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domingo, 16 de outubro de 2011

Um Orçamento do Estado com futuro sem saída numa UE sem rumo

Manifestação em Lisboa


A perplexidade apoderou-se dos portugueses, sobretudo dos que costumam pagar impostos e da chamada classe média. Estamos, pelo que posso prever, num futuro sem saída a curto e médio prazo. Esperam-nos, por consequência, dificuldades enormes, com dramas garantidos pelo desemprego em crescendo. A Troika, a defensora intransigente do poder económico que manda no mundo, atirando a política para o tapete, ainda não resolveu, com todas as suas exigências, qualquer problema de qualquer Estado. A Grécia, como está à vista de todos, anda pelas ruas da amargura, como barata tonta, à procura de uma saída digna para o equilíbrio das finanças e da economia. Portugal, por este andar, estará na calha para lhe seguir os mesmos passos.
Há anos, Jorge Sampaio lembrou e bem que «há vida para além do défice». Também julgo que sim, porque há milhões de pessoas no nosso país que têm vivido de magríssimos salários, de empregos irregulares e incertos, da esmola recebida com vergonha de familiares e amigos. O caminho para que esta situação se multiplique está a aumentar a olhos vistos.
Não tenho na manga a solução para os problemas que nos estão a afetar. Nem vejo, infelizmente, na classe política, económica e financeira quem tenha ideias inovadores capazes de nos livrar do buraco em que estamos metidos. Houve, é certo, décadas de esbanjamento, de obras inúteis, de derrapagens monstruosas nas empreitadas públicas, tudo pela incompetência dos nossos políticos, dos nossos técnicos, dos nossos empresários e dos corruptos da nossa velha nação.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Isabel Jonet: Famílias já não têm onde cortar



A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, considerou hoje que as medidas apresentadas pelo Governo são «muito duras» e particularmente gravosas para as famílias que já não têm onde cortar. «Estas medidas seriam expectáveis, em função do que foi anteriormente divulgado, mas para a população com orçamentos mais baixos são muito duras e essa dureza é tanto maior quanto essas pessoas vivem com orçamentos muito reduzidos, sem folga para mais reduções», afirmou.

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

A crise não envolve apenas milhões de euros



Crise económica 
e outras crises

 António Marcelino

Certamente que da troika não se esperavam reflexões ou orientações para além do que se refere à crise económica e financeira que lhes dizia respeito. Porém, a crise mais conhecida e que toca mais visivelmente a todos, se, como se diz, exige restrições e medidas que permitam pagar as dívidas e, depois, um maior crescimento, investimento, concorrência, alargamento das exportações e, por aí adiante, parece urgente dizer que a crise que nos toca a todos não envolve apenas milhões de euros.
Aceitemos que a situação penosa e crítica, alargada à Europa e a outros países longínquos, teve também influência no que se passou e se passa no nosso país. Mas, ainda neste caso, quais as causas reais que nos levaram a uma tal situação? O dinheiro, só por si, não provoca crises.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

CRISE: Comunicação ao país do Presidente da República

Cavaco Silva

(...)
«A partir de agora, é essencial perceber que este acordo não é o fim de um processo, mas o início de um longo caminho que os Portugueses terão de percorrer, num espírito patriótico de coesão e de unidade.

Importa que os cidadãos compreendam que o acordo corresponde a um compromisso necessário para que Portugal obtenha um empréstimo, e não uma dádiva que estejamos desonerados de pagar no futuro.

O programa de ajustamento estabelecido é vasto e muito exigente e a sua execução irá ser acompanhada de forma rigorosa. Daí dependerá o acesso aos recursos financeiros de que Portugal necessita, bem como a credibilidade junto dos nossos parceiros europeus e dos mercados externos.

Cabe-nos demonstrar que somos capazes de aproveitar este tempo difícil e fazer dos compromissos agora assumidos uma oportunidade para mudar de vida e construir uma economia saudável.

O acordo é o sinal mais evidente da necessidade de alterarmos o rumo das políticas e de mudarmos de atitudes e de comportamentos.»
(...)

Ler  a comunicação aqui

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ajuda externa: Prioridade é reduzir desigualdade



O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), Alfredo Bruto da Costa, afirmou que a “as medidas contra a crise têm de ajudar a reduzir a desigualdade”.
No dia em que se conheceu o memorando acordado entre o Governo português e a ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, União Europeia e Banco Central Europeu) que tem em vista o programa de ajuda financeira a Portugal, o responsável da CNJP sublinhou, em declarações ao programa ECCLESIA que, para além do problema da pobreza, “as medidas anticrise devem favorecer o crescimento económico”.
O Fundo Monetário Internacional “é sensível à necessidade de não prejudicar o crescimento económico”, disse o especialista.

