessem ir mais longe. É isto o ultrapassar pela esquerda.
Outros ultrapassaram-no pela direita, os mais conservadores, que querem fazer de conta que o Concílio não existiu. Estas são as formas de não passar pelo núcleo que implica mudança e alteração na vida e no estilo de ser Igreja.
(Para ler toda a entrevista, clique aqui)

Ética na política e nas empresas

ACEGE continua a divulgar o Código de Ética
No próximo dia 5 de Dezembro, a Associação Cristã de Empresário e Gestores (ACEGE) vai realizar junto dos seus associados de Braga a assinatura do Código de Ética num almoço/debate que contará com a presença do Luis Marques Mendes - Presidente do PSD, que proferirá uma conferência sobre o tema “Ética na Política”. A sessão começará às 12.30h com a celebração da Missa e será seguida de almoço no Hotel do Templo.
No dia seguinte mas em Vila Real, será a vez de António Lobo Xavier falar sobre Ética na fiscalidade no almoço/debate na ACEGE daquela cidade. A sessão decorrerá na Estalagem Quinta do Paço e começará às 13h.
No dia 7 de Dezembro realiza-se em Lisboa um almoço/debate com o Raul Diniz, Presidente da AESE escola de direcção e negócios, sob o tema "Compêndio Social da Igreja - Breve apontamento". O Compêndio sobre Doutrina Social da Igreja, recentemente publicado em Portugal pela Principia, surgiu de um pedido do Papa João Paulo II e constitui uma síntese actualizada de todo o pensamento da Igreja sobre a sociedade, a economia e o mundo.
“Um documento que é um instrumento de trabalho de grande utilidade, que há muito tempo se desejava, e que a ACEGE tem o maior gosto em possibilitar esta reflexão com alguém com tão profundos conhecimentos sobre esta temática e sobre a sua aplicação no concreto das empresas. Com este almoço damos também início ao segundo sub-tema do ano da ACEGE dedicado a “Viver a Gestão como Missão na promoção da Sociedade” que irá orientar todas as nossas acções até Fevereiro – sublinha João Alberto Pinto Basto, presidente da ACEGE.
A sessão iniciar-se-á com Missa às 12.30h na Igreja de S. Nicolau e será seguida de almoço às 13 horas.
Fonte: Ecclesia

“PÚBLICO” vai falar do Natal

JÁ A PARTIR DE AMANHÃ, DIA 1 DE DEZEMBRO
O jornal “PÚBLICO” vai começar a publicar a partir de amanhã, dia 1 de Dezembro, uma página diária sobre o Natal. Até ao dia 24, vésperas da celebração do nascimento do Deus-Menino, os leitores deste jornal poderão ficar a conhecer muito do que há para dizer sobre esse acontecimento que marcou o início da nossa civilização. Como anunciou hoje, ritos, tradições, celebrações e várias crenças serão um excelente contributo, assim creio, para ficarmos um pouco mais ricos, quer sob o ponto de vista cultural, quer espiritual. “Advento? O que é isso? Jesus Cristo nasceu mesmo a 25 de Dezembro? O que celebram os católicos a 8 de Dezembro, que os protestantes rejeitam? E o nascimento é valorizado no Islão ou no budismo, tal como o cristianismo fala do nascimento de Jesus?” Estas são algumas perguntas a que a partir de amanhã o “PÚBLICO” tentará responder.
F.M.

MIA COUTO: citações – 3

“… a escrita não é uma técnica e não se constrói um poema ou um conto como se faz uma operação aritmética. A escrita exige sempre a poesia. E a poesia é um outro modo de pensar que está para além da lógica que a escola e o mundo moderno nos ensinam. É uma outra janela que se abre para estrearmos outro olhar sobre as coisas e as criaturas. Sem a arrogância de as tentarmos entender. Apenas com a ilusória tentativa de nos tornarmos irmãos do universo.” In “Pensatempos”

