quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Tempo de ingénuas memórias

Nos votos de Natal e Ano Novo aproveitamos a deixa para evocar tempos idos. Um dia destes contactei uma prima para saber da sua saúde. Vive só, com doenças próprias da idade, com bengalas para se deslocar, mas com as visitas regulares das filhas. Vai vivendo, como me segredou, mas é uma mulher que consegue resistir e ultrapassar obstáculos.
Lembro-me perfeitamente do seu nascimento, Tinha eu seis anos. A novidade chegou-me pela minha mãe:
— O padrinho Necas foi à pesca e encontrou uma menina na borda. Vamos vê-la! E lá fomos.
Eu e o meu irmão, com os seus três anitos. 
Vimos a criança e eu perguntei, preocupado, como é que ela apareceu na borda… e como não morreu?
— Só Deus sabe, disse a minha mãe.
A ingenuidade é muito bonita!

NOTA: Uma saudação amiga com votos de coragem, que a vida vale a pena ser vivida,

Jorge P. Ferreira - Reflexão oportuna

Jorge Pires Ferreira, 
diretor do Correio do Vouga 
- Diocese de Aveiro

A declaração (“Fiducia supplicans”) que possibilita abençoar, dentro de certas condições, casais em situações irregulares e casais do mesmo sexo causou várias reações entre católicos e não católicos.
Entre estes últimos, indiferentes na sua grande maioria para a questão, as opiniões que se ouviram foram de apreço. Parecia, a julgar pelas primeiras notícias na comunicação social generalista, que finalmente a Igreja aceitava a homossexualidade.
Entre os católicos, as reações foram – e são – de dois tipos. Para uns, é um passo em frente, e positivo, na abordagem da homossexualidade (os “casais em situações irregulares” pouco interessam para o caso). Estes, que consideram o documento como algo positivo, subdividem-se entre os que acham que há novidade na prática e os que dizem que não há propriamente novidade porque “não se pretende sancionar nem legitimar nada” (n.º 34).
Para os outros, os que receberam negativamente a declaração, há novidade, mas é uma contradição em relação ao que a Igreja sempre pensou e disse sobre a homossexualidade e o casamento católico.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

BABE - Bragança

Uma fotografia
com história 

Grupo de Cantares de Babe

Trabalhos relacionados com jornalismo levaram-me a Bragança em novembro de 1995. Numa hora de descontração, os participantes foram contemplados com uma visita a Babe, uma freguesia histórica que muitos desconheciam.   Ao encontrar esta fotografia, fui até lá com a minha já frágil memória. 
Frente à igreja matriz, entrámos num pequeno salão que dava pelo nome de Celeiro. O povo, que ainda hoje é pouco, ali guardava os seus cereais e este grupo tocou e cantou as suas modinhas para os jornalistas visitantes.
O mais curioso para mim e para outros foi o acontecimento histórico que se realizou naquela humilde povoação de Bragança. A 26 de Março de 1387 o Duque de Lencastre despediu-se de sua filha D. Filipa de Lencastre, casada com D. João I, Rei de Portugal, tendo sido consagrada a aliança com a Inglaterra.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

As nossas origens



Hoje foi dia de mexer em papelada antiga guardada numa pasta. Pela sua curiosidade, aqui fica cópia de um recorte com algumas dicas. Foi publicado no Timoneiro em janeiro de 1971.

ANTÓNIO FEIJÓ - O Amor e o Tempo

De uma passagem 
por Ponte de Lima


Quando viajamos, temos por hábito procurar monumentos ligados a artistas e escritores, em especial. Em Ponte de Lima registei este  poema. 


segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

2024

É hoje o primeiro dia de 2024, mas também é  um  dia para acreditarmos com convicção que o amanhã depende de nós. Do que fizermos de bom  com convicção, de mãos dadas com quem nos cerca. 
PELA POSITIVA brotou há anos porque apostei, cansado de uma comunicação social que destacava, com muita frequência, o negativo, mas admito que tenho  ainda  muito que aprender.
Da minha janela aprecio um dia luminoso que augura um ano repleto de bênçãos que nos abram portas ao bem e ao belo que habita em cada um de nós. A felicidade que almejamos depende do contributo de todos.
Um ano florido para todos.

Nota: Flor do nosso jardim.

AIDA VIEGAS - Hoje o dia é meu

Aida Viegas












Hoje o dia é meu
Foi Deus quem mo deu
Vou viver feliz.
Terei amanhã?
Quem é que mo diz?
Eu não vou deixar
A vida passar
O tempo escapar
Sem saborear
Preciosa dádiva
Que é pra mim a vida.

Esta hora é minha
Vou aproveitá-la:
A olhar o belo,
A sorver a paz,
Gozar a saúde,
A quebrar a raiva
E esquecer o medo.
Minimizo a dor
Afasto a ansiedade
Afogo a tristeza.
Vou resolver tudo
Com este segredo:
Vou beber amor
Só felicidade;
Sirvo à minha mesa
Sempre acompanhada,
De calma alegria,
E, à sobremesa
Comerei magia.
Hoje o tempo é meu.
Foi Deus quem mo deu.
Que belo este dia!...

Aida Viegas

NOTA: Este poema de Aida Viegas faz parte de um comentário que a minha boa amiga, poeta que conheço e leio há bons anos, me remeteu. Publico-o com muito gosto, com votos das maiores venturas, sempre com poesia.