terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O HOMEM È COLOSSAL E... MINÚSCULO


Diz Abbé Pierre,
para quem o quiser ouvir,
ainda hoje,
em o TESTAMENTO:

“O homem de hoje é colossal pela enormidade das responsabilidades que pesam sobre ele e minúsculo perante a imensidão das tarefas que em toda a parte o chamam. Mas não podemos, a pretexto de que nos é impossível fazer tudo num dia, não fazer coisa nenhuma! Conservemos no coração a impaciência de fazer. E a indignação na acção.”

domingo, 28 de janeiro de 2018

Andróides, professores de Teologia?

Frei Bento Domingues 


1. Hiroshi Ishiguro é um académico japonês, de 54 anos, professor da Universidade de Osaka, que desenvolve robôs inteligentes com aparência humana. Veio a Lisboa fazer uma conferência na Universidade Católica. João Pedro Pereira, do PÚBLICO, conversou com este criativo [1].
Hiroshi desejou ser pintor para entender a humanidade. Mudou-se para a área da robótica e da inteligência artificial. Ao verificar que a inteligência artificial precisava de um corpo apropriado, criou, nos últimos anos, vários andróides. Trabalha com diversas empresas no Japão para desenvolver múltiplas aplicações práticas. Toda a gente consegue interagir com robôs semelhantes a seres humanos. No ambiente de laboratório, a aparência e os movimentos dos andróides têm vindo a ser aperfeiçoados. A inteligência artificial torna-se cada vez mais sofisticada e permite que as máquinas possam ter conversas razoáveis com pessoas. Contudo, na construção de robôs que funcionam como humanos a consciência será, provavelmente, a última barreira.
Ishiguro acredita que um dia, não hoje, esta dificuldade será ultrapassada. Talvez demore duas ou três décadas. Julga que o que já pode dizer, com clareza, é que os investigadores, os neurocientistas e os cientistas de robótica estão muito interessados na consciência. Depois da inteligência artificial, a próxima meta é a consciência artificial.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Pedro Mexia: "Inflexibilidade" impede evangelização

Pedro Mexia afirma que «inflexibilidade» 
de alguns cristãos impede evangelização


«O escritor e crítico líterário Pedro Mexia disse hoje que dialogar com o mundo não significa ceder a modas ou a novidades e que a “inflexibilidade” apenas gera “auto-satisfação” e não evangeliza.
“É um péssimo ponto de partida. Não é um concurso de popularidade, nem (se trata de) embarcar em modas ou novidades. Trata-se de viver no mundo, tal como ele existe, com os comportamentos e ideias das pessoas e dialogar com isso”, afirmou o assessor cultural da presidência da República durante o encontro de referentes do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que decorre hoje em Fátima.»


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CARNAVAL PARA ANIMAR A MALTA




Como manda a tradição, o Carnaval vai ser celebrado por todo o país, como, um pouco, por todo o mundo. No município de Ílhavo, não se foge à regra e não faltará quem ouse substituir a máscara de todos os dias, muito camuflada, por uma mais adequada à quadra. Digo “máscara” de todos os dias a brincar, não só por sempre ouvir dizer que tal é mesmo assim, quando muitos escondem as suas personalidades, em obediência ao politicamente correto, mas também por reconhecer que a vida precisa de ser vivida com alegria a transbordar. E nesses dias, é certo e sabida que não faltarão as críticas diretas e oportunas dirigidas, normalmente, às pessoas que, às vezes, brincam com coisas sérias na arte da governação, mas não só.
Pessoalmente, não me atraem esses festejos, por razões que nunca percebi, mas admiro quem tem a coragem de sair à rua mascarado e com ditos, em princípio educados, mas com muita graça. Oxalá o Carnaval nos ajude a pensar na vida, atirando para trás das costas o que tanto incomodou tanta gente.
Boas festas carnavalescas para todos, para os que gostam e para os que não gostam.  

Janeiras – E a tradição cumpriu-se...

Grupo Etnográfico (foto do meu arquivo)
Ontem,  cumpriu-se a tradição. O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, apesar do frio, deu sinal, com um cantar próprio desta quadra. Entrou em  nossa casa com gargantas e instrumentos musicais afinados. Uma saudação amiga, sorrisos alegres, espírito aberto, simpatia franca. E os cânticos, que ocupam um lugar especial nas minhas memórias, décadas e décadas ensaiados e repetidos e  no Cortejo dos Reis apresentados, na Gafanha da Nazaré e noutras bandas, ao ritmo de partilhas etnográficas enriquecedoras, encheram o nosso ambiente familiar. 
A importância dos Grupos Etnográficos está na manutenção destas tradições, revividas para os mais idosos e ensinadas aos mais novos, se é que têm coragem de pôr de lado o teclado do telemóvel por simples momento que seja. Contudo, no grupo havia jovens, tocando e cantando, um sinal claro de que há no grupo etnográfico quem tenha sensibilidade para cativar e ensinar. E assim se passa o testemunho.

F.M.

Um dos cânticos

Deus nos dê Festas Alegres
Com Seu divino amor
A Virgem Nossa Senhora
Deu à luz o Redentor

Cantemos nossas canções
Para visitar Jesus
Vamos ver Sua lapinha
Cheia da divina luz

A Gafanha da Nazaré
É esta sedutora
Damos graças ao Menino
E à Virgem Nossa Senhora

O presépio enfeitado
Nos espera e nos seduz
Para prestar homenagem
Ao que a Virgem deu à luz

Vamos indo pastorinhos
Com toda a nossa alegria
Visitar o Deus Menino
Filho da Virgem Maria

Vamos indo piedosos
Cada qual com sua oferta
Oferecer ao Menino
Que é dia da Sua festa

É o nosso Deus Menino
O Rei dos pobrezinhos
Oferecer-lhe ofertas
Dos humildes pastorinhos

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

A VIDA


A VIDA

A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;

A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura num momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!

A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:

Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!

João de Deus


NOTA: Hoje, a pensar na vida, tão cheia de surpresas, umas agradáveis e outras nem tanto, lembrei-me deste poema de João de Deus, um mestre na arte de poetar de forma tão simples.


GIL EANES EM VIANA DO CASTELO





NOTA: Todos os naturais e residentes na nossa região, ligados direta ou indiretamente ao mar, e sobretudo à pesca do bacalhau, se identificam com o Gil Eanes, navio-hospital que prestava apoio aos pescadores e tripulantes dos navios bacalhoeiros. Hoje, terminada a safra dos bacalhaus, é um navio-museu que desenvolve variadíssimas ações culturais que importa sublinhar. Sei que há conterrâneos nossos, ílhavos e gafanhões, que estão ligados a algumas iniciativas, o que é muito meritório. Louvo-os por isso, porque, no fundo, prestam um serviço que simboliza gratidão.