CRUCIFIXO NA SALA DE AULA

ESPERA-SE UM MAIOR
EMPENHAMENTO DOS PAIS
DOS ALUNOS Anda por aí um certo burburinho sobre a retirada do Crucifixo de uma sala de aula. E há mesmo quem proteste, vendo nesse gesto manobras sub-reptícias para abolir esse símbolo católico de todas as escolas oficiais do País. Afinal, a ministra da educação já esclareceu que não houve nenhuma ordem do Governo nesse sentido, sublinhando que há legislação, que não é recente, que pode levar à retirada de símbolos religiosos, se as escolas assim o desejarem e se for essa, obviamente, a vontade dos órgãos representativos dos pais ou dos alunos com idades para poderem manifestar a sua opção. Num Estado de Direito, as decisões têm de ser sempre democráticas e se os pais dos alunos, neste caso da escola estatal, livremente não aceitam símbolos religiosos nas salas de aula, por não serem católicos, esse direito tem de ser respeitado. Eu sei que o Crucifixo tem estado nas nossas escolas, desde que sou gente, porque os alunos têm sido, na sua grande maioria, católicos. Porém, os tempos são outros, com milhares de imigrantes a viverem entre nós, muitos dos quais professam outras confissões religiosas, cristãs ou não. Por isso, admito que haja alunos não católicos, cujos pais estejam interessados em defender uma educação laica ou mais voltada para as religiões em que foram educados. Se isso acontecer numa qualquer sala de aula, dizem as regras da democracia que as suas opções têm de ser consideradas, se forem a maioria. Acontece, no entanto, que, por vezes, os pais não católicos, embora em minoria, são capazes de impor as suas ideias, porque os outros, os católicos, talvez vivam demasiado convencidos de que ninguém ousará alterar as regras estabelecidas há décadas. Em resumo, e no pressuposto de que os pais são os principais responsáveis pela educação dos seus filhos, defendo um maior empenhamento de todos na defesa dos seus princípios religiosos e outros, participando activamente nas reuniões organizadas pelas escolas e pelas Associações de Pais, que são, sem sombra de dúvidas, os espaços ideais para se debaterem os projectos educativos, onde a componente espiritual não pode faltar, porque faz parte da formação integral do ser humano. Fernando Martins

CONVITE A TODA A DIOCESE: SANTA TERESA DO MENINO JESUS

Veneráveis Relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus No próximo dia 9, sexta-feira, às 17 horas, chegarão ao Largo da Sé Catedral, vindas da Guarda, as Relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus, que vêm percorrendo as dioceses de Portugal. Desde 1995 que peregrinam por países de todos os continentes. Este peregrinar pelo mundo, que tem constituído uma verdadeira chuva de graças, vai prolongar-se ainda por mais alguns anos. A vida desta jovem carmelita, morta aos 24 anos e logo canonizada 25 anos depois, comporta uma mensagem eloquente para crentes e não crentes do nosso tempo, e abre caminhos de verdade e libertação interior, acessíveis a todos, como jamais de viu. Convido os cristãos da Diocese a acolher festivamente tão honrosa visita e a não desperdiçar este momento de graça, procurando tempo para as poder venerar as Relíquias nos lugares onde estarão: Sé catedral, Carmelo de Cristo Redentor e Igreja do Carmo. Daqui partirão, na noite de Domingo, para os Açores. Convido todos os presbíteros e diáconos para recepção às 17 horas, no Largo da Sé, para o tempo de oração e reflexão que se seguirá e, finalmente, para a concelebração, às 19 horas. Peço-lhes, também, que dêem a conhecer o programa às comunidades cristãs, expliquem o sentido pastoral desta visita e estimulem as pessoas à visita e à participação intensa, tal como vem acontecendo em todas as Diocese de Portugal e do mundo. Esperamos que aos lugares indicados acorram numerosos cristãos de toda a Diocese - crianças, jovens e adultos – e que a procissão solene da Sé para a Igreja do Carmo, pelas 16 horas de sábado, seja um grande acontecimento público pelo seu sentido festivo e orante. António Marcelino,
Bispo de Aveiro

terça-feira, 29 de novembro de 2005

As opiniões de Marcelo Rebelo de Sousa

"Não vale a pena crispar mais"
O primeiro tema de que quer falar é a justiça.
Sim, a libertação de Carlos Silvino, com cobertura televisiva, interrompendo-se as programações! não em todos os canais, mas em vários generalistas. Muita gente ficou surpreendida e disse "Então o homem é posto lá fora depois de ter confessado que cometeu determinados crimes, depois de um ano de julgamento. Como é possível?" É possível, porque a lei assim o determina.
É a lei que diz que os arguidos podem indicar o número de testemunhas que queiram - e foram indicadas 700 . E é a lei que determina que ao fim de x tempo de prisão preventiva sem condenação, sem decisão final de um julgamento, seja libertado o arguido. Portanto, é um problema da lei.
É bom que haja uma capacidade de informar a comunicação social e a opinião pública. Lá fora, os tribunais têm e cá terão de ter porta-vozes, juízes, que esclareçam o que se passa em termos comezinhos, trocando por miúdos, para que as pessoas percebam. Foi infeliz a especulação televisiva em torno da libertação. Noticiar nos telejornais é uma coisa, outra é interromper a programação para dar, em directo, a libertação. Com o devido respeito, parece-me uma inversão da lógica e da importância das coisas.
(Para ler mais, clique Diário de Notícias)

Seminaristas e sua relação com homens e mulheres



A formação dos que se preparam para o sacerdócio está no centro do novo documento da Santa Sé, publicado esta terça-feira. A “Instrução sobre os critérios de discernimento vocacional a respeito das pessoas com tendências homossexuais em vista da sua admissão ao seminário e às Ordens Sagradas”, da Congregação para a Educação Católica (para os Seminários e as Instituições de Estudos) gerou uma onda de interesse nos meios de comunicação social de todo o mundo por causa da não admissão ao sacerdócio de candidatos com tendências homossexuais.


