sexta-feira, 4 de junho de 2021

Pertencer à nova família que Jesus anuncia

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo X do Tempo Comum

Os que aderem à vontade de Deus estabelecem, entre si, um vínculo novo que fraterniza, responsabiliza e solidariza.

Jesus começa a ver o resultado da fase inicial da sua missão. O número dos que o acompanham é já multidão. O vigor físico cede lugar à fadiga e à fome. Os lugares públicos, as aldeias e os campos, são “momentaneamente” esquecidos e abandonados. Surge a casa emblemática da sua nova residência em Cafarnaúm, como espaço-abrigo e local de missão, como símbolo da realidade que estava a germinar, como indício da família “em gestação” constituída por laços originais únicos. Mc 3, 20-35.
A fama de Jesus atrai numerosas pessoas que recebiam, com agrado, a mensagem que lhes dirigia e ficavam admiradas com as obras que realizava. O estatuto social do Nazareno eleva-se acima do normal, atribuído a um artesão de aldeia. A relação de confiança entre o Rabi e os seus seguidores aumentava de forma visível e era publicamente reconhecida. O êxito parecia garantido, se ninguém travasse o dinamismo crescente. Mas houve e há, como nos narra o evangelho e a experiência demonstra.
O Papa Francisco, ao terminar a “maratona de oração” que durante o mês de Maio último percorreu santuários marianos de todo o mundo para pedir à Virgem Desata Nós o fim da pandemia do corona vírus, reza perante o ícone da Senhora nos Jardins do Vaticano: “Tu que sabes desatar os nós da nossa existência e conheces os desejos de nosso coração, vem em nossa ajuda.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Para pensar

"Não conheço nenhuma fórmula infalível para obter o sucesso,
mas conheço uma forma infalível de fracassar: tentar agradar a todos."

Herbert B. Swope
NOTA: Li no Pensador

quarta-feira, 2 de junho de 2021

ÍLHAVO - O Homem do Gabão

Centro para a Valorização e Interpretação
da Religiosidade Ligada ao Mar


O espaço do antigo Quartel dos Bombeiros Voluntário de Ílhavo está a ser requalificado, no sentido de ali acolher o Centro para a Valorização e Interpretação da Religiosidade Ligada ao Mar, tendo já recebido um importante elemento que espelha a identidade das gentes ilhavenses. Trata-se de o Homem do Gabão, trabalho do escultor Euclides Vaz, uma peça em gesso, com três metros de altura, que ficará assente em pedestal pequeno de formato quadrangular - assim se lê no site da CMI.
A mesma fonte sublinha a figura masculina que enverga um gabão, peça de vestuário característica das gentes ilhavenses, confecionado em tecido grosso e composto por mangas compridas e capote, cingido na cintura por um cabo de sisal semelhante aos que segura com a mão direita.
Recorde-se que a escultura foi incorporada na coleção do Museu Marítimo de Ílhavo a 15 de maio de 1990, por doação do seu autor, Euclides Vaz (1916-1991).
Refira-se, ainda, que esta temática está igualmente presente na coleção do Museu Marítimo de Ílhavo, através da pintura a óleo intitulada Homem do Gabão, da autoria de Francisco José Resende (1825-1893), na qual são evidentes a indumentária característica dum ílhavo. 

Fonte: CMI 

terça-feira, 1 de junho de 2021

Política nas redes sociais

Mais uma preocupação para quem aprecia informação e opinião independentes.
Se é que tal é possível.

«O Twitter proibiu toda a propaganda política paga em todo o mundo, justificando que o alcance de tais mensagens "deve ser conquistado, não comprado". "Embora a publicidade na internet seja incrivelmente poderosa e muito eficaz para anunciantes comerciais, esse poder traz riscos significativos à política", tuitou o CEO da empresa, Jack Dorsey.

O rival Facebook descartou recentemente a proibição de anúncios políticos pagos. Dois anos depois dos escândalos por uso de dados irregulares dos utilizadores com fins eleitorais, a rede social anunciou que lançará uma ferramenta para tornar propagandas políticas mais transparentes.»

Li no DN

Miguel Torga para o Dia da Criança

 BRINQUEDO

Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel
Um cordel
E um menino de bibe.

O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão;
E a estrela ia subido, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.

Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel.
E o menino, ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel.

Miguel Torga

Andanças: Palácio do Buçaco

Palácio do Buçaco na serra do mesmo nome.  Sugestão para um passeio onde pode apreciar uma paisagem verdejante com história para recordar. Há museu sobre a Batalha do Buçaco que merece uma visita. 


Fazei isto em minha memória

Reflexão de Georgino Rocha 
para a Festa do Corpo de Deus 


“Ámen” – responde o cristão a quem lhe apresenta o “corpo de Cristo” no rito da comunhão, expressando a sua fé orante no pão eucarístico que vai receber. É o corpo de Cristo real e não virtual, ressuscitado e não físico ou meramente aparente e convencional, sacramental e não carnal. É corpo pessoal sacrificado que, tendo nascido da Virgem Mãe, se faz “corpo entregue e sangue derramado” na ceia da instituição da eucaristia, corpo eclesial na assembleia convocada para a celebração, corpo cósmico nas realidades temporais que se vão conformando aos valores do projecto de Deus que quer ser tudo em todos. Tudo concentrado na pequena hóstia!
A Igreja nasce e vive da eucaristia e, por mandato de Jesus, realiza-a como fonte e o cume de toda a sua missão. “Fazei isto em minha memória” – ordena Ele aquando da instituição. E a Igreja assim faz, conservando o memorial eucarístico nas diversas formas de celebração e acolhendo modos vários de manifestar a “ressonância” suscitada na piedade popular.
A festa do Corpo de Deus foi instituída em meados do século XIII, época em que se comungava muito pouco e se levantavam dúvidas sobre a «presença real» de Jesus na hóstia consagrada depois da celebração da Eucaristia. “A Igreja respondeu, não com longos discursos, mas com um ato: sim, Jesus está verdadeiramente presente mesmo depois do fim da missa. E para provar esta fé, criou-se o hábito de organizar procissões com a hóstia consagrada pelas ruas, fora das igrejas”.