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domingo, 11 de fevereiro de 2018

EUCARISTIA, O AMOR FAZ-SE SERVIÇO

Reflexão de Georgino Rocha


A Eucaristia é a celebração da ceia do Senhor, ceia que Jesus realiza com os discípulos a quem deixa este mandato: “Fazei isto em memória de mim”. É a ceia do lava-pés, da entrega livre por amor que vem a ser consumado no sacrifício da cruz. É a ceia do avental de serviço mantido como distintivo do Mestre que quer ver perpetuado em gestos de humanização progressiva e qualificada: “Felizes sereis se o puserdes em prática”.
A Igreja assume esta missão e vê na eucaristia o centro e o vértice da sua acção pastoral. Como centro, supõe um percurso que une os lados, as “periferias”, e encaminha para esse núcleo. Em linguagem consagrada é a iniciação cristã. O centro ergue-se até ao cimo, em figura de pirâmide ou poliedro. São as subidas à perfeição da vida ética e moral pela construção do “homem interior” e as descidas para o quotidiano do viver cristão marcado pelas bem-aventuranças e pelos sacramentos de serviço.
Esta síntese pode ajudar a configurar a pastoral em torno à eucaristia, e que o programa diocesano se propõe assumir este ano. Sem as virtudes teologais e morais, quer dizer, sem fé-esperança-caridade; sem prudência-justiça-fortaleza-temperança, o humano cristão não tem alicerces seguros nem o exercício da cidadania tem qualquer marca diferenciadora da novidade que brilha nas bem-aventuranças. Sem os dons do Espírito Santo desabrocharem em frutos visíveis de comportamentos éticos adequados, a maturidade espiritual fica longe, muito longe.