sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Chamados por Jesus, rumam a novos mares

Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo V do Tempo Comum


O evangelho deste domingo faz-nos sentir o mar, a brisa, o azul celeste, e a liturgia da Palavra centra-se na vocação de Isaías que Deus escolhe para ser seu mensageiro, na vocação de Saulo/Paulo que Deus chama a ser Apóstolo de Jesus Cristo, e na vocação de Simão Pedro e seus companheiros de pesca que Jesus convida a seguirem-no, como discípulos a tempo inteiro. É este o cenário da nossa reflexão sobre o que acontece no mar da Galileia e sua incidência nos dias de hoje. Lc 5, 1-11.
“Deixando tudo o seguiram”. Decisão radical que vem coroar o encontro de Jesus com Pedro, Tiago e João, pescadores, entre outros, naquele mar. Que experiência tão marcante e que entrega tão confiante nascem deste encontro! E tomam um rumo novo para toda a vida. Novos mares não de águas, mas de pessoas e terras. Deixam tudo pela decisão tomada: o medo que os assaltava, os barcos e as redes, o ambiente acariciador da brisa suave. E respondem ao convite para serem “pescadores” de homens.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Boas companhias do meu sótão

MANDELA

Gosto de estar no meu sótão. No inverno mais duro, só passo por lá de vez em quando. Hoje, porém, encontrei condições para me sentir bem. Estou a ouvir uns LP e olhei à volta para ver quem tinha por companhia. Mandela é uma figura incontornável do nosso tempo. Do meu tempo, direi melhor. Esta gravura foi publicada no DN. Encaixilhei-a, como quem encaixilha a bondade, a persistência, a justiça, o sofrimento, o perdão, a simplicidade, a tenacidade, a verdade, a paz e o amor. Podia acrescentar mais uns substantivos, mas essa tarefa fica ao cuidado dos meus leitores.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

No molhe norte da Praia da Barra

Uma foto de Manuel Ferreira


No molhe norte da Praia da Barra, a dimensão das ondas e o seu colapso contra a estrutura captou a atenção do autor. Decidiu levantar o drone e apreciar o momento como se fosse uma ave.

Notas: 

1. Fui ontem agradavelmente surpreendido pela publicação com legenda, na revista National Geographic, desta fotografia de Manuel Ferreira. Os meus parabéns ao autor.
2. Como compreenderão, a fotografia está, na revista, com muito mais qualidade. Limitei-me a fotografar a imagem inserta na revista.
3.  O meu desejo é que consultem a National Geographic.

Não quis incomodar

Olharam de lado para mim, um pouco desconfiados. Um casalinho, ao que suponho, terá pensado nas minhas intenções. Não quis incomodar. Só quis registar o momento que hoje partilho com os meus amigos, em hora de um certo sossego interior.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Sol na eira e chuva no nabal

É PRECISO POUPAR ÁGUA
 
O frio persiste, de acordo com a estação. Não o estranhamos, mas sabe-nos bem, durante o dia, a visita do sol que nos aquece um pouco, como aconteceu hoje. Contudo, a chuva que o inverno não trouxe ameaça a seca. Os prejuízos poderão vir a caminho e é urgente poupar a água.
A natureza tem destas coisas. Ora chove torrencialmente, destruindo tudo o que encontra pela frente, ora se esquece de cair com o espírito de rega. E estamos nisto ciclicamente. Bom seria que a natureza fosse generosa, chovendo de noite, deixando-nos livres a partir do nascer do sol. O povo diz com razão: Sol na eira e chuva no nabal. Mas isto não passa de um sonho.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

A alegria do amor é o melhor caminho

Crónica de  Bento Domingues 
no PÚBLICO

Não estamos condenados à tristeza da nossa condição finita. O ser humano afirma-se pelo sim que dá à vida.

1. O sentido das palavras depende muito do seu uso. Um caso interessante é o da palavra caridade. Foi destacada, por S. Paulo, como a mais excelente das três virtudes teologais – fé, esperança e caridade – que é um bem definitivo e que, neste Domingo, faz parte da liturgia da Palavra [1]. De repente, este hino à caridade foi substituído pelo hino ao amor. O ganho parece evidente: ninguém se casa por esmola, para fazer uma caridade. Por isso, desertou dos casamentos. A palavra caridade, no uso corrente, deixou de ser o amor mais excelente, o amor da pura gratuidade para ser apenas uma esmola.

As cegonhas no seu mundo

 

Ali, bem no alto, as cegonhas podem contemplar um panorama deslumbrante. O Homem soube ajudá-las e ano a ano elas não esquecem as condições que lhes foram oferecidas. Quem passa, mesmo ao longe, não deixará de usufruir o espetáculo das cegonhas a posar para a fotografia.