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Sócrates esqueceu-se de novas desagradáveis

O primeiro-ministro falou e mostrou-se muito otimista. Deu algumas notícias agradáveis para alguns ficarem tranquilos. Até aí tudo bem. Mas esqueceu-se do pior, do desagradável. Isso ficará para a Troika, que também não deixará de dizer de sua justiça. Se nos vão emprestar 78 mil milhões de euros, a juros que ainda desconhecemos, os credores quererão  decerto aplicar a receita que acordaram com o Governo. A crua verdade do que está receitado ficará para mais tarde, que será por estes dias. O pior virá a seguir, quando eles se forem embora. Como gostamos pouco de dialogar e só falamos aos gritos, vai ser um bico-de-obra.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Eça de Queirós: Portugal está a atravessar a pior crise


 Eça de Queirós

«Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.»

Eça de Queirós, in 'Correspondência (1891)'

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Crises?

A crise não sai dos nossos horizontes. Todos sabemos que algumas empresas passam por enormes dificuldades e ninguém ignora que muitas fecham, deixando no desemprego centenas e centenas de trabalhadores... Mas os bancos, pelo que se ouve e lê, apesar das queixas que apregoam, lá vão lucrando, não obstante limitarem os créditos a quem precisa. Vejam só: «Os três maiores bancos privados portugueses lucraram em 2010 quase mil milhões de euros, ou seja, mais 75 milhões do que no ano passado. O bom resultado surge num quadro de crise de liquidez e de necessidade de capitalizar as instituições, o que está a obrigar os bancos nacionais a rever as suas estratégias de remuneração accionista.» 

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domingo, 7 de novembro de 2010

Fome em Portugal

Nos refeitórios sociais a procura quase triplicou

Foto do PÚBLICO de hoje


A classe média está a chegar à sopa dos pobres
Natália Faria

«Ficaram sem ter como pôr comida na mesa e começam agora a engrossar as filas nas instituições que prestam ajuda assistencial. Muitos dos 280 mil portugueses que dependem dos cabazes do Banco Alimentar contra a Fome são da classe média. Tinham emprego, férias, acesso à net e tv por cabo, cartão de crédito. Ficaram com uma casa para pagar ao banco, um subsídio de desemprego que tarda a chegar - quando chega - ou que já acabou. Um carro que já não sai da garagem.»

 
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A propósito da fome que grassa no país


Padre João Gonçalves, director das Florinhas do Vouga, alerta:

Padre João
É urgente inventar


«As valências que mais me entusiasmam não são as chamadas valências clássicas (Creche, Jardins-de-Infância, ATL e Lares); isto qualquer instituição pode fazer», frisou o Padre João Gonçalves. E, com ênfase, sublinhou: «O que é preciso é que as instituições saiam dos próprios muros; é preciso avançar para valências atípicas; é urgente inventar, com imaginação e objectividade, respostas a novas emergências sociais, que trazem muitas carências!»
E no mesmo tom, o Padre João, que ainda é capelão hospitalar e Coordenador Nacional da Pastoral Prisional, afirmou: «Não nos podemos acomodar, fazendo só o que está estabelecido; eu acho que a nossa imaginação tem de ir muito além disso, respondendo aos desafios que a sociedade nos traz.»
Reforçando a importância da imaginação na luta contra a pobreza e pela inserção social, o nosso entrevistado lembrou o problema do desemprego em crescendo no nosso país, mas ainda alertou para a necessidade de combatermos a solidão. E sobre esta questão, garantiu que já tem mais um projecto a «fermentar», que se resume em organizar voluntários para acompanharem idosos em solidão.

FM



sábado, 16 de outubro de 2010

Ricos pagam só 11 por cento da austeridade

«As medidas de austeridade de que o Governo lança mão para 2011, anunciadas ao longo de três planos apresentados durante este ano, vão ter um impacto total de 11.500 milhões de euros, dos quais só cerca de onze por cento é que vão ser pagos pelas classes mais abastadas.»