Apesar de ser um documento relativamente curto, esta versão agora apresentada (pedida por João Paulo II nos anos 90, antes dos escândalos relacionados com abusos sexuais nos EUA) tem quase tanto espaço de texto como de notas, relativas a uma série de citações de documentos papais, conciliares e da Santa Sé sobre esta matéria. Essa é a chave da questão: a Instrução mais não faz do que reforçar a tradicional posição de prudência nesta matéria, expressa várias vezes pela hierarquia da Igreja.


O documento dá uma grande importância à maturidade sexual e afectiva dos candidatos ao sacerdócio, valorizando esta dimensão da vida humana. Os seminaristas com maturidade afectiva serão capazes de “uma correcta relação com homens e mulheres” de modo a desenvolver o sentido de paternidade espiritual que caracteriza, obviamente, a figura do padre na relação com a comunidade eclesial que lhe é confiada.


Nesse sentido, a Santa Sé espera que aqueles que vão ser colocados à frente das comunidades cristãs sejam pessoas maduras e nesse sentido nem sequer se discute a “castidade” dos candidatos, mas sim as tendências “profundamente enraizadas” ou mesmo actos homossexuais.


Ao contrário do que foi badalado, o texto não exige uma “pausa” de três anos nos referidos actos, mas explica que é possível, ao longo do processo de amadurecimento pessoal e sexual, que as pessoas tenham tido uma experiência que tenham, definitivamente, superado. Para a Santa Sé, é fundamental que não se perca a identificação sacramental do ministro ordenado com Cristo “Cabeça, Pastor e Esposo da Igreja”.


A nova Instrução sublinha a responsabilidade dos confessores e dos directores espirituais no processo de discernimento dos seminaristas, assegurando-se de que não existem “perturbações” que sejam incompatíveis com a ordenação. No texto refere-se que a questão da homossexualidade é abordada com mais urgência por causa da “situação actual” e que não se devem subestimar as “consequências negativas” da ordenação de homossexuais, lembrando que os mesmos têm dificuldades em manter uma “relação correcta” com homens e mulheres.





Fonte: Ecclesia

NATAL SOLIDÁRIO COM ANGOLA

RECOLHA DE CONTRIBUTOS ATÉ 20 DE DEZEMBRO Há dois anos, a comunidade diocesana de Aveiro mobilizou-se para ajudar Lwena. Este ano, o contributo dos que querem passar um Natal diferente, porque mais solidário, vai inteirinho para Benguela, como sugere o SDAM (Secretariado Diocesano de Acção e Animação Missionária). O pároco de Benguela, padre Abel dos Santos, diz, em carta enviada ao SDAM, que “a pobreza é ainda muito grande, as marcas da guerra custam a apagar”, o que o leva a pedir, “não o trabalho, mas as ferramentas”, para poderem fazer o que é preciso por si próprios, pensando no futuro. As necessidades mais concretas são: uma fotocopiadora, um laboratório de Físico-Química, material escolar, livros, roupas e apoio financeiro para concretizar o envio, por contentor. A recolha vai ser feita até 20 de Dezembro, podendo as ofertas ser entregues no Salão Paroquial da Palhaça, no CUFC, em Aveiro, e nas restantes paróquias da diocese. As ofertas em dinheiro podem ser depositadas na Caixa Geral de Depósitos, na Conta Diocese de Aveiro – Missões, NIB 0035 0123 00130582030 77.

PORTUGAL SOLIDÁRIO

BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME
RECOLHE 1500 TONELADAS DE ALIMENTOS No último fim-de-semana, o BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME recolheu, em todo o País, cerca de 1500 toneladas de alimentos, sobretudo junto das superfícies comerciais. Isto corresponde a mais 19 por cento do que no ano passado, o que prova, à saciedade, que os portugueses, apesar da crise, são bastante solidários. Nesta operação envolveram-se 11 mil voluntários, muitos dos quais dedicaram os seus dois dias de folga ao trabalho de recolha de produtos alime
ntares, que vão beneficiar mais de 203 mil pessoas, através de 1148 instituições, que bem conhecem as famílias carenciadas. Penso que é bom sublinhar esta faceta solidária do povo português, quando chega a hora de ajudar os mais pobres. E é o mesmo povo que, quantas vezes na sombra e por respeito ao conselho evangélico – “Que não saiba a tua mão esquerda o que dá a tua mão direita” –, sempre está atento a quem precisa do apoio na hora certa. F.M.