terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Simpósio Nacional de Artes e Ofícios



 A FPAO – Federação Portuguesa de Artes e Ofícios organizou o Simpósio Nacional de Artes e Ofícios, que terá lugar no próximo dia 18 de Fevereiro, pelas 9 horas, no Parque de Exposições de Aveiro. Pretende-se com esta iniciativa  propor novas estratégias que visem a consolidação das Artes e Ofícios, não apenas como sector económico, mas sobretudo como elemento integrante da cultura e do património Português.

Ver programa aqui.

Porto de Aveiro: algumas notas históricas

Painel de Zé Augusto: Ferrovia (pormenor)

O Porto de Aveiro
nasce com a abertura da Barra, em 3 de Abril de 1808

A natureza encarregou-se de nos dar uma ajuda, com as areias que foi depositando entre Ovar e Mira, dando lugar a povoações que de gente se foram enchendo. E porque a restinga não nasceu com dedo de engenheiro nem trabalho de homem, foi preciso abrir uma passagem para os navios entrarem e poderem descansar. O Porto de Aveiro nasceu a partir daí. E aí está.

De «um simples regueirão — como disse o ministro Mário Lino, em “Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar”, de Inês Amorim — consolidou-se a BARRA. As maiúsculas significam, aqui, o denodo de todos os que, ao longo de mais de dois séculos, souberam vencer as forças da natureza, impondo a férrea determinação humana aos ventos que impeliam ao fechamento.»

A barra e o porto mostram a sua importância estratégica, ao permitir a entrada de trinta e oito navios, em 13 de Maio de 1809, protegidos pelo brigue de guerra “Port Mahon”, que transportavam alimentos e forragens para o Exército Inglês que operava na zona e se dirigia para o Porto, como se lê em “Aveiro 2009 — Recordando Efemérides”, de João Gonçalves Gaspar.

Porto de Pesca Costeira


E acrescenta: «Logo depois, foi em reforço das tropas anglo-lusas em luta já em avanço vitorioso, acossando definitivamente para o norte, os invasores franceses. De facto, começara-se a notar a extrema importância da Barra Nova, que veio pôr termo a longas e frequentes tragédias em Aveiro e região.»

Depois da abertura, consolidadas as forças que impediam o fechamento, assistimos ao nascimento do nosso porto. Assistimos ao seu crescimento com novas valências, percebemos a projecção que se perspectivava, admirámos o aproveitamento de novas tecnologias portuárias. E agora, com ligação ferroviária ao centro da Europa, acreditamos que temos um porto com alicerces e estruturas para ser digno do passado, num mundo em mudança e cada vez mais competitivo e exigente.

Idosos Isolados


O Diário de Notícias online de  hoje garante: «Muitas câmaras municipais têm dispositivos que apoiam idosos isolados e alguns registam casos de sucesso. Ontem foram registados mais dois casos de mortes solitárias.» Há males que podem provocar o bem. Ainda bem.

Centro Cultural de Ílhavo: “A Casa”, de Aldara Bizarro

SEXTA, 18,  às 22 horas

A Casa é um espectáculo de dança que gira em torno da casa ideal de cada um. Co-produzido pelo Centro Cultural de Ílhavo, este projecto iniciou em Novembro de 2010, quando foram entrevistados vários habitantes de Ílhavo. Alicerçada no conjunto de entrevistas recolhidas e filmadas em vídeo em todas as localidades, incluindo Ílhavo, a Casa é assim construída a partir de um projecto elaborado com a arquitectura das vontades das muitas pessoas entrevistadas.
A Casa convida-nos a entrar no espaço da memória, da construção e do desejo, transportando-nos simultaneamente para os lotes de terreno da utopia.
É com base na riqueza de respostas que foi construído o património desta casa. Ela tem um pouco das pessoas que encontrámos em cada uma das localidades onde estivemos e onde voltaremos, para devolver o que nos foi dado.

Quinta, 17, Sessão dedicada exclusivamente às Escolas do Município de Ílhavo, mediante marcação prévia. (entrada gratuita)

Fonte: Centro Cultural de Ílhavo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Para os namorados: Um poema de Sophia



APOLO MUSAGETA

Eras o primeiro dia inteiro e puro
Banhando os horizontes de louvor.

Eras o espírito a falar em cada linha
Eras a madrugada em flor
Entre a brisa marinha.
Eras uma vela bebendo o vento dos espaços
Eras o gesto luminoso de dois braços
Abertos sem limite.
Eras a pureza e a força do mar
Eras o conhecimento pelo amor.

Sonho e presença
de uma vida florindo
Possuída suspensa.

Eras a medida suprema, o cânon eterno
Erguido puro, perfeito e harmonioso
No coração da vida e para além da vida
No coração dos ritmos secretos.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Rosas para os namorados


Rosas para os namorados. Sobretudo, para os que cultivam, no dia-a-dia, a capacidade de namorar, a capacidade de ser totalmente para o outro: o seu namorado, a sua namorada! Felicidades para este dia e para os dias que vierem a seguir!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Mais idosos mortos guardados pela solidão

Depois do caso da idosa encontrada em sua casa com sinais de ter falecido há nove anos, a lista de mortes  semelhantes começa a engrossar. Hoje foram conhecidos mais três. Sabe-se também que, em Portugal, há meio milhão de idosos, com mais de 65 anos, que vivem sozinhos. Temos, realmente, de começar a olhar para os vizinhos do lado, sobretudo para os que vivem em solidão. Ver aqui. e aqui.
Importa  olhar com olhos de ver e coração aberto para mais uma dramática realidade, que é o fruto de uma esperança de vida cada vez maior, que é um bem, mas que não deixa de nos inquietar a todos. A sociedade está mais envelhecida, gerando milhares e milhares de pessoas na solidão. Os mais novos terão os seus problemas, profissionais e familiares, e os velhos começam a ficar sem espaço entre os seus descendentes. Lares, Centros de Dia, Centros de Noite? Visitas diárias, programadas, a quem vive sozinho? Entreajuda entre vizinhos? De tudo um pouco? Criatividade é precisa!

FM