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Submarinos não são precisos

«A crise e o progressivo endividamento põem-nos ainda mais nas mãos dos alemães. Os submarinos vêm mais por questões económicas do que militares». Afirma quem sabe: General Loureiro dos Santos.
Se um General o diz, quem somos nós para duvidar?

domingo, 27 de junho de 2010

A crise

Anda por aí uma guerra terrível por causa das portagens e pela forma da cobrança. Habituados que estávamos a viajar sem preocupações pelas estradas a pisar, estamos agora confrontados com a eventualidade do pagamento de portagens, que muito pesam nos orçamentos familiares dos portugueses. Procurar percursos alternativos não será fácil, sobretudo em viagens longas.
No caso de viagens no mesmo dia, mesmo em trajetos curtos, não faltarão as dores de cabeça, com o dinheirinho a sair-nos do bolso, moedinha a moedinha, que se transformará num corte alto no ordenado mensal.
Sabemos que as autarquias e as pessoas, e bem, não se cansam de protestar contra a iminência da aplicação de leis feitas à pressa, sem ainda se saber como é que serão aplicadas e onde.
Depois, quando toda a gente sabe que estaremos a caminho duma grave crise económica, cujos resultados, imprevisíveis, poderão vir a tornar-se num drama nacional, que coragem teremos para protestar com mais veemência?
Li este fim de semana que apenas estamos a falar de crise, mas que ela, verdadeiramente, ainda está para vir, situação que ninguém interiorizou. Fala-se no descalabro da nossa economia, no desemprego a chegar a níveis brutais, na impossibilidade de o Estado apoiar seja quem for, no regresso à agricultura de subsistência. O problema é grave. Neste caso, que fazer? Confesso que não sei.
Li ainda que a UE, com todos os tecnocratas que campeiam nos gabinetes de Bruxelas, nem sequer teve capacidade para prever o descalabro e muito menos para minimizar a crise. Será que já aprendeu a lição? Esperemos que ao menos esteja no caminho certo para a encontrar.

FM

Com Acordo Ortográfico

domingo, 29 de novembro de 2009

O que é preciso é mudar de opções e adoptar medidas que ajudem os mais pobres

ATITUDES
PERANTE A CRISE


Sonhei, acordado. A imaginação deu largas à fantasia. Ouvi o mundo a queixar-se. Vi legiões de pessoas desfiguradas, empresas fechadas, famílias desfeitas e à procura de estabilidade, escolas questionadas, clubes endividados. Notei que havia muitos sinais de crise que parece ser global. Dei conta que num fórum se discutiam propostas para ultrapassar a situação e tentei apurar os sentidos para captar o conteúdo de cada uma.
Realmente o mundo está mal, sofre de uma doença terrível – afirma o banqueiro. Não sei onde pára o dinheiro, que é a base da sua alimentação. Ele nunca é muito, mas nos últimos anos dispusemos de enormes quantias. Ainda bem que tive a ideia e a sorte de pôr o meu em lugar seguro.
Mas, se não há dinheiro – atesta o empresário -, o mundo não pode comer e aumenta a fome, mas sobretudo como posso eu garantir os meus lucros?! Temos que fazer uma declaração de crise, despedir trabalhadores e candidatar-nos a alguns recursos que o Estado tenha para estas circunstâncias.
A solução – sentencia o político com ares de quem dispõe de medidas acertadas e eficazes – passa pela injecção de doses de dólares e de euros. (Usou duas palavras novas: a dólar-icina e o euro-tamol). Só assim o mundo pode recuperar e manter-se como estava.
Estou em completo desacordo – declara o voluntário da organização não governamental para o desenvolvimento. O que é preciso é mudar de opções e adoptar medidas que ajudem os mais pobres, medidas que acabem com os paraísos fiscais que sempre “engordam” a riqueza de quem a tem e usa de forma egoísta.
Deixem-se de devaneios – aconselha o médico lembrando que o doente precisa de uma boa análise de todos os sintomas e de um diagnóstico exacto, São necessários mais especialistas para contrastar opiniões. Só depois se pode receitar uma correcta terapia e esperar que o mundo se cure.
O meu sonho acordado vê entrar em cena Jesus de Nazaré ressuscitado. Confiante, aproxima dos intervenientes no fórum, olha-os com simpatia e manifesta-lhes a sua preocupação. Tento apanhar tudo o que diz e faz, por gestos e palavras. Não aponta os males do mundo. Mostra apreço pela bondade e beleza das pessoas, reconhece e louva o que se faz de bem e recomenda uma nova escala de valores, a começar pela atitude de cada um.
Ânimo – diz-lhes com tom vigoroso -, aprendei com a crise a ser mais solidários, criai um nova organização de bens e serviços a nível mundial e local, encorajai-vos mutuamente, prestai uma atenção maior a quem está mais desfavorecido. E contai sempre comigo que, discretamente, estou no meio de vós para impulsionar a vossa esperança.
O meu sonho chegou ao fim. Cortei o fio à imaginação com a certeza de que tinha feito um retrato muito nítido, embora reduzido, de algumas atitudes humanas que a realidade nos vai mostrando.

