sexta-feira, 18 de junho de 2021

Dia Internacional do Piquenique - Recordações que não quero perder

Mata entre São Jacinto e Torreira
Sem muito sol e com aragem a propor abrigo, não faltaram hoje no parque que habitualmente atravesso famílias em piqueniques. O aconchego do arvoredo e as mantas estendidas convidaram quem estava, e muitos eram, a saborear os farnéis que de longe vislumbrei. E pela forma como eram degustados, sem pressas e sem complexos, posso garantir que estavam apetitosos. Depois, seguiu-se a soneca dos mais pesados e a bola dos mais miúdos. Tanto bastou para eu recuar uns bons 40 anos, quando, com a família, bem unida e concordante, fazia o mesmo, quer na mata da Torreira e S. Jacinto, quer entre a Costa Nova e a Vagueira. Não era pela poupança, embora não fosse despiciendo pôr de lado essa vertente. Bons tempos.

Escapar entre os pingos da chuva

 

O Covid-19, com as suas novas estirpes, continua a atacar os humanos, sem discriminação, incluindo os vacinados. Quando todos embandeirámos em arco, convictos de que estaríamos protegidos, a verdade é que não temos assim tantas certezas. E os cuidados, face ao que está a acontecer, têm de ser retomados. No fundo, temos de aprender a escapar entre os pingos da chuva.

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Pela Positiva há 10 anos - Elogio da Fraternidade

7.ª Jornada da Pastoral da Cultura



DOIS REFLEXOS

1. José Mattoso

Falando de Sabedoria e Fraternidade, o historiador medievalista José Mattoso afirmou que, «se algum progresso houve, foi à custa da fraternidade», já que a técnica se torna «impotente para resolver os problemas da humanidade». Afirmou, a dado passo da sua intervenção, que a fraternidade valoriza as relações humanas, enquanto a sabedoria gera a partilha. Também referiu que «podemos sofrer, mas não podemos fazer sofrer».

2. Lídia Jorge

«Quando pensávamos que o progresso era ilimitado, que os estados seriam parceiros e amigos da vida, os bancos um cofre inesgotável, a juventude o futuro que não conhecia decadência, o cartão de identidade um documento dispensável substituído por um cartão de crédito, que as fronteiras seriam abolidas, de súbito tudo se alterou”, referiu a escritora. E acrescentou: «o homem esperançoso confunde a causa dos outros com a sua; é a certeza que este futuro existe, que nos dá confiança.»

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Papa Francisco - A fome aumentou durante a pandemia

O Papa alertou para o aumento da fome no mundo, durante a pandemia, apelando a um sistema alimentar global “capaz de resistir a crises futuras”. Numa carta dirigida à 42ª sessão da Conferência da FAO, a decorrer em Roma, Francisco pede à comunidade internacional que desenvolva os esforços necessários para “alcançar a autonomia alimentar, tanto através de novos modelos de desenvolvimento e consumo, quanto através de formas de organização comunitária que preservem os ecossistemas locais e a biodiversidade”.
A crise provocada pela Covid-19, indica a mensagem, deve ter como resposta, entre outras, a promoção de “uma agricultura sustentável e diversificada” que leve em conta “o papel precioso da agricultura familiar e das comunidades rurais”.
Francisco observa que são “exatamente aqueles que produzem alimentos que sofrem com a falta ou escassez” dos mesmos, sublinhando que “três quartos dos pobres do mundo” dependem principalmente da agricultura, mas estão afastados “dos mercados, da propriedade da terra, dos recursos financeiros, das infraestruturas e das tecnologias”. O Papa alerta que o número de pessoas “em risco de insegurança alimentar aguda” atingiu o seu máximo em 2020, um quadro que “pode piorar no futuro para milhões de pessoas”

Fonte: "Correio do Vouga"

Jesus atravessa connosco o mar da vida

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XII do Tempo Comum

Lago de Tiberíades

Georgino Rocha
Após um dia de trabalho cansativo, Jesus deixa a multidão que o acompanhava e ordena aos discípulos para fazerem a travessia do lago de Tiberíades. Era ao entardecer. A viagem ia fazer-se durante a noite favorável. Acomodado à popa, rapidamente adormece. Pouco tempo depois, as águas começam a agitar-se fortemente, os ventos a soprar, a tormenta a crescer a ponto de meter medo àqueles homens habituados às lides da pesca. Jesus não dava por nada; dormia profundamente. É acordado pelos discípulos que lhe gritam: “Mestre não te importas que pereçamos”? Mc 4, 35-41.
Luciano Manicardi, prior da comunidade monástica de Bose, afirma que: “A inação de Jesus é como que o eco do silêncio de Deus muitas vezes denunciados nos salmos, e os gritos alarmados dos discípulos fazem eco do desespero do homem que clama a Deus para que intervenha no momento de necessidade e angústia”. E menciona “situações de angústia e de morte evocadas simbolicamente pelo entardecer, pelo mar, pela tempestade, pelo risco de naufrágio, pelo sono”. E lembra a “angústia que nasce também da sensação de precariedade, de instabilidade, de fluidez em que acontece a travessia da vida. E ali a fé configura-se como passagem do medo à confiança, do estar centrado em si à abertura a Cristo Senhor, do temor paralisante da morte e da perda à confiança que suscita esperança mesmo na maior angústia e do abismo da morte…

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Costa Nova - Os peixes saltaram para a praça

 

Eu sei que há quem não goste dos peixes que saltaram do mar ou da ria para a praça porque quiseram ver pessoas ou mostrar que dão vida a muita gente, o que é legítimo. Temos de convir que gostos não se discutem. Eu gosto.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Paisagem açoriana - São Miguel

Moinho de Água

As fotos Google são, para mim, um manancial de memórias. Uma simples imagem, no meio de centenas, transporta-me logo para locais que visitei há anos. Neste caso, em 2016. Um moinho de água em plena laboração.