Georgino Rocha

sábado, 3 de outubro de 2009

OS CRISTÃOS E A CRISE


Consumo irracional


Impõe-se construir uma nova ordem social


Frente a este título, temos, logo à partida, de reconhecer que é nos países de maioria cristã que estão os responsáveis maiores pela crise. Não foi no hemisfério Norte que começou? Por outro lado, é na Europa que se encontra hoje o melhor nível de vida da história, e o modelo social europeu é invejado. Mas há uma pergunta, aparentemente cínica, para a qual não é fácil encontrar resposta definitiva: somos ricos à custa do Terceiro Mundo? Eles são pobres porque nós somos ricos?

Depois, é preciso perceber que há, nesta questão, níveis ou esferas a distinguir, como escrevi aqui, no artigo "O capitalismo é moral?". À economia não se pede que seja moral, mas eficiente. Por isso, não há uma moral da economia ou da empresa, mas deve haver moral na economia e na empresa.

No Evangelho segundo São Mateus, há um texto terrível - o da parábola dos talentos. Um servo recebeu cinco e conseguiu outros cinco; outro, dois e ganhou outros dois; o terceiro recebeu um só talento e, com medo, guardou-o, para poder entregá-lo ao senhor, quando voltasse. Resposta do senhor: "Devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e tê-lo-ia levantado com juros. Tirai-lhe o talento e dai-o ao que tem dez. Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas ao que não tem até o que tem lhe será tirado" O dito "ao que tem mais será dado e ao que não tem até o que tem lhe será tirado" ficou conhecido na sociologia como "o efeito de Mateus".

É certo que a parábola deve ser lida à luz do texto seguinte, referente ao Juízo Final, portanto, à verdade última da História: "Vinde, benditos de meu Pai, porque me destes de comer, de beber, de vestir..." O critério de salvação é a bondade e o bem-fazer aos preferidos de Deus, os pobres. Mas isso não nega a necessidade de eficiência da economia.

Onde está então um sistema novo a unir liberdade e justiça, política e moral, amor e eficiência? De qualquer modo, há uma nova tomada de consciência, sintetizada nesta afirmação contundente de um especialista em economia, Jacques Attali: hoje, "coabitam duas tendências: a selvajaria absoluta, que vai fazer com que tudo expluda, se não se agir rapidamente; e a tomada de consciência do interesse de um Estado de direito global, que tudo pode salvar".

No contexto da crise, realizou-se de 3 a 6 de Setembro, em Madrid, com 700 participantes, o XXIX Congresso de Teologia sobre o tema "O cristianismo perante a crise". Ficam aí algumas conclusões.

A crise de 2008 e 2009 é "uma prova de fogo não só para os dirigentes mundiais, mas também para a consciência de muitos cristãos, ao questionar o seu nível de solidariedade comprometida".

Trata-se de "uma realidade de injustiça económica que exclui os mais necessitados e vulneráveis da sociedade", tornando-se patente a fragilidade de uma sociedade que substituiu os valores cristãos pelo "enriquecimento fácil e a ostentação sem limites". Assim, quando "não só a economia e a política, mas também a fé e a ética estão em crise, é hora de solidarizar-se com os grupos mais frágeis da humanidade e recuperar alguns valores cristãos, como a opção preferencial pelos pobres".

"Embora consideremos que o responsável pela crise é o sistema capitalista, que permite que alguns enriqueçam à custa do empobrecimento das maiorias populares, denunciamos a apatia e a falta de compromisso social das confissões religiosas, que se preocupam mais com questões de poder e com continuar a defender situações de privilégio no campo económico e social do que em denunciar as injustiças de um sistema que atenaza os sectores mais necessitados."

Impõe-se construir "uma nova ordem mundial - política, económica, jurídica - alternativa ao neoliberalismo, baseada na cooperação, na solidariedade e capaz de levar a cabo controles efectivos do actual sistema financeiro".

No plano pessoal, "como cidadãos e crentes", temos de assumir compromissos concretos, "renunciando ao consumo irracional e insolidário, vivendo com austeridade, solidarizando-nos de modo efectivo com as vítimas da crise".


Anselmo Borges

In DN